sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Por que o WhatsApp bloqueou filho de Bolsonaro e mais 'centenas de milhares' de usuários às vésperas das eleições


Pessoa usando celularDireito de imagemLEOPATRIZI / GETTY IMAGES
Image captionAplicativo de mensagens está no centro do debate na campanha eleitoral deste ano no Brasil
A conta do senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL) - filho do candidato presidencial Jair Bolsonaro, do mesmo partido - no WhatsApp foi banida por "comportamento de spam", segundo um porta-voz do escritório da empresa em São Paulo ouvido pela BBC News Brasil nesta sexta-feira.
Na quinta-feira, um executivo da sede do WhatsApp na Califórnia informou à BBC News Brasil que "centenas de milhares de perfis foram banidos" durante o período eleitoral brasileiro.
Os bloqueios seriam fruto de um investimento da empresa de tecnologia em ferramentas de detecção de comportamento suspeito de usuários, como o volume de mensagens enviadas, a repetição de conteúdos, discursos de ódio ou ofensas, além de quantas vezes este usuário foi excluído ou bloqueado por interlocutores.
"São algoritmos inteligentes que vão percebendo padrões e melhoram com o tempo", diz o porta-voz.
Ainda segundo o WhatsApp, a exclusão do telefone do filho de Bolsonaro da plataforma não tem a ver com as denúncias que vieram à tona nesta quinta-feira.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, empresários teriam pago até R$ 12 milhões por disparos em massa no aplicativo de mensagens atacando o rival de Bolsonaro, Fernando Haddad (PT).

Flavio Bolsonaro e Dilma Rousseff

Pelo Twitter, na manhã desta sexta, Flavio insinuou que estaria sendo perseguido pela plataforma.
"A perseguição não tem limites! Meu WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido DO NADA, sem nenhuma explicação!"
Tuíte de Flavio BolsonaroDireito de imagemTWITTER / REPRODUÇÃO
Image captionO senador eleito pelo Rio e filho de Bolsonaro é um dos principais responsáveis pela estratégia do pai nas redes sociais
Duas horas depois, o filho do presidenciável voltou à rede social para informar que sua conta havia sido reestabelecida.
"Meu telefone, cujo WhatsApp foi bloqueado, é pessoal e nada tem a ver com uso por empresas. O próprio WhatsApp informou que o bloqueio foi há dias, antes da Fake News da Foice de SP. (SIC) Agora já foi desbloqueado, mas ainda sem explicação clara sobre o porquê da censura."
Porta-vozes do WhatsApp confirmaram que a exclusão da conta de Flavio aconteceu antes da divulgação do suposto envolvimento ilegal de empresas com a campanha presidencial.
Além da conta de Flavio, segundo a BBC News Brasil apurou, um perfil criado pela campanha da ex-presidente Dilma Rousseff ao Senado por Minas Gerais também foi banida por comportamento de spam.
Após a divulgação, o PT acionou a Justiça Eleitoral para investigar suposto financiamento ilegal para Bolsonaro.
Na terça-feira, representantes do TSE e integrantes do conselho consultivo sobre internet e eleições do tribunal participaram de uma videoconferência com representantes do WhatsApp, nos Estados Unidos.
Nesta reunião, segundo a BBC News Brasil apurou, os representantes informaram que, dentre as contas de spam e automatização bloqueadas durante o primeiro turno, estava a de Flavio Bolsonaro.
Também disseram, mais de uma vez, que o número de contas bloqueadas era de 700 mil. Ao final, pediram que constasse na ata que "centenas de milhares" de contas, e não "700 mil", haviam sido bloqueadas.

O que é comportamento de spam?

