sábado, 17 de agosto de 2019

A travessia atordoada


A sociedade se encontra diante de muitas encruzilhadas. Não conseguiu superar as desigualdades, enfrenta danos éticos e o capitalismo segue armando cilada. As revoluções não superaram impasses antigos. Há permanências. As experiências socialistas criaram, muitas vezes, governos autoritários.Sabe-se que o ideal da solidariedade não morreu, porém não se pode negar que há desmanches, violência e descasos políticos. Repetem-se certos desenganos, concentram-se privilégios e coletivo não firma sua autonomia.A falta de alternativa inquieta quem se atordoa com a forte tendência de espalhar deboche e massificar tolices.
Os populismos não cedem, porque a política não se torna ponto de reflexão. Querem eleger salvadores, depois surgem as desconfiança e os fracassos. Portanto, as sucessões trazem esperanças que são passageiras. Há promessas e não planejamentos consequentes. A quebra dos valores é imensa. Não projetos para substitui-los e os escândalos de corrupção aumentam. O reino do cinismo se alia ao pragmatismo. Trump e Jair desfilam com aplausos de uma plateia descolada da história.Parece um divertimento que despreza a memória e flerta com os fascismo.
Se os impasses se acumulam, as frustrações ganham espaço. Não significa que a apatia se alastra de forma incontrolável. Há resistência e lucidez. Assusta a existência de grupos que pedem para ser dominados. Não se trata, apenas, de observar a misérias e o descontrole. Dói registrar a omissão e sorriso de alguns. Quem se ocupa da sociabilidade? Vale celebrar a competição? As chamadas autoridades soltam as palavras com argumentos nada equilibrados. Quem desejam agradar?
A história nunca foi um deserto de aridez inesgotável. Há jardins. Os conflitos não se localizam em determinadas épocas e se vão em busca de paraísos. No entanto, há tempos de crises mais profundas e desesperos mais frequentes. Caminhamos evitando encruzilhadas, mas ela aparecem com uma força destruidora. Um desmoronar que deprime e se amplia. Se a rebeldia se fragilizar , de vez, as convivências serão focos de discordâncias constantes. É preciso dizer um não , para que se aticem diálogos. Não é uma contradição, porém o desenho de necessidades que movimentem e abatam os fantasmas
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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