sábado, 26 de março de 2016

Por que a data da Páscoa varia tanto? Entenda como ela é determinada

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Image captionAo lado do Natal, a Páscoa é considerada o evento cristão socialmente mais importante
A Páscoa chegou mais cedo em 2016 para os fiéis das igrejas cristãs ocidentais, no dia 27 de março, e mais tarde para as igrejas orientais, no dia 1º de maio. Mas por que não há uma data fixa para a Páscoa?
Segundo afirmava Venerable Bede, religioso inglês que viveu no século 7, a Páscoa se dá no primeiro domingo depois da primeira lua cheia após o equinócio da primavera no hemisfério norte (20 de março, em 2016).
"A astronomia está no coração do estabelecimento da data para a Páscoa. (A data) depende de dois fatos astronômicos - o equinócio da primavera e a lua cheia", disse Marek Kukula, astronômo no Observatório Real de Greenwich, em Londres.
A Páscoa é um "feriado móvel" e o de 2016 é o que ocorre mais cedo em quase uma década.
E isso se dá graças ao sistema complexo que foi desenvolvido para tentar calcular a Páscoa (e a Páscoa Judaica) a partir do céu, acomodando calendários diferentes.
A data mais frequente para a Páscoa nas igrejas ocidentais tem sido 19 de abril, mas o evento já chegou a cair até em 25 de abril.
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Image captionSistema complexo foi desenvolvido para tentar calcular a Páscoa (e a Páscoa Judaica) a partir do céu
O nosso calendário não combina exatamente com os ciclos astronômicos.
"Durante milhares de anos vêm sendo feitos cálculos e ajustes na tentativa de coincidir os calendários artificiais com a astronomia. Mas, exatamente pela falta de uma combinação precisa entre eles, são necessários cálculos complexos para se determinar o dia exato do equinócio e da lua cheia", acrescentou Kukula.
Apesar da famosa briga da Igreja Católica com Galileu, em 1633, por divergências em relação aos estudos de astronomia do físico, os religiosos sempre souberam que era preciso calcular as datas para a Páscoa e os dias santos - e que para isso era necessário recorrer ao estudo dos astros.
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Image captionO observatório do Vaticano em Castel Gandolfo, nos arredores de Roma
Com ese objetivo, a Igreja Católica construiu seu primeiro observatório em 1774.

Mistura

O complicado sistema de determinação da data da Páscoa é resultado da combinação de calendários, práticas culturais e tradições hebraicas, romanas e egípcias.
O calendário egípcio era baseado no Sol, prática adotada primeiramente pelos romanos e posteriormente incorporada pela cultura cristã. O judaísmo baseia o calendário hebraico parcialmente na Lua, e o islamismo também utiliza fases da Lua.
A data da Páscoa varia não somente pela tentativa de harmonizar os calendários lunares e solares, mas também há outras complicações que acabam interferindo, como o fato de diferentes vertentes do cristianismo usarem fórmulas distintas em seus cálculos.
Em 1582, foi criado o Calendário Gregoriano, adotado e promovido pelo papa Gregório para fazer com que a Páscoa caísse mais cedo e fosse mais fácil de ser calculada. Esse é o calendário que usamos até hoje.
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Image captionO papa Gregório 13 introduziu o calendário gregoriano, ainda usado no mundo ocidental
Segundo a Bíblia, a morte e ressurreição de Jesus, os eventos celebrados pela Páscoa, ocorreram na época da Páscoa Judaica.
A Páscoa Judaica era celebrada na primeira lua cheia depois do equinócio da primavera no hemisfério norte.
Mas isso levou os cristãos a celebrar a Páscoa em diferentes datas. No fim do século 2, algumas igrejas celebravam a Páscoa junto com a Páscoa Judaica, enquanto outras marcavam a data no domingo seguinte.
No ano 325 a data da Páscoa foi unificada graças ao Concílio de Nicéia.
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Image captionO Concílio de Nicéia acertou muitas disputas centro da igreja, incluindo a data da Páscoa
A Páscoa passaria a ser no primeiro domingo depois da primeira lua cheia que ocorresse após o equinócio da primavera (ou na mesma data, caso a lua cheia e o equinócio ocorressem no mesmo dia).