A empresa explicou à BBC News Brasil quais são os critérios para a exclusão de perfis.
Um dos principais critérios é o "comportamento automático" - quando um usuário age como se fosse um robô replicando mensagens.
O envio de mensagens repetidas para muitos contatos ou grupos também é um dos comportamentos que despertam desconfiança.
Quando o usuário passa a usar outro número de telefone, porém, a ferramenta não é capaz de identificar a mudança - daí a dificuldade em controlar os "spammers"
Pessoas usando celularDireito de imagemPEOPLEIMAGES / GETTY
Image captionAs respostas dos usuários sobre spam são usadas para aprimorar os algoritmos do aplicativo, diz representante do WhatsApp
"Quando você recebe uma mensagem de um número que não está na sua agenda de contatos, você já tem as opções de bloquear ou denunciar como spam. Essas denúncias são levadas em conta pelo app."
Além dos milhares de usuários com comportamento considerado inapropriado, o WhatsApp informou à imprensa nesta sexta que acionou a Justiça para impedir que empresas como as identificadas pelo jornal Folha de S.Paulo façam envios em massa de conteúdos que possam influenciar as eleições presidenciais.
"Estamos tomando medidas legais para impedir que empresas façam envio maciço de mensagens no WhatsApp e já banimos as contas associadas a estas empresas", informou o WhatsApp, segundo o jornal.
A empresa americana também enviou notificação extrajudicial para as agências envolvidas na denúncia pedindo que deixem de enviar mensagens em massa para números de celulares obtidos pela internet, sem autorização dos proprietários.
A ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, (PSL) e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge convocaram a imprensa para entrevista coletiva sobre o caso na tarde desta sexta, mas o encontro foi adiado para o domingo.
*Colaborou Juliana Gragnani, da BBC News Brasil em Londres
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Política:Prefeitos da Frente Popular se reúnem em apoio a Haddad

Reunião com prefeitos da Frente Popular em apoio a Haddad
Reunião com prefeitos da Frente Popular em apoio a HaddadFoto: Marcelo Montanini
Na reta final do segundo turno da campanha presidencial e precisando reverter a liderança aberta pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), os partidos que integram a Frente Popular reuniu os prefeitos aliados, nesta sexta-feira (19), em Gravatá. No encontro, o governador reeleito, Paulo Câmara (PSB), agradeceu o apoio dos gestores municipais à eleição da chapa majoritária em Pernambuco e pediu o mesmo empenho na reta final das eleições para ajudar Fernando Haddad (PT).

"O desafio que nós temos até o dia 27 é importante e necessário. O Brasil já vem dando passos para trás nesses últimos anos e a gente não pode deixar que ele dê passos mais largos ainda para trás, se nós permitirmos que haja esse retrocesso com a eleição que não seja a de Fernando Haddad", alertou Paulo Câmara.

Leia também:
[Podcast] Humberto Costa responde às acusações de "Kit Gay" ditas por Bolsonaro
[Podcast] Bolsonaro chama Haddad de "mentiroso". Ouça entrevista na íntegra
Bolsonaro à Rádio Folha: 'Eu não preciso de fake news para atingir o Haddad' 


"Nós somos uma região pobre, um Estado pobre que soube muito bem mostrar ao Brasil que o nordeste já deixou de ser problema há muito tempo e agora é parte da solução. Precisamos diminuir desigualdades sociais e regionais, criar empregos e oportunidades. O Fernando Haddad representa isso", disse Paulo. Segundo ele, Haddad teve pouco tempo para apresentar suas propostas no segundo turno e enfrenta uma campanha marcada por notícias falsas. "Não está fácil. As fake news estão espalhadas, grupos poderosos por trás disso, como teve no noticiário, mas a verdade sempre vai prevalecer", disse o governador.

O senador reeleito, Humberto Costa (PT), também agradeceu aos prefeitos pela contribuição na sua campanha e conclamou os apoiadores a se engajar na campanha presidencial. Humberto defendeu a candidatura de Haddad, como uma necessidade supra-partidária. "Esse não é mais um candidato só do PT. É o candidato da democracia, da defesa da Constitruição, é o candidato de todos nós", destacou, apontando para a necessidade de desconstruir o adversário. "Essa é a hora da gende dizer quem é Bolsonaro, mostrrar às pessoas que Tê-lo no governo significa uma ameaça às liberdades, à democracia, aos mais porbres, aos partidos, ao Congresso Nacional a tudo que representa o que a gente construiu com muita luta", avaliou.

Auto-crítica - Humberto minimizou as críticas aos governo petistas, destacando os avanços sociais. "Certamente muita gente critica o PT e o governo que nós fizemos, mas sabemos o que esses governos representaram e o que nós precisamos pro Braisl. O Brasil precisa nesse momento de desenvolvimento, de crescimento, de paz de liberdade e de entendimento para sair da instabilidade e fazer com que novamente aqueles que mais precisam possam ter a ação do Estado", ressaltou.
Com informação de Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Pernambuco:'Mulheres pela Democracia' e Blocos carnavalescos apóiam Haddad no final de semana


Ato "Mulheres Pela Democracia" será neste sábado, na Praça do Derby
Ato "Mulheres Pela Democracia" será neste sábado, na Praça do DerbyFoto: Ed Machado/Folha de Pernambuco
Atos contra Jair Bolsonaro (PSL) e em apoio à candidatura do presidenciável Fernando Haddad (PT) estão programados para este final de semana. Pela segunda vez nas Eleições 2018, as mulheres irão as ruas da capital pernambucana e de outros estados brasileiros. No próximo sábado (20, a manifestação está com concentração marcada para as 13h, na Praça do Derby. Às 15h, o ato seguirá pela Avenida Conde da Boa Vista com destino à Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio. Já no domingo é a vez de um enconto com blocos carnavalescos pernambucanos em favor de Haddad.

