segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Brasil:Celular antes de dormir afeta sono, hormônios e desenvolvimento infantil


Criança com celular no quartoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMera expectativa de receber mensagens nas mídias sociais deixa crianças e adolescentes em estado de alerta, prejudicando o sono
Crianças que têm acesso a eletrônicos, como celulares e tablets, na hora de dormir, estão sujeitas a desenvolver uma série de problemas de comportamento e de saúde.
Uma pesquisa do King's College, de Londres, reuniu dados de 125.198 crianças e adolescentes entre 6 e 19 anos de idade, em diversos países, e detectou efeitos negativos do uso do aparelho no período de descanso em diferentes graus de gravidade. Os pesquisadores verificaram de má qualidade do sono a doenças como obesidade e depressão infantil.
E não são só pesquisadores e pais que têm se preocupado com o assunto. Neste fim de semana, dois grandes grupos de investidores com US$ 2 bilhões em ações da Apple pediram, em carta aberta, que a empresa desenvolva softwares que limitem o uso de smartphones por crianças. Os acionistas citam justamente estudos mostrando o impacto negativo do celular e das redes sociais em excesso na saúde física e mental dos jovensa para justificar o apelo. A Apple ainda não respondeu a eles.

Impactos

O modo como os jovens têm usado a tecnologia têm sido diversos e cada vez mais intenso, segundo o estudo do King's College. E, para cada uso, há variados impactos gerados na vida deles.
A médica Roberta Magalhães, no Rio de Janeiro, quase todos os dias precisa chamar a atenção da filha Roberta, de 9 anos, para desligar o celular na hora de dormir.
"Com certeza atrapalha. Ela fica horas navegando na internet, no Instagram, WhatsApp, Musical.ly, assistindo vídeos no YouTube. Depois demora a dormir. Fica rolando na cama", conta.
Roberta diz ainda não ter observado impactos negativos na rotina, mas observa atentamente: "Se interferir, tiramos o celular na hora."
Na casa da professora carioca Rovana Machado, a situação na hora de dormir não é diferente com o filho Theo, de 14 anos. "Ele fica fissurado olhando a tela. Acho que atrapalha bastante e, quando vejo, mando desligar, mas adolescente é fogo. Fazem as coisas escondidos e temos que repetir mil vezes."
Além dos efeitos sobre o sono e a propensão a desenvolver doenças, os pesquisadores mostraram que deixar o celular ou o tablet no quarto das crianças, mesmo que eles não os utilizem, também afeta o período de descanso. A mera expectativa de receber mensagens nas mídias sociais deixava as crianças e adolescentes em estado de alerta.
Ilustração da BBC mostra impacto dos celulares antes de dormir
"Esse tipo de estudo endossa o que as pessoas de bom senso já sabiam. Os eletrônicos dão uma sossegada nas crianças por um tempinho mas, no médio e longo prazo, são muito ruins para o organismo", observa o neurologista Leonardo Ierardi Goulart, médico especialista em doença do sono do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde também recebe crianças e adolescentes com problemas de sono e relatos de uso de eletrônicos à noite.
O estudo do King's College observa que o distúrbio do sono na infância é conhecido por causar danos à saúde mental e física. Isso incluiria obesidade, queda do sistema imunológico, crescimento atrofiado e problemas mentais como depressão e tendência suicida.
Em 2016, um estudo da Sociedade Real para Saúde Pública (RSPH, na sigla em inglês), na Grã-Bretanha, foi além e alertou que dormir pouco ou mal é um dos fatores que levariam a doenças graves como câncer e ataques cardíacos.

A importância do sono

Para a neurologista Anna Karla Smith, do Instituto do Sono, de São Paulo, o descanso é tão importante para o desenvolvimento e bem-estar da criança quanto a nutrição e a atividade física.
"O sono é um estado em que há uma série de processamentos, onde há a fabricação de alguns hormônios muito importantes para o corpo", comenta a médica à BBC Brasil.
"Nas crianças existe o GH, o hormônio do crescimento, essencial para o desenvolvimento do corpo. Esse hormônio é liberado durante o sono profundo que a criança entra poucos minutos depois de adormecer. Nessa fase há o pico de sua fabricação."
Criança dormindoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDormir pouco ou mal é um dos fatores que levariam a doenças graves como câncer e ataques cardíacos
A neurologista explica que se a criança vai dormir tarde, por exemplo, os hormônios ainda serão liberados, mas de maneira antifisiológica. "Ela está indo contra a sua natureza. A quantidade de hormônio do crescimento produzida pode ser pouca ou até inexistente em casos extremos se houver patologia. A própria distribuição do hormônio do crescimento estará alterada ao longo do dia", explica a especialista.
A liberação de outros hormônios também é prejudicada, segundo a médica, já que em diferentes etapas do sono há a produção da leptina (hormônio da saciedade), do cortisol (que ajuda a manter estabilidade emocional, controla inflamações e alergias) e do TSH (estimulador da tireóide).

