A forrozeira Andrezza Formiga defende a cultura nordestina na final do 29º Prêmio da Música Brasileira na categoria Regional – Cantora, com o álbum “E TOME FORRÓ MEU BEM!”
O álbum traz dez canções, em sua maioria inéditas e se destaca também pelos arranjos, dos quais a cantora fez questão de participar e acompanhar de perto durante todo o processo de produção e gravação.
A cantora vive o melhor momento de sua vida artística. Chega confiante e vitoriosa aoTheatro Municipal do Rio de Janeiro. Já são 18 anos trilhando os caminhos do forró entre a banda Casaca de Couro e a carreira solo.
Andrezza ainda sente aquele friozinho na barriga ao subir nos palcos em algumas apresentações: “Sempre tem dias que parece a primeira vez”, comenta.
O forte de Andrezza Formiga é o forró, além de uma voz bonita e boa presença de palco. Estes requisitos somados a um repertório cultural eclético do autêntico pé de serra e do bom renovado forró faz com que a artista se torne mais notável e chegue a ser indicada como o melhor álbum de música regional do Brasil.
“Ser uma das finalistas deste prêmio é muito expressivo para qualquer artista. É um reconhecimento nacional que nos deixa feliz e nos incentiva ainda mais a produzir música boa! A sensação é de que estamos no caminho certo.De que o trabalho quando é feito com cuidado, amor e carinho, do jeito que a gente quer mostrar vai longe… Sensação de que nossa verdade agradou e tudo repercute positivamente”, declarou Andrezza.
E TOME FORRÓ MEU BEM! tem produção e direção musical de Roberto Cruz e participação dos músicos Diórgenes Mariano (sanfona e bateria), Danilo Mariano (teclados), Daniel Coimbra (cavaquinho), Binho Lero Lero (zabumba e percussões), Lucas Crasto (contrabaixo), João Neto (guitarra e violões), Joab Santana e Elda Santana (vocais), Fofão e Roberto Cruz (mixagem e masterização), Renata Melo (projeto gráfico). Produção fonográfica: AR2 Produções e Eventos. O repertório que valoriza grandes compositores e revelações da música nordestina como Flávio Leandro, Roberto Cruz, Jessier Quirino, Bruno Lins e Rafael Beibe.
Você pode curtir o som de Andrezza Formiga através do canal do Youtube da cantora.
Pernambuco sedia o 7° Fórum Nacional Extraordinário dos Dirigentes Municipais de Educação no período de 07 a 14 de agosto.
O Fórum tem como tema “O direito à educação e a garantia ao acesso, à permanência e à aprendizagem.
Durante os 04 dias de evento, Dirigentes de educação de todo país estarão discutindo a Formação do Professor; Políticas e Programas para garantir o direito à educação a implantação da Base Nacional Comum Curricular, Trajetórias de Sucesso Escolar, dentre outros assuntos.
João Alfredo se faz presente através da Secretária de Educação, Alessandra Santos.
Corpo é velado na Assembleia Legislativa do Recife, na Boa Vista. Foto: Mabson Rodrigues/DP
O corpo do ator e diretor José Pimentel, 84 anos, está sendo velado na tarde desta terça-feira (14), na Assembleia Legislativa do Recife. Em referência a Jesus Cristo, personagem mais marcante de sua carreira, o produtor foi vestido com um manto vermelho, atendendo a um pedido especial do próprio Pimentel, segundo a família. Uma bandeira de Pernambuco foi estendida sob o caixão, em respeito a trajetória e contribuição cultural do pernambucano.
"Meu pai deixa um legado de luta, trabalho e amor à arte. Ele é um exemplo a ser seguido em diversos ângulos, seja na vida profissional ou familiar. Foram muitos anos dedicados ao teatro, com muito amor, perseverança e o principal, sem nunca desistir. Ele realmente teve uma história de vida dedicada à cultura”, disse a filha única do artista, Lílian Pimentel.
A secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, visitou o local e prestou homenagem ao ator e diretor de teatro José Pimentel. "O Recife agradece a Pimentel o fato de ele ter colocado a serviço do nosso povo todos os seus talentos, como homem de teatro, diretor, ator, cenógrafo, técnico de luz e som. Dedicou-se a cada um desses papéis impregnado de paixão e entrega. Esse é o grande exemplo que ele nos deixa", disse em nota oficial. Também estiveram presentes no velório personalidades como Priscila Krause, o cantor Ed Carlos, o ator e amigo Renato Phaelante, o ator e novo Jesus, Emerson Moura, a atriz que interpreta Maria, Angélica Zenith, entre outros companheiros de palco. Causa da morte Segundo informações repassadas pela família, no dia 30 de julho José Pimentel sentiu um cansaço e foi levado ao Hospital Esperança, onde ficou internado para diagnóstico e iniciou o tratamento de um enfisema pulmonar. O quadro de saúde se agravou a partir da última quarta-feira (8), quando ele foi transferido para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O paciente foi diagnosticado com neoplasia biliar, um tipo câncer que se desenvolve na vesícula biliar, um pequeno órgão abaixo do fígado. Devido as complicações da doença, José Pimentel faleceu às 9h01 desta terça-feira (14), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Esperança. O artista estava respirando com a ajuda de aparelhos e sendo submetido a sessões de hemodiálise. Nascido no dia 11 de agosto de 1934, Pimentel faleceu três dias depois de completar 84 anos.
Sepultamento
O corpo permancerá na Assembleia Legislativa do Recife, no bairro da Boa Vista, durante toda a madrugada. Na quarta-feira (15), às 8h, um cortejo será direcionado para a Capela do Cemitério de Santo Amaro, onde haverá uma missa aberta ao público, às 10h. O sepultamento do artista está marcado para as 11h, no mesmo local.
A construção da estrutura de 1,2 km de comprimento foi concluída em 1967 e está posicionada sobre uma série de trilhos de trens, em uma área industrial com diversas fábricas.
Normalmente, uma ponte é feita para durar ao menos cem anos. Então, o que fez esta desmoronar bem antes deste prazo, causando dezenas de mortes?
"Uma grande ponte como essa precisa de inspeções regulares e de manutenção por engenheiros qualificados. Essa ponte havia passado por bastante manutenção", disse à BBC News o engenheiro especializado em pontes Ian Firth, ex-presidente da Instituição de Engenheiros Estruturais, uma organização de profissionais da área baseada no Reino Unido e com membros em 105 países.
"Alguma intervenção de manutenção parecia estar ocorrendo no momento do incidente, mas não sabemos os detalhes para poder dizer se isso foi um fator ou não (que favoreceu na queda)."
A empresa que operava a estrada, a Autostrade per l'Italia, disse que um reforço das fundações estava sendo realizado quando a ponte veio abaixo e que ela vinha sendo constantemente monitorada. Obras na sua estrutura também teriam sido realizadas em 2016.
Falhas nesse tipo de serviço podem vir a ser um fator na queda de uma ponte. "No triste histórico de colapsos de pontes, a manutenção já influenciou quando foi mal planejada ou implementada", disse Firth.
"Ela muitas vezes se concentra em lidar com a degradação e preveni-la, e os reforços que a ponte recebeu recentemente podem ter sido para isso."
O projeto tinha erros?
Os custos correntes de manutenção da ponte poderiam fazer com que fosse mais econômico reconstruí-la, de acordo com Antonio Brencich, um engenheiro estrutural e palestrante da Universidade de Gênova.
"De partida, a ponte teve vários problemas, além dos custos de construção, que ficaram acima do orçamento", escreveu ele em 2016, em comentários publicados pela mídia italiana.
"Há erros nesta ponte. Mais cedo ou mais tarde, ela terá de ser substituída. Não sei quando", alertou ele na época.
Nos anos 1990, grandes reparos tiveram de ser feitos. Brencich disse que o autor do projeto, Riccardo Morandi, havia cometido erros de cálculo sobre como o concreto reforçado envelhece.
"Ele era um engenheiro com um grande discernimento, mas que deixava a desejar em cálculos práticos."
A ponte Morandi é muito parecida com outra maior, a ponte Lago Maracaibo, na Venezuela - ambas foram projetadas por Riccardo Morandi.
A estrutura venezuelana "também apresentou problemas em sua vida útil, então, pode ser que seu design torne necessário um volume de manutenção maior que o normal", disse Ian Firth.
"Por enquanto, não há evidências para dizer se isso impactou; ainda é cedo demais para afirmar o que foi o gatilho da queda."
