domingo, 11 de dezembro de 2016

Inter rebaixado

Nem o milagreiro Danilo Fernandes nem os deuses do futebol foram suficientes para livrar o Inter do primeiro rebaixamento de sua história. Mas, acima de tudo, o próprio time colorado não teve condições sequer de bater o Fluminense na tarde quente deste domingo no Estádio Giulite Coutinho, em Mesquita, no Rio de Janeiro. E foi com ares de crueldade. Abatido em campo, o Colorado saiu atrás, mas conseguiu empatar em 1 a 1 no fim. O resultado, combinado com a vitória do Sport sobre o Figueirense, decreta a queda colorada para a Série B.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Gols de Sport 2 x 0 Figueirense - Brasileirão 2016

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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Renan fica na presidência do Senado, diz STJ

Após votação durante toda a tarde desta quarta-feira (7), o Supremo Tribunal Federal, por maioria, decidiu não afastar Renan Calheiros da presidência do Senado Federal. O senador alagoano, no entanto, não poderá assumir a Presidência da República caso seja necessário. O placar foi 6 a 3 contra o afastamento.
Renan Calheiros é o segundo na linha sucessória do presidente Michel Temer, atrás do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já que não há vice-presidente em exercício atualmente.
Durante o julgamento, o decano da Corte, ministro Celso de Mello, abriu a divergência e propôs uma saída intermediária provocada com o impasse criado após a medida liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio de afastar Renan da Presidência do Senado.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, incluiu como item número 1 na pauta da sessão de hoje, o julgamento sobre a liminar do ministro Marco Aurélio Mello que afastou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) do cargo de presidente do Senado.
O entendimento por manter Renan no comando do Senado, mas sem poder assumir a presidência da República foi costurado ontem com o intuito de amenizar a crise entre Judiciário e Legislativo.
contasabertas
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Chegou a hora de RENAN. Assista TV JUSTIÇA – AO VIVO

Acesse:https://www.youtube.com/watch?v=koIoneQfg5E

http://professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com.br/2016/12/tv-justica-ao-vivo.html
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Vandalismo no interior da Prefeitura de Bom Jardim. Por que? Por que?


A polícia investiga quem são os autores do vandalismo praticado na secretaria de finanças e tesouraria da prefeitura de Bom Jardim -PE, no início da noite desta terça-feira, 06 de dezembro 2016. Ainda não se sabe ao certo  o que pode ter sido roubado ou a  prática do crime de vandalismo, O arrombamento praticado retrata uma imagem de desorganização da gestão, no final do mandato. É sabido que existe muita gente trabalhando contra a imagem da gestão, do prefeito. Funcionários que fazem corpo mole, eleitores que querem ganhar ponto com o novo grupo político, gente que mudou de lado depois das eleições e adversários que motivam ou praticam atos que conspiram contra o município. Gente sem cabeça, pau mandado, inconsequentes. 

É importante destacar que não se guarda soma relevante de dinheiro na tesouraria da  prefeitura, que as informações de pagamentos e débitos tem no sistema, ou seja, em mais de um computador, muitas informações já foram  publicados  no portal da transparência.  Existe uma equipe de transição que recebe informações e faz pedidos de documentos quase que diariamente. As informações são prestadas dentro das possibilidades e das demandas. 

Quem será mesmo que tem interesse em mostrar ou criar um final da gestão desagradável no município? 

Por que tem gente torcendo para que não haja aulas? Por que tem gente torcendo para que não haja transporte e merenda para os estudantes? Por que tem gente torcendo para que não haja coleta de lixo? Por que tem gente torcendo para que o prefeito Não pague o décimo terceiro dos funcionários? Por que tem gente torcendo para que não saia o dinheiro do Fundef para os professores referente aos anos de 2001 / 2006? Por que tem funcionários de outras repartições públicas tramando contra o prefeito atual ? Por que tem gente roubando escolas, postos de sáude? Por que tem gente invadindo terrenos públicos? Por que o prefeito não  acompanha de perto tudo o que acontece nesse final de gestão? Por que alguns assessores, funcionários, "amigos" do poder fogem de suas responsabilidades nesse momento?

