segunda-feira, 5 de junho de 2017

Desconfiado o povo brasileiro está de olho na lentidão do TSE.



Sessão plenária do TSEDireito de imagemNELSON JR. - TSE
Image captionTSE em sessão plenária em setembro de 2016; corte analisa pela primeira vez pedido de cassação de chapa presidencial

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira o mais importante julgamento de sua história - é a primeira vez que a corte analisa um pedido de cassação contra um presidente da República.
Embora não tenha relação com esse caso, a delação da JBS deixou o presidente Michel Temer fragilizado, aumentando as chances de que ele seja cassado.
O processo é resultado da unificação de quatro ações movidas pelo PSDB contra a eleição da chapa presidencial formada por Dilma Rousseff e seu vice, Temer. Os tucanos acusam a campanha vencedora de ilegalidades e pedem a anulação do pleito de 2014.
Apesar da grande expectativa em torno do julgamento, é possível que seu desfecho seja adiado novamente, caso algum recurso da defesa seja atendido ou um dos ministros peça vista para analisar melhor o processo. Confira abaixo o que esperar dos próximos dias.

1) Leitura do relatório

O julgamento tende a ser longo e pode se arrastar por toda a semana. Há quatro sessões marcada para tratar exclusivamente desse processo: três estão previstas para as 19h de terça, quarta e quinta; no último dia haverá também uma sessão pela manhã (9h).
Normalmente, a primeira etapa é a leitura de um resumo do caso pelo relator do processo, ministro Herman Benjamin. O processo inteiro soma 8.563 folhas, enquanto o relatório final, encaminhado em sigilo aos demais seis ministros da corte, tem pouco mais de 1.200 páginas. A expectativa, porém, é de que Benjamin leia uma versão resumida.


Herman BenjaminDireito de imagemNELSON JR. - TSE
Image captionHerman Benjamin é o relator do processo que pede a cassação da chapa eleita em 2014

Nesse momento, o público saberá quais provas teriam sido levantadas ao longo da investigação conduzida pelo relator, como teor de depoimentos, documentos apresentados pelas testemunhas e resultado de perícias em gráficas contratadas pela campanha de Dilma e Temer.
No entanto, quando o julgamento foi iniciado em abril, antes da leitura do relatório o plenário analisou questões preliminares levantadas pela defesa sobre o andamento formal do processo, o que acabou provocando a reabertura da fase de investigação para que fossem ouvidas novas testemunhas e dado novo prazo à argumentação final dos advogados.
Nesta terça, a defesa apresentará novas questões preliminares (entenda mais abaixo), que poderão ser analisadas no início da sessão, ou após a leitura do relatório e da manifestação das partes.

2) O que se espera do relatório

Quanto ao conteúdo do relatório, ele deve dar destaque a algumas acusações consideradas mais graves. Diversos delatores da operação Lava Jato foram ouvidos no processo, entre eles ex-executivos do grupo Odebrecht e o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Segundo esses relatos, os publicitários teriam recebido pagamentos ilegais da empreiteira no exterior para cobrir despesas da campanha presidencial, com consentimento de Dilma.


Nicolao DinoDireito de imagemROBERTO JAYME - TSE
Image captionNicolao Dino (ao centro) será o representante do Ministério Público no julgamento

Marcelo Odebrecht, dono do grupo, disse também que a empreiteira pagou propina de R$ 50 milhões - essa doação, não registrada oficialmente (caixa 2), teria sido repassada em contrapartida à aprovação de uma Medida Provisória que beneficiava a empreiteira anos antes e ficado como saldo para a campanha de 2014.
A defesa de Dilma refuta todas as acusações e diz que meros depoimentos em delações não constituem provas. Flavio Caetano, advogado da ex-presidente, também aponta supostas contradições das testemunhas.
"Marcelo Odebrecht disse na Justiça Eleitoral que Guido Mantega teria pedido uma propina de R$ 50 milhões em 2009, que não foi usado em 2010, mas que foi usado na campanha de 2014. Isso é o que ele diz para a Justiça Eleitoral, e o que ele disse antes, em depoimento gravado na PGR (Procuradoria Geral da República), é que esse dinheiro foi inteiramente gasto antes de 2014. Isso é falso testemunho", afirma Caetano.

