Na Pré-história, os filhotes dos primeiros hominídeos corriam sérios perigo ao começarem a andar sozinhos e ganharem mais autonomia - tornarem-se presa de animais maiores ou comer alguma coisa desconhecida que pudesse matá-los. Em geral, as plantas tóxicas e desconhecidas tinham uma característica principal em comum: eram verdes e um tanto amargas.
De acordo com cientistas, a aversão aos vegetais que muitas crianças demonstram, especialmente a partir de 1 ano e meio de idade, pode ser ainda um resquício da "regra evolutiva" que visava protegê-los: é verde e desconhecido? Melhor não comer.
"De certo modo, é como se os vegetais não quisessem ser comidos", disse à BBC a psicóloga Jacqueline Blisset, professora da Universidade de Aston, na Inglaterra, e especialista em comportamento alimentar de crianças nos primeiros anos de vida.
"Eles costumam ter gosto relativamente amargo que, durante a nossa evolução, associamos a toxinas. E também estamos predispostos a comer coisas que têm mais gordura ou açúcar porque são uma boa fonte de calorias, e os vegetais não são."
Por outro lado, diz Blisset, a resistência a provar novos alimentos, especialmente legumes e verduras, acaba funcionando, nos dias de hoje, mais como um desserviço do que como uma salvaguarda.
"Especialmente no Ocidente, o principal problema atual da dieta é a insuficiência de vegetais e o excesso de açúcar e gordura. Mas o fato de comermos menos vegetais não é algo que nos impede de reproduzir, por exemplo. Então não há pressão evolutiva para que isso mude com as gerações", afirmou à BBC Brasil.
De um modo geral, crianças até os 18 meses se mostram mais dispostas a provar alimentos novos, desde que oferecidos por um adulto em que elas confiam, segundo a especialista.
A partir desta idade, no entanto, essa disposição diminui, e algumas se tornam mais resistentes a consumir verduras, legumes e, às vezes, frutas.
"Vemos muita rejeição aos verdes. Verde é uma cor que pode indicar a presença de toxinas e geralmente têm o gosto mais amargo. Já as cores amarela, laranja e vermelha tendem a indicar níveis mais altos de açúcar e de gosto doce. Por isso, costumam ser mais bem aceitas", explica.
Intensidade
As crianças também têm uma experiência de gosto mais intensa do que os adultos, segundo diversos estudos. Por isso, ao provar algumas verduras pela primeira vez, as percebem como mais amargas.
Adultos tendem a ter menos sensibilidade para os diferentes gostos. Por isso, é comum que verduras, legumes ou frutas odiados na infância passem a ser apreciados mais adiante.
Mas como os cientistas conseguem medir exatamente o gosto que verduras e legumes têm para cada um?
"Não conseguimos ter uma medida direta de gosto, só inferir coisas a partir do comportamento das crianças, que mostram mudanças nas preferências. Também fazemos alguns tipos de teste que mostram que elas precisam de menos sal numa solução com água, por exemplo, para perceber a diferença de gosto entre essa solução e a água pura", explica Blisset.
"Mas é difícil determinar o quanto disso é da evolução humana e o quanto são fatores ambientais e até mesmo genéticos", afirma.
Isso quer dizer que não só o perigo pré-histórico, mas também a influência da sociedade atual - o comportamento de pais e dos colegas em relação à alimentação, por exemplo - podem tornar as crianças mais ou menos resistentes em relação ao que comem durante os primeiros anos de vida.
Um estudo feito por pesquisadores da University College London (UCL), do Reino Unido, em 2016 concluiu que a genética é responsável por até 50% da disposição da criança (ou falta dela) em experimentar novos sabores, texturas e cores.
A pesquisa foi feita usando dados do maior estudo feito com gêmeos no mundo - são 1.921 famílias que têm bebês gêmeos de 1 ano e meio de idade.
Mesmo assim, a fase é vista como uma etapa normal da evolução do paladar da criança, e, de acordo com Jacqueline Blisset, costuma passar por volta dos sete anos. Por isso, pais não devem entrar em pânico com a possibilidade de seus filhos não consumirem leguminosas.
"Há muitos fabricantes de alimentos envolvidos na seleção desses alimentos para torná-los menos amargos e fazer com que as crianças os aceitem melhor. Mas quando você remove esses gostos, muitas vezes remove também nutrientes que são muito bons para nós", alerta a especialista.
O que fazer?
Persistência - e uma boa dose de calma - são as chaves para conduzir as crianças pela fase de rejeição a alimentos novos e vencer sua resistência a legumes e verduras.
"Mesmo as crianças que têm predisposição genética a acharem algumas verduras e legumes mais amargos podem aprender a comê-los se forem expostas e na medida em que ficam mais velhas", diz a psicóloga.
"Os pais costumam desistir muito cedo de dar alguns desses alimentos às crianças porque elas não gostam deles. Você pode começar com os legumes mais doces no começo, como cenoura e tomate, para expandir a dieta delas, e deixar os verdes para quando elas estiverem um pouco maiores e seus gostos mudarem."