Fatos dessa natureza acirram as acusações nas redes sociais. Isso não ajuda em nada o município. É prejuízo para todos os bonjardinenses.  Isso é reflexo das velhas práticas da política do coronelismo, autoritarismo das raposas. 

A verdade é que alguns  grupos só querem passar uma imagem de que  nada funciona no município. Que a polícia faça um trabalho bem feito e desvende esse mistério em curto espaço de tempo. Não pode ficar para o ano que vem. Os homens sabem trabalhar e  podem concluir o final dessa história buscando provas, fazendo perícias, analisando vídeos, e ouvindo quem trabalha na prefeitura.




Foto: Bom Jardim Notícia
Professor Edgar Bom Jardim - PE

É para morrer de trabalhar e não se aposentar.

Os brasileiros vão precisar trabalhar por mais tempo para garantir a aposentadoria.
Esse foi o recado principal do governo ao detalhar nesta terça a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que inclui uma Reforma da Previdência Social.
O texto foi enviado na segunda à noite ao Congresso, onde precisa ser aprovado. Segundo o presidente Michel Temer, as novas regras vão ajudar a manter a sustentabilidade das contas públicas diante de um buraco crescente do setor previdenciário.
Entre as principais alterações estão o tempo mínimo de contribuição à Previdência, que passa de 15 anos para 25 anos, e a idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres, fixada em 65 anos. Mudam também as normas para a pensão por morte e aposentadoria rural.
Diante de tantas modificações propostas, muitos se perguntam: elas são muito duras ou estão dentro de um padrão razoável?
Especialistas entrevistados pela BBC Brasil dividem-se sobre o tema. Parte deles considera que os 65 anos representam um limite excessivo para um país em desenvolvimento, onde a expectativa de vida não é das mais altas. Outros, no entanto, argumentam que grandes economias já tinham adotado uma idade mínima - e que o Brasil demorou a fazê-lo.
Conheça abaixo os principais pontos da proposta e as análises sobre ela.
Henrique Meirelles e Michel TemerImage copyrightAP
Image captionReforma da Previdência é uma das apostas de Meirelles e Temer para conter rombo nas contas federais

