terça-feira, 19 de setembro de 2017

Concurso da Fazenda em Pernambuco


O governo de Pernambuco publicou novo edital para seleção temporária de profissionais de nível médio e superior para a Secretaria da Fazenda. Serão 10 vagas disponibilizadas para as funções de engenheiro civil, engenheiro eletromecânico, engenheiro elétrico, advogado e arquiteto. 

Além disso, estão abertas outras seis vagas para profissionais da área de desenho, tecnólogia e técnia em edificações, telecomunicações, refrigeração e em contabilidade. Os salários vão de R$ 1.310 a R$ 4.590.

A seleção será feita em etapa única: avaliação curricular dos documentos entregues no ato da inscrição. O resultado final está previsto para ser divulgado em 20 de novembro. A validade do cargo é de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período até completar seis anos. 

As inscrições serão gratuitas, e podem ser feitas a partir do dia 20 de setembro até 5 de outubro através de Sedex. Os cadastros também podem ser feitas presencialmente, das 8h às 16h, na Superintendência de Gestão de Pessoas (SGP) da Secretaria da Fazenda, localizada na Rua do Imperador Dom Pedro II, nº S/N, no bairro de Santo Antônio, no Recife.

O candidato deve entregar os documentos e a ficha de inscrição preenchida em um envelope lacrado destinado à Comissão Executora o Processo Seletivo.

Defensoria de Pernambuco também abre vagas

O Conselho Superior da Defensoria Pública de Pernambuco aprovou a resolução que regulamenta o terceiro concurso para ingresso na carreira de defensor público do estado. O próximo passo é a formação de uma comissão, que dará andamento ao processo.

O edital deve ser publicado ainda neste ano. Para se candidatar será necessário graduação de nível superior em direito e três anos de atividade jurídica, no mínimo.

Seguindo pelo Nordeste

Em Natal, o Tribunal Regional Eleitoral (TRT 21) anunciou a realização de novo concurso para cargos de nível médio e superior.

No total será uma vaga para analista judiciário, com remuneração inicial de R$ 10.461,90, e para participar é necessário ter ensino superior em direito. 

Os candidatos de nível médio podem se inscrever para o cargo de técnico judiciário na área administrativa. São duas vagas e o piso salarial é de R$ 6.376,41.

Haverá prova objetiva de conhecimentos básicos e específicos para ambos os cargos. Os candidatos ao cargo de analista serão submetidos ainda a uma prova discursiva de redação, a ser aplicada no mesmo dia da avaliação objetiva, em 10 de dezembro na cidade de Natal. 

Os interessados poderão se inscrever das 10h do dia 25 de setembro até as 14h do dia 11 de outubro, por meio do site da banca. A taxa é de R$ 80 para técnicos e R$ 120 para analistas, e deverá ser paga até o último dia de inscrições.
Com Informações de Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Portaria assinada por Raquel Dodge confirma a saída de integrantes do grupo da Lava Jato

Raquel Dodge, indicada para o cargo de procuradora-geral da República pelo presidente Michel Temer, durante sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
No último fim de semana, ÉPOCA teve acesso à minuta de portariaque designaria os integrantes de uma equipe de transição, com duração de 30 dias, destinada a passar informações ao novo grupo de trabalho da Lava Jato que atua na Procuradoria-Geral da República. A portaria causou desconforto porque alguns investigadores da equipe que assessorava Rodrigo Janot negociavam a permanência. Raquel Dodge havia anunciado publicamente que todos os integrantes do grupo estavam convidados a permanecer na Lava Jato. Após a publicação da reportagem, a assessoria da nova procuradora-geral da República afirmou que o assunto ainda não havia sido definido. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (19) nos termos da minuta.
Portaria assinada por Raquel Dodge sobre a saída de integrantes do grupo da Lava Jato (Foto: Reprodução)
Para a nova equipe da Lava Jato que atua na PGR, Raquel Dodge nomeou em outra portaria publicada no Diário Oficial de hoje oito procuradores, entre os quais Maria Clara Barros Noleto e Pedro Jorge do Nascimento que compunham o grupo que auxiliava Rodrigo Janot. Os demais serão Hebert Reis Mesquita, José Alfredo de Paula, José Ricardo Teixeira, Luana Vargas Macedo, Marcelo Robeiro de Oliveira e Raquel Branquinho.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