2) Sustentações dos advogados e do Ministério Público

Após a leitura do relatório, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, concederá a palavra aos advogados de acusação (PSDB), de defesa (um para Dilma e outro para Temer) e ao Ministério Público, representado pelo vice-procurador Geral Eleitoral, Nicolao Dino. Cada um tem direito a 15 minutos.
Ambos os advogados de Dilma e Temer negam qualquer ilegalidade na campanha. A defesa do presidente pede ainda que sua conduta seja analisada separadamente da de Dilma, tentando assim se salvar de eventual cassação da chapa - isso contraria totalmente a jurisprudência do TSE, que considera a eleição do vice indivisível da eleição do cabeça de chapa.


Henrique NevesDireito de imagemNELSON JR. - TSE
Image captionMandato de Henrique Neves termina em abril - ele ficará de fora do julgamento

As defesas também devem usar suas falas para reforçar pedidos "preliminares", que são recursos relacionados ao andamento do processo. Esses pedidos serão analisados antes dos ministros votaram de fato sobre a cassação. Se uma ou mais preliminares forem atendidas, o julgamento pode voltar a ser suspenso por alguns dias ou até semanas.
As duas partes pedem a anulação dos depoimentos dos executivos da Odebrecht e de João Santana e Mônica Moura, sob o argumento de que as acusações levantadas por essas testemunhas não constavam inicialmente nas ações movidas pelos PSDB, não podendo ser incluídas depois.
Já os advogados de Dilma pedem que, caso os depoimentos não sejam anulados, que seja aberto novo prazo para que mais testemunhas de defesa sejam ouvidas para contrapor as acusações dessas testemunhas.

3) Análise das preliminares

Os pedidos preliminares devem ser analisados pelos sete ministros logo no início da sessão ou após a sustentação das partes. O relator, Herman Benjamin, negou esses recursos e provavelmente argumentará contra sua aceitação pelo plenário.
Se os ministros decidirem pela anulação dos depoimentos de parte das testemunhas, essas informações não poderão ser usadas como provas. Isso aumentaria as chances de absolvição da chapa, já que as acusações mais graves partem justamente do casal de marqueteiros e de executivos da Odebrecht.


Gilmar MendesDireito de imagemNELSON JR. - TSE
Image captionComo presidente do TSE, Gilmar Mendes terá participação importante na condução do julgamento

4) Os votos sobre a cassação

Caso o julgamento não seja suspenso na análise das questões preliminares, o relator finalmente lerá o seu voto.
Herman Benjamin deve decidir se a campanha de fato cometeu ilegalidades e se elas foram graves o suficiente para justificar a anulação da eleição e cassação da chapa.
Além disso, ele vai analisar se Dilma e Temer são culpados pelas eventuais ilegalidades e devem ficar inelegíveis por oito anos.
O relator pode tanto decidir que apenas um é culpado, que ambos são culpados, ou mesmo que nenhum deles tem responsabilidade, no caso, por exemplo, dos crimes terem sido cometidos pelos tesoureiros da campanha, sem o conhecimento dos candidatos.
Após o relator, na sequência votam os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Luiz Fux (vice-presidente do TSE), Rosa Weber e, por último, o presidente da corte, Gilmar Mendes.
É possível que algum dos ministros peça vista do processo, com objetivo de analisar melhor a ação. Isso suspenderia o julgamento. Não há prazo para que o ministro retorne seu voto, mas em geral pedidos de vista no TSE duram poucas semanas.
No entanto, depois de o relator ler sua decisão, mesmo que haja pedido de vista, outros ministros podem antecipar seus votos.


Dilma e Temer durante a campanhaDireito de imagemCADU GOMES/ DILMA 13
Image captionDilma e Temer durante a campanha: supostas ilegalidades serão julgadas pelo TSE

5) Quando o julgamento termina e o que acontece se Temer for cassado?