Domingos diferentes

Mesmo assim, tradições e culturas diferentes continuaram fazendo cálculos distintos para a data.
Um exemplo se deu na Inglaterra, no ano de 664. No reino de Northumbria, o rei Oswiu e sua esposa celebravam a Páscoa em domingos diferentes. O rei observava a tradição irlandesa e a rainha, a romana. Ela era originária de uma parte do reino que tinha sido evangelizada segundo as tradições romanas, enquanto a cidade natal do rei Oswiu seguia a tradição irlandesa.
Em consequência, um certo ano o rei celebrou a Páscoa em um domingo, mas a rainha ainda estava no período da quaresma.
Para acertar a data, o rei convocou um sínodo (assembleia de religiosos) na cidade de Whitby.
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Image captionA abadia de Whitby em Yorkshire, onde a igreja da Inglaterra decidiu seguir a tradição romana na celebração da Páscoa
Na defesa da tradição irlandesa estava o bispo Colman de Lindisfarne. São Wilfrid, um nativo de Northumbria treinado em Roma, defendeu a tradição romana.
"Em um ponto crucial do debate ele mencionou São Pedro, o guardião das chaves do paraíso, que as recebeu do próprio Cristo. E o rei Oswiu, que presidia o sínodo, ficou muito impressionado", disse Michael Carter, membro do Patrimônio Histórico Inglês.
Com isso a decisão foi tomada a favor da tradição romana.
"O Sínodo de Whitby garantiu que a Igreja na Inglaterra passasse a adotar a prática ocidental padrão. Isso significou a unificação da celebração do mais importante evento do calendário cristão pela igreja inglesa, o dia da ressurreição de Cristo. Isso persistiu no país (...) até a Reforma Anglicana, quando a Inglaterra rompeu com o padrão religioso e cultural da Europa", acrescentou Carter.

Ortodoxos

As tradições ortodoxas dentro do cristianismo continuaram usando o Calendário Juliano em vez de aceitar a reforma do calendário imposta pelo papa Gregório.
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Image captionO papa Tawadros 2º, líder da Igreja Ortodoxa Copta
As igrejas ortodoxas, portanto, continuaram a celebrar a Páscoa e o Natal em datas diferentes das tradições ocidentais ou romanas.
Mas isso pode mudar? O papa Tawadros 2º de Alexandria, líder da Igreja Ortodoxa Copta, espera que as diferentes vertentes do cristianismo consigam chegar a um acordo sobre essa importante questão.
Pouco depois de reunir-se com ele, Justin Welby, arcebispo da Cantuária (o equivalente ao papa para a Igreja Anglicana), divulgou uma notícia surpreendente em janeiro deste ano: depois de muitos séculos de desacordo, surgiram novas esperanças de que a data da Páscoa possa ser uma data que todos os cristãos celebrem juntos.
"Durante nossa visita ao Vaticano, em 2013, o papa Tawadros falou novamente sobre o tema com o papa Francisco em Roma", disse o bispo Angaelos, bispo geral da Igreja Ortodoxa Copta na Grã-Bretanha.
"Parece haver uma disposição entre parte das lideranças da Igreja Cristã para pelo menos avaliar esta possiblidade."
No entanto, ele admite que o caminho parece ser longo.
"A dificuldade é que todos precisam sacrificar algo, pois cada um de nós tem o seu próprio jeito de calcular a Páscoa e calculamos assim por séculos", disse.
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Image captionJustin Welby, arcebispo da Cantuária, durante a missa de Páscoa em 5 de abril de 2015
Ainda não há um cronograma e o bispo Angaelos afirma que a "tarefa é monumental".
"Estamos falando a respeito com muita gente, muitas culturas diferentes, igrejas diferentes e líderes religiosos diferentes. Será uma tarefa monumental. Mas a ideia está lá."
E o que os astrônomos acham de uma Páscoa unificada?
"De certo modo, a astronomia ficaria fora da equação", disse Marek Kukula.
"Ainda seria necessário regular o calendário – você ainda precisaria ter anos bissextos e ajustar segundos – mas a Páscoa deixaria de ser um feriado móvel e isto tornaria bem mais simples coisas como o planejamento de feriados escolares. Entretanto, se as pessoas vão querer fazer isso ou não passa por uma questão religiosa."
E, levando em conta toda a história por trás da data, o debate sobre a questão ainda poderá se estender por muito tempo. Caroline Wyatt
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Por que o impeachment anda mais rápido que processo de Cunha?