"A força do #Elenão, ocorrido em 28 de setembro, continua contra a onda global da extrema-direita que chegou ao Brasil representada por Jair Bolsonaro (PSL). A diferença é que, no segundo turno, a união é pela vitória de Haddad, o candidato do campo democrático que está enfrentando o fascismo e a direita mais conservadora encarnada no outro candidato (Jair Bolsonaro)", explica Suely Oliveira, secretária de mulheres do PT e integrante do Comitê de Mulheres da FBP. Na organização do ato recifense, estarão os movimentos Frente Brasil Popular (FBP), Mulheres Unidas Contra Bolsonaro (#Elenão) e Fórum de Mulheres de Pernambuco. Dos partidos, estão participando fortemente PT e Psol.

Leia também:
[Podcast] Humberto Costa responde às acusações de "Kit Gay" ditas por Bolsonaro
Atos contra o PT e a favor de Bolsonaro movimentam o final de semana

Durante o ato, haverá oficina de cartazes e programação político-artísticas com Isaar França, Hilda Torres, Cida Pedrosa, Karynna Spinelli, Monique Morena, Mônica Feijó, Kátia Paz, Beth de Oxum, Slam das Minas, Mestra Del o Coco, Dj Du Lopes, Roger de Renor, Maracatu Ògún Onilê, Batucada do Fórum de Mulheres de PE, Batucada Nação Mulambu, Canibal, Batucada da UJS e Batucada da Marcha Mundial das Mulheres.

Blocos em Olinda - Os blocos carnavalescos de Pernambuco anunciaram promoverão um ato batizado "Amor em Bloco", neste domingo, dia 21 de outubro, em Olinda. "Vamos botar o bloco do amor na rua! Vamos fazer a maior festa democrática que Recife e Olinda já viram e nela nos abraçar para dizer: o futuro é de TODOS", diz a publicação do Eu Acho É Pouco. A concentração será a partir das 15h, no Largo do Amparo.

As agremiações propõem a união de blocos carnavalescos pela democracia e pretendem se espalhar pelas ladeiras da Cidade Alta. Também participam do evento os blocos A Ema, Amantes de Glória, A Troça, Bloco do Nada, Boi da Macuca, Coroas de Aço Inox, Empatando Tua Vista, Enquanto isso na Sala da Justiça, Eu Acho é Pouco, Eu Me Vingo de Tu no Carnaval, Menino da Tarde, Segunda tem Palhaço, Seguranças de Lala K, Vaca Profana e Vassourinhas. 
blocos
De Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Eleição 2018: Haddad diz que Bolsonaro criou “organização criminosa” nas redes sociais

O candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) afirmou, na manhã desta quinta-feira (18), que seu adversário Jair Bolsonaro (PSL) criou uma “verdadeira organização criminosa” com apoio de empresários e que “joga nas sombras”. O PT, partido de Haddad, divulgou nota (leia íntegra mais abaixo) afirmando que “ação coordenada para influir no processo eleitoral” não pode ser ignorada pela Justiça. Bolsonaro não comentou o assunto oficialmente até o fim da manhã de hoje.
Em sua conta no Twitter, Haddad afirma que o adversário joga sujo e “na sombra o tempo todo”.
A declaração foi publicada após a revelação do jornal Folha de S.Paulo de que empresas estão comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp, prática que configura crime eleitoral. Ainda segundo a reportagem da Folha, uma grande operação para a próxima semana, que antecede o segundo turno, está prevista.
De acordo com a reportagem do jornal, cada contrato chega a R$ 12 milhões e entre as empresas compradoras está a Havan, cujo dono faz campanha aberta em favor de Bolsonaro. Ele nega, porém, que tenha feito esse tipo de contratação. Os contratos são para disparos de centenas de milhões de mensagens.
O petista usou as contas no Twitter e no Facebook para afirma que vai acionar a Polícia Federal e a Justiça Eleitoral. “Fazer conluio com dinheiro de caixa 2 pra violar a vontade popular é crime. Ele que foge dos debates, não vai poder fugir da Justiça”, escreveu.
Em encontro com juristas nesta manhã, o petista afirmou ainda temer que a Justiça eleitoral e a imprensa não cumpram “seus deveres institucionais” por estarem “inibidas pela violência”.
Bolsonaro não se manifestou oficialmente sobre o assunto até as 11h50 desta quinta-feira. Em sua conta no Twitter, o candidato de extrema-direita republicou uma postagem de seu filho, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSL), que chama a Folha de "Foice de SP" e acusa o jornal de "contar meias verdades e mentiras descontextualizadas”.