Idade mínima e tempo de contribuição

Hoje, os brasileiros podem se aposentar por idade ou por tempo de contribuição.
No primeiro caso, os homens precisam ter 65 anos e mulheres, 60 - ambos devem ter contribuído por pelo menos 15 anos. No segundo, não há idade mínima exigida e basta que homens tenham contribuído por 35 anos e mulheres, 30.
Com a reforma, o tempo mínimo de contribuição passa para 25 anos e o de aposentadoria, para 65. Os fatores, portanto, passam a ser conjuntos: é preciso preencher os dois requisitos para receber o benefício.
Nesses termos, quem se aposentasse receberia 76% da média dos salários de contribuição, acrescidos de um ponto percentual para cada ano de contribuição. Para chegar a 100% desse valor, sempre respeitando o teto de R$ 5.189 do INSS, uma pessoa teria que trabalhar 49 anos.
O professor de economia da FEA-USP José Roberto Savoia considera tais condições excessivas. Ele diz que em países com expectativas de vida mais altas, como Alemanha e França, é possível chegar aos 100% da média de contribuições em 43 anos.
A diferença fica ainda mais gritante quando são comparadas as expectativas de vida ao nascer. No Alemanha, por exemplo, a dos homens é de 83 anos. No Brasil, o número fica em 71,9.
"Quase 50 anos é muito puxado para a realidade brasileira. (Com as novas regras), se alguém começa a trabalhar aos 18 anos, tem que ir até os 68 para ter o benefício integral."
De acordo com Savoia, muitos dos que conseguem um emprego cedo não contribuem por tanto tempo porque ficam, em algum momento, fora do mercado formal. Hoje, essas pessoas, normalmente de classes mais baixas, se aposentam por idade - aos 65 anos para homens e 60 para mulheres, e 15 anos de contribuição. Com as novas regras, precisarão comprovar os 25 anos de contribuição.
Casal fazendo contasImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionProposta impediria que pessoas com menos de 25 anos de contribuição se aposentassem
Além da informalidade, a proposta de reforma não levou em conta outras transformações do mercado de trabalho, diz Jorge Félix, professor convidado da USP e autor de vários livros sobre o assunto.
Ela afirma que, para reduzir os custos, muitas empresas estão cortando os salários mais altos, demitindo pessoas com mais de 40 anos, que não conseguem voltar ao mercado e param de contribuir.
Félix também cita a precarização das vagas, fazendo com que muitos brasileiros não tenham a carteira a assinada e também parem de contribuir para a Previdência.
"A idade mínima penaliza os mais pobres, que começaram a trabalhar mais cedo sem registro e não podem comprovar os 25 anos. E também a geração Y, que já está sofrendo com a fragilização do mercado. Vamos criar um exército de pessoas que não vão conseguir se aposentar."
Por outro lado, os 65 anos são considerados "bem razoáveis" pelo professor de economia da FGV e PUC-SP Nelson Marconi.
Ele diz que, com os novos padrões, o governo vai privilegiar quem entra mais cedo no mercado. Segundo o professor, cria-se um incentivo para que as próximas gerações comecem a contribuir quando jovens.
"Alongar o período de contribuição é necessário, porque a população está envelhecendo."
Linha de montagem da Volkswagen em Taubaté (SP)Image copyrightVOLKSWAGEN DO BRASIL
Image captionMedidas adiariam aposentadoria de quem começa a trabalhar cedo - seria obrigatório esperar até os 65 anos
Na mesma linha, o professor de Contabilidade da USP Luís Eduardo Afonso afirma que a mesma idade mínima é usada em outros países da América Latina e Europa, e acrescenta que, dada a situação das contas públicas, o governo demorou para sugerir a medida.
Ele elogia o aumento de 1% no valor do benefício a cada ano de contribuição.
"É um incentivo para que os brasileiros adiem a aposentadoria, o que dá um alívio para o sistema. A importância (de contribuir) vai ficar mais clara na cabeça das pessoas."
Ele concorda que os mais pobres serão afetados, mas diz que apenas no médio prazo.
"É provável que um grupo que conseguiria comprovar os 15 anos de contribuição (na regra atual) vai ter que trabalhar mais para comprovar o período adicional."
Segundo Afonso, os brasileiros de renda mais alta - que hoje entram no mercado cedo, se aposentam por tempo de contribuição (35 para homens e 30 para mulheres) e normalmente param de trabalhar aos 50 e poucos anos - serão os mais prejudicados.
No novo cenário, terão que esperar até os 65 anos.
Policiais militares patrulham favela do RioImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionRegime de militares não é citado na reforma