Também vale ser criativo ao expor a criança às verduras, como retirar esses alimentos do contexto da refeição e deixar que o garoto ou garota comece simplesmente brincando com eles.
"Se a criança for muito resistente, é bom deixá-la tocar, cheirar e até inventar desenhos com a verdura ou legume. Além disso, é importante que elas vejam os pais consumindo esse alimento, é claro."
Outra estratégia que funciona nos casos mais dramáticos, segundo Blisset, é oferecer pequenas recompensas, como adesivos, quando a criança experimentar algo novo. Mas atenção: a prática não deve ser frequente demais e a recompensa não deve ser doce ou sobremesa.
"As crianças aprendem rápido as regras que criamos sobre comer. Há alguns estudos que mostram o entendimento que as crianças têm de ganhar uma sobremesa se comerem os vegetais. Eles entendem que a comida que precisam comer primeiro sempre terá um gosto ruim, mas que a outra é boa. Então é preciso tomar cuidado", afirma.
"O mais importante, no fim das contas, é diminuir a pressão. Não se preocupe demais com isso, não transforme a hora do almoço em um campo de batalha, não pressione demais seu filho a experimentar."
*Colaborou Camilla Costa, da BBC Brasil em São Paulo.
O juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Djalma Andrelino Nogueira, concedeu uma liminar, na tarde desta quarta-feira, negando o pedido da ação cautelar, movida por movimentos sociais, que solicitava o cancelamento da reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), marcada para a próxima sexta (12). Durante o encontro, será deliberado o percentual de reajuste das tarifas dos ônibus que circulam na Região Metropolitana do Recife. Na liminar, contudo, o juiz Djalma Andrelino determinou, em primeira instância, a suspensão de qualquer aumento nas passagens, independente do que for decidido na reunião de sexta-feira. Entre as justificativas da medida, o juiz entendeu que o aumento das tarifas nos últimos três anos “teria superado em muito o índice do IPCA)”.
Ainda segundo a decisão, aprovação de qualquer reajuste nas passagens não teria legitimidade porque o mandato dos membros que hoje compõem o CSTM foram encerrados em 2017. O juiz também dá um presente de dez dias para que o Grande Recife Consórcio apresente estudos técnicos, planilhas analíticas, entre outros documentos, que possam justificar o aumento das passagens de ônibus na RMR.
“Como conselheiro do CSTM, eu tenho propriedade para dizer que os estudos apresentados no site do Grande Recife Consórcio são sintéticos. Não fornece notas fiscais e planilhas que comprovem os gastos listados por eles. Hoje, sabemos que a receita bruta annual do sistema de transporte público na região metropolitana gira em torno de R$ 1 bilhão, com lucro líquido para os empresários de R$ 15 milhões por mês”, afirmou Márcio Morais, um dos conselheiros do CSTM que representa os estudantes. CONFIRA NA ÍNTEGRA A NOTA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública de Pernambuco, Djalma Andrelino, decidiu, na Ação Popular 0001011-03.2018.8.17.2001, que a reunião do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), marcada para esta sexta-feira, (12/01), para discutir o aumento das passagens de ônibus no Grande Recife, não será suspensa. Porém, ele suspendeu a aplicação de reajuste das passagens, caso seja acordada na reunião do Conselho. A íntegra da decisão está em anexo.
Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE
O historiador Marco Antonio Villa e a cantora Anitta (Foto: Divulgação)
O novo sucesso de Anitta, “Vai Malandra”, desagradou o historiador Marco Antonio Villa, comentarista da Jovem Pan, que toca os sucessos da funkeira com frequência. Na manhã desta terça-feira, 9, em uma participação no “Jornal da Manhã”, ele fez duras críticas à música, ao clipe e à artista.
Para ele, “Vai Malandra dá nojo” e “Anitta é o melhor exemplo da decadência cultural do Brasil”.
“Nós vivemos uma decadência cultural. É inquestionável, inegável. A ignorância se transformou em política oficial. Quanto mais medíocre melhor. Eu pego como exemplo essa moça. A cantora Anitta é o melhor exemplo da decadência cultural do Brasil. A música ‘Vai Malandra’ e o vídeo são uma das coisas mais racionárias que eu vi na minha vida. A desqualificação da mulher é um absurdo. Não vou chamar de versos na letra, que seria exagero. Ela está com uma bota com a bandeira do Brasil”, criticou Villa.
“Observe que há toda uma mercantilização do corpo da mulher e uma idealização da favela, que é favela mesmo, não é comunidade. É favela. Nós não podemos pelo nome transmudar, através de uma palavra, uma vergonha nacional, que é a existência das favelas. As pessoas não podem morar naquelas condições de vida terríveis, naquele espaço marcado pelo crime, não pode. As pessoas têm que morar em condições adequadas. Morar ali é impossível, e não há meio de reformá-las. O vídeo dá nojo, dá asco. Chamaram isso do ‘novo hino nacional brasileiro”, completou.