REDE defende o arquivamento do projeto que aumenta contribuição para Fumap em Bom Jardim

A Câmara de Bom Jardim vai debater nesta terça-feira, 19 de setembro, o projeto de Lei 011/2017,  que aumenta o percentual da alíquota do FUMAP de 11% para 13%. Os servidores municipais serão penalizados em detrimento dos contratados que serão mantidos sem contribuir para o Fundo Municipal de Aposentadorias e Pensões(FUMAP). 
 A REDE Sustentabilidade Bom Jardim, democraticamente faz um apelo para  que o prefeito João Lira, retire o projeto da pauta e realize o Concurso Público o mais breve possível. 
Os vereadores devem ter a consciência que o Concurso Público é a melhor saída para Bom Jardim.
A REDE também sugere que o município realize um aporte financeiro com recursos da repatriação, de parte dos 40% do FUNDEF e dos recursos que serão repassados futuramente pelo INSS. Essas medidas serão importantes para restabelecer a saúde do FUMAP. Outra proposta que também defendemos é uma auditoria nas contas desde a criação do referido fundo. 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Caminhada pelo fim da intolerância religiosa


Representantes de diversas religiões participam de caminhada na praia de Copacabana em defesa da liberdade religiosa.
No Rio de Janeiro, umbandistas do Centro Espírita Irmãos Frei da Luz foram agredidos com pedradas pelos frequentadores de uma Iurd situada ao lado desse Centro, na Abolição. Uma adepta da Tenda Espírita Antônio de Angola, no bairro do Irajá, foi mantida por dois dias em cárcere privado numa igreja evangélica em Duque de Caxias, com o objetivo de que esta renunciasse à sua crença e se convertesse ao evangelismo. Em Salvador, […], uma iniciada no candomblé teve sua casa, no bairro de Tancredo Neves, invadida por trinta adeptos da Igreja Internacional da Graça de Deus, que jogaram sal grosso e enxofre na direção das pessoas ali reunidas durante uma cerimônia religiosa […] Em São Luís, capital maranhense, alguns fiéis da Assembleia de Deus residentes no bairro acusaram os chefes do Terreiro do Justino, localizado na Vila Embratel, de sequestro de um bebê, filho de um casal de frequentadores da igreja que residia na vizinhança. Acreditavam que o bebê teria sido raptado para ser sacrificado nos ritos do terreiro. […] O terreiro, fundado há 104 anos, é um dos mais antigos da cidade e vem sofrendo pressões por parte dos evangélicos do bairro para que seja transferido dali. […] Uma mãe-de-santo da Cidade Tiradentes em São Paulo reclamou de um carro de som, contratado por uma igreja neopentecostal das imediações, que parava ou circulava insistentemente em frente ao seu terreiro para anunciar em alto volume as “sessões de descarrego” realizadas na referida igreja. (SILVA, 2007, p. 12-14)