Como o uso de eletrônicos atrapalha?

O uso de eletrônicos atrapalha o sono, em primeiro lugar, porque o simples fato de ligar o celular ou tablet para brincar com um jogo faz com que a criança, por exemplo, atrase sua hora de ir para cama e durma menos.
Em segundo lugar, diz o estudo da King´s College, o conteúdo pode ser muito estimulante - e gerar uma excitação que atrase o início do relaxamento.
Em terceiro lugar, a forte luz emitida pelas telas dos dispositivos gera um impacto no corpo, afetando o relógio biológico e a percepção do cérebro do que é noite ou dia.
A chamada "luz azul" já foi alvo de diversos estudos nos últimos anos. O mais recente, da Universidade de Haifa, em Israel, constatou que a luz azul, presente nas telas de celulares, tablets e computadores, inibe a secreção da melatonina, o hormônio que avisa o nosso corpo que está na hora de dormir.
O organismo também não ativa seu mecanismo natural que reduz a temperatura corporal. O normal é que a temperatura do corpo caia durante a madrugada e volte a subir quando estamos prestes a despertar. Isso, contudo, não ocorre se o cérebro recebe a mensagem que ainda estamos em estado de vigília.
"O estímulo biológico para o sono fica prejudicado pela luminosidade. Porém o problema não é só a luz, mas também pensar em um monte de coisas, condicionando o momento do sono com a execução de tarefas sociais. Talvez isso atrapalhe mais do que a luz", observa o neurologista Goulart.

Luz azul x luz vermelha

A luz branca azulada emitida pelas telas de dispositivos eletrônicos prejudica a duração e, principalmente, a qualidade de sono - ao contrário da luz branca avermelhada que não causa interferência no organismo.
Esta é a conclusão de uma pesquisa realizada pela Universidade de Haifa, em Israel, e pela Clínica do Sono Assuta. Pela primeira vez, foi feito um estudo comparativo entre os dois tipos de luminosidade. Para isso, foram usados filtros que bloqueavam a luz azul e depois a vermelha.
"A luz emitida pela maioria das telas é azul e danifica os ciclos do corpo e nosso sono", explica o professor Abraham Haim, um dos autores da pesquisa. Embora o olho humano não consiga identificar todos os espectros da luminosidade nas telas, o cérebro capta o tom azulado.
A neurologista Anna Karla Smith, do Instituto do Sono, de São Paulo, diz que levantamentos como esse comprovam que a exposição à luz azul suprime a produção de melatonina, o hormônio que avisa o nosso organismo que está na hora de dormir.
"Quanto mais próximo aos olhos, pior. Recebemos mais luminosidade o que desregula o nosso ritmo circadiano, de sono e vigília", explica à BBC Brasil a neurologista, cujos pacientes, em sua maioria, relatam usar eletrônicos na cama.
Criança com celularDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionLuz azul, presente nas telas de celulares, tablets e computadores, inibe a secreção da melatonina

Prejuízos

De acordo com a neurologista, no curto prazo, os "prejuízos, às vezes, não são perceptíveis". Mas a falta de sono "pode interferir no rendimento cognitivo porque o processamento de memória, que ocorre na segunda metade da noite, provavelmente não aconteceu ou não aconteceu de maneira satisfatória".
"Em curto prazo, pode afetar a consolidação de informações recém-aprendidas porque vai ter um sono mais superficial, mais fragmentado e não reparador", afirma Leonardo Ierardi Goulart, médico especialista em doença do sono do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Ele explica que as atividades cerebrais que assimilam os conhecimentos adquiridos durante uma aula, por exemplo, ocorrem durante o sono profundo. É nesse momento que o cérebro processa, revisa e armazena a memória.
Em longo prazo, porém, os riscos são maiores. "Não é uma insônia, de dois, três, seis meses", destaca Anna.
No longo prazo, ela explica, há uma "bagunça de hormônios" que controlam, por exemplo, a saciedade. Se não produz esse hormônio, a leptina, cuja liberação ocorre ao longo da noite e no início da manhã, o indivíduo vai comer mais, podendo ficar obeso e diabético.