Regras de transição

Se aprovadas no Congresso e sancionadas por Temer, as novas regras não valerão para todos os brasileiros. Homens que têm mais de 50 anos e mulheres com mais de 45 entram no grupo de transição, que seguirá normas intermediárias.
Eles pagarão um "pedágio" de 50% do tempo de contribuição que ainda fala na regra atual: a fórmula 85/95. Ela fixa a idade de acesso à aposentadoria com base na soma da idade com o tempo de contribuição: 85 para mulheres e 95 para homens.
Para obter o benefício pelo teto do INSS, também segue valendo a regra atual, ou seja, pela média dos maiores salários.
Nas regras atuais, uma mulher de 50 anos e 33 de contribuição soma 83 pontos e precisaria de mais dois anos para se aposentar. Com o "pedágio" de 50%, o tempo aumentaria para três anos.
Para o professor Jorge Felix, a transição vale para um conjunto muito restrito, que está à beira de se aposentar com todos os anos de contribuição comprovados. Mas voltaria a excluir os informais ou os desempregados que deixaram de contribuir - e perderam anos nessa conta.
"Uma parcela minúscula teve tanta estabilidade para se beneficiar dessa condição."
Já Luís Eduardo Afonso, da USP, vê padrões que poderiam ser ainda mais rigorosos e diz que o Brasil já fez coisas parecidas em outras tentativas de reforma.
"Talvez o governo tenha colocado uma transição menos dura do que gostaria, até pelas reações que poderia causar. Essa está no meio termo."
Marcelo CaetanoImage copyrightAG. BRASIL
Image captionProposta do governo foi explicada por Marcelo Caetano, secretário do Ministério da Fazenda

Servidores públicos e militares

Se aprovada, a Reforma da Previdência vai equiparar os direitos e benefícios de trabalhadores do setor privado e do público.
No caso dos servidores públicos com menos de 50 anos (homens) ou 45 anos (mulheres), e que ingressaram no serviço antes de 2003, será extinta a chamada "integralidade", o recebimento da aposentadoria com base no salário integral do servidor.
Também está previsto o fim da "paridade", que faz com que o benefício dos aposentados acompanhe os reajustes dados aos servidores ativos.
Segundo os entrevistados, essas mudanças são importantes para colocar todos os brasileiros no mesmo patamar, pelo menos no aspecto previdenciário.
Os rombos da previdência do setor público e do INSS - onde estão os profissionais da iniciativa privada - são semelhantes, mas o primeiro tem menos gente e salários muito mais altos.
Apesar de aprovarem a medida, os economistas acham que elas não terão um impacto tão grande no curto prazo.
"Para o futuro é perfeito, porque está dizendo que não vai ter diferenciação, mas para o presente continua o deficit."
Eles questionam também o fato de militares, que correspondem a 45% do rombo da Previdência dos servidores da União, terem ficado de fora. Só em 2015, o deficit previdenciário dos servidores, incluindo militares aposentados e pensionistas, chegou a R$ 72,5 bilhões.
Os economistas apontam razões políticas, como o forte lobby que o grupo tem no Congresso, para o governo evitar as medidas. Leia mais no texto da BBC Brasil sobre o assunto.
Fonte BBC Brasil.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O Dia do Fora Renan


O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) se reunirá nesta quarta-feira (7), a partir das 14h, para buscar uma saída no impasse criado com o Senado a partir da decisão liminar (provisória) do ministro Marco Aurélio de afastar o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência da Casa (relembre o episódio no vídeo acima).
Saiba como o meio político reagiu ao afastamento de Renan Calheiros

O julgamento foi marcado nesta terça (6) pela presidente do STF, Cármen Lúcia, depois que o próprio Marco Aurélio telefonou a ela, pela manhã, liberando o caso para deliberação dos demais ministros, após o Senado recorrer.

A crise entre os dois poderes tomou proporções maiores após Renan se recusar a receber a notificação da decisão de Marco Aurélio e a Mesa do Senado decidir descumprir a decisão.
Com Informações do G1
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 4 de dezembro de 2016

Amanhã eles irão destruir a aposentadoria do trabalhador

O Governo Temer já preparou o projeto  de  reforma da previdência e irá encaminhar para o Congresso Nacional. Amanhã começam as articulações com jantar e conversas. Sua aposentadoria vai para o espaço. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Fora Temer, Renan e Maia!