Brasil.
País de diversas negações e contradições sobre sua própria história, sobre a formação de seu povo e sobre os mais vergonhosos problemas que descendem dessa negação e contradição. Todas as verdades por aqui são mascaradas, sobretudo aquelas que exigem trabalho apurado de autocrítica e humildade para quebrar tabus e regras perigosamente arcaicas e promover mudanças permanentes.
O mito da democracia e liberdade de expressão que nunca experimentamos, o mito da comunhão racial cunhado em meio a efervescência contínua do racismo estrutural, a falsa valorização da figura da “mulher brasileira” que encobre a misoginia e potencializa estereótipos dentro e fora do país, o tratamento promíscuo e irresponsável que se dá a formação de nossas crianças e adolescentes, entre outras diversas incongruências que fazem parte do nosso estado natural de coisas e não estão na pauta do dia.
“O profundo das coisas não está na pauta do dia. De nenhum dia.” Micheliny Verunschk em Nossa Tereza – Vida e Morte de uma santa suicida.
Mas, essa atitude de jogar a sujeira para baixo do tapete, ao longo da nossa história, vem se mostrando de uma ineficiência persistente e proveitosa, pois vez por outra, um assédio aqui, um estupro coletivo ali, um Rafael Braga acolá, joga na cara da sociedade a sua hipocrisia passiva e covardia pujante.
Como é o caso dos recentes vídeos propagados nas redes sociais, onde traficantes evangélicos violentam casas de culto religioso africano (ou de dissidência africana), que trouxe para os 15 minutos de debates rasos e indignações passageiras, um sofrimento que, além de histórico é seguramente uma ramificação da expressão do racismo arraigado nas estruturas e instituições alocadas desde o extremo sul ao extremo norte do país.
E não devemos nos ater ao rótulo de ‘traficantes evangélicos’ para destilar argumentos e contrapontos, sob pena de cair em outro erro histórico característico do nosso povo: o esvaziamento sumário das discussões, uma vez que, o Brasil é racista e a manifestação desse racismo não é concentrada em um só ponto, em uma só pessoa ou instituição.
Há que se considerar os preconceitos de toda ordem que se assentaram no senso comum dos brasileiros e estão vivos nas mais variadas vertentes sociais, reverberando como heranças devidamente costuradas pela ação do tempo que transcorre sem confrontá-las de forma madura.
Um desses preconceitos gira entorno da crença de que se pode afetar e/ou interferir na vida de qualquer pessoa, pela manipulação de receitas e ingredientes mágicos, em rituais caricatos de feitiçarias e/ou bruxarias associadas a figura de uma legião de forças malignas ocultas que a princípio, daria esse enorme poder para seus adoradores. Isso faz parte das escusas intenções políticas que rondaram a igreja católica na idade da “Santa” Inquisição, onde se queimavam pessoas praticantes de outras expressões do sagrado.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Federal entre as melhores


A Universidade Federal de Pernambuco melhorou sua posição no Ranking Universitário Folha (RUF) 2017. A UFPE foi eleita a 11ª instituição de ensino superior do país com a nota 90,65. A pesquisa avaliou 195 instituições. No ano passado, a nota foi 90,07, e a universidade ficou em 12ª lugar.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

“Na cadeira da Presidência da República está sentado um criminoso”, diz Molon


Para o deputado Alessandro Molon (REDE-RJ) a segunda denúncia feita pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer demonstra mais uma vez que o país está sob o comando de criminosos que tem, sistematicamente, se feito valer de seus cargos e sua posição política para atender a interesses próprios – com o desvio de, pelo menos R$ 587 milhões.
"É uma denúncia extremamente grave, que mostra que na cadeira da Presidência da República está sentado o chefe de uma organização criminosa que ordenou a compra do silêncio do operador financeiro desta organização criminosa. Temer fez tudo isso para que os crimes dele ficassem ocultos à Justiça e diante da gravidade desses fatos é inaceitável que a Câmara, mais uma vez, impeça a Justiça de julgar Temer pelos crimes que ele cometeu", afirmou o deputado.
Caberá, agora, assim como na primeira denúncia apresenta pelo procurador-geral Rodrigo Janot, caberá à Câmara dos Deputados autorizar ou não que o Supremo Tribunal Federal julgue o caso. "Vamos voltar para nossa campanha pelos 342 votos na Câmara para que a denúncia seja aceita e Temer pague pelos crimes que cometeu", diz Molon.
REDE
Professor Edgar Bom Jardim - PE

REDE repudia declarações de general do exército sobre possível intervenção militar


A Rede Sustentabilidade repudia veementemente as declarações do general Antonio Hamilton Martins Mourão em apoio a uma possível intervenção militar. Trata-se de um posicionamento gravíssimo, especialmente quando originado de uma pessoa com tão alta patente.
No atual cenário de instabilidade política, um pronunciamento deste teor é uma grave ameaça à democracia. Além de repudiar tais declarações, como fez corretamente o Comandante do Exército, general Eduardo Vilas Boas, espera-se que o oficial seja punido de forma exemplar.
A REDE tem como princípio fundamental a defesa da democracia e o respeito à Constituição. Qualquer desvio desse princípio tem um nome: golpe.
REDE
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Produtos da agricultura familiar são avaliados para merenda escolar de João Alfredo