A foice de SP junto com a petralhada não se cansa de contar meias verdades ou mentiras descontextualizadas. O desespero de ambos é justificável! Vão perder a boquinha que o partido mais corrupto do Brasil bancou ao longo de seu tempo no poder!

Em nota oficial, o PT afirma que já acionou a Justiça e a PF para investigar o caso e que “métodos criminosos do deputado Jair Bolsonaro são intoleráveis na democracia”.
Leia a íntegra da nota do PT:
“Reportagem da Folha de S. Paulo desta quinta-feira (18) confirma o que o PT vem denunciando ao longo do processo eleitoral: a campanha do deputado Jair Bolsonaro recebe financiamento ilegal e milionário de grandes empresas para manter uma indústria de mentiras na rede social WhatsApp.
Pelo menos quatro empresas foram contratadas para disparar mensagens ofensivas e mentirosas contra o PT e o candidato Fernando Haddad, segundo a reportagem, a preços que chegam a R$ 12 milhões. A indústria de mentiras vale-se de números telefônicos no estrangeiro, para dificultar a identificação e burlar as regras da rede social.
É uma ação coordenada para influir no processo eleitoral, que não pode ser ignorada pela Justiça Eleitoral nem ficar impune. O PT requereu nesta quarta (17), à Polícia Federal, uma investigação das práticas criminosas do deputado Jair Bolsonaro. Estamos tomando todas as medidas judiciais para que ele responda por seus crimes, dentre eles o uso de caixa 2, pois os gastos milionários com a indústria de mentiras não são declarados por sua campanha.
Os métodos criminosos do deputado Jair Bolsonaro são intoleráveis na democracia. As instituições brasileiras têm a obrigação de agir em defesa da lisura do processo eleitoral. As redes sociais não podem assistir passivamente sua utilização para difundir mentiras e ofensas, tornando-se cúmplices da manipulação de milhões de usuários.
O PT levará essas graves denúncias a todas as instâncias no Brasil e no mundo. Mais do que o resultado das eleições, o que está em jogo é a sobrevivência do processo democrático.
Comissão Executiva Nacional do PT”
De Congresso em Foco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Pastor e militar, deputado mais votado da Bahia declara apoio a Haddad e critica bancada evangélica