Fora Renan!
Fora Temer! 
Fora Maia!
Fora Golpe Militar!
Fora Dilma!
Fora Lula! 
Fora PT, DEM, PSDB, PP, PMDB!
Fora Bolsonaro!
Fora Golpe Militar!
Fora Mídia Vendida!
Fora Juízes Corruptos!
Fora os bandidos no Congresso Nacional e na política no Brasil!
O que a grande imprensa nacional não  mostrar neste domingo de protestos pelo Brasil. O povo não aguenta mais o governo fracassado de Temer. O povo não quer mais o PT, Dilma, Lula, Bolsonaro e Golpe Militar.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Governo fraco já teme nova onda de manifestações


As manifestações de rua previstas para hoje, em todo o país, preocupam o Palácio. O receio é de que os protestos sirvam para puxar uma perigosa onda de mobilização pela saída do presidente Michel Temer, como aconteceu com Dilma Rousseff, deposta em agosto. Na avaliação do governo, o Congresso contribuiu, nos últimos dias, para aumentar a tensão política, ao aprovar um pacote que desfigurou as medidas contra a corrupção.
Sem conseguir reduzir sua impopularidade e sofrendo um revés atrás do outro na economia, Temer procura escapar de eventos em locais abertos desde que assumiu o cargo, há seis meses. A “voz das ruas” também foi a justificativa usada pelo presidente, há uma semana, ao anunciar que jamais sancionaria uma proposta de anistia a caixa 2, caso a iniciativa fosse aprovada pela Câmara.
Temer também está atento ao comportamento do PSDB durante essa crise. Na quarta-feira (30), o presidente soube que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) participou da articulação para tentar votar, a toque de caixa, o pacote aprovado pela Câmara, no qual foi embutido o crime de abuso de autoridade contra juízes, procuradores e promotores. Gesto tido como prejudicial à imagem do governo.
A manobra foi conduzida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas acabou se transformando em um fiasco. Informações que chegaram ao Planalto – muitas delas vindas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) – dão conta de que Renan, hoje réu em ação penal por peculato, será o principal alvo das manifestações deste domingo.
Interlocutores de Temer apontaram que a desastrada operação do presidente do Senado provocou ainda mais repúdio da população à classe política, respingando no Planalto. O governo esperava esfriar os protestos ao anunciar posição contrária ao caixa 2 e sair das cordas com uma “agenda positiva”, mas, diante de tantos problemas, a semana serviu para elevar a temperatura da crise.
(Veja Com Estadão Conteúdo)
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 3 de dezembro de 2016

Na calada da noite...


Enquanto a população, comovida, chorava pelas vítimas da tragédia...

"Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não para..."
(Cazuza/ Arnaldo Brandão)

Professor Edgar Bom Jardim - PE

‘Como vai ficar a nossa Chape?’: Crianças querem ser nova geração de ouro do time



A queda do avião que levava a Chapecoense para disputar sua primeira final internacional na Colômbia também fez com que outros dois times locais perdessem jogos decisivos.
Os jogadores das equipes sub-11 e sub-12 da Chape, garotos de 10 a 12 anos, jogariam as finais de suas respectivas categorias no dia em que souberam da morte dos ídolos do time adulto.
"Sairíamos daqui ao meio-dia para fazer o primeiro jogo da final em outra cidade. Mas quando a gente recebeu a notícia, foi tudo cancelado", disse à BBC Brasil Nívia Bezerra, treinadora das categorias de base da Chapecoense.
"Eles me ligavam chorando, perguntando: 'E agora, profe? Como é que vai ficar a nossa Chape?'. Eu digo para eles que a gente é que vai lutar para reerguer a Chape. Ela não vai morrer."
Na última quarta-feira, durante a homenagem aos jogadores na Arena Condá, o grupo de meninos foi aplaudido e exaustivamente fotografado como o futuro da equipe catarinense.
Mas as fotos os mostravam cabisbaixos e desanimados.