Recentemente, o colunista do jornal O Globo Nelson Motta fez uma matéria onde ressalta a importância de Anitta para o Brasil. Para ele, a funkeira se tornou a artista do momento e atingiu um alto patamar de sucesso ao longo de 2017.
“Anitta é a artista do momento, a mulher do ano, sucesso internacional, embora muitos ainda a chamem de “funkeira”, pejorativamente, para confiná-la em uma favela musical. Mas por que ela também incomoda tanto? Não tem voz! Gritava a velha guarda quando João Gilberto apareceu há 50 anos, em defesa das “grandes vozes” da Rádio Nacional. Gritaram de novo com Anitta, mas sua participação impecável na abertura das Olimpíadas, a convite de Caetano Veloso e Gilberto Gil, além do aval dos mestres, calou as bocas e encheu os ouvidos com uma voz doce, afinada e suingada”, disse o colunista.
“Quem se proporia o desafio de lançar um clipe por mês durante um ano? E mais: com ótimas músicas em português, espanhol e inglês, de bossa nova eletrônica a reggaeton e funk de favela, filmados da Amazônia ao Vidigal, com Anitta enlouquecendo o Brasil com seu biquíni de fita isolante. Nunca um artista brasileiro foi tão longe e tão alto no mundo ultracompetitivo do pop internacional. E ela está só começando”, continuou o global.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=3&v=KCWB1cQ1C1k
Fonte: opovo
Professor Edgar Bom Jardim - PE
O Carnaval 2018 do Recife terá, no Polo Marco Zero, shows de artistas como Lenine, Fafá de Belém, Paralamas do Sucesso, Gaby Amarantos, Monobloco, Fundo de Quintal, Natiruts, Skank, Nando Reis, Almir Rouche, Elba Ramalho, Alceu Valença, Spok e Getúlio Cavalcanti.Os homenageados deste ano serão Nena Queiroga e Jota Michiles. (Confira a programação abaixo)
A programação e os detalhes foram divulgados em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (9), no Paço do Frevo, localizado no Bairro do Recife, na área central da capital pernambucana. Serão duas mil apresentações espalhadas em 43 polos, quatro a menos que no ano passado. Esse total de apresentações é para o período pré-carnavalesco, que começa nesta terça e segue até 8 de fevereiro. Em um segundo momento, serão divulgados os esquema de segurança, transporte, limpeza urbana e saúde para os foliões.
As grandes atrações nacionais também animarão a festa dos polos descentralizados. No dia 11, a partir das 20h, Fafá de Belém levará sua alegria para o Cordeiro. No mesmo dia, Nando Reis se apresenta na Lagoa do Araçá, às 22h20, e Luiza Possi sobe ao palco de Brasília Teimosa, às 20h. O pop do Jota Quest vai embalar o público de Campo Grande, no dia 12, também às 20h. No mesmo dia 12, Antônio Nóbrega se apresenta na Lagoa do Araçá, a partir das 20h, e Gaby Amarantos chega ao Ibura, às 22h40. O Nação Zumbi tem shows marcados nos dias 11 e 12, nos polos de Brasília Teimosa e Várzea, às 22h20 em ambos. E para quem não aguenta esperar até soarem os primeiros clarins de Momo, a Prefeitura do Recife anunciou que o Carnaval começa nesta terça (9). A cidade irá desfrutar de uma programação quase diária de prévias carnavalescas, entre acertos de marcha, Terça Negra Especial de Carnaval, ensaios de maracatu e encontro de ternos de Caboclinho e Tribos de Índios. No total, serão 39 encontros que prometem fazer a alegria de foliões e turistas nas comunidades, no Pátio de São Pedro, Rua da Moeda, Marco Zero, Praça do Arsenal e Cais da Alfândega.
O prefeito do Recife, Geraldo Julio, destacou o clima de Carnaval já vivido pelas ruas da capital. "Teremos mais um grande carnaval com mais de 40 polos na cidade e a presença de artistas pernambucanos e recifenses se apresentando. Vai ser uma grande festa. Está tudo preparado e a cidade já está em clima de Carnaval", afirmou o prefeito. "Vamos receber muitos turistas, pois este ano teremos recordes de voos nacionais e internacionais no nosso Aeroporto", finalizou.
A cantora Nena Queiroga se disse honrada com as homenagens. "Estou sendo 'mulherageada' e vou levar minhas amigas mulheres comigo para fazer muito barulho. Estou muito feliz e agradecida. Podem ter certeza que vocês vão ter um espetáculo grandioso", falou.
Outros nomes do cenário local também já estão confirmados na festa, como Antônio Nóbrega, Antúlio Madureira, Banda de Pau e Corda, Cascabulho, Café Preto, Cibele do Cavaco, Família Salustiano, Getúlio Cavalcanti, Maestros Duda, Edson Rodrigues, Formiga, e Forró, Mundo Livre, Nação Zumbi, Orquestra Contemporânea de Olinda e César Michiles, entre outros.