Problema é mais sério no longo prazo

Mas é no longo prazo que as consequências se tornam mais sérias. "Pode gerar insônia. A pessoa fica condicionada àquele ambiente de alerta e daí, mesmo que ela vá para cama sem celular ou iPad, o cérebro acha que aquele é um lugar de vigília e não de descanso", diz Goulart.
Criança dormindoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionÉ durante o sono que o cérebro processa, revisa e armazena a memória
Indivíduos que têm ciclos de sono distorcidos, que ficam acordados de madrugada e acordam à tarde, por exemplo, possuem imunidade baixa, segundo a neurologista Ana Karla Smith. "Há estudos que relacionaram mulheres que trabalham em turnos à noite com maior incidência de câncer de mama", conta a médica.
Em quadros mais graves de distúrbios do sono, o desequilíbrio hormonal é ainda maior o que, consequentemente, leva a quadros de saúde mais graves como doença cardiovascular, AVC, obesidade, depressão, entre outras.
Cansaço e mau humor
Na pesquisa da Universidade de Haifa, 19 voluntários, entre 20 e 29 anos, participaram sem saber qual era o objetivo do estudo. Na primeira fase, durante uma semana eles usaram um actígrafo, pequeno aparelho que possibilita obter informações sobre os horários em que uma pessoa dormiu e acordou. Em um diário eram registrados os hábitos e qualidade de sono.
Na segunda parte, realizada no laboratório da Clínica de Sono Assuta, os voluntários foram expostos a telas de computadores das 21h até 23h - horário em que a glândula pineal começa a produzir e expelir a melatonina.
Os participantes ficaram em contato com quatro tipos de luz: luz azul de alta intensidade, luz azul de baixa intensidade, luz vermelha de alta intensidade e luz vermelha de baixa intensidade.
Eles foram conectados a instrumentos que medem as ondas cerebrais e podem determinar os estágios de sono de uma pessoa durante a noite, incluindo quando despertam sem notar.
Na manhã seguinte, os voluntários completaram questionários sobre como se sentiam.
Em média, a exposição à luz azul reduziu a duração do sono em aproximadamente 16 minutos. Essa mesma luz também diminuiu de forma significativa a produção de melatonina, enquanto que, com a luz vermelha, a produção do hormônio ficou em um nível normal.

Danos

Os pesquisadores explicam que os danos na produção de melatonina refletem no relógio biológico do corpo humano. Foi evidenciado, por exemplo, que a exposição à luz azul não deixa o organismo ativar o mecanismo natural que reduz a temperatura corporal.
"Naturalmente, quando o corpo começa a adormecer reduz sua temperatura, alcançando seu menor nível por volta das quatro horas da madrugada. Quando o corpo volta para sua temperatura normal, acordamos", explica Haim.
"Depois da exposição à luz vermelha, o corpo continuou a se comportar normalmente, mas exposto à luz azul ele manteve sua temperatura normal à noite - o que evidencia danos ao nosso relógio biológico."
Foi ainda observado que com a luz vermelha em ambas intensidades as pessoas acordaram, em média, 4,5 vezes. Na luz azul de baixa intensidade, foram 6,7 vezes, enquanto que, na alta intensidade, foram 7,6 vezes que despertaram.
No dia seguinte, os voluntários relataram terem sentido mais cansaço e mau humor após a exposição à luz azul.

Como proteger os olhos: lentes especiais, aplicativos e até vitamina

Para combater a luz azul, já foram lançados óculos com lentes especiais e aplicativos eletrônicos que alteram a cor da luz das telas. Na Austrália, a empresa Caruso's Natural Health lançou até uma vitamina que diz proteger os olhos da luz azul.
A eficácia, no entanto, não foi comprovada cientificamente.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 6 de janeiro de 2018