Nívia Bezerra
Image caption"Eles me ligavam chorando, perguntando: 'E agora, profe? Como é que vai ficar a nossa Chape?', diz Nívia Bezerra, treinadora das categorias de base da Chapecoense

"Apareceram as imagens dos jogadores (no telão), aí não teve como segurar. Foi difícil", disse à BBC Brasil Rodrigo Pires, de 12 anos, que pretende ser um ponta-direita tão bom quanto o ídolo Lucas Gomes.
Mais animados, eles ensaiavam sua participação no funeral dos 51 chapecoenses mortos no acidente, que acontece neste sábado na Arena Condá, quando falaram à reportagem.
"Eles choram muito, mas já querem voltar a treinar", diz a treinadora.
"Desde o acidente, não tivemos treinos. Estamos nos vendo nas cerimônias de homenagem. Mas estamos preocupados, o clube vai disponibilizar psicólogos."

'Erguer a cabeça'


Rodrigo Pires
Image caption"Apareceram as imagens dos jogadores (no telão), aí não teve como segurar. Foi difícil", disse Rodrigo Pires
Jefferson Douglas Pavão.
Image caption"Agora é erguer a cabeça e fazer de tudo para o time de se erguer de volta.", diz Jefferson Douglas Pavão.

O atacante Jefferson Douglas Pavão, de 12 anos, já fala como jogador de futebol experiente.
Também já adota um corte de cabelo ao estilo de atletas do Barcelona - o "segundo time" onde sonha trabalhar - que joga para o lado ao fazer fotos.
"Agora é erguer a cabeça e fazer de tudo para o time de se erguer de volta. Eu quero ser o novo Cléber Santana, gosto muito do jogo dele", diz. No ultimo campeonato sub-12, Jefferson marcou quatro gols.
Ao descrever as qualidades do jogador falecido, no entanto, ainda usa o verbo no presente.
"Ele toca bastante a bola, chama o time, chama a responsabilidade para ele e conduz o time dentro do campo."
E, ao relembrar o susto ao receber a notícia do acidente, os olhos marejam e o charme de jogador somem do rosto.
"Eu estava dormindo, aí minha mãe me acordou e falou que o avião da Chapecoense tinha caído. Eu chorei muito em casa, fui para o colégio e chorei lá também. Vi os meus amigos chorando, não aguentei e chorei junto."

Geração Chape

Luiz Felipe Hubner, de 10 anos, se emociona, ainda, ao relembrar o momento em que soube do acidente.
"Eu pensei que era mentira. Mas minha mãe me mostrou as fotos e eu comecei a chorar", diz, com a voz embargada.
Hubner é gaúcho e foi criado em Chapecó, mas não sonha com os clubes maiores do seu Estado natal.
Segundo Nívia Bezerra, a preferência pelo time local, que até pouco tempo sequer disputava a série A do campeonato brasileiro, é algo novo, e cada vez mais comum, na cidade.
"Os pais deles ainda torcem para Grêmio ou Inter e têm a Chapecoense como segundo time. Eles não. A geração deles é Chape."

Tiago Cóser
Image caption"Tem gente que fala: 'Por que o Danilo não deixou aquela bola (do San Lorenzo, na semifinal) entrar?'", diz Tiago Cóser.

Agora, Luiz Felipe tem mais um motivo para querer crescer no time - ocupar o lugar do goleiro Danilo.
"Os reflexos dele eram muito rápidos, né. Aquela bola do San Lorenzo…"
A "bola do San Lorenzo" também é objeto de reflexão filosófica para o zagueiro (que gostaria de ser volante) Tiago Cóser, de 12 anos.
A defesa de Danilo impediu o avanço do time argentino na Copa Sul-Americana, tornou Danilo um herói local e garantiu a ida da Chapecoense para a Colômbia.
Por isso, entre as crianças, e alguns adultos, passou de mocinha a vilã da história.
"Tem gente que fala: 'Por que o Danilo não deixou aquela bola (do San Lorenzo, na semifinal) entrar?'", diz Tiago.
"Mas quem sabia que ia acontecer isso? Ele fez o milagre dele, mas não tinha como saber." Fonte: BBC.
Professor Edgar Bom Jardim - PE