Projeto gráfico O projeto gráfico, assinado pelo arquiteto Carlos Augusto Lira, terá a linguagem visual do cartum, com assinatura de humoristas gráficos locais como Mascaro, Samuca, Ronaldo e João Lin. "Todas as ruas terão um apelo grande de fitas, por questão de custos. Teremos quatro grandes portadas nas pontes do Limoeiro e Giratória, na rua Marquês de Olinda e avenida Rio Branco", afirmou Carlos Augusto. Cada portada homenageará um ritmo: frevo, maracatu, caboclinhos e afoxé. Os foliões poderão ganhar caricaturas assinadas pelos artistas na iniciativa "De Cara na Folia".
Encerramento O tradicional encerramento da festa, no dia 13 de fevereiro, será comandando pelo "orquestrão" composto por Maestro Forró, Almir Rouche, Elba Ramalho e Alceu Valença. O investimento em todo o ciclo carnavalesco é de R$ 26 milhões, dos quais R$ 7 milhões são de recursos captados junto à iniciativa privada.
Redução no número de polos Em relação à diminuição da quantidade de polos, o diretor-presidente da Fundação da Cultura do Recife, Diego Rocha, esclarece que foi motivada por causa de uma queda no total de investimentos. "Estamos investindo um pouco a menos que no ano passado. Tínhamos em 2017 um total de R$ 27 milhões e este ano são R$ 26 milhões, dos quais R$ 19 milhões são da prefeitura e o restante da iniciativa privada. Conseguimos manter o total dos patrocinadores, mas tivemos que diminuir o número de polos. São polos espalhados em toda a cidade e temos artistas para dar conta de todos", explicou. Do total de polos, 19 são descentralizados. Polos infantis A festa terá cinco polos infantis: nos parques Dona Lindu, Santana, da Macaxeira e Jaqueira, com apresentações nos dias 12 e 13, das 15h às 20h; e no Paço Alfândega, de 11 a 13, das 15h às 20h.
Confira a programação do Polo Marco Zero: Sexta-feira (9) Frevo Mundo Nena Queiroga Jota Michiles Spok Frevo Orquestra André Rio
Sábado (10) Marron Brasileiro Fafá de Belém Lenine Paralamas Gaby Amarantos
Domingo (11) Gerlane Lops Jorge Ribas + Nego Thor + Belo Xis + Gracinha do Samba + Adriana B Fundo de Quintal Casuarina Monobloco
Delator da Odebrecht aponta caixa 2 e propina de R$ 52,4 milhões a Serra.
Em depoimento à Polícia Federal, o executivo Pedro Novis, que presidiu a Odebrecht de 2002 a 2008, afirmou que o senador José Serra (PSDB-SP) pediu e recebeu, para si e para o partido, R$ 52,4 milhões de 2002 a 2012. Segundo o delator, os valores foram repassados via caixa dois -parte era propina (ligada a algum negócio da empreiteira com o governo), e parte, não. Os supostos repasses foram feitos no Brasil, em dinheiro vivo, e no exterior, em contas bancárias em nome de terceiros.
Novis, um dos 77 executivos da Odebrecht que firmaram acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, prestou o depoimento à PF em 13 de junho de 2017 no âmbito de um inquérito que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) e tem Serra como alvo. No depoimento, noticiado pelo jornal "Valor Econômico" nesta terça (9), ele elenca, ano a ano, os repasses a Serra de que tem conhecimento. A maior parte já havia sido divulgada e também consta de outras delações de ex-membros da Odebrecht. Com Informação de Folha de PE
Professor Edgar Bom Jardim - PE
O Conselho Superior de Magistratura e o Ministério Público de Portugal informaram que reforçaram as investigações sobre as acusações de um suposto esquema ilegal de adoções coordenado pela Igreja Universal, que nega ter cometido quaisquer crimes. O MP está realizando uma auditoria na sua própria atuação nos casos citados, supostamente cometidos na década de 1990, e o conselho ordenou o recolhimento de elementos para avaliar os procedimentos que levaram às autorizações para essas adoções.
O caso foi revelada pela rede de televisão portuguesa TVI, que em uma série de dez capítulos disse que um abrigo da Universal no país na verdade serviria para retirar filhos de mães em situação de vulnerabilidade e permitir a adoção. A rede acredita que até o bispo Edir Macedo tenha participado do suposto esquema ao se envolver no processo de adoção de duas crianças para a sua filha. Segundo a reportagem, ainda que essas adoções estejam cobertas por decisões judiciais, houve erro na fundamentação que permitiu o desligamento da família biológica.
Em nota, o Conselho Superior de Magistratura disse ter determinado o "recolhimento de todos os elementos pertinentes para avaliar os procedimentos prévios às decisões judiciais e os procedimentos de interação dos tribunais com as instituições com responsabilidade no percurso de preparação das decisões".
O conselho acrescentou que as decisões dos tribunais são tomadas "em função dos fatos e elementos constantes dos processos judiciais", mas ponderou que "os tribunais não podem alhear-se de todo o percurso procedimental que - noutras instituições - antecede as decisões judiciais".