Não há previsão de quanto tempo o julgamento deve durar. Caso Temer seja cassado, é certo que haverá recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF). Se o Supremo confirmar eventual cassação, a própria corte terá que decidir se o sucessor de Temer deve ser escolhido pelo Congresso em eleição indireta ou se deve ser convocada uma eleição direta, para que a população escolha nas urnas um novo presidente.
Em ambos os casos, o eleito só governaria até 2018, concluindo o mandato de Temer.
A Constituição Federal prevê que, após decorrida metade do mandato presidencial, se os cargos de presidente e vice ficarem vago, é o Congresso que deve escolher o novo mandatário do país. No entanto, conforme mostrou a BBC Brasil, há uma ação pronta para ser julgada no STF que pede que o pleito seja direto no caso de a eleição ser anulada pela Justiça Eleitoral, quando faltarem ao menos seis meses para a conclusão do mandato.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Veja ao Vivo em Leia Mais CDH - Reformas da Previdência e trabalhista - 05/06/2017




Assista aqui e agora
 http://professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com.br/2017/06/veja-ao-vivo-cdh-reformas-da.html

Insatisfeita com a Reforma da Previdência, Juliane Schneider da Silva desabafou em um vídeo postado em seu facebook convidando políticos a experimentar a lida rural. Petista Paulo Paim aceitou e ficou impressionado com o volume de trabalho

Há alguns meses, a agricultora Juliane Schneider da Silva (42), de Bela Vista, interior de Selbach, externou sua indignação em relação à Reforma da Previdência, especialmente nos artigos que atingem a classe rural. Fez isto através de um vídeo feito pelo filho Igor (13) onde ela aparece limpando a estrebaria onde a família produz leite e convidando políticos para participar da rotina no campo. O que ela não imaginava, porém, era que a postagem em seu perfil no facebook teria tamanha repercussão. O vídeo foi postado pela manhã e ao meio dia já havia sido assistido por 90 mil pessoas. Dois dias depois, eram 4 milhões de visualizações e 150 mil compartilhamentos. Hoje são mais de 7 milhões de visualizações.
A família Silva tem 33 hectares, a maioria dedicada a produção leiteira, carro chefe da propriedade, mas o cultivo de soja também incrementa a renda. Quase todo o milho produzido é transformado em silagem para alimentar o gado “Eu estava chateada porque meu marido havia sofrido um acidente e estava afastado do trabalho. Temos mais de 30 vacas em lactação e tive de absorver praticamente toda a rotina da propriedade. Acordo as 4h30min para a lida e muitas vezes, às 21h, ainda estou trabalhando. Fiquei me questionando até quando eu aguentaria isto”, relata, contando que uma iniciativa semelhante de um agricultor paranaense motivou-a a fazer a postagem. “Primeiro fiquei pensando se faria ou não a postagem. Quando vi o vídeo do paranaense pensei que era a hora. Foi um desabafo. Quem assiste pode notar que estou ofegante, pois recém havia retornado de buscar as vacas no pasto, é uma caminhada de 40min, e ao mesmo emocionada porque muita gente não tem noção de como é nossa rotina e quando precisamos do INSS para um auxílio doença nos olham e dizem que ainda podemos caminhar”, critica.

Senador aceitou convite
Juliane também não imaginou que o convite que fez aos políticos seria aceito pelo Senador Paulo Paim (PT). Ele esteve na propriedade da família Silva no sábado (27). “Quando a assessoria me ligou queria combinar a chegada para as 7h30, mas não! Nosso trabalho começa às 5h30min. O senador ficou bastante impressionado com tudo o que precisamos fazer e até recomendava que eu não erguesse os cestos com silagem para o gado, por ele ser pesado. Mas não tem jeito. São coisas que precisamos fazer todos os dias, mais de uma vez ao dia”, relata.
O petista esteve acompanhado por assessores e a coordenadora da Fetraf-Sul, Cleonice Back. Ele ajudou Juliane a colher verduras, alimentou o gado, ordenhou as vacas e limpou a estrebaria, exatamente como a agricultora fez no vídeo. “Ainda bem que choveu para que eles tivessem ainda mais noção do sofrimento que é trabalhar no campo. Não temos como esperar a chuva passar, ou deixar as tarefas para o dia seguinte. É sempre um compromisso. Não temos folga, nem feriado ou férias. Não posso deixar minhas vacas e viajar para a praia”, reitera.

Cobrando os representantes
Juliane considera importante que as pessoas se manifestem e cobrem atitudes de seus representantes. “Até o valor pelo litro do leite não somos nós que definimos, pagamos nossos impostos em dia e temos que nos posicionar. Até na época em que meu vídeo estourou, um deputado esteve na região e disse que estes movimentos nas redes sociais são protagonizados por um bando de hipócritas. Eu respondi a ele dizendo que se hipocrisia era levantar as 4h para sustentar a família, alimentar o país, pagar os impostos em dia e ser honesto, então sou uma pessoa feliz”, conta ela, que não é filiada a nenhum partido político, é integrante de sindicato de trabalhadores rurais, mas não milita na liderança.

