segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Famílias de Bom Jardim convidadas para participarem da Queima da Lapinha

Acontece nesta segunda-feira (6), Dia de Reis, a tradicional queima da Lapinha, no centro da  cidade de Bom Jardim. A família do saudoso Rinaldo Barros, convida todas famílias para participarem deste momento de celebração que encerra o ciclo  do natalino . A festividade começa às 19 horas, na casa de Iranise Barros, Rua Manoel Augusto, de frente  ao prédio da Câmara de Vereadores, com a oração do Santo Terço, em seguida haverá a Procissão e Queima da Lapinha. 
Histórico
A queima de lapinha acontece, tradicionalmente, no Dia de Reis, seis de janeiro, à meia-noite. A cerimônia envolve pastoras e suas jornadas (cantos diante do presépio), fogos, orquestras de sopro e percussão, além da participação do público. Geralmente, a queima segue um ritual que tem início com a apresentação do guerreiro, depois a exibição das pastoras saudando o presépio com cantos; em seguida, elas retiram da lapinha (presépio) todas as figuras e recolhem as palhas e flores que a adornaram. Estes últimos são embalados e transformados num andor (padiola ornamentada em que se transportam imagens sacras nas procissões) que é o que vai ser queimado. Posteriormente, a orquestra, que acompanhava as pastoras, toca frevo, geralmente Vassourinhas, como que marcando o final do ciclo natalino e o início oficial da temporada momesca. As pastorinhas acompanham a vibrante música que também envolve o público e, todos, animados, prenunciam o Carnaval.

Diz a crença popular que a lapinha é queimada para que o material que enfeitou o presépio, considerado sagrado, não seja jogado no lixo. Além disso, acredita-se que as palhas da lapinha devem ser queimadas sob pena dos componentes dos pastoris não terem um bom ano; traz sorte tanto para o dono da casa que abrigou a lapinha quanto para o público que assiste a cerimônia; as cinzas vão servir para ungir, pois  o fogo quando queima, consagra. Inclusive, as cinzas são utilizadas para ungir “o corpo dos meninos da gente, pra sair com o maracatu pelo Carnaval”, diz Ubiracy Ferreira, do Pastoril Sol Nascente (PESSOA, 2011, p. 89). FUNDAJ.
Por Edgar S. Santos/ Foto professor Edgar S. Santos
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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