Já o Ministério Público esclareceu que um dos dois procedimentos abertos "reveste-se de uma natureza própria de uma auditoria e tem por objeto exatamente a atuação funcional do Ministério Público em todas as suas vertentes, tendo em vista examinar os procedimentos então adotados e analisar todas as intervenções desenvolvidas nos respectivos processos".
"No âmbito do inquérito nada deixará de ser investigado, o que permitirá apurar todos os factos e eventuais responsabilidades dos magistrados", informou o órgão em nota. O MP informou que essa apuração está a cargo de um inspetor, o qual funciona junto ao seu conselho superior.
Reação
Nesta terça-feira, 9, a Igreja Universal divulgou nota pública em que volta a negar as acusações e ataca a reportagem. Para a igreja, houve "manipulação de entrevistas, mentiras, ocultação de provas, exploração de mães fragilizadas e atormentadas pela perda judicial da guarda de seus filhos embaladas em um sensacionalismo sem precedentes".
Segundo a igreja, a reportagem não mostrou que as crianças "estavam desnutridas, doentes e moravam eum casa sem móveis, suja, sem eletricidade e inabitável". "Todas estas informações estão em documentos dos processos judiciais que tramitaram no Tribunal de Família e Menores de Lisboa", disse.
"A Igreja Universal e as pessoas injuriadas, difamadas e caluniadas pelas reportagens da TVI tomarão todas as medidas judiciais - nas esferas cível e criminal - a fim de que a Justiça venha dar a devida punição por essas imputações falsas, criminosas que desabonam a honra dos citados."
O Irã muitas vezes parece estar à beira da democracia. Durante o século XX, o país passou por três levantes políticos expressivos: a Revolução Constitucional, entre 1905 e 1911, o movimento de nacionalização do petróleo, entre 1951 e 1953, e a Revolução Islâmica, de 1978 a 1979. Eles diferiam significativamente entre si, mas constituíam uma reação à corrupção, ao desgoverno e à autocracia. Caracterizavam-se por uma aspiração a alguma forma de governo democrático – mesmo assim, em todas as vezes, essa ambição se frustrou.
A Constituição de 1906 criou um Parlamento para conter o poder do xá e dar ao povo iraniano controle definitivo sobre seu país. Mesmo assim, duas décadas depois, o xá governava de novo como monarca absoluto, o Parlamento tinha se tornado uma formalidade e a nova Constituição era amplamente ignorada. O movimento dos anos 1950 foi impulsionado pela demanda pela nacionalização da indústria petrolífera do Irã, controlada, na época, pelo governo britânico. O então líder, o primeiro-ministro Mohammad Mosaddeq, era um populista, reformista e defensor da autoridade parlamentar no lugar da monárquica. Mesmo assim, novamente, o que alguns acreditavam ser uma perspectiva de democracia foi podada quando, em 1953, Mosaddeq foi derrubado por um golpe arquitetado pela CIA e pela Inteligência britânica. O xá manteve seu trono, e seguiu-se uma repressão régia sobre a atividade política.
Em seu livro de 2016, Democracy in Iran (Democracia no Irã, sem edição no Brasil), o sociólogo Misagh Parsa examina por que as forças de repressão sempre levam vantagem sobre os impulsos democráticos do Irã e como a democracia pode, por fim, surgir. Para Parsa, dado o caráter da República Iraniana, se a democracia chegar, será por uma revolução – não a partir de reformas graduais. Parsa afirma que a Revolução Islâmica poderia ter levado a um governo democrático. O clero mobilizou uma grande multidão diversificada para sair às ruas: universitários, comerciantes, intelectuais, trabalhadores braçais e administrativos. Mas Ruhollah Khomeini, o líder da revolução, estava empenhado na ideia de um Estado islâmico encabeçado pelo clero. Instruído por conselheiros seculares que se juntaram em torno dele durante seu breve exílio em Paris, em 1978, Khomeini defendia princípios democráticos da boca para fora. Em seu famoso tratado sobre o governo islâmico, composto em 1970, durante um exílio muito mais longo no Iraque, Khomeini deixou claro que os clérigos deveriam governar em um Estado islâmico. Mesmo em Paris, ele insistia que a charia, a lei islâmica, deveria prevalecer em um governo islâmico verdadeiro. Depois da derrubada da monarquia, os iranianos votaram, em imensa maioria, por uma república explicitamente islâmica e por uma Constituição que colocava um clérigo, Khomeini, em seu ápice.
No centro do projeto revolucionário estava a doutrina do velayat-e faqih, a ideia de que o mais eminente jurista islâmico vivo deve estar investido do poder supremo, com o clero determinando a estrutura básica das leis, do sistema judiciário e de como o país deve ser governado. O resultado, escreve Parsa, foi que “Khomeini e seus aliados se movimentaram para estabelecer uma teocracia. Eles contavam com mecanismos ideológicos, políticos e repressivos para ganhar apoio popular e desmobilizar a oposição crescente”. Enquanto o novo líder do Irã aderia a práticas de justiça distributiva em favor dos pobres e oprimidos, eliminava rivais que reivindicassem poder e silenciava dissidências de forma implacável.