Conhecido por declarações polêmicas na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Pastor Sargento Isidório (Avante) vai assumir mandato na Câmara, em fevereiro, na condição de deputado federal mais votado de seu estado, com 323.264 votos. Antes mesmo de chegar ao Congresso, Isidório já chama a atenção.
O pastor da Assembleia de Deus e sargento da Polícia Militar diz que não vai integrar duas das mais poderosas frentes parlamentares da Casa, a evangélica e a da segurança pública, também conhecida como bancada da bala. O motivo, segundo ele, é o apoio dado pela maioria dos colegas evangélicos e militares à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência.
Para o parlamentar baiano, não há como conciliar o discurso de Bolsonaro, que contempla o armamento da população e a anistia para policiais que matarem em serviço, com a fé cristã. “Quem lê a Bíblia sabe que Jesus disse 'amai-vos uns aos outros'. Não tem lugar nenhum Jesus dizendo para matar. Tem um bocado de evangélico defendendo isso”, critica.
“Existe a possibilidade de ganhar a eleição quem está pregando que polícia que não mata não é polícia, derramamento de sangue e tortura. Estou preocupado. Duvido que os oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica queiram voltar para a ditadura”, explica.
Mudança de opinião
Pastor Sargento Isidório critica também a ausência do candidato do PSL nos debates. “Sou militar, eu tinha tudo pra apoiar o Bolsonaro, mas quando vi ele não ir a debate e fazer discurso que ofende jornalista e mulheres, tudo isso fez eu decidir meu voto”, afirma.
O pastor diz que tinha ressalvas à candidatura de Fernando Haddad (PT), mas mudou de ideia após conhecer melhor o petista. “Votarei no Haddad, ele não é o homossexual que eu pensava. É casado há 30 anos com a mesma mulher, tem filhos. Tudo que eu pensava foi desconstruído. Procurei ver os vídeos, a gente sabe que é tudo fake news”, justifica.
"Ex-gay"
A relação de Isidório com a comunidade LGBT é conflituosa. Ele se identifica como ex-gay e já afirmou em várias ocasiões que teme recaídas. O pastor condena a LGBTfobia, mas afirma ter uma “luta grande contra a homossexualidade”. “Eu não defendo a cura gay porque fica parecendo que são doentes, eu defendo a libertação, que eu sou exemplo disso. Cada um faz o que quer com seu corpo, só não pode se queixar com Deus. Não pode ser violentado, não podem ser excluídos nem espancados ou mortos, porque são pessoas que têm vida, que pagam impostos, são seres humanos”, afirma.
O militar conta que deixou de ser homossexual há pouco menos de 30 anos. Na época, afirma, era alcoólatra, fazia uso de maconha e “planejava assaltos”. A mudança de vida, segundo ele, veio por meio da religião. “Conheci a palavra de Deus através da Bíblia e passaram as coisas velhas, a Bíblia diz que nenhuma condenação para quem está em Jesus Cristo”, explica. Ele também atribui a cura do HIV à fé, embora nunca tenha feito exame para confirmar se de fato possuía o vírus.
Isidório afirma pregar o mesmo pensamento de libertação e perdão na Fundação Dr. Jesus, instituição que administra em Candeias (BA) para tratamento de dependentes químicos. O combate às drogas é uma das principais bandeiras do parlamentar. A instituição apareceu na campanha de Isidório à Câmara dos Deputados, na qual ele se autointitulou como “doido federal”. Em um vídeo conjunto com o filho João Isidório, eleito deputado estadual pela Bahia, o pastor dança e faz acrobacias ao som de  “Agora é a vez do doido/O maluco quer acabar com as drogas”.
Isidório alega que não tem medo da polêmica de ser o “doido federal” e que o uso do jingle foi estratégico. “Claro que, para ser visto, tinha de chamar atenção. Mas eu luto por alguma coisa, luto por hospitais, contra as drogas”, finaliza.
De Congresso em Foco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

LavaZap:Campanha de Bolsonaro movida a fake news é estelionato eleitoral bem mais grave que o de 2014


O professor David Emanuel de Souza Coelho, colaborador do blog Náufrago da Utopia, produziu o que me parece ser o artigo mais completo e didático dentre todos os que têm saído nos últimos dias sobre as novas formas de induzirem-se coletividades a votos desastrosos, movidas pela bílis e passando batido pelos imensos prejuízos que sofrerão como consequência de suas opções intempestivas: "Manipulação psicológica dos eleitores atinge novo patamar de eficácia e isso se constata na campanha de Bolsonaro" (clique aqui para acessar).
Trata-se de leitura obrigatória, até por já serem dois os reveses em boa parte decorrentes dessas práticas que desfiguram ainda mais a democracia burguesa, o Brexit e a eleição de Donald Trump. Um terceiro só deixará de ocorrer se o povo brasileiro acordar rapidamente de seu desvario autoritário: a condução ao Palácio do Planalto do político mais despreparado para presidir o Brasil em todos os tempos, Jair Bolsonaro.
Para não alongar a discussão, aponto o principal motivo de ele ser o homem errado no momento errado: passou três décadas de vida política surfando nas ondas do ódio, sempre açulando a truculência de uma parte da sociedade contra a outra.
Ocorre que estamos há quatro anos com o país dividido em duas metades que não param de se digladiarem, gerando desunião política suficiente para inviabilizar todas e quaisquer possibilidades de sairmos da recessão que impiedosamente fustiga o nosso povo.
O Brasil neste momento precisa desesperadamente de uma trégua, de um mínimo de diálogo e entendimento para que sejam reduzidas as tensões antes de todas as nossas cidades virarem campos de batalha.
Apesar de possuir limitações evidentes, Fernando Haddad ao menos não depende da manutenção e incremento do ódio para sua sobrevivência política. Tem gabarito intelectual para perceber que rumamos para um abismo que nos tragará a todos e já acenou com a perspectiva de fazer um governo com menos exclusivismo arrogante e mais bom senso que os últimos do PT.
É pouco? É. Mas, a alternativa é menos do que nada: um candidato que, para não perder o controle sobre a horda selvagem de seguidores agrupados no núcleo duro de sua campanha, terá de cumprir pelo menos uma parte de suas propostas extremamente radicais (algumas até ilegais, como a promessa de extradição de Cesare Battisti, que nenhum presidente terá o direito de ordenar sem a anuência do STF).
Ou seja, com Haddad talvez superemos o clima político corrosivo que perdura desde a reeleição de Dilma Rousseff, já maculada por flagrantes mentiras e estelionato eleitoral. Os adversários não aceitaram perder de tal maneira e o resultado foram quatro anos de crise política e estagnação econômica.
Agora se desenha uma vitória ainda mais contestável, porque a inacreditável quantidade de fake news disseminadas nas redes sociais pela campanha de Bolsonaro simplesmente maximizou o estelionato eleitoral de 2014. Como poderá ser docilmente aceita?
Com isso, mais a profusão de medidas impopulares que estão sendo antecipadas por Bolsonaro e sua trupe, evidentemente haverá reações, cuja contundência vai aumentar à medida que os cidadãos comuns forem se dando conta do logro sofrido.
Resultado: uma escalada de violência política que provavelmente ultrapassará tudo que vimos até hoje no Brasil, conduzindo a um autogolpe ou a um golpe militar. E, claro, mais anos e anos de recessão, embora nosso povo já esteja no limite de suas forças.
A contagem regressiva está em curso. Temos cerca de uma semana para tomarmos decisões rápidas e eficazes. Caso contrário, tornar-se-á impossível evitarmos a abertura das portas do inferno.