O país onde apenas os cegos podem ser massagistas profissionais

Cegos fazendo massagem na Coreia do SulDireito de imagemAFP
Image captionNa Coreia do Sul, apenas cegos podem ser massagistas profissionais
Mãos firmes, dedos habilidosos e conhecimentos básicos de anatomia humana são elementos indispensáveis para ser um massagista em qualquer lugar do mundo.
Mas há um país onde isso não é o suficiente.
Lá, o principal requisito para tirar uma licença de massagista não tem nada a ver com as mãos, experiência ou técnica.
Na Coreia do Sul, eles vão mais longe: as autoridades exigem que apenas pessoas cegas possam praticar este ofício milenar.
É um dispositivo protegido por uma polêmica lei que foi desafiada quatro vezes e que o Tribunal Constitucional sul-coreano o acaba de ratificar nesta terça-feira.
As autoridades do país asiático decidiram há mais de um século que apenas pessoas cegas podiam ganhar dinheiro fazendo massagem, como forma de garantir-lhes uma fonte de renda para sua sobrevivência.
Cegos fazendo massagem na Coréia do SulDireito de imagemAFP
Image captionAs autoridades do país decidiram há mais de um século que apenas só cegos podiam ganhar dinheiro fazendo massagem, como forma de garantir-lhes uma fonte de renda
Na nova sentença, o Tribunal Constitucional da Coréia do Sul explicou que a decisão de continuar com a lei deve-se ao fato de que os cegos têm poucas opções de carreira e que essa é a "única maneira" de ajudá-los a ganhar a vida.
Dada a alta demanda de massagistas no país, muitos coreanos tentaram nos últimos anos revogar a lei, cujo descumprimento pode levar a multas de até US$ 4,5 mil (cerca de R$ 15 mil) ou até três anos de prisão.
No entanto, o Tribunal decidiu que a lei permanecerá em vigor e que apenas pessoas - cegas - com uma licença poderão exercer a profissão em todo o país.

Polêmica

A Coreia do Sul aprovou esta lei em 1913, após a invasão do país pelo Japão.
No final da Segunda Guerra Mundial, os representantes do governo dos Estados Unidos que controlavam a península coreana suspenderam esse requisito, que voltou a ser adotado em 1963.
Desde então, as polêmicas entre massagistas cegos e não-cegos têm sido frequentes, uma vez que estes exigem o direito constitucional de escolher sua profissão.
Cego faz massagem na Coréia do Sul
Image captionLei de 1913 que reserva mercado profissional para cegos voltou a ser adotada na Coreia do Sul em 1963
Isso porque, de acordo com a Constituição do país, cada cidadão tem o direito de escolher sua carreira e o Estado não deve interferir nela.
A proibição também levou à abertura de lojas onde são oferecidas massagens ilegalmente.
Segundo dados do governo sul-coreano, cerca de 7 mil pessoas cegas atuam como massagistas, enquanto o número de pessoas sem problemas de visão que também exercem a profissão é de 12 mil.
Os críticos da lei argumentam que ela é também uma forma de discriminação, limitando os cegos a um único trabalho sem a possibilidade de crescer em outras profissões.

O país onde apenas os cegos podem ser massagistas profissionaismundo


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bom Jardim comemora Dia de Reis com tradicional Queima da Lapinha