Em sua campanha, Khomeini e seus prepostos mobilizavam a polícia religiosa, a Guarda Revolucionária Islâmica, a força militar paralela além do Exército regular, responsável por proteger o caráter islâmico do Irã, e os valentões da milícia Ansar-e Hezbollah (Combatentes do Partido de Deus), com seus cassetetes em riste. Membros desses grupos desbaratavam reuniões de dissidentes, enquanto o novo regime fechava jornais críticos à ordem emergente e bania organizações de oposição, incluindo o Partido Democrático Curdo, que Khomeini rotulou de “o partido do diabo”. Centenas de curdos morreram em conflitos com a Guarda Revolucionária ou foram executados depois de serem presos por crimes como “travar guerra contra Deus”. Outros movimentos que faziam campanha por minorias étnicas tiveram um destino similar. Por fim, o clero no entorno de Khomeini se virou até contra seus antigos aliados. Grupos radicais de esquerda, como o Mujahideen-e Khalq, e outros mais moderados, como a Frente Nacional e o Movimento pela Liberdade no Irã, chefiado por Mehdi Bazargan, o primeiro primeiro-ministro de Khomeini, em poucos meses viram-se alvo do regime.
O primeiro presidente do país depois da revolução foi Abolhassan Bani-Sadr, um independente que tentou traçar um caminho moderado durante a crise que começou em novembro de 1979, quando revolucionários capturaram 66 americanos na embaixada dos Estados Unidos em Teerã (eles mantiveram 52 deles como reféns por mais de um ano). Bani-Sadr acabou atolado em um conflito com clérigos importantes e foi impedido pelo Parlamento em junho de 1981, depois de apenas 16 meses de Presidência. Quando seus seguidores se insurgiram, o regime clerical mandou matar 2.665 prisioneiros políticos em seis meses. “Até mesmo os mais altos líderes religiosos não estavam imunes”, diz Parsa. O aiatolá Mahmoud Taleghani, um conhecido clérigo liberal, foi marginalizado. O aiatolá Kazem
Shariat-Madari, que rejeitou a doutrina do velayat-e faqih, foi posto em prisão domiciliar.
Parsa mostra que a repressão continua sendo uma característica proeminente da República Islâmica, mas também que a dissidência nunca foi eliminada. As ideias de reforma, do império da lei e de governo democrático e transparente permanecem vivas. Sempre houve divisões no seio da elite dirigente e as vozes dissidentes que falam abertamente sempre se fizeram ouvir, especialmente em assuntos como assassinato de prisioneiros políticos, interdição de jornais e adulteração de eleições. Em 1981, um dos netos de Khomeini disse à BBC que o governo islâmico era “pior que o do xá e os mongóis” e acusou o regime de “matar as pessoas ou prendê-las sem motivo”.
De tempos em tempos, essas subcorrentes vêm à tona. Em 1997, Mohammad Khatami foi eleito presidente por uma grande maioria com promessas de mais direitos sociais e políticos, liberdade de imprensa, respeito pelo império da lei e direito à privacidade. Khatami não era nenhum revolucionário. Ele não queria derrubar a República Islâmica. Ainda assim, as forças conservadoras intensificaram suas táticas repressivas em 1998, e foi curta a vida do momento reformista de Khatami. No ano seguinte, o Irã passou por um dos momentos mais explosivos de dissidência pública de sua história recente. Em julho, depois que os tribunais fecharam um bem-sucedido jornal de tendência liberal, protestos eclodiram na Universidade de Teerã. O regime respondeu brutalmente, mandando forças de segurança entrar nos dormitórios antes do amanhecer para bater nos estudantes e destruir suas moradias. O incidente significava problemas para o sistema. Duas décadas depois da revolução, a população de estudantes universitários tinha aumentado quase dez vezes: de 160 mil no começo dos anos 1980 para 1,5 milhão em 2000. Só uma minoria normalmente se engajava em ativismo político, mas não foi preciso muito para politizar o resto.
Nas eleições parlamentares de 2004, depois de dezenas de candidatos reformistas terem sido desqualificados pelo Conselho dos Guardiães, os conservadores ganharam maioria. O vitorioso na eleição presidencial do ano seguinte, Mahmoud Ahmadinejad, era um populista que, nas palavras de Parsa, “promovia plataformas que exacerbavam a crescente natureza autoritária do Estado e podavam esperanças de reforma política”. O novo presidente “não demorou muito para introduzir mudanças cruciais que refletiam o interesse do Estado em maior controle, politização e militarização da sociedade”.