A tentativa de cassar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por meio de um processo no Conselho de Ética começou em 13 de outubro, 50 dias antes de ele aceitar um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, em 2 de dezembro - dando início ao trâmite que pode culminar na derrubada do governo petista.
Apesar disso, a presidente corre risco real de ser afastada do cargo antes de o julgamento de Cunha ser concluído.
O ritmo de análise dos dois procedimentos tem variado em grande parte devido aos interesses do presidente da Câmara, cujo cargo lhe confere poder de acelerar ou retardar o funcionamento do plenário e das comissões da Casa – apontam parlamentares tanto da base governista como de partidos independentes.
Diante disso, muitos têm questionado a legitimidade de Cunha para conduzir o processo contra Dilma.
"Um deputado que é réu (em processo no Supremo Tribunal Federal) é isento para conduzir o processo de impeachment da presidente? Eu acho que não", disse o deputado José Carlos Araújo (PR-BA), presidente do Conselho de Ética da Câmara.
Após adotar medidas que atrasaram a instalação da comissão especial de impeachment, o presidente da Câmara agora trabalha para acelerar seu funcionamento, convocando sessões plenárias também às segundas e sextas-feiras - o que é incomum no Congresso, que em geral funciona de terça a quinta.
O objetivo é apressar os prazos para a apresentação da defesa da presidente (dez sessões plenárias) e para a comissão especial de impeachment votar seu parecer (cinco sessões). A expectativa da oposição é que essas duas etapas sejam concluídas na segunda semana de abril.
Em seguida, o parecer será submetido ao plenário, que avaliará se aprova a abertura de um processo contra a presidente no Senado.
Está em discussão proposta do líder do Solidariedade, Paulo Pereira, o Paulinho da Força, de realizar essa votação no domingo, 17 de abril, com objetivo de atrair manifestantes contra o governo para a frente do Congresso.
Se mais de dois terços dos deputados votarem pela abertura de um processo de impeachment, tal decisão ainda terá que passar pelo crivo da maioria dos senadores. Se uma eventual decisão nesse sentido passar nas duas Casas, Dilma fica automaticamente afastada do cargo enquanto é julgada pelo Senado.
O processo contra Cunha foi aberto em 2 de março, após sucessivos recursos de aliados do presidente da Câmara terem protelado a decisão do conselho.
Para alguns parlamentares, a atuação inicial de Cunha no sentido de atrasar a instalação da comissão de impeachment teve como objetivo tirar o foco dos trabalhos no Conselho de Ética. Ele poderia ter instalado a comissão especial de impeachment no início de fevereiro, mas preferiu recorrer da decisão do STF que definiu em dezembro o rito de impeachment – como esperado, os recursos não foram aceitos.
"Ele (Cunha) não estava preocupado com o futuro do país, com a economia. Quis acirrar os ânimos para sair da vitrine", criticou o deputado Julio Delgado (PSB-MG).
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Image captionApós adotar medidas para atrasar instalação da comissão de impeachment, Cunha trabalha para acelerar seu funcionamento

Apoio da oposição?

O líder do PSOL, deputado Chico Alencar, por sua vez, acusa a oposição de ter apoiado essa estratégia: "O importante para eles é protelar (o processo do Cunha) até resolver o caso da Dilma aqui na Câmara. Eles priorizaram. A questão principal é derrubar a Dilma, e Cunha é o fiador da celeridade dos trabalhos da comissão especial e da apreciação (do impeachment) em plenário".
Deputados de oposição reagem às acusações. O líder do DEM, Pauderney Avelino, diz que seu partido mantém posição pelo afastamento de Cunha.
"Nós temos que abordar uma coisa de cada vez. Independentemente do Cunha, o processo de impeachment anda. O Cunha não tem mais nada a ver com o processo de impeachment, a questão hoje é institucional", afirmou.
"O processo dele caminha em paralelo ao de impeachment da presidente, e eu não vejo nenhuma dificuldade nisso. O primeiro que chegar ao plenário vai ser votado", acrescentou.
Um dos principais aliados de Cunha, Paulinho da Força disse que o rito do impeachment e o funcionamento do Conselho de Ética são coisas diferentes.
"No caso da comissão do impeachment, o rito foi determinado pelo Supremo. Então você tem uma regra bem definida. No caso do Eduardo Cunha, o que acontece é que o presidente do Conselho de Ética comete uma série de irregularidades, não cumprindo o regimento da Casa e, consequentemente, o processo acaba voltando (ao início, devido aos recursos que questionaram essas supostas irregularidades)", disse Paulinho.
O problema é que parte desses recursos foi julgada por aliados de Cunha que ocupam cargos na Mesa Diretora da Câmara. Araújo, o presidente do Conselho, nega que tenha desrespeitado o regimento.
"Na fase inicial, que avaliou a admissibilidade (da denúncia contra Cunha), usaram tudo o que podiam e não podiam para retardar. Foram eles (os aliados de Cunha) que retardaram", disse o presidente do Conselho.
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Image captionExpectativa da oposição é que Dilma se defenda e comissão especial de impeachment vote parecer até meados de abril