Do mesmo autor:

Com informações de de Congresso em Foco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

PDT quer anular eleição:Segundo matéria da Folha de S.Paulo, empresas teriam comprado pacotes de mensagens contra o PT no WhatsApp


O presidente nacional do PDTCarlos Lupi, informou que ingressará com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)questionando o resultado do primeiro turno da eleição presidencial pelo que chamou de suspeita de "fraude eleitoral".
Segundo ele, o departamento jurídico do partido ainda avalia a que instrumento jurídico recorrerá, entre eles pedidos de nulidade ou cancelamento do pleito deste ano.
Para Lupi, é de uma "gravidade imensurável" denúncia publicada nesta quinta-feira (18) pela Folha de S.Paulo de que empresas compraram pacotes de disparos de mensagens contra o PT no WhatsApp.
A prática é ilegal, já que se trata de doação empresarial a campanha eleitoral, o que é vedado pela legislação eleitoral.
"Eles estão praticando uma ilegalidade grave que pode ter influenciado no processo eleitoral", disse Lupi.
O candidato do partido, Ciro Gomes, ficou em terceiro lugar na disputa eleitoral deste ano, atrás de Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).
Com Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

LavaZap:PT entra com pedido de investigação no TSE e pede inelegibilidade de Bolsonaro

Foto: Lula Marques/Agência PT
Foto: Lula Marques/Agência PT
O PT entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com uma ação de investigação contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) e empresas apontadas como responsáveis por bancar a disseminação de mensagens contra a campanha do PT pelas redes sociais. O partido do presidenciável Fernando Haddad (PT) pede à Corte eleitoral que declare a inelegibilidade de Bolsonaro para os próximos oito anos após a eleição atual.
Na ação, o partido cita que há indícios de que foram comprados pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT pelo aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp, conforme noticiado pelo jornal Folha de S.Paulo.

O PT pede à Justiça Eleitoral que seja decretada busca e apreensão de documentos na sede da Havan e na residência de Luciano Hang, dono da empresa, apontado pelo jornal como um dos responsáveis pelo pagamento do conteúdo. Além disso, a legenda de Haddad quer que o aplicativo WhatsApp seja determinado a apresentar em 24 horas um plano de contingência para suspender o disparo em massa de mensagens ofensivas ao presidenciável petista. 

No pedido, o TSE é cobrado para requerer a Luciano Hang documentação sobre eventual contribuição feita em apoio a Jair Bolsonaro. Em caso de negativa, a ação pede que seja expedido mandado de prisão contra o empresário. O partido pede também a oitiva e a quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático dos citados na ação, que também engloba outras empresas apontadas como responsáveis pela onda de mensagens na rede social.


Professor Edgar Bom Jardim - PE