O tráfego foi intenso demais?
A degradação também pode ter sido agravada pelo tráfego pesado na ponte, que ficava em uma grande estrada, a A10, que leva à Riviera italiana e liga o norte da Itália à França.
Um relatório de 2011 da Autostrade disse que a ponte vinha passando por uma deterioração.
As "filas de carros e o volume de tráfego provocam uma intensa degradação da estrutura da ponte diariamente na hora do 'rush', quando se exige mais dela", disse o relatório, de acordo com a agência de notícias italiana Ansa.
"A queda pode ter sido influenciada pelas consequências do aumento de tráfego pesado e do uso que a estrada recebeu. Era bastante utilizada, não há dúvidas sobre isso", disse Firth.
Mas a ponte pode também ter sofrido com uma intensa redução dos investimentos na infraestrutura do país, que ficou abaixo de outras economias da Europa ocidental.
Especialistas em engenharia concordam que, no fim, só uma investigação aprofundada será capaz de determinar as causas reais do incidente.
Se fossem habitantes de uma cidade, crianças e adolescentes brasileiros com alguma precariedade - seja financeira ou no acesso a direitos como educação e moradia - formariam quase três São Paulo inteiras.
Isto corresponde a cerca de 32,7 milhões de pessoas com até 17 anos expostas a vulnerabilidades, ou seis em cada dez crianças no país.
Em relatório divulgado nesta terça-feira, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) adota um critério inédito no tratamento à pobreza entre crianças brasileiras: inclui não somente indicadores de renda per capita, mas também o cumprimento de direitos fundamentais garantidos na lei.
O documento mostra que a pobreza "apenas" monetária foi reduzida na última década, mas privações de um ou mais direitos não diminuíram na mesma proporção. Ainda assim, segundo o relatório, 18 milhões de crianças e adolescentes (34% do total) vivem em famílias com renda insuficiente para a compra de uma cesta básica (menos de R$ 346 mensais nas áreas urbanas e R$ 269 nas rurais).
Quando são consideradas somente as privações de direitos (em seis categorias: educação, informação, trabalho infantil, moradia, água e saneamento), 26,7 milhões de crianças e adolescentes (49,7% do total) têm um ou mais direitos negados.
O relatório tem como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015.
O Unicef alerta: além de considerar nuances como a influência da raça e da região do país, o desenho de políticas públicas para lidar com a pobreza na infância deve considerar também a assistência a mães, pais e responsáveis delas.
Confira abaixo alguns pontos revelados pelo relatório.
1. O acesso a sistema de esgoto é o direito 'mais negado' aos pequenos
Considerando a lei, o estudo mapeou onde o Brasil está falhando em garantir os direitos de crianças e adolescentes.
Somando tanto privações consideradas "intermediárias" e "extremas", é o saneamento (com indicadores como a presença de banheiros e rede coletora de esgoto) que prejudica o maior número de crianças e adolescentes (13,3 milhões), seguido por educação (8,8 milhões) e água (7,6 milhões).
O maior problema está no descarte dos resíduos humanos, uma vez que 22% dos menores de 18 anos vivem em casas com fossas rudimentares ou ao lado de valões.
O quadro geral mais grave está no Norte e Nordeste do país, em que 44,6% e 39,4%, respectivamente, dos pequenos têm ao menos uma privação no que diz respeito ao saneamento.
2. Entre meninos e meninas negras, 'taxa de privação de direitos' supera média nacional e passa dos 50%
O próprio saneamento reflete diferenças observadas em outros quesitos: entre crianças e adolescentes privados de saneamento, 70% são negros.
Considerando todas as categorias de privações envolvidas no estudo, meninos e meninas negras têm uma "taxa de privação de direitos" de 58%, versus 38% dos brancos (no Brasil, a taxa é de 49,7%).
No que diz respeito às privações extremas - ou seja, em que não há acesso algum ao direito em questão -, a desigualdade entre negros e brancos é intensificada: atinge 23,6% dos negros e 12,8% dos brancos com menos de 18 anos.
No quesito educação, por exemplo, há 545 mil meninos e meninas negras de 8 a 17 anos analfabetos, versus 207 mil brancos.
Indígenas e amarelos não foram incluídos no relatório por questões metodológicas.
3. O Sudeste urbano versus o Norte rural
Em geral, crianças e adolescentes que moram em áreas rurais têm mais direitos negados que os das zonas urbanas; e moradores das regiões Norte e Nordeste encaram mais privações que aquelas do Sul e Sudeste.
Mas há exceções: no quesito moradia (número adequado de pessoas por dormitório, materiais apropriados nos tetos e paredes e etc.), o Norte está na lanterna, seguido do Sudeste e Nordeste.
Enquanto isso, o percentual de meninos e meninas que têm seus direitos violados é o dobro no campo (87,5%) em comparação com as cidades (41,6%).
4. Entre a escola e o trabalho: antigos desafios
Um quinto dos brasileiros de 4 a 17 anos de idade tem o direito à educação violado - isto considerando privações intermediárias, como atraso escolar ou analfabetismo após os 7 anos, e privações extremas, como crianças que simplesmente não estão na escola.
Enquanto isso, 6,2% das crianças e adolescentes do país exercem trabalho infantil doméstico ou remunerado. Isto, inclusive, quando este tipo de atividade é ilegal, como na faixa de 5 a 9 anos (3%, ou 425 mil meninos e meninas neste segmento trabalham) e de 10 a 13 anos (7,4%).
A carga de trabalho é maior para as meninas, com exceção do trabalho remunerado entre adolescentes - este maior entre os garotos.
Ser negro ou morar no Norte ou Nordeste implica em uma incidência mais alta do trabalho infantil.
"Estamos dispostos a compartilhar essa responsabilidade, se quiserem", disse o ministro. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta segunda-feira (13), que a Polícia Federal já tem uma equipe definida para atuar nas investigações da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL), que faz cinco meses na terça-feira (14), sem qualquer solução. Delegados do Rio e de fora foram selecionados, disse. Mas os policiais só vão atuar caso sejam solicitados pelo governo do Estado ou o Ministério Público.
Jungmann declarou ainda que a elucidação do crime é uma "questão de honra" para o presidente Michel Temer (MDB).
Segundo o ministro, a PF está pronta para entrar nas investigações, diante da sua complexidade. "Logo no início foi cogitada a federalização das investigações pela Procuradoria Geral da República, mas o MP do Rio não quis. Passados 150 dias, a gente tem a obrigação de colocar a PF à disposição, para ajudar ou assumir (o caso). Isso não quer dizer que estou desqualificando a equipe que trabalha", disse, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, após anúncio de programa conjunto para a construção de presídios via PPPs.
"Não é que se queira isso (que a PF assuma). É uma responsabilidade enorme. Estamos dispostos a compartilhar essa responsabilidade, se quiserem", disse o ministro.
Ele lembrou que a atribuição é estadual e ressalvou que não recebe informações dos investigadores da Delegacia de Homicídios sobre a condução do caso (afirmou que não esperaria mesmo obter essas informações). "A PF não pode fazê-lo (assumir). É preciso que haja requisição". Como o Rio está sob intervenção federal na segurança, o pedido poderia vir do gabinete de intervenção, ele pontuou.
Jungmann voltou a dizer que a complexidade das investigações se deve ao fato de haver envolvimento de "políticos e agentes públicos" no homicídio. "Isso me parece algo óbvio", afirmou. Para ele, houve "investigação entre crime organizado e aparelho do Estado" neste caso".
Uma das linhas de investigação envolve três deputados estaduais do MDB atualmente presos pela Lava Jato no Rio: Jorge Picciani (ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio, em prisão domiciliar), Paulo Melo e Edson Albertassi. Por esta tese, o crime teria sido encomendado por conta de uma disputa política. Jungmann não comentou essa possibilidade.
A vereadora e seu motorista, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros na região central do Rio há cinco meses. O crime teve motivação política, segundo indicam as investigações. A polícia do Rio não divulga os passos da apuração.
Parece que o espetáculo custa a se movimentar. Não faltam notícias desencontradas, mas a população ainda não se atiçou. O primeiro debate, com sofisticações imensas, foi lento. nem consegui vê-lo na totalidade, Não há tempo para aprofundar nada e tudo se perde no óbvio. Será a disputa do bem contra o mal? Querem colocar Deus para mudar o Brasil? O cansaço traz desânimo. Muitos esquemas, pouco lucidez, verdades que se tornam fumaças. A sociedade não se ligou, não deseja cumprir travessias, morre nas propaganda milionárias. Todos usam o mesmo espelho?
Espetáculo sem riscos não atrai. Até as ironias são costumeiras, a inteligência curta, o abalo com as contas sempre presente. Ciro fez um plano bem comportado, Álvaro desconhece seu caminho, o Cabo é leitor histérico da bíblia, Alckimin nada respira na sua palidez, Bolsonaro traz todos os preconceitos do mundo, Boulos mostra trilhas rebeldes, Marina busca manter um espaço antigo, Meirelles gosta de orçamento. Portanto, é difícil sentir o sopro da vida política. Os candidatos se assemelham em alguns pontos. Especulam como feiticeiros desempregados.
Tudo denuncia que os partidos estão vazios. O pragmatismo invadiu a política de forma medonha. O mercado é sagrado, pois seria ele o alvo de todos os planos. Não se falou de corrupção, Lula ficou escanteado, não se sabe se a sua ausência salvou o PT. Mas a confusão mostra que o capitalismo assumiu radicalmente os rumos da sociedade. Mesmo quando os socialistas ameaçam trazer reformas, desmontar esquemas financeiras, tudo fica com jeito de retórica. O mundo gira em torno da grana e a globalização é amiga das concentração de riqueza.
Como tudo vai terminar, é sempre imprevisível. Maquiavel adormece, Rousseau é um desconhecido, Hannah Arendt é curtida por uma minoria. Como se falar de democracia com presidentes tão objetivos nas táticas imperialistas? Não esqueça de Trump e Putin. São exemplos para muitos. O populismo ainda não morreu, as religiões estão querendo plateia, o Brasil segue suas epidemias primárias. Apesar da crise, as eleições assanham especialistas em produzir mensagens, em fabricar estatísticas e desfilar simpatias nas redes sociais. É uma loteria de pactos oportunistas. A astúcia de Ulisses. Por Paulo Rezende.
Quem desenha sua história, sempre esquece de alguma coisa. A história não existe para ser contada sem vazios. A falta é importante e a vida conversa com a incompletude. Seria impossível saber de tudo, construir a memória sem observar as ruínas. Os sentimentos chegam e vão, nunca são permanentes. Até a morte física os surpreende. Aprendi que contar histórias nos aproxima dos outros. Mesmo que sejam tristes, as experiência devem ser lembradas. É claro que não existe exatidão. Detalhes se perdem, detalhes se imaginam, risos e lágrimas s abraçam.
As regras definitivas tornam-se insuportáveis. Há sempre uma fuga, uma lucidez vadia ,algo que pareça verdade. Quem não possui dúvidas? Quando os amores acontecem é que analisamos as fragilidades da vida. Por que não amar todo mundo? Por que ele muda e transforma as pessoas? O que resta do cansaço físico do desejo e qual o encanto que refaz o que acabou? As respostas estão em cada esquina, com pontos de exclamação.Talvez, nem haja labirintos, tudo seja simples, porém apreciamos as complexidades.
É impossível contar a história de um amor de forma absoluta. Há estranhamentos obscuros e paixões demolidoras. A dúvida enfraquece diante da força dos afetos. Um sorriso com os olhos vale, muitas vezes, mais do que o estremecer de um corpo. São mistérios que se estragam com o tempo. Não é sem razão que o historiadores se negam a visitar seus amores ou os amores dos outros. Com encontrar as fontes? O que significa um toque ou um encontro passageiro numa livraria de autores desconhecidos? Há quem tome a decisão de erguer um muro intransponível?
Zeus se seduzia com as belezas do mundo, sobretudo com as mulheres que o faziam fugir da onipotência. Era traiçoeiro e enganador. Punia quem não sentisse seu fascínio. Hoje é diferente? Apenas as transformações dos costumes trouxeram outras estratégias. As transgressões continuam, a sociedade do espetáculo ousar brincar com as mercadorias. O amor ganha uma multiplicidade incrível. Falam em bissexualidade, liquidez, virtualidade. As temperaturas oscilam diante das armadilhas tecnológicas. O amor nos veste de fantasias confusas e passageiras. Por Paulo Rezende.