Próximos passos

O processo contra Cunha que corre no Conselho de Ética pede sua cassação pois ele teria mentido na CPI da Petrobras, quando foi questionado sobre se possuía contas no exterior.
Dados repassados pela Suíça à Procuradoria-Geral da República no ano passado revelaram milhões de dólares em contas naquele país ligadas ao presidente da Câmara.
Cunha apresentou na segunda-feira sua defesa. Ele tem dito que não é dono das contas, mas apenas beneficiário dos recursos.
Após a apresentação de sua defesa, começou a correr o prazo de 40 dias úteis para o conselho levantar provas e ouvir testemunhas. Cunha apontou oito pessoas para serem ouvidas, sendo dois advogados seus na Suíça.
Depois disso, haverá mais dez dias para o relator do processo, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), apresentar seu relatório. Aliados de Cunha trabalham para que o conselho adote uma punição mais branda do que a recomendação de cassação.
Os deputados ouvidos pela BBC Brasil dizem acreditar que o risco de Cunha conseguir protelar a conclusão do processo agora seja menor.
"Tudo é possível. Onde puderem fazer questionamento, eles (aliados de Cunha) farão. Mas acho que o potencial de retardamento está no fim", disse Alencar, do PSOL.
"Agora o processo do Cunha deve correr tranquilamente no Conselho de Ética. O julgamento deve ser por volta do mês de junho ou julho", afirmou Paulinho da Força.

STF

Paralelamente ao processo no Conselho de Ética, Cunha enfrenta ações no STF.
No início do mês, ele se tornou réu em um processo criminal, acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, dentro do esquema de corrupção da Petrobras.
Há ainda outros dois inquéritos contra ele na Operação Lava Jato que podem resultar em outras ações.
Além disso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou em dezembro que o Supremo determine o afastamento de Cunha da Câmara dos Deputados sob o argumento de que ele usa o mandato para atrapalhar investigações contra si. No entanto, não há previsão de quando o STF analisará esse pedido. Fonte:bbcbrasil.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Coreia do Norte divulga vídeo com suposto ataque submarino aos EUA


Bandeira dos Estados Unidos aparece em chamas no fim do vídeo divulgado pela Coreia do Norte. (Foto: Reprodução/Youtube)Bandeira dos Estados Unidos aparece em chamas no fim do vídeo divulgado pela Coreia do Norte. (Foto: Reprodução/Youtube)
A Coreia do Norte divulgou neste sábado (26) um novo vídeo de propaganda, sob o título ameaçador de "Última oportunidade", em que mostra um suposto lançamento de míssil nuclear submarino contra os Estados Unidos e que se encerra com a bandeira americana em chamas.Veja o vídeo aqui.
A montagem, de quatro minutos, publicada no site de propaganda DPRK Today, faz uma viagem através da história das relações entre os dois países e termina com uma sequência manipulada digitalmente em que um míssil cai em frente ao Memorial Lincoln, em Washington.
O edifício do Capitólio explode com o impacto e uma mensagem aparece na tela: "Se os imperialistas norte-americanos avançarem uma polegada em direção a nós, vamos atacá-los imediatamente com (arma) nuclear".
Pyongyang acirrou sua retórica bélica nas últimas semanas, e ameaça quase diariamente com o uso de armas nucleares e bombardeios convencionais a Coreia do Sul e os Estados Unidos, em resposta à crescente presença militar dos dois aliados na península coreana.
A tensão entre as duas Coreias aumentou depois que Pyongyang realizou seu quarto teste nuclear em janeiro e lançou um satélite, o que foi percebido como um teste de lançamento de míssil balístico disfarçado.
Coreia do Norte tenta se dotar da capacidade de lançar mísseis balísticos submarinos (SLBM), o que permitiria elevar sua ameaça nuclear a um próximo nível.
Para isso, realizou vários testes supostamente bem sucedidos, embora especialistas questionem a veracidade desses testes e sugiram que Pyongyang está longe de atingir essa capacidade.
Neste sábado, ativistas sul-coreanos voltaram a lançar dezenas de milhares de panfletos contra seu vizinho do norte, na fronteira entre os dois países, uma ferramenta de propaganda comumente usada por Seul, com a consequente ameaça de represálias por parte do regime de Kim Jong-Un.
"Planejamos lançar um total de 10 milhões de folhetos no norte nos próximos três meses condenando os testes nucleares da Coreia do Norte", explicou a repórteres o desertor e ativista Park Sang-Hak. Fonte:G1.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Não fique fora da história