O Santo Terço e Procissão da Lapinha  é uma tradição que se vivencia todo dia 06 de janeiro na residência do Senhor Rinaldo Barros, Início 19:00 horas. Local: Rua Manoel Augusto, Centro , Bom Jjardim- PE. Participem! 
QUEIMA DA LAPINHA - BOM JARDIM - PE – Por Sérgio Vieira de Melo. 
Minha homenagem e declaração de admiração hoje vão para o nobre amigo bonjardinense RINALDO BARROS, que mantém a tradicional e secular prática da Festa Religiosa e Popular da Queima da Lapinha em sua residência em Bom Jardim - PE.
RINALDO BARROS, homem de múltiplos talentos: Funcionário público, locutor, mobilizador de causas sociais, políticas e religiosas, grande incentivador da cultura, valorizador e mantenedor da manifestação daQueima da Lapinha no município há décadas, onde todos os anos, no terraço de sua casa é montado um grande presépio, visto e admirado por munícipes de todas as idades durante várias gerações.
A solenidade consiste em atear fogo na lapinha, que é formada por folhagens secas e incensos. Enquanto a lapinha queima, o público joga seus pedidos para 2018 no fogo, na esperança de que sejam realizados. Em Bom Jardim a parte musical da cerimônia é feita pelos talentosos músicos da Banda do Grêmio Musical Bonjardinense, enquanto a parte pagã da tradicional Festa de Reis é grandiosamente comemorada com show musical no Distrito de Umari.
Folia de Reis, Reisado, ou Festa de Santos Reis é uma manifestação cultural religiosa festiva e classificada, no Brasil, como folclore; praticada pelos adeptos e simpatizantes do catolicismo, no intuito de rememorar a atitude dos Três Reis Magos - que partiram em uma jornada à procura do esconderijo do Prometido Messias (O Menino Jesus Cristo) - para prestar-lhe homenagens e dar-lhe presentes. A Queima da Lapinha, também comemorada em 06 de janeiro, representa o encerramento do ciclo natalino e início do ciclo carnavalesco. A parte musical fica por conta daapresentação do Pastoril, quando as pastoras dos cordões azul, encarnado e a Diana cantam a jornada de despedida. Em alguns locais também há a apresentação do Cavalo Marinho. (Pesquisa na Internet).
Rogamos ao Criador que conceda muita saúde e anos de vida para que o amigo RINALDO BARROS possa continuar com sua família manterem a tradição, alegrando, ensinando e levando cultura a atual e as novas gerações.
Sugerimos que a área municipal de cultura do município apoie e torne oficialmente a manifestação parte fixa do calendário cultural, reconhecendo através de Lei Municipal e placa de bronze na sua residência, a importância do acontecimento e do seu mantenedor e incentivador: RINALDO BARROS.
Sr. RINALDO BARROS, um grade abraço, meus parabéns, minha admiração e o agradecimento de todos os bonjardinenses.
Créditos
Foto: Professor Edgar Santos.
Texto: Sérgio Vieira de Melo.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Desespero político: Bolsonaro no PSL de Bivar

Em nota conjunta, Bivar e Bolsonaro confirmam filiação ao PSL , partido  do cacique Bivar.

Fonte:Noélia Brito.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasil: Governador de GO ignorou alerta sobre armas e recomendação de ‘varredura’ nos 2 presídios palcos de rebelião

Penitenciária de Aparecida de Goiânia
Image captionInspeção de março de 2017 apontou chance de ter arma de fogo na Colônia Agroindustrial, em Aparecida de Goiás, onde 9 presos morreram essa semana, e na penitenciária Odenir Guimarães, palco de rebelião nesta sexta |Fonte: Tribunal de Justiça de Goiás
A possibilidade de haver briga entre facções criminosas e armas - inclusive de fogo - em poder dos detentos das penitenciárias onde houve rebelião em Goiás, nesta semana, já era conhecida pelo governo goiano desde março de 2017. As informações constam do relatório de inspeção elaborado há quase um ano pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, órgão ligado ao Ministério da Justiça.
No documento, ao qual a BBC Brasil teve acesso, os conselheiros que realizaram a vistoria recomendam ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que solicite ao Ministério da Defesa e ao Ministério da Justiça uma "varredura" do Exército para verificar a existência de armas tanto na Colônia Agroindustrial quanto na penitenciária Coronel Odenir Guimarães, ambas em Aparecida de Goiânia.
Mas o governo de Goiás não fez o pedido, segundo o Ministério da Defesa. Na última segunda-feira, uma violenta rebelião detonada na Colônia Agroindustrial deixou 9 mortos, 14 feridos e 99 foragidos.
Entre os 14 feridos, dois foram atingidos por arma de fogo, mas não se sabe se os disparos foram feitos pelos presidiários ou pelas forças de segurança que tentavam conter o levante. Uma nova rebelião no mesmo presídio foi controlada na quinta. Nesta sexta, a rebelião aconteceu na Penitenciária Odenir Guimarães - não há, até o momento, informações sobre mortos ou feridos no incidente.
A inspeção do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária nesses dois presídios foi realizada entre os dias 28 e 30 de março do ano passado. O documento também acusa o Estado de Goiás de não prestar "assistência material mínima" aos detentos e menciona imensa superlotação, falta de higiene e de atendimento médico e escassez de comida em ambas as prisões.
"Diante da notícia de que presos estariam com arma de fogo na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães e Colônia Agroindustrial, bem como diante de notícia de tiroteio amplamente divulgada na mídia (referência a um motim ocorrido em fevereiro de 2017), recomenda-se que seja verificada a necessidade de solicitação ao Ministério da Defesa e Ministério da Justiça e Segurança Pública de varredura pelo Exército Brasileiro", diz o relatório de inspeção, no trecho que trata de "providências e recomendações" ao governador do Estado de Goiás.
Presídio em Aparecida de Goiânia
Image captionGoverno de Goiás não solicitou varredura pelo Exército nos dois presídios onde estouraram rebeliões, mesmo após alerta feito em março de 2017 | Fonte: TJ-GO
O Ministério da Defesa disse à BBC Brasil que não recebeu qualquer solicitação do governo de Goiás e que, portanto, não fez a varredura em nenhuma penitenciária do Estado.
Procurada pela BBC Brasil, a assessoria do governador de Goiás, Marconi Perillo, disse que não fez solicitação porque considerou a recomendação do Ministério da Justiça um "exagero". Segundo o governo de GO, as forças policias do Estado são uma das "melhores do país em varreduras" e, portanto, capazes de fazer buscas nos presídios sem auxílio do Exército.
"O governo de Goiás tem uma das melhores polícias do país especializada em varreduras, responsável inclusive por cursos de formação para outras forças de segurança do Brasil", disse, em nota.
O governo estadual ainda afirmou que considerou a sugestão "desnecessária e banalizadora do papel do Exército" e que as Forças Armadas devem atuar em "momentos intransponíveis de crise, quando os entes federados não têm mais recursos".
"A sugestão foi um exagero do senso comum e não seria endossada por nenhum especialista em segurança pública", diz a nota.
Em 2017, a pedido de governadores, o Exército fez varreduras em penitenciárias de seis estados - Rio Grande do Norte, Roraima, Amazonas, Acre, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Armas encontradas