Depoimento na Comissão de Direitos Humanos
A visita de Paulo Paim à propriedade de Juliane também repercutiu entre os colegas dele em Brasília, já que ele fez questão de contar sua experiência no Congresso. Na segunda-feira (29), a agricultora gaúcha recebeu o convite para falar na Comissão de Direitos Humanos do Senado, no dia 5 de junho. “Aceitei na hora. Sei que é uma responsabilidade muito grande, mas vou mostrar como as pessoas sofrem. Vou levar outro vídeo sobre nossa rotina e um pote com silagem para eles sentirem o cheiro do alimento do gado, este cheiro que fica impregnado nas mãos”, diz ela. “Os militares ficaram de fora da reforma da previdência. Concordo que eles tem um trabalho importante. Mas você já viu um soldado cumprindo seu papel de barriga vazia? É a agricultura familiar que produz os alimentos para o mundo. Se ela não for fortalecida, o que será do futuro? Vamos importar alimentos?”, completa.

“Choque de realidade”
Em material publicado pela assessoria de imprensa em sua página oficial no facebook, o Senador Paulo Paim falou em “choque de realidade”. O parlamentar, que é contrário às reformas, é presidente da CPI da Previdência e vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado Federal. Depois de passar quase 10h em Selbach, anunciou que irá convocar diligências paramentares até pequenas propriedades rurais do interior do Brasil e empresas em que trabalhadores urbanos exerçam atividades insalubres. As diligências tem por objetivo levar parlamentares até estes lugares para conferirem “in loco” as condições de trabalho e conversarem diretamente com os trabalhadores antes de votarem qualquer tipo de alteração nas leis trabalhistas.

A Reforma Previdenciária para os trabalhadores rurais
O projeto inicial de Reforma Previdenciária enviado à Câmara dos Deputados previa idade mínima para aposentadoria de 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres, aumento do tempo de contribuição para 25 anos e pagamento mensal de contribuição (hoje ela é paga percentualmente conforme a produção agrícola). “Estas regras deixam de fora 80% dos agricultores, especialmente porque eles não tem como contribuir mensalmente com a previdência por não terem salário”, destaca o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais – CONTAG, Alberto Emílio Broch. Ele completa que depois de muita mobilização das centrais sindicaiso Congresso recuou e estipulou idade mínima de 60 anos para homens e 57 mulheres. “Também voltou-se atrás na tempo de contribuição que em vez de ser 25 anos, será de 15 anos. No entanto, não mexeu na forma de contribuição, que permanece sendo mensal. Ainda não é o que queremos. Agora estamos mobilizados no sentido de impedir a reforma. Se mesmo assim ela for aprovada, trabalharemos que para se recue na questão da contribuição também”, menciona.
Broch destaca ainda que existe uma preocupação com o impacto que estas medidas irão causar, não somente no meio rural, mas no desenvolvimento de pequenas e médias cidades. “Primeiro porque é um desistímulo para a juventude permanecer no campo. Segundo, porque o IBGE coloca que 71% das cidades brasileiras tem retorno maior com a aposentadoria dos rurais do que com os repasses do Fundo de Participação dos Municípios – FPM. Então comprometerá toda a sociedade brasileira”, alerta.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

O que se sabe até agora sobre atentado que matou 7 pessoas em Londres



Polícia na região do ataqueDireito de imagemGETTY IMAGES

Pelo menos sete pessoas morreram e 48 ficaram feridas após um atropelamento seguido de uma série de esfaqueamentos na região de London Bridge, uma das pontes que cruzam o rio Tâmisa no centro da capital do Reino Unido.
A polícia e o governo britânico consideram o ataque como atentado terrorista.
Esse é o terceiro atentado no país em apenas três meses - em 22 de março, cinco pessoas morreram no entorno do Parlamento, quatro delas atropeladas na ponte de Westminster, outra esfaqueada; e no dia 22 de maio, um homem-bomba matou 22 pessoas e deixou 59 feridas na saída de um show da cantora pop americana Ariana Grande, em um ginásio em Manchester.
O que se sabe até agora sobre o ataque deste sábado em Londres:

1- Como e onde foi o ataque?