Por Paulo Rezende.
Não há neutralidade. O silêncio e a apatia têm significados. Cada um faz sua construção, escolhe seus valores, valoriza sua coragem, duvida de alguma fantasia. Todos contribuem para a aventura, com suspense, surpresas e maldições. Ficar fora da história é renunciar ao coletivo. Somos animais sociais. Toda prática egoísta fragmenta e provoca tensões. Esconder-se é renunciar à solidariedade. Quando as crises radicalizam é importante que as janelas sejam abertas e se apontem os desenhos do caminho escolhido pela maioria. É preciso sempre que veias tenham sangue e não caricaturas.
Tenho quase 64 anos e muito tempo no magistério. Há autores que me tocam. As reflexões de Nietzsche sobre os valores, sobre as tradições ocidentais, sobre os gregos me trazem deslumbramentos. Envolvem-me. Não só fã das racionalidades ditas supremas. Admiro os bons iconoclastas. Quem cultivou uma leitura de Nietzsche não deve estar muito perplexo com situação que vivemos e dividimos. Há um apodrecimento generalizado, um descuido com a responsabilidade e a autonomia. Nem se conhece o significado decisivo dessas palavras. Valem o Big Brother e suas intimidades eróticas. Quem se liga ou estica as cordas do possível equilíbrio? O globo tem luzes para iluminar as demências? Será?
Insisto na questão do cinismo. Jogam as leis no lixo, riscam as conquistas. Parecem psicopatas totalmente surtados. Se a população se detivesse no olhar de certas pessoas não ficaria tão ausente em algumas ações. A falta de atenção talvez esteja na velocidade das notícias. A mídia empurra manchetes, distorce de forma visível. Respeito as heterogeneidades desde que possuam argumentos e não brinquem de pedalar no domingo para tornar-se democrata. Se a sociedade é desigual, violenta, invadida pelo tráfico, com pensar que a democracia é mágica?Poucos medem o tempo. estragam-se raciocínios para sugerir o caos.
Os ressentimentos são fortes. Ambicionam manter as desigualdades como , então, exaltar o estado de direito? Tudo muito confuso. Os valores dançam com estivessem no inferno. Queimam-se constantemente. Não há observação sobre o que será o futuro, porém um desmanche político incrível, feito em tocas sofisticados, em restaurantes finos. Costuram-se conspirações, há infinitas denúncias. Epidemia de dengue na política dos mosquitos espertos?As opiniões iguais terminam sacrificando o social com a mesmice. Não punir quem assumiu compromisso com a corrupção seria um grande erro.
Colocar a sociedade numa corda bamba, como armadilhas esvazia a possibilidade de confiar. Por onde andamos? Por que tantos olhos vermelhos, tantos ódios, tantos delírios de poder? A velha luta do bem contra o mal num mundo descartável? Angústias, expectativas, ataques, medos. Muitos não percebem como o sentimento entra na político, como a falta de afeto cria sujeitos vampirescos. As farmácias lucram. Não existem, contudo, remédios para cinismo. O conhecimento é um instrumento que produz ambiguidade e nutre dominações. Alguém tem o dom da ingenuidade?O paraíso celebra alguma festa? Qual será o dia do último pecado? Quem será o juiz do juízo final?
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Eita! Zé Lezin !