Após a rebelião que deixou nove mortos na Colônia Agroindustrial, em Aparecida de Goiânia, a polícia encontrou três armas de fogo enterradas exatamente na ala do regime semiaberto do presídio, onde o conflito teve início. Mas, aparentemente, foram usadas principalmente armas brancas durante a rebelião. Segundo a Polícia Militar, alguns presos foram degolados e tiveram os corpos carbonizados.
Segundo o relatório de inspeção obtido pela BBC Brasil, em março de 2017, havia 1.126 presos na penitenciária dividindo um espaço que deveria ser para 468. Não havia colchão para todos os detentos, nem eram oferecidos materiais de higiene pessoal a eles.
"A unidade prisional se avalia como colônia agrícola, industrial ou similares. No entanto, não se trata de estabelecimento agrícola ou industrial. Os presos ficam trancados em pavilhão durante todo o dia, que possui uma quadra e sem trabalho em parceria", diz o relatório.
"São oferecidas apenas duas marmitas por dia de alimentação e os presos reclamam de comida azeda e de baixa quantidade. Água é racionada e insuficiente", continua o texto
Presídio em Aparecida de Goiânia
Image captionConselho penitenciário detectou, em março de 2017, existência de briga entre facções por "espaços de crime", no presídio Odenir Guimarçaes, onde houve rebelião nesta sexta |Fonte: TJ-GO