Em atendimento ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), a Prefeitura Municipal de João Alfredo (PMJA), através da Secretaria Municipal de Educação, recebeu nessa quinta-feira (14) agricultores familiares inscritos na chamada pública 001/2017. O objeto da chamada é adquirir gêneros alimentícios da Agricultura Familiar e do Empreendedor Familiar Rural para atendimento à merenda escolar da rede municipal de ensino. Na sede da PMJA aconteceu a sessão de amostras para avaliação e seleção dos produtos que serão submetidos aos testes de qualidade. A etapa acontece depois da fase de habilitação coordenada pela nutricionista da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes. De acordo com a chamada pública, o período de fornecimento é de 12 meses e o valor estimado (para 12 meses) é de R$ 1.236.172. Serão atendidos 5.025 alunos. Todo o valor destinado ao PNAE circulará na economia local e regional.
Fonte:Blog do Agreste
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Raquel Dodge discursa, Cármen Lúcia fica entre os investigados na messa da posse

Joelma Pereira/Congresso em Foco
Futuro de Temer, Eunício e Maia também passará pelas mãos de Raquel Dodge

Em seu discurso de posse, no qual prometeu firmeza e coragem no combate à corrupção, a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, dividiu a mesa com três políticos suspeitos do crime que pretende enfrentar: os presidentes da República, Michel Temer (PMDB), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Além deles, também estava à mesa a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia.
Caberá a Raquel pedir o encaminhamento ou a suspensão das investigações contra Temer, Maia e Eunício no Supremo, além de centenas de outros políticos com foro no tribunal. Em sua fala, de cerca de 10 minutos, Raquel defendeu a harmonia entre os poderes como requisito para a “estabilidade da nação” e se comprometeu a atuar para que ninguém esteja acima ou abaixo da lei no Brasil.
Além de pedir proteção divina para sua nova missão, a procuradora-geral citou uma frase do Papa Francisco sobre a necessidade de se combater a corrupção: “A corrupção não é um ato, mas uma condição, um estado pessoal e social, no qual a pessoa se habitua a viver. O corrupto está tão fechado e satisfeito em alimentar a sua autossuficiência que não se deixa questionar por nada nem por ninguém. Construiu uma autoestima que se baseia em atitudes fraudulentas. Passa a vida buscando os atalhos do oportunismo, ao preço de sua própria dignidade e da dignidade dos outros”.
Veja quais são as suspeitas que recaem contra Temer, Eunício e Rodrigo Maia:
Michel Temer
O presidente viu as denúncias contra si aumentarem a partir da gravação feita pelo empresário Joesley Batista, no Palácio do Jaburu. Na conversa com o peemedebista, Joesley conta que tinha um procurador dentro da força-tarefa da Lava-Jato que passava informações sobre a operação. Temer ainda sugere que o empresário trate dos assuntos da empresa com o então deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que logo depois foi filmado ao receber uma mala de R$ 500 mil de outro delator da JBS, Ricardo Saud, no estacionamento de uma pizzaria. Por causa das gravações, ele virou alvo de duas denúncias da PGR: por corrupção (rejeitada pela Câmara, mas que voltará a tramitar quando ele deixar a Presidência) e por obstrução da Justiça e organização criminosa (apresentada semana passada e que ainda será examinada pelos deputados). O presidente também responde a inquérito que apura recebimento de propina em troca de medida provisória.
Eunício Oliveira
Investigado em dois inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro, é suspeito de receber R$ 2 milhões em propina da Odebrecht em troca da aprovação de medidas provisórias de interesse do grupo, ao lado de Rodrigo Maia, Renan Calheiros, Romero Jucá e Lúcio Vieira Lima. Na planilha da empreiteira era identificado como “Índio”. Um delator do grupo Hypermarcas acusa o senador de receber recursos ilícitos para sua campanha eleitoral de 2014 ao governo do Ceará.
Rodrigo Maia
Responde a dois inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro decorrentes da Lava Jato, juntamente com o seu pai, o ex-prefeito do Rio César Maia. Uma das investigações apura repasses ilícitos da Odebrecht para os dois em três anos eleitorais diferentes, em valores de R$ 350 mil a R$ 600 mil. No outro inquérito, o deputado, o ex-prefeito, ao lado dos senadores Eunício Oliveira, Renan Calheiros e Romero Jucá e do deputado Lúcio Vieira Lima, são acusados de receber vantagens indevidas em troca da aprovação de três medidas provisórias de interesse da Odebrecht. Apelidado nas planilhas da empreiteira como “Botafogo”, Maia é suspeito de receber R$ 100 mil nesse caso.
Com informações de CEF
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Fórum de Bom Jardim terá novo horário de funcionamento


