quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

19º FestCine no São Luiz

Os tons da novidade, da experimentação audiovisual e da valorização dos realizadores pernambucanos enchem a tela do 19º FestCine – Festival de Curtas de Pernambuco. Realizado pelo Governo do Estado (Secult e Fundarpe), em parceria com a Prefeitura do Recife, o evento joga luz sobre as mais recentes produções audiovisuais finalizadas no em Pernambuco e que evidenciam nossa diversidade ou sugerem reflexões sobre temas urgentes.
Jan Ribeiro/CulturaPE
Jan Ribeiro/CulturaPE
O Cinema São Luiz acolhe mais uma edição do Festival
Para o Secretário Estadual de Cultura, Marcelino Granja, “o FestCine celebra a liberdade artística e a força criativa de realizadores iniciantes e experientes que demonstram, com suas obras, a beleza e a potência transformadora de realidades que emergem de processos coletivos como a realização de um filme”. Toda a programação do Festival, que ocupa o Cinema São Luiz de 04 a 09 de dezembro, é gratuita.
“O panorama das mostras competitivas deste ano é composto por 69 curtas de todas as macrorregiões do estado, revelando uma grande diversidade de temas, estéticas, narrativas e processos de realização”, destaca Milena Evangelista, coordenadora do Audiovisual da Secult-PE. Selecionados entre 172 obras inscritas – um recorde que revela ainda o sucesso da política para o audiovisual em curso, que fomenta a produção, a difusão e ainda ações formativas na área -, as obras concorrem a uma premiação total no valor de R$ 58,5 mil.
Josivan Rodrigues
Josivan Rodrigues
O produtor de cinema e televisão João Vieira Jr. é o homenageado desta edição
O FestCine deste ano presta ainda homenagem a uma importante referência no setor, o produtor de cinema e televisão João Vieira Jr. Com mais de 20 anos dedicados à profissionalização do mercado audiovisual no estado, João assinou a produção de longas emblemáticos como “Cinema, Aspirinas e Urubus” e “Tatuagem”, além das séries de TV “Fim do Mundo” e “Lama dos Dias”. É sócio fundador da Rec Produtores Associados e atualmente dirige, com Nara Aragão, a Carnaval Filmes.
No enredo do incentivo à profissionalização de toda a cadeia do audiovisual, “as atividades de formação deste ano agregam consultorias especializadas, masterclasses, rodadas de negócios com o 2º RioContentLab Pernambuco, resultado de uma articulação com a Brasil Audiovisual Independente (BRAVI)”, destaca a Gerente de Políticas Culturais da Secult-PE, Tarciana Portela. A programação de formação na área inclui ainda uma Oficina de Animação 2D Toon Boom Harmony. Ações estratégias viabilizadas ainda pela parceria fundamental com o Portomídia/Porto Digital e SEBRAE-PE.
Figurando entre as novidades desta edição, o FestCine promove também um encontro inédito entre o cinema, a moda e o design, o Integra Design. Durante os seis dias de programação, o hall do Cinema São Luiz receberá uma loja pop up, exibindo e comercializando produções de marcas pernambucanas que dialogam com o público e o contexto do festival. A ação é fruto de uma articulação entre a Assessoria de Design e Moda da Secult-PE e a UNA Design.
Divulgação
Divulgação
Ação especial integra o cinema à moda e ao design
Patrimônio de Pernambuco, o São Luiz acolhe ainda uma sessão especial de curtas com acessibilidade comunicacional que, de acordo com Márcia Souto, Presidente da Fundarpe, “consolida a parceria com o Festival VerOuvindo e convida pessoas surdas e cegas a também conhecerem a mais recente safra de obras audiovisuais pernambucanas”.
A identidade visual deste ano é assinada pelo designer e artista visual José Leite.  Confira a Programação Completa e participe!
José Leite
José Leite
Identidade visual deste ano é assinada por José Leite
19º FESTCINE – FESTIVAL DE CURTAS DE PERNAMBUCO
De 04 a 09 de dezembro
Local: Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 – Boa Vista, Recife/PE)
Acesso gratuito
SEGUNDA-FEIRA, 04/12
19h – Abertura do 19º FestCine
Mostra Competitiva Geral
Classificação: 16 anos