A van branca que foi usada no ataqueDireito de imagemH.ATTAI
Image captionA van branca foi usada no ataque para atropelar pedestres

O ataque ocorreu por volta das 22h10 (18h10 em Brasília) na região de London Bridge, no centro de Londres, e nos arredores do Borough Market, um mercado de alimentos cercado de bares e restaurantes.
A região estava movimentada, já que é primavera em Londres e o clima está ameno.
Segundo testemunhas, uma van branca atravessando a ponte de London Bridge a cerca de 80 km/h subiu nas calçadas em zigue-zague e atropelou vários pedestres. Quando a van parou, três homens saíram do veículo e começaram a esfaquear pessoas nos bares ao redor do Borough Market, a poucos metros da ponte.
Um homem que presenciou os ataques disse à BBC que os criminosos "saíram esfaqueando todo mundo" em bares e nas ruas. Segundo ele, os homens gritavam "Isso é para Alá".

2- Como foi a reação da polícia?



Policial forense trabalha na cena do ataque em LondresDireito de imagemREUTERS
Image captionA polícia afirmou que uma investigação foi aberta sobre o atentado

A polícia chegou ao local do incidente rapidamente; apenas oito minutos após a primeira ligação acionando os serviços de emergência, os três homens tinham sido mortos a tiros.
Um dos policiais envolvidos na ação foi gravemente ferido.
Segundo o comissário-assistente de Operações Especiais da polícia metropolitana de Londres, Mark Rowley, oito policiais dispararam cerca de 50 balas contra os criminosos. Na ação, um civil também foi baleado, mas não corre risco de morte e seu estado de saúde é estável.
A chefe da polícia metropolitana de Londres, Cressida Dick, afirmou que o incidente está sob controle e que policiais continuam na região, que já foi liberada para pedestres.

3- Quem eram as vítimas?



Pessoas correm pelas ruas no centro de Londres após atropelamento na London BridgeDireito de imagemPA
Image captionPessoas correm pelas ruas no centro de Londres após atropelamento na London Bridge

A primeira vítima identificada foi a canadense Chrissy Archibald.
O serviço de ambulância informou que 48 pacientes foram levados para cinco hospitais; 36 ainda estão internados e 21 estão em estado crítico.
Segundo o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, um cidadão francês também foi morto, e outros sete franceses ficaram feridos, quatro deles com gravidade. Outro cidadão francês está desaparecido.
Quatro policiais foram feridos, dois deles estão em estado grave.
Mais de 80 médicos participaram do atendimento às vítimas na região do ataque.

4- Quem são os responsáveis?



Ataque em LondresDireito de imagemGABRIELE SCIOTTO
Image captionA foto mostra um homem com o que parece ser um colete de explosivos

A polícia disse conhecer as identidades dos três autores do ataque - todos eles mortos pelas forças de segurança -, mas que estas só serão reveladas "assim que for possível operacionalmente".
Os três homens vestiam coletes com explosivos falsos durante o atentado, para, segundo a polícia, tentar gerar ainda mais pânico e medo.
Na manhã deste domingo, a polícia prendeu 12 suspeitos de envolvimento com o ataque. Segundo a Scotland Yard, as prisões ocorreram no bairro de Barking, no leste de Londres, onde policiais continuam fazendo buscas em diversos endereços.
Ainda de acordo com a polícia, a investigação inicial indica que a van utilizada no ataque foi alugada por um dos criminosos dias antes do atentado.
A chefe da Scotland Yard, como é conhecida a Polícia Metropolitana de Londres, Cressida Dick, disse que foi coletada uma "enorme quantidade" de material forense e provas. Ela disse à BBC que a investigação avança rapidamente, e a prioridade é estabelecer se há outros envolvidos na organização do atentado.
O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque.

5- Como reagiu o governo britânico?



