quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Os 13 candidatos à Presidência da República em 2018

Terminado o prazo para o registro de candidaturas à Presidência da República no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 19h desta quarta-feira, 15, a corrida pelo Palácio do Planalto de 2018 tem, oficialmente, 13 candidatos. É o maior número em eleições presidenciais no Brasil desde 1989, a primeira da redemocratização, quando foram 22 os presidenciáveis.
Além de PT e PSDB, que polarizam as disputas pelo Planalto desde 1994, a eleição de 2018 terá um candidato do MDB após 24 anos, um do PDT depois de 12 anos e a estreia da Rede Sustentabilidade, criada em 2015, no cenário nacional.
Também estarão representados na urna com cabeças de chapa o PSOL, que vem lançando candidatos à Presidência em todos os pleitos desde 2006, PSL, PPL e PSTU, além de partidos que aderiram à tendência de abolirem siglas como nome: Podemos, Novo, Democracia Cristã e Patriota.
Veja abaixo quem são os candidatos:

Lula (PT)

 (Nelson Almeida/AFP)
Líder nas pesquisas de intenção de voto, embora preso e enquadrado na Lei da Ficha Limpa por ter sido condenado em segunda instância na Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 72 anos, foi oficializado na corrida presidencial nesta quarta, último dia do prazo. Eleito em 2002 e reeleito em 2006, Lula teve registrado como candidato a vice-presidente o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, de 55 anos.
Com o provável indeferimento do registro da candidatura do ex-presidente pelo TSE, o que deve ocorrer até, no máximo, o dia 17 de setembro, Haddad deve ser o candidato do PT à sucessão do presidente Michel Temer (MDB). A vice, neste caso, será a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul Manuela D’Ávila, do PCdoB, que abriu mão de sua candidatura à Presidência para aguardar a decisão da Justiça Eleitoral sobre o titular da chapa petista. Além dos comunistas, o PT tem em sua coligação o PROS.

Jair Bolsonaro (PSL)

Capitão da reserva do Exército, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), de 63 anos, é o representante do conservadorismo e da direita com maior potencial eleitoral na disputa deste ano. Sem Lula entre os candidatos, é ele quem lidera as pesquisas de intenção de voto à Presidência, com 19% da preferência, conforme pesquisa VEJA/Ideia Big Data divulgada no final de julho.
Depois de três negociações frustradas pela indicação de seu companheiro de chapa – com o senador Magno Malta (PR-ES), a advogada Janaina Paschoal e o “príncipe” Luiz Philippe de Orleans e Bragança – formou-se uma chapa puro-sangue militar, com o general da reserva Hamilton Mourão, de 65 anos, na vice de Bolsonaro. O partido de Mourão, o nanico PRTB, é o único aliado do candidato do igualmente diminuto PSL na eleição.

Marina Silva (Rede)

Em sua terceira tentativa de chegar à Presidência – foi derrotada ainda no primeiro turno em 2010 e 2014 – a ex-ministra e ex-senadora Marina Silva(Rede), de 60 anos, disputará a primeira eleição ao Palácio do Planalto liderando a Rede Sustentabilidade, partido que ela idealizou e ganhou vida em 2015. Nos pleitos anteriores, ela estava filiada a PV e PSB, respectivamente.
Com o chamado “recall” das eleições anteriores, Marina aparece logo abaixo de Bolsonaro nas pesquisas eleitorais. No levantamento VEJA/Ideia Big Data, ela marcou 11% das intenções de voto sem Lula no páreo. Seu vice é o médico Eduardo Jorge, de 68 anos, filiado ao único partido aliado à Rede de Marina Silva, o PV. Jorge disputou a Presidência em 2014.