Fonte: Bom Jardim Conectado.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 25 de março de 2016

Metrô, táxis e ônibus têm esquema especial para Brasil x Uruguai

Para facilitar a mobilidade e segurança dos torcedores antes, durante e depois do jogo entre Brasil e Uruguai, às 21h50 desta sexta-feira, na Arena Pernambuco, o Governo lançou um plano de ações que também envolve as secretarias de Defesa Social, Cidades Saúde e Turismo, Esportes, e Lazer. O objetivo do esquema, divulgado na última terça-feira, é oferecer conforto no transporte público para que o torcedor deixe o carro em casa e siga até a Arena utilizando outros modais.
Para garantir a chegada e saída dos torcedores ao estádio, haverá ampliação dos horários dos trens do metrô, que circularão até 1h30 do sábado. Haverá, também, reforço no número de BRTs e táxis. Segundo o secretário de Turismo, Esportes e Lazer, Felipe Carreras, a iniciativa tem o objetivo de incentivar o uso de modais públicos, já que as vagas de estacionamento da Arena não serão disponibilizadas no dia da partida.
"O nosso objetivo é fazer com que o torcedor perceba que vai ser mais vantajoso deixar o carro em casa e seguir de transporte público. A venda das vagas de estacionamento da Arena só será disponibilizada na internet e quem não identificar o carro, não terá acesso ao estádio", disse o secretário. Confira abaixo as melhores opções.
Metrô
Para o jogo do Brasil contra o Uruguai, que acontece nestaa sexta-feira (25), na Arena Pernambuco, o metrô contará com um esquema de circulação especial a partir das 17h. A Linha Sul (Recife/Cajueiro Seco) contará com 9 trens e com um intervalo médio de 6,5 minutos. Na Linha Centro (Recife/Camaragibe), 12 trens circularão com um intervalo de 6 minutos.
O usuário que desejar seguir para Jaboatão a partir da Estação Recife, deverá desembarcar na Estação Coqueiral e pegar outro trem com destino a Jaboatão. O mesmo se aplica para quem se desloca no sentido contrário. O ramal Jaboatão/Coqueiral contará com 3 trens, com intervalo médio de 16 minutos.
O torcedor que se dirigir à Arena utilizando o metrô deverá pagar R$1,60 da passagem do trem e, na Estação Cosme e Damião, comprar uma pulseira no valor de R$2,80. A pulseira dará direito ao deslocamento da Estação Cosme Damião para a Arena, e ao fim do jogo, de volta para a estação. O valor final da integração metrô-ônibus (R$4,40) é o mais barato para o torcedor que deseja ver o jogo.  
Após as 23h, todas as estações funcionarão apenas para desembarque, com exceção da Estação Cosme e Damião, que receberá exclusivamente os torcedores com a pulseira. Não haverá bilheterias abertas após as 23h. A circulação do metrô, exclusivamente para esse dia, será encerrada às 1h30 da manhã (confira abaixo).
Linha Centro (Recife/Camaragibe): 12 trens com intervalo de 6 minutos a partir das 17h.

Linha Sul (Recife/Cajueiro Seco): 9 trens com intervalo de 6,5 minutos a partir das 17h.