Policial armado patrulha região no centro de Londres após incidente com van na London BridgeDireito de imagemPA
Image captionPolicial armado patrulha região no centro de Londres após incidente com van na London Bridge

A premiê Theresa May participará nesta segunda-feira de uma reunião com o comitê interdepartamental de emergência, o Cobra (sigla inglesa para Cabinet Office Briefing Rooms, em uma referência aos locais de reunião do comitê, ao lado da residência oficial do primeiro-ministro, em Downing Street).
No domingo, após uma reunião desse mesmo comitê, May disse que o país precisa de ações mais robustas contra o terrorismo e que é chegada "a hora de dizer agora basta".
Para Theresa May, os ataques recentes não estão conectados, mas mostrariam uma nova "tendência", na qual "terrorismo gera terrorismo", em que ações extremistas, em vez de cuidadosamente planejadas, mesmo que por chamados "lobos solitários", agora estariam sendo "copiadas umas das outras e muitas vezes usando as mais toscas formas de ataque".
Apesar do ataque de sábado à noite, Theresa May confirmou a realização das eleições gerais, previstas para a próxima quarta-feira, 8 de junho.
O alerta de terrorismo está no nível "crítico" desde o atentado em Manchester no mês passado.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 4 de junho de 2017

Dória: a cracolândia, a política, a controvérsia

As notícias ganham espaços movidas pelas curiosidades. Nem todos se ligam ao seu conteúdo. Apostam no sensacionalismo. Surgem os preconceitos, as violências, as amarguras. Observe a questão da cracolândia. Um inferno, na capital mais rica do Brasil, que assusta e comove. Ela não é só movimentada pela pobreza ou astúcia dos traficantes. Mostra que a sociedade se despedaça. A droga, citada, estraçalha. Traz a dependência quase fatal, A ameaça se generaliza, pois há apatias que apagam ânimos. Existem suicídios em plena luz do dia, denunciando a miséria humana e os valores esfarrapados. A questão não se resume a proibi-la de forma abrupta. A profundidade da questão nos fere, pois as reflexões são contraditórias, giram em torno de lutas políticas e a tensão estica a corda da dúvida. Não é fácil argumentar onde a dor aporta e confunde.
Se o desequilíbrio social traz problemas, os abandonos afetivos também arrasam futuros. A droga aparece, muitas vezes, como um consolo que tumultua e alimenta escapes. Solta ilusões que se fragmentam e adoecem. O pior é visualizar soluções. Isso é explorado pelo sistema que fermenta o lucro. Por detrás do comércio de drogas existem interesses que sacodem instituições. O problema não é apenas nosso. O mundo vive de trocas sujas que enriquecem minorias. As distopias avançam, porque o pessimismo se agiganta diante dos vazios. Como escolher? O prazer sobrevive? E solidariedade está presa e incomunicável? Não há histórias que são indeterminadas?
O fracasso das políticas e as corrupções se espalham. A desconfiança é um perigo. Joga-se com a descrença ou se mantém a população envolvida com suspenses. Encontrar o caminho num mundo cheio de mercadoria é difícil. A pressa de viver não esconde as agonias. O tempo imprime ansiedades. Todos querem um conforto para amenizar seus desencontros. Armam-se escândalos, pois eles atraem. A cracolândia é um dos retratos dos descontroles. Possui um simbolismo cruel e apavorante. Quem quer se ver envolvido por tantos infortúnios? Mas não é com violência que se rebate a situação. Observe a história e as tramas dos divertimentos e aventuras humanas, as rebeldias, a necessidade de burlar as instituições. Mas não esqueça as variedades múltiplas. Nem toda droga atinge como o crack.
As ações de Dória mostram desacertos. Quem pensa na coletividade? O perigoso é que ele é apontado como modelo. Muitos se fascinam. Querem higienes opressoras. Estamos numa sociedade marcada pela propriedade privada. Dória não assumiu o poder para vender bilhetes de loteria. Possui planos, não é dominado pela generosidade anônima. No entanto, surgem admiradores, eles difundem a luta do bem contra o mal, tão comum em missões religiosas. A política está tonta, faz tempo. Submersa nas espertezas do capitalismo gosta de vender. Os mercados abrem suas portas. Cada território tem seu valor e assombra quem acha que a ingenuidade abraça os ditos salvadores. Os mecanismos da mídia merecem atenção, pois invertem saídas muitas vezes com intenções nada saudáveis. Travam.
Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Morre Dona Ana Cecília, mãe do ex-vice-prefeito Zé Martins


Faleceu neste sábado (3), às 20h10 em sua residência, na Povoação de Tamanduá em João Alfredo, a senhora Ana Cecília dos Santos – “Dona Ana de Seu Tôco”, aos 94 anos, deixando 5 filhos, dentre os quais o ex-vereador e ex-vice-prefeito Zé Martins, e vários netos e bisnetos.