Simbiose
 (Documentário, 19 minutos, 2017), Dir. Júlia Morim
Lia de Camaragibe (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Erlânia Nascimento e Úrsula Freira
Uma balada para Rocky Lane(Documentário, 20 minutos, 2017), Dir. Djalma Galindo
Poliamor (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. André Gonzales e Ednei Martins
Folia (Videoarte, 19 minutos, 2016), Dir. Anabelle Yolle
Estás vendo coisas (Documentário, 18 minutos, 2017), Dir. Bárbara Wagner e Benjamin Burca
Alumiar (Documentário, 20 minutos, 2017), Dir. Bersa Mendes e Rafael Martins
Fazenda Rosa (Animação, 9 minutos, 2017), Dir. Chia Beloto
Frequências (Videoarte, 19 minutos, 2017), Dir. Adalberto Oliveira
Volúpia (Videoclipe, 3 minutos, 217), Dir. Ayodê França
Nome de Batismo (Documentário, 25 minutos, 2017), Dir. Tila Chitunda
TERÇA-FEIRA, 05/12
19h – Mostra Competitiva Geral
Classificação: 18 anos
A Orelha encantada ou alma de gato (Animação, 9 minutos, 2017), Paulo Leonardo
Caleidoscópia (Videoarte, 3 minutos, 2017), Dir. Laura Dornelles e Bruno Cabús
Dança Macabra (Videoarte, 25 minutos, 2017), Dir. Filipe Marcena e Marcelo Sena
O Consertador de coisas miúdas (Animação, 11 minutos, 2017), Dir. Marcos Buccini
Orbitantes (Ficção, 22 minutos, 2017), Dir. Rodrigo Campos
Não há foz Não há Nascente (Videoarte, 18 minutos, 2017), Valentina Homem
Sob o Delírio de Agosto (Ficção, 20 minutos, 2017), Dir. Carlos Kamara e Karla Ferreira
O delírio é a redenção dos aflitos (Ficção, 22 minutos, 2016), Dir. Fellipe Fernandes
Terra Não dita Mar não visto (Videoarte, 9 minutos, 2017), Dir. Lia Letícia
Cosmo Grão – Ao vivo no Iraq (Videoclipe, 2 minutos, 2017), Dir. Pedro Vitor Ferraz
Imanência (Videoarte, 9 minutos, 2017), Dir. Breno César
Casa Cheia (Ficção, 14 minutos, 2017), Dir. Carlos Nigro
QUARTA-FEIRA, 06/12
18h30 – Mostra Competitiva de Formação
Classificação: 16 anos
Ogiva caseira (Animação, 2 minutos, 2017), Dir. Coletivo Ficcionalizar
Cidade linda (Documentário, 8 minutos, 2017), Dir. Paulo Souza
Dia Um (Animação, 2 Minutos, 2017), Dir. Natália Lima,  Júnior Ramos e Itamar Silva -
Fora Presídio (Documentário, 14 minutos, 2017), Dir. Coletivo Ficcionalizar
Resistência emocional (Animação, 2 minutos, 2015), Dir. Bruno Cabús e participantes da oficina
Geisiely com Y (Ficção, 15 minutos, 2017), Dir. Mery Lemos
P575 (Ficção, 4 minutos, 2016), Dir. Lais Rilda
Eles não estão lá – O Filme (Ficção, 7 minutos, 2016), Dir. Erickson Marinho

20h – Mostra Competitiva Geral
Classificação: 18 anos
Cores femininas (Documentário, 20 minutos, 2017), Dir. Barbara Hostin, Gil, Júlia Karam, Juliana Trevas, Maria Cardozo, Roberta Garcia, Sylara Silvério
Bala Perdida (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Sylara Silvério
Banco Brecht (Ficção, 9 minutos, 2017), Dir. Márcio Souza e Tiago Aguiar
Nanã (Ficção, 25 minutos, 2017), Dir. Rafael Amorim
Domination Corporation (Animação, 1 minuto, 2017), Dir. Erickson Marinho
Salina (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Álvaro Júnior
Mata Norte (Documentário, 20 minutos, 2015), Dir. Tuca Siqueira
Ficamos assim (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Lorena Calábria e Mariana Zdravca
Fotograma (Videoarte, 9 minutos, 2016), Dir. Luís Henrique Leal e Caio Zatti
Repulsa (Ficção, 20 minutos, 2017), Dir. Eduardo Morotó
QUINTA-FEIRA, 07/12
18h30 – Mostra Competitiva de Formação
Classificação: 14 anos
A lembrança que eu gosto de ter (Documentário, 25 minutos, 2017), Dir. Filipe Carvalho
Pelos galhos da Jurema (Documentário, 11 minutos, 2016), Dir. David Henrique
Sustento (Documentário, 1 minuto, 2016), Dir. Sylara Silvério
Especulação S.A (Documentário, 20 minutos, 2017), Dir. Erlânia Nascimento
20h – Mostra Competitiva Geral
Classificação: 14 anos
Lampião e o fogo da Serra Grande (Ficção, 24 minutos, 2017), dir. Anildomá Willans de Souza
Cine S. José (Documentário, 11 minutos, 2017), Dir. William Tenório
L’Imperatrice (Videoarte, 6 minutos, 2017), Dir. Gil Vicente de Brito Maia
Entre Andares (Documentário, 15 minutos, 2016), Dir. Aline Van der Linden e Marina Moura Maciel
Equilíbrio da Matéria (Animação, 1 minuto, 2017), Dir. Lucas Alves e Kerolainy Kimberlin
Edney (Ficção, 15 minutos, 2016), Dir. João Cintra
Tudo que você quiser com Rozenbac (Videoclipe, 6 minutos, 2016), Dir. Marcelo Pinheiro
Objeto voador não identificado (Ficção, 22 minutos, 2016), Dir. Cesar Castanha 10
Daydream (Videoarte, 10 minutos, 2016), Dir. André Hora e Daniel Edmundson 14
Diz o Leão (Videoclipe, 4 minutos, 2016), Dir. Pedro Maria de Brito
Jéssika (Ficção, 19 minutos, 2017), Dir. Emerson Cursino de Moura Filho
SEXTA-FEIRA, 08/12
18h30 – Mostra Competitiva de Formação
Classificação: 12 anos
De: CASE Pacas Para: Meninas de Santa Luzia (Documentário, 3 minutos, 2017), Dir. Alunos do projeto Cartas ao Mundão
A cerca do nada (Ficção, 20 minutos, 2017), Dir. Wellington Bravo
Do mar pra cá (Documentário, 26 minutos, 2017 ), Dir. Carol Oliveira
Som de papel (Ficção, 15 minutos, 2017), Dir. Larissa Reis e Victor Mauricio Borba
20h – Mostra Competitiva Geral
Classificação:18 anos
Kibe Lanches (Documentário, 18 minutos, 2017), Dir. Alexandre Figueiroa
Teta Lírica (Videoarte, 5 minutos, 2016), Dir. Marie Carangi
Ultima Puella (Ficção, 8 minutos, 2017), Dir. João Bosco
Irma -Era uma vez no Sertão (Ficção, 20 minutos, 2016), Dir. Camilla Lapa e Lorena Arouche
Autofagia (Ficção, 11 minutos, 2016), Dir. Felipe Soares
Morrer em Pernambuco (Videoclipe, 4 minutos, 2017), Dir. Mery Lemos
Baunilha (Documentário, 13 minutos, 2017), Dir. Leo Tabosa
O porteiro do dia (Ficção, 25 minutos, 2016), Dir. Fábio Leal
Superpina (Ficção, 24 minutos, 2017), Dir. Jean Santos
SÁBADO, 09/12
17h – Sessão Especial Festival VerOuvindo, curtas com acessibilidade comunicacional
Classificação: 14 anos
FotogrÁFRICA (Documentário, 25  minutos, 2016), Dir. Tila Chitunda
Um brinde (Ficção, 16 minutos, 2016), Dir. João Vigo
Catimbau (Documentário, 23 minutos, 2015), Dir. Lucas Caminha
19h – Cerimônia de Encerramento
Homenagem a João Jr.
19h30 – Exibição Especial
Viajo porque preciso, volto porque te amo (Ficção, 2009, PE), Dir. Karim Ainouz e Marcelo Gomes | Produção: João Vieira Jr. e Daniela Capelato
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PREMIAÇÃO
Mostra Competitiva GeralJúri: Gabi Saegesser, Jeorge Pereira, Nina Velasco
R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais) para os cinco primeiros colocados nas categorias: Animação, Documentário, Experimental/Videoarte, Ficção, Videoclipe.
R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) para os cinco segundos colocados nas categorias: Animação, Documentário, Experimental/Videoarte, Ficção, Videoclipe.
R$ 2.500,00 (mil e quinhentos reais) para os cinco terceiros colocados nas categorias: Animação, Documentário, Experimental/Videoarte, Ficção, Videoclipe.
Mostra Competitiva de FormaçãoJúri: Fernanda Capibaribe, Geneseli Dias, Juliana Lima

R$ 2.000,00 (dois mil reais) para os primeiros colocados nas categorias: Animação, Documentário e Ficção
TROFÉU FERNANDO SPENCER
Será concedido ainda o Troféu Fernando Spencer para os filmes concorrentes na Mostra Competitiva Geral, nas seguintes modalidades: Melhor Direção / Melhor Fotografia / Melhor Montagem / Melhor Roteiro / Melhor Produção / Melhor Direção de Arte / Melhor Trilha Sonora / Melhor Som / Melhor Ator / Melhor Atriz
TROFÉU ABD/APECIJúri: Bruna Leita, Inês Maia, Lula Terra 

A ABD/APECI (Associação Pernambucana de Cineastas) foi criada em 1979, como uma sociedade civil, sem fins lucrativos, que mobiliza realizadores no Estado e defende a produção audiovisual independente em todos os formatos e gêneros. O troféu ABD/APECI é um prêmio de reconhecimento à criatividade da produção cinematográfica.
HOMENAGEADO
Graduado em Direito, João Vieira Jr. é um dos principais produtores de conteúdos audiovisuais de Pernambuco. Assina a produção dos longas “Cinema, Aspirinas e Urubus”, “Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo”, “Tatuagem”, “Era uma vez eu, Verônica”, “O Homem das Multidões” e “Joaquim”, além das séries de TV “Fim do Mundo” e “Lama dos Dias”. É produtor executivo dos filmes “O Céu de Suely” e “Baixio das Bestas”. Tem trabalhado com importantes diretores e roteiristas do cinema nacional como Marcelo Gomes, Hilton Lacerda, Karim Aïnouz, Lírio Ferreira, Adelina Pontual, Letícia Simões, Armando Praça e Cao Guimarães. É sócio-fundador da Rec Produtores Associados e atualmente dirige, com Nara Aragão, a Carnaval Filmes. Desde 2013 dedica-se a troca de experiências com jovens profissionais no âmbito da Produção Executiva para cinema e TV, acumulando mais de 500 horas aulas de cursos e oficinas através de instituições como Fundação Joaquim Nabuco e Fundação Roquete Pinto.
cultura.pe.gov.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O que está por trás da polêmica decisão de Trump sobre Jerusalém

Presidente dos Estados Unidos, Donald TrumpDireito de imagemREUTERS
Image captionAo reconhecer Jerusalém como capital de Israel, Trump preocupou comunidade internacional
Donald Trump prometeu em campanha e cumpriu: Jerusalém foi reconhecida pelos Estados Unidos como a capital de Israel. A decisão, anunciada nesta quarta-feira, provocou reações críticas de líderes políticos e religiosos de todo o mundo - do Papa Francisco ao governo chinês.
O temor generalizado é que a medida dificulte - e até inviabilize - os históricos esforços de negociação de paz entre Israel e Palestina. Mas especialistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que Trump não levou em conta esse conturbado cenário regional ao tomar a decisão.
O que estaria em jogo seriam assuntos domésticos dos próprios EUA. Especialmente a tentativa do presidente americano de agradar suas bases eleitorais. A mais importante delas é a dos evangélicos conservadores, que advogava pelo reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel.
"Trump foi movido por uma pressão da direita evangélica republicana. Não tem nada a ver com aproximar Israel e Palestina de um acordo. Pelo contrário, essa decisão só os separa ainda mais", afirma J.J. Goldberg, editor da Forward, revista americana voltada para a comunidade judaica.

Evangélicos

O papel dos evangélicos na política internacional americana a respeito de Israel é cada vez maior, explica Kenneth Wald, professor de ciência política da Universidade da Flórida. O grupo teria começado a ter relevância política nos anos 1980, e hoje já representaria uma das maiores e mais leais bases do Partido Republicano.
"Qualquer presidente quer manter sua base contente. Mas precisa estar atento às consequências. Por isso, os antecessores de Trump, inclusive os que eram comprometidos com Israel, viram essa medida como imprudente", continua Wald.
A influência dos evangélicos na decisão de Trump teria sido maior até que a dos judeus americanos. Primeiro, porque Trump não tem uma boa interlocução com a comunidade judaica nos Estados Unidos. Segundo, porque os judeus representam um grupo muito menor na sociedade americana que os evangélicos.
E terceiro, porque apenas os judeus ortodoxos estariam interessados na solução adotada por Trump. Os judeus mais ao centro e à esquerda prefeririam uma solução negociada. "A decisão de Trump também não tem a ver com a comunidade judaica, que é majoritariamente liberal", diz Goldberg.
Bandeiras dos Estados Unidos e de Israel hasteadasDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEvangélicos conservadores advogavam pelo reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel

'Política por impulso?'

Já Michael Barnett, professor de assuntos internacionais da Universidade George Washington, discorda que os evangélicos tenham sido tão relevantes na decisão de Trump. Para ele, é difícil encontrar uma explicação razoável.
"Não faz sentido fazer isso. Parece ser uma política dirigida por impulso. Trump decide ignorar as recomendações e fazer o que tem na cabeça. Não há uma estratégia internacional."
Contribui para essa visão o fato de que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, e a futura transferência da embaixada dos EUA, foram apresentados como medidas isoladas. Parecem não fazer parte de uma estratégia política mais ampla.
Se por um lado o anúncio do presidente foi uma surpresa para o mundo, por outro não destoa de outras das suas polêmicas posturas internacionais, como a saída dos EUA do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, o rompimento da Parceria Transpacífico e até as ameaças públicas a Kim Jong-un, da Coreia do Norte.
"Trump mostra nenhum interesse em considerar qualquer tipo de opinião mundial", avalia Goldberg.
JerusalémDireito de imagemGELIA
Image captionJerusalém é uma cidade sagrada para judeus, cristão e muçulmanos

Por que evangélicos querem Jerusalém como capital de Israel?

Nos Estados Unidos, as razões para o apoio dos evangélicos ao reconhecimento de Jerusalém como capital são principalmente religiosas. "
Há muita diversidade no mundo evangélico, mas há uma ideia comum de que o destino de Israel é importante para o futuro religioso dos evangélicos", afirma Wald.
Alguns acreditam que, por razões bíblicas, Israel é o lugar destinado a agregar os judeus. Outros creem que o messias pode retornar para Jerusalém, vista como a Terra Sagrada e, para isso, é importante que ela esteja nas mãos de Israel, e não dos muçulmanos.
Assim, há uma espécie de ponte entre a história de Israel bíblico e a do Estado moderno de Israel.
Mas nem todos os evangélicos americanos compartilham dessa visão.
"Muitos evangélicos, como eu, não gostam do romance recente entre a igreja e a política republicana, e se preocupam com a mudança da embaixada americana. Para nós, a construção da paz e a busca de Justiça são grandes virtudes", escreveu o professor de estudos bíblicos Gary M. Burge, em artigo para a revista The Atlantic.
Palestino encara soldados israelenses
Image captionPara analistas, Trump desconsiderou esforços em busca de paz na região

Quais as consequências para israelenses e palestinos?

O representante dos palestinos no Reino Unido, Manuel Hassassian, disse à BBC que a medida será o "beijo da morte" nas negociações de paz baseadas no reconhecimento de dois Estados.
"Ele está declarando guerra no Oriente Médio contra 1,5 bilhão de muçulmanos e centenas de milhões de cristãos que não irão aceitar que os santuários sagrados estejam totalmente sob a hegemonia de Israel", disse Hassassian.
Acadêmicos também estão em alerta. "Os riscos são inacreditáveis. Quem pensava que poderia haver uma solução negociada entre Israel e Palestina, que levasse à coexistência de dois Estados, não pensa mais nisso. O que sobra para os palestinos? Não sobra muito. Vão sentir que os EUA já determinaram o futuro de Jerusalém", diz Barnett, da Universidade George Washington.
"Por isso, pode ser um ponto de inflexão na política palestina. Pode espalhar-se uma Terceira Intifada (insurreição de palestinos contra Israel). Além disso, uma medida como essa deixa os oponentes dos Estados Unidos mais dispostos a enfrentar riscos. Essa é a ferramenta de recrutamento (de militantes) que al-Qaeda, o autodenominado Estado Islâmico e Hezbollah adorariam usar", completa Barnett.
Há ainda quem tenha uma visão mais moderada e acredite que a medida de Trump possa facilitar as negociações entre Israel e os líderes palestinos. É o caso de Jonathan Sarna, professor de história judaica americana na Universidade de Brandeis, Massachusetts.
"Muitas pessoas no mundo muçulmano acreditavam que o tempo estava ao lado deles. Por isso, não queriam sentar à mesa de negociação. Mas agora a situação se inverte. É a hora de negociarem com Israel", afirma.
Sarna não acredita no surgimento de um conflito, porque, na sua visão, Israel tem forças "capazes de conter a violência árabe".
Com informações 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Ministro Joaquim Barbosa pode sair candidato a presidente em 2018


O ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, ficou de bater o martelo sobre sua candidatura à presidência da República em janeiro, quando voltar de uma viagem ao exterior. A informação é da Coluna Radar, da Veja Online.
Como se sabe, porém, as conversas com o PSB estão mais quentes do que nunca. Numa delas, recente, o ex-ministro disse ao interlocutor que ainda não tem convicção se deseja abrir mão das delícias do “ostracismo”.
“Hoje, saio na rua, tomo meu chope, faço o que bem entendo, sem ser incomodado. Quando alguém me para, é para pedir que eu me candidate”.
Joaquim falou também sobre sua admiração por Marina Silva, que no sábado declarou-se na briga pelo Palácio do Planalto. Também não é novidade, entretanto, que ele não planeja ser vice de ninguém. Se for para entrar na guerra será na cabeça de chapa.
Mas e se Marina topasse ser a vice, provocou o interlocutor. O ex-ministro arrematou: “Isso seria ótimo”.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Marina Silva quer Operação Lava Voto


A sociedade brasileira começa a ter a percepção de que o Supremo Tribunal Federal não demonstra muita pressa em condenar os políticos denunciados por corrupção, nem mesmo aqueles que, como o senador Renan Calheiros, são alvo de uma dúzia de acusações. Até agora, o tribunal de primeira instância de Curitiba, por exemplo, já emitiu, na Operação Lava Jato, mais de cem sentenças de condenação, muitas delas confirmadas em segunda instância. O Supremo ainda não apresentou uma condenação definitiva de um político. Assim se chegará às eleições do próximo ano com candidatos a presidente, deputados, senadores e governadores acusados de corrupção, mas ainda sem sentença que os impeça de disputar as eleições, nas quais poderão ser reeleitos e manter assim o foro privilegiado que lhes permite eternizar seus processos no Supremo.
O que a sociedade pode fazer? A pré-candidata à presidência Marina Silva teve uma ideia que seria bom que viralizasse nas redes sociais: criar um tribunal com 144 milhões de juízes − todos os brasileiros com direito a voto −, que deveriam se negar a votar em qualquer candidato sobre o qual recaia não uma condenação, e sim uma simples acusação ou suspeita de ter usado dinheiro público em vantagem própria. Esses 144 milhões de eleitores-juízes não precisam lutar com os intrincados problemas jurídicos que podem permitir que um réu em um processo dor corrupção dispute uma eleição. Para que esses milhões de juízes condenem um candidato, bastará uma simples acusação ou suspeita de que se trate de um político corrupto, porque poderão usar o argumento da moralidade pública que um representante do povo deveria poder demonstrar para pedir seu voto. Afinal, será que faz sentido que um candidato condenado, por exemplo, a vários anos de prisão em segunda instância − e apesar da Lei da Ficha Limpa − possa, por meio de recursos de seus advogados, disputar uma eleição? Legalmente, é possível, moralmente, não deveria sê-lo. Essa condenação de negar o voto a quem não demonstrar ter respeitabilidade e moral suficiente para poder representar a sociedade pode ser tão ou mais eficaz do que uma condenação judicial.
Será possível alegar que muitos desses milhões de eleitores não contam com informações suficientes sobre os candidatos para poder julgar sua honestidade. Poderia ser assim no passado, mas não agora, quando as técnicas de comunicação permitem conhecer em tempo real a vida e as ações dos cidadãos, ainda mais daqueles que já ocupam cargos públicos. Bastaria apresentar na internet, ou em cartazes nas ruas e praças do país, os nomes dos candidatos à eleição ou à reeleição acompanhados de suas biografias e das acusações ou suspeitas que possam recair sobre cada um deles quanto a condutas moralmente inconciliáveis com o cargo que desejam disputar. Não se trata de um julgamento sumário nas ruas, já que a sentença dos eleitores não tem valor de lei, mas existe a necessidade e o direito do cidadão de saber se a pessoa em quem pensa em votar merece ou não sua confiança no campo da decência moral. Para isso, existem hoje leis severas de transparência, que nos permitem conhecer as condutas dos escolhidos para governar o país. Não se trata de nenhuma caça às bruxas, apenas de saber um mínimo sobre a conduta pública de um candidato.
Um cidadão tem o direito de se negar a votar em um indivíduo, mesmo que este ainda não tenha sido declarado réu ou condenado por um tribunal de Justiça, se considerar que as denúncias que pesam sobre esse candidato, por parte da procuradoria ou da polícia, são suficientes para alertar o eleitorado antes de lhe conceder um voto de confiança. Eu não voto no Brasil, mas se pudesse fazer isso, não daria meu voto para reeleger um deputado ou senador sobre quem pesa não uma, mas até uma dúzia de acusações que ainda caminham lentamente pelos tribunais superiores, graças, muitas vezes, ao fato de ele ter advogados de renome que conseguem prolongar seus processos.
Lançar para as próximas eleições a Operação Lava Voto poderia significar o início de uma verdadeira catarse nacional, levando ao Congresso e à Presidência da República pessoas que não parecem ter se sujado com os jogos perversos da corrupção, cujo dinheiro foi subtraído dos hospitais, das escolas ou da pesquisa científica. É dinheiro de todos e de cada um, e por isso existe o direito sagrado de que cada cidadão que se aproxima de uma urna com seu voto possa se transformar em juiz e sem apelação. Se, apesar de tudo isso, houver pessoas que continuem dando seu voto a um candidato sabendo de sua falta de honradez moral, nesse caso serão elas mesmas que se condenarão ante sua consciência.
O fato de que existe uma grande perplexidade da sociedade brasileira frente à nomeação, por exemplo, do novo presidente da República é demonstrado pelos dados reveladores da última pesquisa do Datafolha, segundo a qual mais da metade dos eleitores ou não sabem ainda em quem vão votar ou não pensam em votar em ninguém, o que pode ser também um voto de resistência cívica. Nesse grupo estão 55% dos eleitores. Poderia parecer indiferença, mas também perplexidade em relação ao momento que vive o país e medo de poder se enganar votando em quem talvez continue agindo dando as costas para a população. Minha convicção, e tomara não me equivoque, é que desta vez, depois da Lava Jato, os cidadãos pensarão duas vezes antes de votar em um candidato, sinal de que, apesar de tudo, estamos diante de uma sociedade fundamentalmente saudável que quer participar ativamente da construção de seu próprio destino, o que seria impossível reelegendo os corruptos ou os que simplesmente têm cheiro de corrupção.
Marina Silva tem razão, uma Lava Voto seria a melhor culminação da limpeza política iniciada pela Lava Jato, que, apesar da artilharia lançada contra seus juízes e promotores, orquestrada muitas vezes nas sombras pelos corruptos, continua sendo uma das instituições mais valorizadas e mais aplaudidas por uma sociedade que está aperfeiçoando sua democracia.
El País
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Cursos do SEBRAE em Bom Jardim


No período de 04 a 08 de dezembro acontece a Semana do MEI, no Centro Educacional e Cultural Professora Marineide Braz, no município de Bom Jardim, Agreste Setentrional de PE, tendo como tema Semana do MEI. Uma semana, mil oportunidades”. 

A abertura aconteceu nesta segunda (4), às 18h, com o curso: “SEI Controlar Meu Dinheiro”. Na terça (5), o tema trabalhado será “SEI Empreender”. Na quarta (6), não será realizado por  motivos de força maior. Na quinta (7), o tema será "SEI Inovar".  Encerrando a programação na sexta-feira (8), acontece a Palestra: Microempreendedor Individual para Começar Bem. 

A programação do evento conta com o apoio do SEBRAE, e realização da Prefeitura do Bom Jardim, sob a coordenação de Lucio Mario Cabral. É Grátis, participe! 

Informações importantes: levar documentação para cadastro (CPF e CNPJ se tiver empresa), emissão de Certificados e a entrada por ordem de chegada. Mais informações: (81) 9 9655.6952

O evento acontece no Centro Educacional e Cultural Professora Marineide Braz,  localizado na Rua Dr. Osvaldo Lima, 40, Centro. Imagem: Divulgação/ Lucio Mario Cabral
negocioseinformes
Professor Edgar Bom Jardim - PE

MUNDO: cinco pontos para entender a guerra civil no Iêmen, que já matou quase 10 mil em dois anos

Rebeldes hutis após o anúncio da morte do ex-presidente SalehDireito de imagemREUTERS
Image captionRebeldes hutis após o anúncio da morte do ex-presidente Saleh; Iêmen está mergulhado em uma guerra civil
O Iêmen, um dos países mais pobres do mundo árabe, tem sido devastado por uma guerra civil que opõe duas potências do Oriente Médio: de um lado, estão as forças oficiais do governo de Abd-Rabbu Mansour Hadi, apoiadas por uma coalizão sunita liderada pela Arábia Saudita. Do outro, está a milícia rebelde huti, de xiitas, apoiada pelo Irã.
Desde março de 2015, mais de 8,6 mil pessoas foram mortas e 49 mil ficaram feridas, muitas em ataques aéreos liderados pela coalizão árabe.
Em meio à guerra, o país sofre com bloqueios comerciais impostos pelos sunitas. Em decorrência disso, estima-se que cerca de 20 milhões de pessoas não tenham conseguido receber a ajuda humanitária enviada via portos e aeroportos e criou a maior situação de fome da história recente.
A ONU classifica a situação no Iêmen como a pior crise humanitária do mundo - além da guerra civil, há milhões de pessoas morrendo de fome e uma epidemia de cólera em curso.
Nesta segunda-feira, Ali Abdullah Saleh, que governou o país por 33 anos até ser deposto durante a Primavera Árabe em 2011, foi assassinado por rebeldes. Saleh era aliado dos hutis, mas foi considerado "traidor" por se dizer disposto a dialogar com a Arábia Saudita, que apoia o governo iemenita.
A BBC listou alguns pontos desse conflito para tentar entender melhor o que acontece nesse país da Península Arábica.
Ali Abdullah SalehDireito de imagemAFP
Image captionO ex-presidente Ali Abdullah Saleh foi assassinado pelos rebeldes hutis, acusado de traição

Por que essa guerra importa para o resto do mundo?

O que acontece no Iêmen pode aumentar muito as tensões na região, além de elevar os temores do Ocidente de ataques vindos do país, à medida que ele se torna mais instável.
As agências de inteligência consideram o braço da organização extremista Al-Qaeda na Península Arábica como o mais perigoso, por causa de sua expertise técnica e alcance global. O surgimento na região de novos grupos afiliados ao Estado Islâmico também é motivo de preocupação.
O conflito entre os hutis e o governo também é visto como parte de uma batalha regional de poder entre os xiitas liderados pelo Irã e os sunitas, pela Arábia Saudita.
Os países do Golfo Pérsico, que apoiam o presidente iemenita Abdu Rabbu Mansour Hadi, acusam o Irã de apoiar os hutis financeiramente e militarmente, apesar de o Irã negar.
O Iêmen é estrategicamente importante porque está no estreito de Bab-el-Mandeb, que faz ligação com a África, e é rota de navios petroleiros.

Como tudo começou?

Rebelde huti em SanaaDireito de imagemAFP
Image captionOs rebeldes xiitas hutis entraram em Sanaa em setembro de 2014 e tomaram seu controle meses depois
Essa guerra tem suas raízes no fracasso de uma transição política que supostamente traria estabilidade ao Iêmen após uma revolta na sequência da Primavera Árabe, em 2011, que forçou a saída do poder do ex-presidente Ali Abdullah Saleh após 33 anos no poder, e passou o comando do país para o seu então vice, Hadi.
Hadi enfrentou uma variedade de problemas, incluindo ataques da Al-Qaeda, um movimento separatista no sul, a resistência de muitos militares que continuaram leais a Saleh, assim como corrupção, desemprego e insegurança alimentar.
O movimento huti, que segue uma corrente do islã xiita chamada zaidismo e travou uma série de batalhas contra Saleh na década anterior, tirou proveito da fraqueza do novo presidente e tomou o controle da província de Saada, no nordeste.
Desiludidos com a transição, muitos iemenitas - incluindo os sunitas - apoiaram os hutis e, em setembro de 2014, eles entraram na capital do país, Sanaa, montando acampamentos nas ruas e bloqueando as vias.
Em janeiro de 2015 eles cercaram o palácio presidencial e colocaram o presidente Hadi e seu gabinete em prisão domiciliar.
O presidente conseguiu fugir para a cidade de Áden no mês seguinte.
Artilharia saudita sendo disparada contra Iêmen em 2015Direito de imagemAFP
Image captionUma coalizão internacional liderada pelos sauditas interveio no Iêmen em 2015
Os hutis tentaram então tomar o controle do país inteiro e Hadi teve que deixar o Iêmen.
Alarmados com o crescimento de um grupo que eles acreditavam ser apoiado militarmente pelo poder xiita local do Irã, a Arábia Saudita e outros oito Estados sunitas árabes começaram uma série de ataques aéreos para restaurar o governo de Hadi. Essa coalizão recebeu apoio logístico e de inteligência de Estados Unidos, do Reino Unido e da França.

O que aconteceu desde então?

Há dois anos e meio, essa guerra está em curso e nenhum dos lados parece disposto a ceder. A ONU tentou, sem sucesso, por três vezes negociar um acordo de paz.
Forças pró-governo, constituídas principalmente por soldados leais ao presidente Hadi e sunitas de tribos do sul e separatistas, conseguiram evitar que os rebeldes tomassem a cidade de Áden, mas após quatro meses de uma batalha violenta, que deixou centenas de mortos.
Tendo assegurado um espaço no porto, tropas das forças de coalizão desembarcaram lá e ajudaram a expulsar os hutis para o sul. O presidente Hadi estabeleceu residência temporária em Áden, apesar da maioria de seu gabinete continuar exilada.
Os hutis, no entanto, conseguiram manter um cerco na cidade de Taiz e lançar morteiros e foguetes através da fronteira com a Arábia Saudita.
Os jihadistas da Al-Qaeda na Península Arábica e rivais de organizações parceiras do Estado Islâmico têm tomado proveito do caos, confiscando territórios no sul e cometendo ataques mortais, principalmente em Áden.
O lançamento de um míssil em direção a Riad em novembro levou a Arábia Saudita a apertar o bloqueio no Iêmen.
A coalizão alegou querer parar o contrabando de armas para os rebeldes do Irã, mas a ONU disse que as restrições poderiam desencadear "a maior crise de fome que o mundo já viu em décadas".
Garoto iemenitaDireito de imagemAFP
Image captionGaroto iemenita aliado dos hutis carrega arma no norte de Sanaa: população vive emergência alimentícia

Qual o impacto na população?

A população tem suportado o caos da guerra e tem sido constantemente vítima do que o conselho de direitos humanos da ONU chama de "incessantes violações do direito humanitário internacional".
Os ataques aéreos da coalizão saudita foram as principais causas da morte desse civis.
A destruição da infraestrutura do país e as restrições de importação de comida, de medicamenteos e de combustível causaram o que a ONU diz ser uma situação humanitária catastrófica.
Mais de 20 milhões de pessoas, incluindo 11 milhões de crianças, precisam de ajuda humanitária imediata. Há 7 milhões de pessoas dependentes de ajuda para comer e 400 mil crianças sofrendo de desnutrição;
Ao menos 14,8 milhões estão sem cuidados básicos de saúde, e apenas 45% dos 3.500 postos de saúde estão funcionando. Eles estão lutando para conter a maior epidemia de cólera do mundo, que já resultou em mais de 913 mil casos suspeitos e em 2.196 mortes desde abril.
Dois milhões de iemenitas estão desabrigados por causa da guerra e 188 mil fugiram para países vizinhos.

Por que há uma ruptura entre os rebeldes?

Durante meses houve indicativos de que a aliança entre os hutis e os apoiadores de Saleh estava estremecida, o que se provou verdade com o assassinato do ex-presidente.
No dia 29 de novembro, conflitos entre os antigos aliados emergiram na capital Sanaa. Com cada um dos lados culpando o outro pela ruptura, no dia 2 de dezembro Saleh apareceu na televisão dizendo à coalizão saudita estar aberto a um novo capítulo nas relações.
Ele pediu à coalizão para parar os ataques aéreos e afrouxar o bloqueio no país. Também se dispôs a um novo diálogo, o que foi bem -recebido pela coalizão, mas visto como traição pelos hutis, que o assassinaram.
Professor Edgar Bom Jardim - PE