- Na Estação Cosme e Damião, o torcedor deverá comprar uma pulseira (R$2,80), que dará direito a deslocamento Estação Cosme e Damião/Arena/Estação Cosme e Damião.
- A partir das 17h, usuários com destino a Jaboatão deverão desembarcar em Coqueiral e pegar outro trem rumo a Jaboatão e vice-versa.
Neymar recebe carinho de fãs no Recife (Foto: Alexandre Lozetti/Globoesporte.com)Seleção chegou ontem ao Recife e recebeu carinho
dos fãs (Foto: Alexandre Lozetti/Globoesporte.com)
Táxis
Durante o jogo entre Brasil e Uruguai, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife, os táxis de São Lourenço, Recife e Camaragibe terão direito à livre circulação entre os municípios. A partida é válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. A liberação passa a valer às 6h de sexta-feira (25) e vai até o mesmo horário no sábado (26). A medida foi publicada no Diário Oficial do Recife no sábado (19).
saiba mais
De acordo com a presidente da Companhia de Transporte e Trânsito do Recife, Taciana Ferreira, o convênio metropolitano foi firmado em caráter temporário. "Os municípios assinaram um termo e os táxis poderão operar dessa forma para reforçar o serviço. O convênio é feito por causa do aumento da demanda", afirmou.
Por lei, o desembarque de passageiros pode ser feito em qualquer município, mas o embarque só pode acontecer em táxis do local. Com a regulamentação temporária, os táxis de Camaragibe e São Lourenço poderão operar no Recife, e vice-versa.
Segundo Taciana, os valores das bandeiras permanecerão os mesmos. Ou seja, na passagem de um município para o outro, saindo de Camaragibe para o Recife, por exemplo, o táxi que não é do local muda para a Bandeira Dois.
Um Convênio Metropolitano similar foi firmado durante o Carnaval de Pernambuco deste ano. Durante a folia de Momo, táxis dos municípios de Olinda, Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata, Paulista, Camaragibe, Abreu e Lima e Itapissuma puderam embarcar e desembarcar passageiros no Recife, além de fazer ponto na capital.
Ônibus expresso
Outra opção para chegar à Arena é deixar o veículo nos shoppings RioMar e Plaza e utilizar os ônibus expressos que seguem direto para o estádio. A taxa de estacionamento será única, de R$ 7, e a pulseira de acesso ao ônibus custa R$ 30, dando direito a ida e volta.
Venezuelanos carregavam bandeira italiana no BRT do Recife (Foto: Vitor Tavares / G1)Durante a Copa do Mundo de 2014, BRT foi uma das opções preferidas dos turistas e dos pernambucanos para chegar à Arena Pernambuco (Foto: Vitor Tavares/G1/Arquivo)
BRT
Segundo o secretário das Cidades, André de Paula, o número de BRTs é duas vezes maior do que a frota utilizada durante eventos como a Copa do Mundo e das Confederações. As linhas sairão da Praça do Derby, centro do Recife, em direção à Arena. O tempo estimado da viagem é de 40 minutos e o valor da passagem custará R$ 12, dando direito a ida e volta do torcedor.
Durante a partida, a segurança do estádio será feita por 217 policiais. Na Arena, haverá profissionais trabalhando na Delegacia do Torcedor para registrar possíveis ocorrências. Ainda no dia do jogo, ambulâncias estarão de prontidão e serão distribuídos 50 mil sachês de repelente aos torcedores, além de folders trilíngues para reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti. Fonte:G1PE
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Impeachment é golpe, diz Dilma à imprensa estrangeira


Em entrevista a seis veículos estrangeiros nesta quinta (24), a presidente Dilma Rousseff voltou a negar a possibilidade de renunciar, falou em golpe, e afirmou que não há base legal para a aprovação de seu impeachment pelo Congresso.

"Não estou comparando o golpe aqui com os golpes militares do passado, mas isso [impeachment] seria uma ruptura da ordem democrática do Brasil", afirmou a presidente, segundo o jornal britânico "The Guardian".

Ela disse ainda, de acordo com o jornal, que seu afastamento terá "consequências" e deixará "cicatrizes profundas" na vida política brasileira.

"Por que querem minha renúncia? Por que sou uma mulher fraca? Não sou", respondeu Dilma, segundo relato do "Guardian". Ela frisou que aqueles que pedem sua renúncia querem, na verdade, evitar a dificuldade em remover "ilegalmente" do poder um presidente eleito legitimamente.

A petista afirmou, segundo o americano "The New York Times" que vai apelar de todas as maneiras legais possíveis para barrar o impeachment. Segundo ela, há falta de "bases legais" para o processo no Congresso.

Na entrevista, destacou que o pedido de afastamento tem sido conduzido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), envolvido em escândalos de propina e lavagem de dinheiro.
A presidente afirmou ainda que não é "agradável" ser vaiada em protestos nas ruas e disse que não é uma pessoa "depressiva": "Eu durmo bem à noite".

Os jornalistas estrangeiros questionaram Dilma sobre a nomeação do ex-presidente Lula para ser ministro da Casa Civil. "Lula não é apenas um negociador talentoso, mas entende também todos os problemas do Brasil", disse a petista.

"Um ministro não está imune a investigação, ele enfrenta a investigação do Supremo", ressaltou, em referência à acusação de que nomeou Lula para livrá-lo do risco de prisão na investigação da Lava Jato em primeira instância, em Curitiba. "O Supremo não é bom o suficiente para investigar Lula?", indagou a presidente.

Segundo o "Guardian", Dilma aparentava tranquilidade na conversa, que durou uma hora e meia. O único momento em que mostrou irritação, diz o jornal, foi quando comentou a divulgação da gravação telefônica dela com Lula, gravada pela Polícia Federal com autorização do juiz Sérgio Moro.

A presidente disse que a "violação de privacidade" infringe a democracia porque invade, na avaliação dela, o direito à vida privada de cada cidadão. Sem citar Moro, Dilma afirmou que um juiz deve ser "imparcial", sem decidir com "paixões políticas".