A partir do dia 28 de setembro de 2017, o horário de atendimento forense da Comarca de Bom Jardim-PE, será das 08:00 às 17:00 horas, conforme solicitação do Dr. Hailton Gonçalves da Silva,  Juiz de Direito em exercício cumulativo e aprovado no colegiado do Tribunal de Justiça de Pernambuco, publicada no Diário Oficial de 28 de agosto.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 17 de setembro de 2017

Coreia do Norte, o rato que ruge

Kim Jong-un
Kim Jong-un agora tem a bomba e um míssil capaz de alcançar Nova York


Como se a semana do furacão Harvey, das enchentes dezenas de vezes mais mortais na Índia e África e do início do genocídio dos rohingya em Mianmar não tivesse sido aflitiva o suficiente, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, presenteou o mundo com seu primeiro teste de bomba termonuclear, ou bomba H, como se dizia no auge da Guerra Fria.
Não é um passo pequeno. Além dos cinco integrantes do Conselho de Segurança da ONU – Estados Unidos em 1952, Rússia (então União Soviética) em 1955, Reino Unido em 1958, China em 1967 e França em 1968 –, apenas a Índia havia realizado um teste dessa natureza, em 1998.
A arma de Pyongyang é mais potente do que a indiana (140 quilotons, segundo a inteligência dos EUA, ante 45 do teste indiano) e, a se acreditar nas fotos oficiais, foi miniaturizada o suficiente para ser usada na ogiva de um míssil balístico. Paquistão e Israel possuem bombas atômicas, mas, se acaso já têm capacidade para armas termonucleares, não as testaram.