O corpo de Dona Ana será velado na própria residência até os meados da tarde de amanhã (04), quando será sepultado no Cemitério de São José, em João Alfredo às 16 horas. (Tito Alves para o blog)

Através das redes sociais, Zé Martins externou seu sentimento pela perda de sua genitora: “Meus amigos e amigas é muito triste e doloroso perder alguém de muito valor pra gente, só o que nos conforta é saber que aqui na terra ela cumpriu sua missão de mulher forte, aguerrida, determinada, esposa fiel companheira de verdade, mãe sem igual, avó e bisavó muito amada, querida por todos que a conhecia: Ana Cecília dos Santos – Dona Ana de Seu Toco, minha querida e amada mãe. O que me conforta é saber que a senhora está com o Divino Pai Eterno e com a Sua Mãe Maria Santíssima de quem a senhora era tão devota. Vá com Deus minha mãe”.

Com informações de  Dimas Santos
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Educação de Limoeiro perde a professora Nanci Quirino


Faleceu na tarde de Sábado (03/06) a Professora Nancy Quirino. Segundo familiares, o seu sepultamento será realizado no domingo (04/06 ), às 15:00 h, saindo o féretro de sua residência na Av. Sul 440, para o Cemitério São João Batista. Desda já externamos nossos sentimentos.
Com Informação da Cultural FM/ Gonçalves Filho.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 3 de junho de 2017

MPF pede condenação de Lula e pagamento de R$ 87 milhões em multas


O Ministério Público Federal de Curitiba (MPF), responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, pediu na noite dessa sexta (2) ao juiz Sérgio Moro a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros seis réus pelos crimes de corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro. O MPF quer que todos cumpram as respectivas penas em regime fechado e que Moro determine a apreensão de R$ 87.624.971,26, correspondente ao valor das propinas que teriam sido pagas nos contratos da OAS com a Petrobras.
O pedido foi encaminhado à Justiça Federal de Curitiba e faz parte das alegações finais do processo que apura o suposto pagamento de propina por parte da OAS, envolvendo um apartamento triplex no Guarujá, litoral paulista e que, segundo o MPF, seria entregue a Lula, como contrapartida por contratos que a empreiteira fechou com a Petrobras.
Do total estabelecido pelo MPF, Lula teria recebido cerca de R$ 3 milhões, incluindo os valores do triplex e do contrato entre a OAS e a transportadora Granero, responsável pela guarda de parte do acervo que o ex-presidente recebeu ao deixar o cargo.

Outros réus

Também são réus no caso o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, os executivos da empresa Agenor Franklin Medeiros, Paulo Gordilho, Fábio Yonamine e Roberto Ferreira, e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Todos são acusados de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. A ex-primeira-dama Marisa Letícia teve o nome excluído da ação após a sua morte, em fevereiro passado.

O MPF informou ainda que Léo Pinheiro, Agenor Franklin e Paulo Gordilho devem ter as penas reduzidas pela metade, "considerando que em seus interrogatórios não apenas confessaram ter praticado os graves fatos criminosos..., como também espontaneamente optaram por prestar esclarecimentos relevantes acerca da responsabilidade de coautores e partícipes nos crimes, e tendo em vista, ainda, que forneceram provas documentais... que não eram de conhecimento das autoridades".

Conforme os procuradores que fizeram o pedido, as defesas têm até 20 de junho para contestar os argumentos do MPF. Depois da apresentação das alegações de todos os envolvidos, o processo volta ao juiz Sérgio Moro, que vai definir se condena ou absolve os réus. 
Com Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A água, o mundo, o vazio

As águas correm fazendo caminhos,
e não há certezas de sonhos, mas dúvidas que navegam soltas.
O mundo parece viver um delírio fechado,
como uma esquizofrenia derrotada e sem fim.
A vida não se alimenta, está faminta e sufocada.
Cada deus escolhe sua verdade e chora seus desacertos.
Há demônios cínicos que se guardam em labirintos,
temendo o julgamento final dos anjos rebeldes.
A fundação das palavras pouco diz da paisagem muda.
O silêncio não consegue ver suas imagens no espelho,
num vazio de profecias e de desenhos transcendentes.
O ponto final anuncia o cansaço das ilusões desfiguradas.
Professor Edgar Bom Jardim - PE