Guerra de facções

O cenário no presídio Odenir Guimarães, onde a polícia militar controlou uma rebelião nesta sexta, é ainda pior, conforme o relatório. Lá, o Ministério da Justiça detectou disputa entre facções pelo controle de "áreas de crime" em Goiás.
"A unidade prisional informou que não tem notícia de facções (PCC, CV e outros) atuando na penitenciária, mas os presos informaram que há brigas entre alas, via de regra por espaços de crimes nas cidades", diz o documento.
Em fevereiro de 2017, uma rebelião no presídio resultou na morte de cinco presos. Na época, foram encontradas armas de fogo.
"No dia 23 de fevereiro de 2017, foi registrada briga entre facções, que resultou na morte de 5 (cinco) presos e 35 (trinta e cinco) feridos. Estariam envolvidos presos das alas A, B, C, 310 e 320", diz o relatório do órgão do Ministério da Justiça.
A vistoria também apontou que presos não recebiam atendimento médico e alguns sofriam de doenças graves.
Presídio em Aparecida de Goiânia
Image captionViolenta rebelião na Colônia Agroindustrial, em Aparecida de Goiânia, GO, deixou 9 mortos, 14 feridos e 99 foragidos | Fonte: TJ-GO
Situação grave em todos os presídios de Goiás
Mas a situação de insegurança e ausência de condições mínimas não se restringem aos dois presídios onde houve rebeliões esta semana. A inspeção também apontou irregularidades em outros seis presídios do estado.
O documento aponta que não há, em Goiás, regulamentos que estabeleçam um procedimento padrão a ser adotado pelos presídios administrados pelo estado.
Ou seja, as regras sobre entrada de alimentação, visita de advogados e a entrada de autoridades variam em cada penitenciária. Em alguns presídios, advogados e autoridades não precisam passar por revista pessoal.
O fornecimento pelo estado de material e itens básicos de higiene também varia em cada penitenciária. Mas, no geral, faltam colchões e materiais de higiene em todos os presídios de Goiás, segundo o relatório de inspeção.
Quarto em presídio
Image caption"O Estado de Goiás não presta assistência material mínima às pessoas privadas de liberdade. Não fornece colchão, tampouco uniforme, calçados, ou quaisquer artigos de higiene pessoal ou de limpeza", diz relatório | Fonte: Ministério da Justiça
"O Estado de Goiás não presta assistência material mínima às pessoas privadas de liberdade. Não fornece colchão, nem uniforme, nem calçados, nem roupa de camas, nem toalhas, nenhum artigo de higiene pessoal, nenhum artigo de limpeza, não fornece absorvente para as mulheres e tampouco fraldas", diz o documento, assinado pelos conselheiros Alessa Pagan Veiga e Aldovandro Fragoso Modesto Chaves.
"A falta de padronização reverbera também na assistência material. No núcleo de custódia, por exemplo, é fornecido preservativo. Na penitenciária feminina, não."
Os conselheiros também verificaram que "não existe água potável em nenhuma das unidades prisionais inspecionadas". O número de refeições oferecidas aos presos é considerado baixo, pelo conselho- entre duas e três marmitas diárias.
E, em nenhuma unidade prisional, há programas de combate a incêndios, conforme o relatório. Na rebelião ocorrida na Colônia Agroindustrial, os corpos dos presos mortos foram carbonizados pelos detentos, o que evidencia o risco potencial de fogo na unidade prisional.

Empurra-empurra de responsabilidades

Nesta sexta, o governador de Goiás, Marconi Perillo, e os governadores do Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia e Maranhão divulgaram um manifesto no qual cobram recursos e "providências urgentes por parte do governo federal" para aumentar a segurança nos presídios.
À BBC Brasil, o ministro da Justiça, Torquato Jardim disse, na última quarta-feira, que o "desleixo" de governadores na gestão dos presídios "beira o crime contra a humanidade", e destacou que eles só usaram 4% da verba de 2017 de R$ 1,2 bilhão repassada pelo governo federal para a compra de materiais e construção de novas unidades.
Ele também afirmou que Goiás "não aplicou como devia" os R$ 44,7 milhões do Fundo Penitenciário Nacional transferidos ao Estado no ano passado.
Marconi Perillo rebateu o ministro dizendo que o valor disponibilizado pelo governo federal- de R$ 44,7 milhões para cada estado- é pequeno quando comparado com os investimentos feitos com dinheiro dos cofres de Goiás no sistema penitenciário.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Ciência:Ninho de ovos de dinossauro com 130 milhões de anos é encontrado

Dayu County Museum / Divulgação
Trinta ovos de dinossauros em estado fossilizado foram encontrados na cidade de Ganzhou, na província chinesa de Jiangxi. A área, conhecida como cidade natal dos dinossauros, leva este nome devido às grandes descobertas de fósseis da espécie ali encontrados. Acredita-se que esses ovos tenham, em média, 130 milhões de anos.
Os fósseis foram encontrados por acaso, graças à construção de uma nova escola na área. Após uma explosão para quebrar uma grande rocha que atrapalhava a arquitetura da construção, trabalhadores observaram um ninho de ovos no local da cratera. Com a descoberta, a polícia local foi acionada, assim como especialistas do Museu Dayu County.
Os ovos foram identificados como pertencentes ao período Cretáceo, que veio imediatamente após o Período Jurássico, cerca de 145 milhões de anos atrás. Os dinossauros que viveram nesse período foram os tiranossauros rex, o Velociraptor e  os triceratops de três chifres. De acordo com informações do jornal britânico Mirror, os ovos foram coletados e estão sendo mantidos no museu do condado para estudos futuros.
Com informação de Diário de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE