domingo, 18 de agosto de 2019

11 coisas que 'pessoas inteligentes' nunca dizem no trabalho

Duas lâmpadas: uma com desenho de carinha feliz e outra tristeDireito de imagemGETTY IMAGES
Ainda que verdadeiras ou aparentemente inofensivas, há certas falas que devem ser evitadas no seu trabalho.
Essa é a premissa fundamental de Travis Bradberry, coautor do livro Inteligência Emocional 2.0 e cofundador da consultoria americana TalentSmart.
"Não importa o quão talentoso você seja, ou o que você conquistou. Existem certas frases que mudam instantaneamente a maneira como as pessoas o veem", argumenta Bradberry à BBC, dizendo que às vezes uma fala pode prejudicar a carreira profissional de uma só vez.
"O pior é que não há como se retratar", diz Bradberry à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
Estas falas vão além de comentários indevidos, piadas impertinentes ou frases politicamente incorretas
O autor identificou essas frases depois de trabalhar com clientes corporativos e testar a inteligência emocional de diversos trabalhadores.
"Quando a carreira de uma pessoa está arruinada, muitas vezes você vê essas coisas presentes em suas crenças ou ações."
Travis Bradberry sorri para fotoDireito de imagemTALENTSMART
Image caption'Existem certas frases que mudam instantaneamente a maneira como as pessoas o veem', alerta Bradberry
Mas e então, a inteligência emocional pode ser treinada e os erros, evitados?
"Absolutamente. A área do cérebro responsável pela inteligência emocional é altamente flexível e se adapta à mudança", explica
"Isso significa que você pode alterar seu cérebro e aumentá-la (a inteligência emocional) com esforço e prática."
Estas são as frases que uma pessoa inteligente não deveria dizer no trabalho, de acordo com Bradberry:

1. 'Não é justo'

Todos sabemos que a vida não é justa. Mas verbalizar isso pode fazer parecer que você acha que a vida deveria ser justa – parecendo uma pessoa imatura e ingênua.
É melhor que você se concentre nos fatos, mantenha uma atitude construtiva e deixe suas interpretações fora do ambiente de trabalho.
Você poderia dizer, por exemplo: "Vi que você designou a Paula para aquele projeto no qual eu estava interessado. Você poderia me dizer quais coisas você considerou na sua decisão? Eu gostaria de saber no que eu preciso melhorar".

2. 'Sempre foi feito assim'

As mudanças tecnológicas estão acontecendo tão rapidamente que até mesmo um procedimento existente há apenas seis meses pode se tornar obsoleto.
Esta frase faz com que você pareça preguiçoso e resistente a mudanças.
Cinco pessoas sentadas à mesa durante reunião em escritórioDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAutor de livro destaca que inteligência emocional pode ser praticada e rapidamente apreendida

3. 'Sem problema'

Quando alguém te agradece ou te pede alguma coisa, não é uma boa ideia dizer "sem problema" – porque isso implica que o pedido feito a você pode ter sido... um problema.
Assim, pode parecer que a tarefa tenha sido imposta.

4. 'Talvez seja uma ideia boba... Vou fazer uma pergunta idiota'

Essas frases prejudicam sua credibilidade. Mesmo se a continuação da frase for uma ótima ideia, ela mostra uma falta de confiança em si mesmo – podendo levar as pessoas a também perderem a confiança em você.

5. 'Levará apenas cinco minutos'

Dizer isso enfraquece suas habilidades e dá a impressão de que você está fazendo as coisas muito rapidamente.
É melhor dizer que não demorará muito.

6. 'Vou tentar'

"Tentar" parece incerto e sugere uma falta de confiança na sua capacidade de realizar a tarefa.

7. 'É uma pessoa preguiçosa, incompetente, idiota'

Não há necessidade de falar mal dos colegas. Sempre haverá pessoas incompetentes ou desrespeitosas em qualquer trabalho e elas provavelmente serão conhecidas por essas características.
Se você não tem a opção de ajudá-los ou de demiti-los, então você não tem nada a ganhar criticando-os em público.

8. 'Isso não está nas atribuições da minha vaga'

Embora algumas vezes seja usada em termos sarcásticos, essa frase faz com que você pareça alguém que quer fazer o mínimo possível para continuar recebendo o salário.
A menos que lhe peçam algo que você considera eticamente inapropriado, se você acha que o pedido vai além de sua responsabilidade, é melhor que você o realize com entusiasmo e depois peça uma reunião com seu chefe para discutir seu papel dentro da empresa e até onde vão as suas funções.
Dois colegas de trabalho conversamDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionVocê pode ajudar ou demitir a pessoa de quem potencialmente pode falar mal? Se não, deixe os comentários maliciosos sobre eles de fora

9. 'Não é minha culpa'

Se você tem uma parcela de responsabilidade em algo que deu errado, assuma-a.
Se esse não é o caso, dê uma explicação objetiva e racional sobre o que aconteceu. Atenha-se aos fatos e deixe seu chefe tirar as conclusões.

10. 'Eu não posso'

Ao dizer isso, as pessoas podem interpretar que no fundo você está dizendo "eu não farei".
Ofereça uma solução alternativa. Em vez de dizer o que você não pode fazer, é melhor destacar o que você pode fazer.
Em vez de dizer "não posso ficar até mais tarde", é melhor dizer "posso vir de manhã cedo".

11- 'Eu odeio esse trabalho'

A última coisa que alguém quer ouvir é outra pessoa reclamando porque odeia o trabalho.
Faz você parecer uma pessoa negativa e puxa a moral do grupo. Os chefes sabem que sempre há substitutos possíveis logo ali na esquina. BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Acosta Ñu: a sangrenta batalha em que crianças lutaram contra o Exército do Brasil na Guerra do Paraguai



Batalha de Tuyutí, uma das muitas em que o Exército paraguaio foi derrotado pela Tríplice AliançaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionChamada de 'Guerra de la Triple Alianza' no Paraguai, o conflito dizimou metade da população do país
Há 150 anos o Paraguai foi cenário de "uma das mais terríveis batalhas da história militar do mundo", a de Acosta Ñu.
Assim foi descrito o confronto pelo jornalista Julio José Chiavenato em Genocídio Americano: a Guerra do Paraguai, publicado há quase quatro décadas e considerado importante obra da historiografia regional.
No Brasil, o episódio ficou conhecido como a Batalha de Campo Grande.
Ainda que muitos de seus dados tenham sido posteriormente questionados ou desmentidos, o texto de Chiavenato serviu para lançar luz sobre o que hoje é amplamente reconhecido como o conflito mais sangrento da história da América Latina: a Guerra do Paraguai (ou "Guerra de la Triple Alianza", como é conhecida no vizinho).
Entre 1865 e 1870, o Paraguai enfrentou os Exércitos do Brasil, da Argentina e do Uruguai
Calcula-se que, em 5 anos, tenham morrido entre 200 mil e 300 mil paraguaios, que correspondiam na época à metade da população do país. Do total de mortos, 80% eram homens.
Mas o que aconteceu na Batalha de Acosta Ñu para que ela se tornasse, nas palavras de Chiavenato, o "símbolo mais terrível da crueldade dessa guerra"?
Travada em 16 de agosto de 1869, a batalha foi protagonizada, do lado paraguaio, crianças e adolescentes. Seu impacto foi tão forte que a data acabou virando o Dia da Criança no Paraguai.
Em memória aos combatentes e ao aniversário de 150 anos do episódio, o governo paraguaio inaugura nesta sexta-feira (16) um monumento na cidade de Eusebio Ayala.

A 'guerra total'

"O ano de 1869 marca definitivamente o conceito de guerra total", diz o historiador paraguaio Fabián Chamorro à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.
Menino soldadoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMassacre de crianças foi um dos pontos mais horrendos da guerra
Com o Exército paraguaio praticamente exterminado, explica Chamorro, figuras importantes dentro das forças aliadas chegaram a sinalizar que a guerra teria terminado e que seria o momento de deixar o país.
Conforme Chiavenato, uma dessas figuras era o general Luís Alves de Lima e Silva, futuro duque de Caxias, que liderava as tropas brasileiras no Paraguai.
"Quanto tempo, quantos homens, quantas vidas e de quantos recursos necessitaremos para terminar a guerra, quer dizer, para transformar em fumaça e pó toda a população paraguaia, para matar até os fetos no ventre das mulheres?", argumentou com o imperador Dom Pedro 2º.
A ordem, entretanto, era de que a guerra só chegaria ao fim com a morte do presidente do Paraguai, o marechal Francisco Solano López, o que só aconteceria em 1º de março de 1870.
"Não tinha necessidade de fazer toda essa caçada, em que a população civil foi a principal prejudicada", ressalta Chamorro.
Enquanto lutava pela própria sobrevivência, Solano López recrutava soldados cada vez mais jovens.
"Primeiro eles tinham 16 anos, depois 14, 13 anos", relata Barbara Potthast, professora de História Ibérica e Latinoamericana na Universidade de Colônia, na Alemanha.
ParaguaiosDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMulheres e crianças acabaram integrando o Exército do Paraguai
A historiadora encontrou até registros de alistamento de meninos de 11 anos - que não chegavam a ir para a frente de batalha, mas se dedicavam a outras tarefas, como transportar materiais.
O mesmo acontecia com as mulheres, muitas vezes encarregadas da logística.
"Não era um exército profissional como conhecemos hoje", pontua Potthast. "Como muitos dizem, era o 'povo pegando em armas'."

Escudo humano?

Solano López conseguiu escapar algumas vezes dos aliados. Sua última "fuga milagrosa" aconteceu quatro dias antes de batalha de Acosta Ñu, quando caiu Piribebuy.
"Em 12 de agosto (de 1869), as forças paraguaias se dividiram em duas: o marechal ia em uma coluna e, em outra, mulheres, crianças e idosos", conta Chamorro.
O último grupo levava toda a logística do Exército em carros de boi: canhões, armas, vestuário, acessórios de cozinha.
Mapa da batalha de Acosta ÑuDireito de imagemSECRETARIA NACIONAL DE CULTURA DO PARAGUAY
Image captionA batalha de Acosta Ñu aconteceu há 150 anos em local próximo ao que hoje é a cidade de Eusebio Ayala, no centro do Paraguai
Segundo o historiador, eles foram alcançados pelos aliados - em sua maioria soldados brasileiros - e "não tiveram outra opção a não ser lutar".
Já Potthast cita outra teoria. "O que se diz, e não tenho motivos para duvidar, é que nessa batalha a função das crianças e jovens era servir como uma espécie de barreira para o avanço do Exército."
O fato é que Solano López conseguir mais uma vez fugir para o Norte com o restante das tropas, onde continuaram a resistência.

20 mil contra 3,5 mil

A batalha de Acosta Ñu aconteceu próximo ao que hoje é a cidade de Eusebio Ayala, no centro do Paraguai, e foi, nas palavras de Chamorro, "um verdadeiro massacre".
"De um lado estavam os brasileiros, com 20 mil homens", escreveu Chiavenato. "De outro, os paraguaios, com 3,5 mil soldados entre 9 e 15 anos, além de crianças de 6, 7 e 8 anos que também acompanhavam o grupo."
Prisioneiro paraguaio e seu captor brasileiroDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPrisioneiro paraguaio e seu captor brasileiro: Guerra do Paraguai durou 5 anos
Ainda que não haja consenso sobre o número - e alguns relatos chegam à cifra de 700 -, os diferentes historiadores e registros destacam a crueldade que marcou a batalha.
As crianças e jovens lutaram ao lado de alguns veteranos de guerra, um contingente estimado em algo entre 500 e 3 mil, a depender da fonte.
De qualquer forma, existia uma assimetria grande entre os dois exércitos, que não só era númerica e etária, mas também tecnológica.
"As armas usadas pelos paraguaios tinham um alcance máximo de 50 metros", diz Chamorro, enquanto "os rifles Spencer, usados sobretudo pela cavalaria imperial do Brasil, tinha um alcance de mais de 500 metros."
"Ou seja, para que o paraguaio pudesse confrontar um brasileiro, tinha que encarar dez descargas de bala. Era impossível", completa.
A isso se soma o fato de que os mais novos não tinham nem força física para empunhar as armas, muito menos nas condições em que estavam, com fome e muitas vezes doentes, acrescenta Potthast.

No campo de batalha

A batalha começou pela manhã e terminou cerca de 10 horas depois, com poucas baixas do lado brasileiro e quase nenhum sobrevivente do lado paraguaio.
Monumento de Acosta Ñu em obrasDireito de imagemSECRETARIA NACIONAL DE CULTURA DO PARAGUAY
Image captionMonumento em 'honra aos heróis da pátria, os meninos mártires de Acosta Ñu' durante sua construção
Os detalhes sobre o confronto, mais uma vez, divergem a depender da fonte.
Potthast afirma que, para que os soldados brasileiros não percebessem que lutavam contra crianças, foram colocadas barbas falsas nos meninos. Já Chamorro argumenta que não haveria tempo naquelas circunstâncias para que se preocupassem com esse tipo de detalhe.
Diz-se ainda que os pequenos iam armados com varas que simulavam rifles.
"As crianças de 6 a 8 anos, no calor da batalha, aterrorizadas, se agarravam às pernas dos soldados brasileiros, chorando, pedindo que não os matassem. E eram degoladas no ato", escreveu Chiavenato em sua obra, conforme a tradução do Portal Guaraní.
À tarde, ele acrescenta, quando as mães recolhiam os corpos dos filhos e ainda havia feridos, os brasileiros teriam queimado todo o lugar.
O general brasileiro Dionísio Cerqueira, entretanto, que participou da batalha, deu outra perspectiva. "Que luta terrível entre a piedade cristã e o dever militar! Nossos soldados diziam que não lhes dava gosto lutar contra tantas crianças."
Crianças paraguaiasDireito de imagemREUTERS
Image captionDia da Criança é comemorado desde 1948 no Paraguai no dia 16 de agosto
"O campo ficou repleto de mortos e feridos do lado inimigo, entre os quais nos causava muita pena, pelo número elevado, os soldadinhos, cobertos de sangue, com as perninhas quebradas, alguns nem sequer haviam atingido a puberdade", completou.
Potthast, por sua vez, encontrou relatos que afirmavam que, pelo contrário, os pequenos não choravam, mesmo quando eram feridos.
Nas palavras da historiadora alemã, o único ponto em comum entre os observadores e historiadores de todos os lados era o "valor e a coragem da luta dos paraguaios, inclusive dos meninos soldados".

Identidade nacional

Tanto Chamorro quanto Potthast ressaltaram que o conceito de infância no século 19 não era o mesmo que hoje. Ainda assim, a ideia do "menino herói" que morreu defendendo sua nação é parte da identidade nacional paraguaia.
"Essa guerra é o acontecimento mais importante da história do Paraguai", disse a historiadora alemã à BBC News Mundo. "É pedra fundamental do nacionalismo que se desenvolveu no século 20."
Mulher em Assunção com bandeira do ParaguaiDireito de imagemEPA
Image captionA Guerra do Paraguai é fundamental para entender o nacionalismo hoje no país, diz Potthast
A ideia difundida por uma parte dos acadêmicos e por vários governos, sobretudo militares, foi a de que os paraguaios "perderam a guerra, mas lutaram com heroísmo, e é desse heroísmo que tiram força", destaca Potthast.
A batalha de Acosta Ñu foi usada como uma "excelente propaganda para transformar as crianças em futuros soldados", acrescenta Chamorro, que lembra, porém, que o serviço militar no Paraguai é obrigatório.
O decreto que em 1948 fixou o 16 de agosto como Dia da Criança no Paraguai destacava a importância de "fomentar por todos os meios a difusão e intensificação do sentimento nacionalista por meio das grandes memórias".
Sobre as crianças especificamente, destacava que elas deveriam ser educadas com base no patriotismo.
"Há trabalhos escolares escritos depois de 1948, por exemplo, em que se vê um garoto assistindo a um desfile militar e falando para o pai: 'Papai, quero ser soldado'. Ao que ele responde: 'Você já é um soldado'."
Um século e meio depois, o monumento inaugurado neste 16 de agosto pelo presidente Mario Abdo Benítez é, segundo a Secretaria Nacional de Cultura, "em honra aos heróis da pátria, os meninos mártires de Acosta Ñu"
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 17 de agosto de 2019

A travessia atordoada


A sociedade se encontra diante de muitas encruzilhadas. Não conseguiu superar as desigualdades, enfrenta danos éticos e o capitalismo segue armando cilada. As revoluções não superaram impasses antigos. Há permanências. As experiências socialistas criaram, muitas vezes, governos autoritários.Sabe-se que o ideal da solidariedade não morreu, porém não se pode negar que há desmanches, violência e descasos políticos. Repetem-se certos desenganos, concentram-se privilégios e coletivo não firma sua autonomia.A falta de alternativa inquieta quem se atordoa com a forte tendência de espalhar deboche e massificar tolices.
Os populismos não cedem, porque a política não se torna ponto de reflexão. Querem eleger salvadores, depois surgem as desconfiança e os fracassos. Portanto, as sucessões trazem esperanças que são passageiras. Há promessas e não planejamentos consequentes. A quebra dos valores é imensa. Não projetos para substitui-los e os escândalos de corrupção aumentam. O reino do cinismo se alia ao pragmatismo. Trump e Jair desfilam com aplausos de uma plateia descolada da história.Parece um divertimento que despreza a memória e flerta com os fascismo.
Se os impasses se acumulam, as frustrações ganham espaço. Não significa que a apatia se alastra de forma incontrolável. Há resistência e lucidez. Assusta a existência de grupos que pedem para ser dominados. Não se trata, apenas, de observar a misérias e o descontrole. Dói registrar a omissão e sorriso de alguns. Quem se ocupa da sociabilidade? Vale celebrar a competição? As chamadas autoridades soltam as palavras com argumentos nada equilibrados. Quem desejam agradar?
A história nunca foi um deserto de aridez inesgotável. Há jardins. Os conflitos não se localizam em determinadas épocas e se vão em busca de paraísos. No entanto, há tempos de crises mais profundas e desesperos mais frequentes. Caminhamos evitando encruzilhadas, mas ela aparecem com uma força destruidora. Um desmoronar que deprime e se amplia. Se a rebeldia se fragilizar , de vez, as convivências serão focos de discordâncias constantes. É preciso dizer um não , para que se aticem diálogos. Não é uma contradição, porém o desenho de necessidades que movimentem e abatam os fantasmas
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Alemanha divulga vídeo em resposta as críticas de Bolsonaro sobre preservação ambiental



A Embaixada da Alemanha publicou um vídeo nesta quinta-feira, 15, para divulgar seus principais parques florestais no País e convidar as pessoas a conhecerem a natureza preservada pelo país europeu. O vídeo, com mensagens em português, foi divulgado na conta do Facebook da embaixada.

Angela Merkel, chanceler da Alemanha.
Angela Merkel, chanceler da Alemanha.
Foto: Hannibal Hanschke / Reuters
A divulgação ocorre um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer que a chanceler alemã, Angela Merkel, deve "pegar a grana" bloqueada para preservação ambiental no Brasil e reflorestar a Alemanha. "Eu queria até mandar um recado para a senhora querida Angela Merkel, que suspendeu US$ 80 milhões para a Amazônia. Pegue essa grana e refloreste a Alemanha, ok? Lá está precisando muito mais do que aqui", disse Bolsonaro.
Você sabia que a Alemanha é um dos países mais florestados da Europa? As florestas alemãs são destinos turísticos imperdíveis", afirma a embaixada no vídeo, que contém imagens de diversas florestas protegidas do país. As mensagens afirmam que a área das florestas alemãs cresceu em mais de 1 milhão de hectares nas últimas cinco décadas e que cobrem um terço do território nacional.
"Hoje a Alemanha é um dos países mais densamente florestados Europa. Partiu visitar a natureza alemã?", convida a embaixada.
Em 3 de julho, reportagem do Estado revelou que a Alemanha havia decidido reter uma nova doação de 35 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 155 milhões, para o Fundo Amazônia. O bloqueio foi confirmado pelo governo alemão no último sábado, 10. O país já repassou R$ 193 milhões para o programa.
Nesta quinta-feira, 15, foi a vez de a Noruega anunciar a suspensão de um repasse de R$ 133 milhões ao fundo. Juntos, os dois países já doaram R$ 3,4 bilhões para o programa

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Professor Edgar Bom Jardim - PE