Ciro Gomes (PDT)

O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, 60 anos, está de volta à disputa pela Presidência após 16 anos. Filiado ao PDT, depois de passar por seis partidos, Ciro havia concorrido ao Planalto em 1998 e 2002, pelo PPS, e não chegou ao segundo turno em nenhuma das duas ocasiões. Com 7% das intenções de voto no cenário sem Lula, conforme a pesquisa VEJA/Ideia Big Data, o pedetista pode ter sua candidatura “esvaziada” à esquerda, sobretudo no Nordeste, com a confirmação de que Fernando Haddad será o candidato apoiado por Lula.
Aliado apenas ao nanico Avante – o PSB, que ele cortejava, declarou-se neutro, em acordo com o PT – Ciro Gomes vai para a campanha com uma chapa pura do PDT. Sua vice é a senadora Kátia Abreu (TO), 56 anos, que tem a trajetória parlamentar ligada ao agronegócio e já passou por PFL, DEM, PSD e MDB, do qual foi expulsa por criticar o governo de Michel Temer.

Geraldo Alckmin (PSDB)

Governador de São Paulo por quatro vezes, Geraldo Alckmin (PSDB), 65 anos, disputará pela segunda vez a Presidência da República – ele foi derrotado por Lula em 2006, quando teve menos votos no segundo turno do que no primeiro.
O tucano patina nas pesquisas de intenção de voto, tem 6% da preferência, conforme o levantamento VEJA/Ideia Big Data, e aposta no amplo arco de alianças que costurou para crescer. Alckmin recebeu o apoio dos cinco que compõem o chamado Centrão (PP, DEM, PRB, PR e Solidariedade), além de PTB, PPS e PSD, e terá cerca 40% do tempo da propaganda eleitoral em rádio e TV. Sua vice, avalizada pelo Centrão, é a senadora Ana Amélia (PP-RS), de 73 anos.

Alvaro Dias (Podemos)

Ex-governador do Paraná e senador em terceiro mandato, Alvaro Dias(Podemos), 73 anos, concorrerá à Presidência pela primeira vez. Apostando no discurso de “refundar a República” e na promessa de que convidará o juiz federal Sergio Moro para ser seu ministro da Justiça, Dias tem como principal força a região Sul do país. Conforme a pesquisa VEJA/Ideia Big Data, ele lidera na região, com 23% das intenções de voto. Pouco conhecido nas demais regiões, Dias tem 4% da preferência no país, segundo o levantamento.
O vice de Alvaro Dias é o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Paulo Rabello de Castro (PSC), de 69 anos. Além do partido de seu companheiro de chapa, a coligação encabeçada por Dias inclui os nanicos PRP e PTC.

Henrique Meirelles (MDB)

Depois de 24 anos, o MDB voltará a ter um candidato à Presidência da República. O nome escolhido pelo partido, um neoemedebista, é o do ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, 72 anos, filiado ao partido em abril.
Em campanha, Meirelles terá como principal obstáculo sua ligação com o impopular presidente Michel Temer, reprovado por 82% da população, conforme o Datafolha, e de cujo governo ele foi ministro entre maio de 2016 e abril de 2018. Com 2% das intenções de voto na pesquisa VEJA/Ideia Big Data, Meirelles tentará, por outro lado, ressaltar que foi o economista escalado tanto por Lula quanto por Michel Temer para postos-chave em momentos delicados da economia. Aliado apenas ao nanico PHS, o ex-ministro terá como vice o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (MDB), de 68 anos.

Guilherme Boulos (PSOL)

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, 36 anos, mantém a tradição do PSOL em lançar candidatos à Presidência da República desde que o partido foi criado, em 2004, a partir de dissidências do PT. Antes dele, concorreram pela legenda Heloísa Helena, em 2006, Plínio de Arruda Sampaio, em 2010, e Luciana Genro, em 2014.
Com 1% na pesquisa VEJA/Ideia Big Data, Boulos entra na disputa com uma chapa puro-sangue psolista e tem a líder indígena Sônia Guajajara, 44 anos, como vice.

Os nanicos

No pelotão de nanicos da eleição presidencial de 2018 estão o sempre presente José Maria Eymael (Democracia Cristã), candidato em 1998, 2006, 2010 e 2014; o deputado federal Cabo Daciolo (Patriota); o ex-banqueiro João Amoêdo (Novo); o escritor João Goulart Filho (PPL), filho do ex-presidente João Goulart; e Vera(PSTU).
Fonte: Revista Veja

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Política e Religião:TRE promove encontro com líderes religiosos


No dia que antecede o início do período de propaganda eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) reuniu líderes das mais variadas religiões para esclarecimentos sobre as regras da campanha política. O objetivo do encontro foi discutir a participação das religiões no processo eleitoral. 
O presidente do TRE-PE, desembargador Luiz Carlos Figueiredo, abriu o evento dizendo que a intenção do Tribunal não é impedir que comunidades religiosas tenha suas preferências políticas nem mesmo censurá-las, mas saber diferenciar as campanhas políticas dos cultos religiosos. “O eleitor e fiel de qualquer igreja deve distinguir bem os papéis. Você pode ouvir as pessoas da sua igreja, mas essa convicção é só sua. Dentro da igreja não é o local adequado para esse debate”, disse.
No evento foram esclarecidas dúvidas sobre a legislação eleitoral e detalhadas as regras que norteiam as propagandas políticas. O procurador Regional Eleitoral substituto em Pernambuco, Wellington Saraiva, elucidou alguns pontos importantes. “Algumas igrejas são muitos poderosas e arrecadam muito dinheiro dos seus fiéis. Existe o entendimento de que igrejas não podem financiar candidaturas específicas porque significaria um favorecimento indevido de determinados candidatos”, advertiu. Folha de Pernambuco.
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Andrezza Formiga entre os finalistas do 29º Prêmio da Música Brasileira


A forrozeira Andrezza Formiga defende a cultura nordestina na final do 29º Prêmio da Música Brasileira na categoria Regional – Cantora, com o álbum “E TOME FORRÓ MEU BEM!”
O álbum traz dez canções, em sua maioria inéditas e se destaca também pelos arranjos, dos quais a cantora fez questão de participar e acompanhar de perto durante todo o processo de produção e gravação.
A cantora vive o melhor momento de sua vida artística. Chega confiante e vitoriosa aoTheatro Municipal do Rio de Janeiro. Já são 18 anos trilhando os caminhos do forró entre a banda Casaca de Couro e a carreira solo.
Andrezza ainda sente aquele friozinho na barriga ao subir nos palcos em algumas apresentações: “Sempre tem dias que parece a primeira vez”, comenta.
O forte de Andrezza Formiga é o forró, além de uma voz bonita e boa presença de palco. Estes requisitos somados a um repertório cultural eclético do autêntico pé de serra e do bom renovado forró faz com que a artista se torne mais notável e chegue a ser indicada como o melhor álbum de música regional do Brasil.
“Ser uma das finalistas deste prêmio é muito expressivo para qualquer artista. É um reconhecimento nacional que nos deixa feliz e nos incentiva ainda mais a produzir música boa! A sensação é de que estamos no caminho certo.De que o trabalho quando é feito com cuidado, amor e carinho, do jeito que a gente quer mostrar vai longe… Sensação de que nossa verdade agradou e tudo repercute positivamente”, declarou Andrezza.
E TOME FORRÓ MEU BEM! tem produção e direção musical de Roberto Cruz e participação dos músicos Diórgenes Mariano (sanfona e bateria), Danilo Mariano (teclados), Daniel Coimbra (cavaquinho), Binho Lero Lero (zabumba e percussões), Lucas Crasto (contrabaixo), João Neto (guitarra e violões), Joab Santana e Elda Santana (vocais), Fofão e Roberto Cruz (mixagem e masterização), Renata Melo (projeto gráfico). Produção fonográfica: AR2 Produções e Eventos. O repertório que valoriza grandes compositores e revelações da música nordestina como Flávio Leandro, Roberto Cruz, Jessier Quirino, Bruno Lins e Rafael Beibe.

Você pode curtir o som de Andrezza Formiga através do canal do Youtube da cantora.
Acesse https://www.youtube.com/andrezzaformiga

Matéria: Edgar Santos
Foto Capa do CD – Renata Melo
Fotos Divulgação – Bruno Maia
Fonte:http://culturapopularpe.com.br/andrezza-formiga-e-finalista-do-29o-premio-da-musica-brasileira/
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7° Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação



Pernambuco sedia o 7° Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação no período de 07 a 14 de agosto.
O Fórum tem como tema “O direito à educação e a garantia ao acesso, à permanência e à aprendizagem.
Durante os 04 dias de evento, Dirigentes de educação de todo país estarão discutindo a Formação do Professor; Políticas e Programas para garantir o direito à educação a implantação da Base Nacional Comum Curricular, Trajetórias de  Sucesso Escolar, dentre outros assuntos.
João Alfredo  se faz presente através da Secretária de Educação, Alessandra Santos.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Morte de José Pimentel:Artista recebe homenagens de familiares, amigos e fãs na Assembleia Legislativa do Recife


Corpo é velado na Assembleia Legislativa do Recife, na Boa Vista. Foto: Mabson Rodrigues/DP
Corpo é velado na Assembleia Legislativa do Recife, na Boa Vista. Foto: Mabson Rodrigues/DP


O corpo do ator e diretor José Pimentel, 84 anos, está sendo velado na tarde desta terça-feira (14), na Assembleia Legislativa do Recife. Em referência a Jesus Cristo, personagem mais marcante de sua carreira, o produtor foi vestido com um manto vermelho, atendendo a um pedido especial do próprio Pimentel, segundo a família. Uma bandeira de Pernambuco foi estendida sob o caixão, em respeito a trajetória e contribuição cultural do pernambucano.

"Meu pai deixa um legado de luta, trabalho e amor à arte. Ele é um exemplo a ser seguido em diversos ângulos, seja na vida profissional ou familiar. Foram muitos anos dedicados ao teatro, com muito amor, perseverança e o principal, sem nunca desistir. Ele realmente teve uma história de vida dedicada à cultura”, disse a filha única do artista, Lílian Pimentel.
A secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, visitou o local e prestou homenagem ao ator e diretor de teatro José Pimentel. "O Recife agradece a Pimentel o fato de ele ter colocado a serviço do nosso povo todos os seus talentos, como homem de teatro, diretor, ator, cenógrafo, técnico de luz e som. Dedicou-se a cada um desses papéis impregnado de paixão e entrega. Esse é o grande exemplo que ele nos deixa", disse em nota oficial. Também estiveram presentes no velório personalidades como Priscila Krause, o cantor Ed Carlos, o ator e amigo Renato Phaelante, o ator e novo Jesus, Emerson Moura, a atriz que interpreta Maria, Angélica Zenith, entre outros companheiros de palco. 

Causa da morte

Segundo informações repassadas pela família, no dia 30 de julho José Pimentel sentiu um cansaço e foi levado ao Hospital Esperança, onde ficou internado para diagnóstico e iniciou o tratamento de um enfisema pulmonar. O quadro de saúde se agravou a partir da última quarta-feira (8), quando ele foi transferido para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O paciente foi diagnosticado com neoplasia biliar, um tipo câncer que se desenvolve na vesícula biliar, um pequeno órgão abaixo do fígado. Devido as complicações da doença, José Pimentel faleceu às 9h01 desta terça-feira (14), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Esperança. O artista estava respirando com a ajuda de aparelhos e sendo submetido a sessões de hemodiálise. Nascido no dia 11 de agosto de 1934, Pimentel faleceu três dias depois de completar 84 anos. 

Sepultamento
O corpo permancerá na Assembleia Legislativa do Recife, no bairro da Boa Vista, durante toda a madrugada. Na quarta-feira (15), às 8h, um cortejo será direcionado para a Capela do Cemitério de Santo Amaro, onde haverá uma missa aberta ao público, às 10h. O sepultamento do artista está marcado para as 11h, no mesmo local. 

*Com informações do repórter Mabson Rodrigues /DP
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Desastre:o que pode ter causado a queda de trecho de 200 metros de uma ponte na Itália?

Equipe de resgate trabalha no local do incidente, em 14 de outubro de 2018Direito de imagemEPA
Image captionInvestigações estão apenas no começo, mas especialistas acreditam que o projeto da estrutura e sua manutenção podem ter contribuído para o incidente
Ainda não está claro o que causou a queda da ponte Morandi, na cidade de Gênova, no norte da Itália, mas diversas hipóteses têm sido cogitadas.

A construção da estrutura de 1,2 km de comprimento foi concluída em 1967 e está posicionada sobre uma série de trilhos de trens, em uma área industrial com diversas fábricas.
Normalmente, uma ponte é feita para durar ao menos cem anos. Então, o que fez esta desmoronar bem antes deste prazo, causando dezenas de mortes?

Houve falhas na manutenção?

"Uma grande ponte como essa precisa de inspeções regulares e de manutenção por engenheiros qualificados. Essa ponte havia passado por bastante manutenção", disse à BBC News o engenheiro especializado em pontes Ian Firth, ex-presidente da Instituição de Engenheiros Estruturais, uma organização de profissionais da área baseada no Reino Unido e com membros em 105 países.
"Alguma intervenção de manutenção parecia estar ocorrendo no momento do incidente, mas não sabemos os detalhes para poder dizer se isso foi um fator ou não (que favoreceu na queda)."
A empresa que operava a estrada, a Autostrade per l'Italia, disse que um reforço das fundações estava sendo realizado quando a ponte veio abaixo e que ela vinha sendo constantemente monitorada. Obras na sua estrutura também teriam sido realizadas em 2016.
Falhas nesse tipo de serviço podem vir a ser um fator na queda de uma ponte. "No triste histórico de colapsos de pontes, a manutenção já influenciou quando foi mal planejada ou implementada", disse Firth.
"Ela muitas vezes se concentra em lidar com a degradação e preveni-la, e os reforços que a ponte recebeu recentemente podem ter sido para isso."

O projeto tinha erros?

Os custos correntes de manutenção da ponte poderiam fazer com que fosse mais econômico reconstruí-la, de acordo com Antonio Brencich, um engenheiro estrutural e palestrante da Universidade de Gênova.
"De partida, a ponte teve vários problemas, além dos custos de construção, que ficaram acima do orçamento", escreveu ele em 2016, em comentários publicados pela mídia italiana.
"Há erros nesta ponte. Mais cedo ou mais tarde, ela terá de ser substituída. Não sei quando", alertou ele na época.
Nos anos 1990, grandes reparos tiveram de ser feitos. Brencich disse que o autor do projeto, Riccardo Morandi, havia cometido erros de cálculo sobre como o concreto reforçado envelhece.
"Ele era um engenheiro com um grande discernimento, mas que deixava a desejar em cálculos práticos."
Gráfico sobre a ponte que caiu na Itália
A ponte Morandi é muito parecida com outra maior, a ponte Lago Maracaibo, na Venezuela - ambas foram projetadas por Riccardo Morandi.
A estrutura venezuelana "também apresentou problemas em sua vida útil, então, pode ser que seu design torne necessário um volume de manutenção maior que o normal", disse Ian Firth.
"Por enquanto, não há evidências para dizer se isso impactou; ainda é cedo demais para afirmar o que foi o gatilho da queda."

O tráfego foi intenso demais?

A degradação também pode ter sido agravada pelo tráfego pesado na ponte, que ficava em uma grande estrada, a A10, que leva à Riviera italiana e liga o norte da Itália à França.
Um relatório de 2011 da Autostrade disse que a ponte vinha passando por uma deterioração.
As "filas de carros e o volume de tráfego provocam uma intensa degradação da estrutura da ponte diariamente na hora do 'rush', quando se exige mais dela", disse o relatório, de acordo com a agência de notícias italiana Ansa.
"A queda pode ter sido influenciada pelas consequências do aumento de tráfego pesado e do uso que a estrada recebeu. Era bastante utilizada, não há dúvidas sobre isso", disse Firth.
Mas a ponte pode também ter sofrido com uma intensa redução dos investimentos na infraestrutura do país, que ficou abaixo de outras economias da Europa ocidental.
Especialistas em engenharia concordam que, no fim, só uma investigação aprofundada será capaz de determinar as causas reais do incidente.
Fonte:BBC
Gráfico de investimento em estradas por países da Europa
Professor Edgar Bom Jardim - PE