Uma bomba termonuclear tira a maior parte de sua energia da fusão do hidrogênio ou lítio e esta pode ser muito maior do que o de uma bomba atômica, baseada inteiramente na fissão do urânio ou plutônio.
A bomba usada em Hiroshima equivalia a 15 quilotons, ou 15 mil toneladas de TNT, e a maior bomba de fissão já testada chegou a 500 quilotons. Esta é a potência típica de uma bomba de fusão moderna e a mais potente já testada (pela URSS, em 1961) alcançou 50 megatons, equivalente a 50 milhões de toneladas de TNT.
Isso significa um raio de destruição muito maior, tanto para causar maior estrago em uma grande cidade quanto para garantir a destruição de um alvo militar mesmo quando não se pode alcançá-lo com precisão.
Em 4 de julho, convém lembrar, a Coreia do Norte comemorou a independência dos EUA com um míssil com alcance de 6,7 mil quilômetros, suficiente para atingir o Alasca e o Havaí, e no dia 28 testou um míssil intercontinental com alcance de 10,4 mil quilômetros.
Esse raio de ação cobre todo o Oeste dos EUA e, com a ajuda da rotação da Terra, que favorece mísseis lançados na direção do leste, poderia em tese alcançar muitas das grandes cidades do centro e leste, inclusive Chicago, Boston e Nova York (ainda não Washington). Kim Jong-un ainda não cumpriu a ameaça de fazer um disparo na direção da base estadunidense de Guam para demonstrar sua capacidade de atingi-la, mas em 29 de agosto fez um de seus mísseis sobrevoar o Japão.
Até certo ponto, testes de mísseis e bombas, exercícios militares e retórica agressiva contra inimigos externos são tradições na Coreia do Norte, e aparentemente seus governantes as consideram necessárias para manter na linha as massas e a burocracia do Estado e do partido. Entretanto, Pyongyang não executou nenhuma agressão concreta contra o Sul ou qualquer outro país desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953.
Leia mais: 
É mais do que se pode dizer de qualquer dos demais detentores de armas nucleares e o comportamento das potências ocidentais no Iraque e na Líbia dá certa razão a Pyongyang. A Coreia do Norte expulsou os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica durante a preparação para a invasão anglo-americana de Bagdá e, meses depois de esta se consumar, retirou-se do Tratado de Não Proliferação Nuclear.
O primeiro teste bem-sucedido foi em 2006. Vladimir Putin condenou o teste norte-coreano durante a reunião dos BRICS, mas não deixou de frisar essa realidade. “Todos lembramos do que se passou com o Iraque e Saddam Hussein. Seus filhos foram mortos, seu país destruído e ele enforcado. Todos sabemos como foi e os norte-coreanos se lembram muito bem. Comerão grama, mas continuarão seu programa enquanto não se sentirem seguros.”
Moon Jae-in
O pacifismo de Moon Jae-in é a primeira vítima da situação
Dito isso, não é preciso acreditar que as intenções de Kim Jong-un são apenas defensivas. A recente multiplicação de testes de mísseis – mais numerosos de janeiro a agosto do que nos 14 anos de governo do pai, Jong-il – e o alarde de Pyongyang a seu respeito sugerem pretensões mais complexas.
Pode existir a expectativa de usar a falta de convicção de Donald Trump pelas suas relações exteriores para tensionar suas alianças até o rompimento. Desde a campanha eleitoral, o presidente dos EUA ameaça com retirar suas forças da Coreia do Sul e Japão se seus governos não pagarem por sua manutenção.
No sábado 2, o Washington Post noticiou que Trump, insatisfeito com o acordo de livre-comércio com Seul vigente desde 2012 e com a renegociação iniciada em 22 de agosto, instruiu assessores a preparar o rompimento, como pretende fazer com o Nafta. Também pode estar na agenda alimentar desentendimentos entre o pacifismo do atual governo sul-coreano do Moon Jae-in, empossado em maio, e o militarismo crescente do governo japonês de Shinzo Abe.
Outra interpretação é de que a Coreia do Norte queira fortalecer a linha dura chinesa neste momento de crescente rivalidade com os EUA, de modo a pressionar a China a acabar com o jogo duplo e tomar claramente seu partido. Talvez por isso tenha escolhido o momento da reunião dos BRICS para o teste termonuclear e empanado um momento de glória de Xi Jinping às vésperas de mais um congresso quinquenal do Partido Comunista Chinês.

Se esses são os objetivos, não parecem ter sido atingidos. Trump desdenha os acordos militares e comerciais dos EUA com aliados tradicionais da Ásia e Europa, mas até agora o Pentágono e os serviços de inteligência o impediram de tomar atitudes drásticas a respeito e devem ter meios de mantê-lo na linha. O maior prejudicado é Moon, cuja política de diálogo e reaproximação com Pyongyang foi atacada por Trump como “apaziguamento”, em coro com as críticas da oposição sul-coreana de direita e corre o risco de ser desacreditada.
Até agora, os resultados mais concretos da crise nuclear são os gestos de rearmamento da Coreia do Sul e do Japão. Moon havia paralisado a instalação do polêmico sistema antimíssil Thaad encomendado aos Estados Unidos pela presidenta deposta Park Geun-hye (pelo qual Trump quer cobrá-lo) para um estudo ambiental, mas voltou atrás e o autorizou.
Além disso, diz querer construir um submarino nuclear e pediu aos EUA, que concordaram, para liberar Seul de um limite de 500 quilos para o peso máximo das ogivas de seus mísseis. Na terça-feira 5, Trump tuitou, satisfeito: “Estou autorizando o Japão e a Coreia do Sul a comprarem uma quantidade substancialmente maior de equipamentos militares altamente sofisticados dos Estados Unidos”. É de se perguntar se Kim Jong-un não mereceu uma comissão nesse negócio.
BRICS
O teste abalou a reunião dos BRICS e pode ser um recado para Xi Jinping (AFP)
O ministro da Defesa sul-coreano, Song Young-moo, levantou a possibilidade de os Estados Unidos voltarem a manter armas nucleares na Coreia do Sul, retiradas em 1991. Não satisfeita, a mídia conservadora sul-coreana pede em editoriais que o país crie suas próprias bombas atômicas como, aliás, o próprio Trump sugeria em março.

Os EUA têm, certamente, os meios de pulverizar as instalações nucleares da Coreia do Norte e muito mais, mas, a menos que esta tome a improvável iniciativa de um ataque real, dificilmente farão isso.
A arma final de Kim Jong-un é menos a bomba termonuclear do que o fato de ninguém querer lidar com as consequências de um colapso de Pyongyang, que enviaria milhões de refugiados na direção da China e da Coreia do Sul.
Esse risco pode ser deflagrado não só por um bombardeio de grandes proporções (que também poderia espalhar resíduos radioativos pela região), como também por um embargo comercial mais severo.
Daí a resistência do governo chinês a aumentar seriamente a pressão contra Pyongyang. E a ameaça de Trump de “parar todo o comércio com países que fazem negócios com a Coreia do Norte” pode ser descontada como bravata.
Muitas nações têm algum comércio com esse país, inclusive, por exemplo, a Alemanha, o México e o Brasil, mas sua única relação realmente vital é com Pequim, que lhe importa carvão, minérios e têxteis e exporta bens de capital, veículos, petróleo e eletroeletrônicos.
Esse comércio é importante para a sobrevivência do regime, mas irrelevante para seu programa nuclear. E não existe a possibilidade de Trump paralisar de um dia para o outro as fábricas que fornecem iPads à Apple e sapatos à grife de sua filha.
Esse confronto tem poucas chances de provocar diretamente uma terceira guerra mundial. Mais provavelmente, as consequências se limitarão a sanções menores, um maior azedamento das relações entre Washington e Pequim e uma corrida armamentista na região, para a satisfação da indústria bélica estadunidense.
É preocupante, porém, o fato de um país pequeno e pobre ser capaz de tais façanhas tecnológicas. Pelas estimativas mais generosas, o PIB da Coreia do Norte é comparável ao de Honduras, de Moçambique ou do estado do Maranhão. Ou seja, qualquer país decidido a desenvolver tecnologia própria pode fazer o mesmo. Para não falar da Alemanha, Japão e Coreia do Sul, pode não estar longe o dia em que a Arábia Saudita, o Egito ou o Vietnã tenham suas próprias bombas termonucleares e mísseis intercontinentais, principalmente se os EUA continuarem a agir de forma inconsequente em relação às suas alianças.
Jong-un não é, provavelmente, tão irresponsável como o pintam e gosta de parecer, porém, mais cedo ou mais tarde haverá um fanático ainda mais perigoso com tais armas em mãos.
Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O torcedor do Sport não aguenta apanhar mais

Rio - O Flamengo teve dificuldades, mas voltou a vencer no Brasileiro. Contra o Sport, na Ilha do Urubu, a equipe carioca levou a melhor e conseguiu o resultado de 2 a 0 em confronto realizado neste domingo.

Guerrero abriu o placar na vitória do FlamengoGilvan de Souza / Flamengo / Divulgação

O gols foram marcados por Guerrero, logo no começo da partida, e por Éverton Ribeiro no fim. O peruano chegou ao vigésimo gol na temporada, sua melhor marca na carreira.
Pela Sul-Americana, o Flamengo enfrenta a Chapecoense na próxima quarta-feira. Na próxima rodada do Brasileiro, o clube carioca recebe o Avaí, na Ilha do Urubu. A partida acontece no sábado. Já o Sport recebe o Vasco no próximo dia 25.  
Fonte: O Dia.
Professor Edgar Bom Jardim - PE