Ainda assim, foi sob o governo de Ahmadinejad (2005-2013) que o Irã viu o desafio mais grave ao sistema conservador desde 1979. Em 2009, Ahmadinejad, apoiado implicitamente pelo sistema dirigente, incluindo o líder supremo e muitos comandantes da Guarda Revolucionária, concorreu a um segundo mandato como presidente. Ele foi desafiado por dois políticos proeminentes: Mir Hossein Mousavi, um ex-primeiro-ministro, e Mehdi Karroubi,
um clérigo de destaque e ex-presidente do Parlamento. Ambos eram figuras do sistema, mas fizeram campanhas com plataformas de reforma e fim do isolamento internacional do Irã. A fome por mudança era tal que os dois atraíram amplo apoio. Os comícios da campanha de Mousavi eram especialmente grandes e despertavam entusiasmo. Incentivados pelas multidões, Mousavi e Karroubi foram ficando cada vez mais ousados em suas críticas ao governo e clamor por mudanças.
Às vésperas da eleição, todos os sinais – o tamanho dos comícios de oposição, o entusiasmo dos apoiadores de Mousavi e o grande comparecimento no dia da votação em si – apontavam para uma vitória de Mousavi. Mas quando os resultados foram anunciados, suspeitamente cedo, Ahmadinejad foi declarado vencedor por uma margem improvável. Protestos estouraram no dia seguinte. Multidões imensas inundaram as ruas de Teerã gritando “Cadê o meu voto?”. Nos dias que se seguiram, para desespero do regime, o Movimento Verde (batizado pela cor adotada pelos apoiadores de Mousavi durante a campanha) só crescia e começou a clamar por mudanças radicais, muito além das reformas moderadas adotadas pelos dois líderes da oposição.
O regime reagiu de forma brutal. Grandes contingentes de polícia de choque e paramilitares foram enviados para as ruas, onde prenderam manifestantes e cercearam líderes simpáticos ao movimento de reforma. O governo acabou com organizações políticas de oposição, baniu manifestações (elas aconteceram mesmo assim) e despejou um dilúvio de propaganda contra os manifestantes. Muitos deles foram mortos em combates com as forças de segurança nas ruas ou por atiradores de elite em telhados. Uma vez contidos os protestos, começaram as represálias. Em uma ocasião, vários ex-membros proeminentes do governo e do Parlamento foram levados a julgamento juntos, revelando rachaduras profundas no seio da elite dirigente.
“O Movimento Verde”, escreve Parsa, “chacoalhou o alicerce da República Islâmica como nenhum outro acontecimento nos 30 anos desde a revolução. O movimento se desdobrou com tal velocidade que rapidamente parecia ser a última fase da revolução de 1979.” Ainda assim, fracassou em parte porque seus líderes, Mousavi e Karroubi,
eram reformistas graduais, não os agentes de mudanças radicais que as multidões buscavam. Em várias ocasiões, Mousavi até tentou controlar os manifestantes. Mas o vácuo entre os líderes e os descontentes enfraqueceu a campanha. Além disso, Mousavi e Karroubi não tinham planos para lidar com a repressão do regime quando ela veio. E os manifestantes também não estavam organizados o suficiente para manter o movimento diante da pressão do governo.
Os líderes não conseguiram mobilizar grupos sociais além da base da oposição: estudantes, mulheres e profissionais de classe média. Como resultado, diferentemente da revolução de 1978 e 1979, a ampla maioria dos clérigos, comerciantes e trabalhadores da indústria se mantiveram à distância. Funcionários das fábricas não fizeram greve, lojistas não interromperam as redes de distribuição e os trabalhadores não bloquearam a produção e a exportação de petróleo. Parsa atribui essas falhas a uma deficiência da liderança, à fraqueza ou à falta de estruturas de apoio dos sindicatos e associações profissionais, e, claro, a uma repressão severa.
É diante desse pano de fundo de reforma abortada, protesto e repressão que Parsa responde à pergunta com que começa seu livro: “Que rumo a democratização do Irã pode tomar: reforma ou revolução?”. Para comparar, Parsa examina dois países com suas histórias próprias de democratização: Coreia do Sul e Indonésia. Na Coreia do Sul, depois de um levante estudantil em 1960, os militares estabeleceram uma ditadura e impuseram uma Constituição que privilegiava o Exército como elite dirigente. Mas não rejeitaram a democracia em princípio nem tentaram eliminar a oposição da classe média. Com o tempo, as forças moderadas se reagruparam e fizeram de novo pressão por uma reforma democrática. Além disso, a ditadura sul-coreana permitiu que um vigoroso setor privado dominasse a economia, deixando aberto o caminho para a industrialização e a prosperidade.
Na Indonésia, em contraste, a ditadura montada pelo general Suharto em 1967 rejeitou qualquer ideia de democracia e fechou a porta para a política de competitividade. Navegando nas receitas da pujante indústria de exportação de petróleo do país, o Estado tomou o controle de grande parte da economia. Isso deu aos militares um papel importante nas questões políticas e econômicas. Em 1997, quando a Indonésia foi devastada pela crise financeira asiática, o resultado das décadas de repressão e corrupção de Suharto foi uma revolução. No início do ano seguinte, protestos em massa e rebeliões começaram. Em cinco meses, eles tinham custado a Suharto o apoio do Exército e o forçaram a renunciar.
Julgado pelos critérios que Parsa aplica para determinar se Estados autocráticos vão se democratizar por meio de reforma ou revolução, o Irã, ele conclui, se encaixa melhor no modelo da Indonésia. A República Islâmica é um “Estado autoritário exclusivo”. O poder se concentra nas mãos de uma elite clerical restrita. Até a oposição reformista moderada é em grande medida deixada de fora da esfera de influência. A ideologia estatal rejeita a democracia em princípio. O Estado interfere de forma extensiva nas esferas social e cultural, forçando a população a uma resistência passiva ou oposição direta e exacerbando as tensões entre o governo e a sociedade.
O Estado também monopoliza a economia. Os resultados são um setor privado fraco, ausência de competição, um grande papel dos militares na economia e na política, amplas disparidades de riqueza e renda e altos níveis de corrupção e favorecimento. Há um abismo significativo entre o povo iraniano e seus governantes. “O clero dirigente,” escreve Parsa, “não tem nenhum interesse em transformação democrática”, já que “a democratização minaria seu privilégio econômico e poder político.”
Quaisquer que sejam as perspectivas de uma revolução, as últimas três décadas mostraram mais de uma vez que o povo iraniano, no geral, prefere mudança pacífica a levante. Eles votaram duas vezes em grande número pelo presidente reformista Khatami e, nas duas últimas eleições presidenciais, escolheram de novo um moderado reformista, Hassan Rouhani. Como o próprio Parsa observa, durante os protestos em massa de 2009, trabalhadores da indústria, comerciantes e a grande maioria do clero se mantiveram afastados. Isso sugere que essas comunidades-chave não têm estômago para outro levante do tipo que eles experimentaram nos primeiros anos da República Islâmica e que as feridas da repressão passada ainda estão abertas.
O regime parece ter aprendido com a experiência em 2009. Permitiu a eleição de Rouhani em 2013 e evitou interferência ostensiva na votação. Essa cautela por parte do regime e a confusão que os iranianos testemunharam durante a Primavera Árabe – no Egito, Síria e Iêmen – e nos países vizinhos, como Afeganistão e Iraque, reforçaram a preferência por mudança por meio de reforma gradual e por chegar a ela pelas urnas, não pela bala. Os revolucionários ainda não estão às portas.
Fonte:Revista Época
O Baile dos Artistas quebra e resgata tradições nesta 40ª edição. Além do deslocamento de local - do Internacional, onde ocorria até 2017, para o Baile Perfumado-, rolou mudança também nos homenageados. O talismã, que era uma reverência sempre a alguma jornalista, desta vez irá para a produtora Maria do Céu. Cida Pedrosa será a Rainha; e Germano Haiut, o homenageado oficial.
Valdi Coutinho e a produção trazem de volta à programação as reverências por segmentos. Ana Veloso será a homenageada na categoria Artes Plásticas; Lirinha, na Música; Carmen Virgínia, na Gastronomia; Mônica Lira, na Dança; Paço do Frevo, no Carnaval; Walter Moreira Santos, na Literatura; Renata Pinheiro, no Cinema; o Marco Pernambucano da Moda, na Moda; Gleide Selma, na Fotografia; e Mão Molenga, no Teatro.
Vale lembrar que Mart'nália é o nome principal do agito, que ainda terá a DJ Lala K e a Orquestra de Frevo Ademir Araújo. Promete bombar!
Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE
O juiz federal Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara da Fazenda Nacional, suspendeu a posse, marcada para terça-feira, da futura ministra do Trabalho, deputada Cristiane Brasil (PTB_RJ). A decisão do juiz atende a uma da seis ações movidas pelo Movimento dos Advogados Trabalhistas Independentes (MATI) contra a posse da deputada petebista.
De acordo com o autor de uma das ações e fundador da MATI, o advogado Marcos Chehab, é "um escárnio dar posse, como ministra do Trabalho, a alguém que foi condenada por descumprir a legislação trabalhista", disse ele, ao Correio. A Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão.
Em seu despacho, o juiz reconheceu que cabe ao presidente da República tomar decisões administrativas relativas ao seu governo, como nomear ou demitir ministros. "Este mandamento, no entanto, não é absoluto em seu conteúdo e deverá o juiz agir sempre que a conduta praticada for ilegal, mais grave ainda, inconstitucional, em se tratando de lesão a preceito constitucional autoaplicável". Por ser de caráter liminar, e, consequentemente, reversível, o juiz Leonardo Couceiro acrescentou que, se a liminar for derrubada, o máximo que pode ocorrer é o adiamento da data da posse. Enquanto isoso não ocorrer, contudo, fica estabelecido uma multa de R$ 500 mil diários caso a sentença seja descumprida.
Cristina Brasil é filha do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, e foi escolhida semana passada para substituir o deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS). Cristiane foi condenada a pagar R$ 60 mil relativa à uma ação trabalhista movida por um ex-motorista da empresa que pertencia a ela, sob a acusação de não pagar o INSS e não garantir todos os direitos trabalhistas do profissional. Em outra ação, ela chegou um acordo com outro motorista para escapar de pagar outros R$ 14 mil de indenização.