Além de "The New York Times" e "The Guardian", os outros veículos que a entrevistaram foram "Le Monde" (França), "El País" (Espanha), "Página 12" (Argentina) e Die Zeit (Alemanha). Foto de optclean.com / Com Informações da Folha de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Comunicação entre famosos


Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 24 de março de 2016

Para o PSTU, impeachment não é golpe. Mas partido não quer Temer e sim “eleições gerais já!”



PSTU quer “eleições gerais já!”. Foto: Divulgação/PSTU


O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) discorda da maior parte da esquerda brasileira, concentrada em torno do PT. Para o PSTU, impeachment não é golpe. Mas o partido não se contenta em trocar a presidente Dilma Rousseff (PT) pelo vice, Michel Temer (PMDB). Nem quer dar seu apoio a políticos como o presidente do PSDB, Aécio Neves. Em um texto postado em seu site, o PSTU exige novas eleições gerais.
O texto original, assinado pela direção nacional do partido, pode ser lido na íntegra postado no site do PSTU.
Ele é muito mais amplo. Começa por um tópico chamado “Golpes: modo de fazer”. Para o partido, na prática, estaria havendo um choque interno de duas metades da mesma burguesia.
“O PSTU não defende o impeachment como forma de tirar Dilma porque entende ser insuficiente, porque via Congresso, ao dar a posse a Temer, se troca seis por meia dúzia. Além disso, esse Congresso Nacional corrupto não tem qualquer legitimidade para dar posse a um presidente não eleito e tão rejeitado como Dilma. Mas de maneira nenhuma defendemos “Fica Dilma”. Defendemos “Fora Dilma e Fora Temer, Eleições Gerais já!” Por um governo socialista dos trabalhadores, formado por Conselhos Populares! E defendemos a necessidade de uma Greve Geral. A classe trabalhadora não está na iminência de uma derrota, nem está caminhando para a direita. A classe está avançando contra o governo e contra as alternativas burguesas. O Brasil pode estar rumando para uma Argentina de 2001. A responsabilidade da verdadeira esquerda é desenvolver uma política de classe, de mobilização contra os dois campos burgueses, em lugar de propagar uma falsa análise e uma falsa política.”

Segue o trecho em que o partido explica sua visão sobre se há ou não golpe:

Golpe ou crise? O “Estado Democrático de Direito” está ameaçado?
As ilegalidades e arbitrariedades praticadas pelo juiz Sérgio Moro, tais como atentar contra os direitos individuais de Lula ao divulgar escutas que dizem respeito à sua vida privada, as gravações da presidente sem autorização do STF, o abuso das conduções coercitivas, entre outras, devem ser denunciadas e combatidas. O papel da Rede Globo de insuflar seletivamente alguns fatos e omitir outros é um escândalo, o que, aliás, não vem de hoje.  Diga-se de passagem, o governo do PT manteve excelentes relações com essa emissora e outras durante os 14 anos que se encontra no poder.
Existe uma tendência mundial, e também no Brasil, de tornar as democracias burguesas menos democráticas, mais bonapartistas como se diz, repletas de leis e medidas autoritárias. As parcelas de ilegalidades praticadas pelo juiz Sérgio Moro, da mesma maneira que a lei antiterrorismo sancionada pelo governo do PT, atestam esse estreitamento das liberdades democráticas.
É preciso que se diga ainda, que para a ampla maioria da população não há “Estado Democrático de Direito”. Na periferia, esses direitos e garantias individuais, e outras, não são respeitadas nunca.
Ainda assim, mesmo sendo a democracia burguesa um regime pouco democrático, é evidente que, diante de um golpe que ameace as liberdades democráticas, devemos defendê-la com unhas e dentes. E contra tal golpe, fazer unidade com todos dispostos a impedi-lo. Se avaliássemos que o país está na iminência de um golpe, não só seríamos os primeiros nas ruas a defender as liberdades, como exigiríamos armas. Não somos incoerentes, nem comentaristas da realidade.
Concluir, porém, que através de um processo de impeachment estaria ocorrendo hoje um golpe no país, é algo totalmente falso. Não vivemos nada parecido ou similar a 1964.
Vivemos, isso sim, uma tremenda crise do governo com elementos de crise do regime. A maioria da burguesia, que tentou, até um mês atrás, manter seu calendário eleitoral intacto (Dilma até 2018), com o agravamento da crise, está optando, por “queimar um fusível” e trocar por outro. Trocar seis por meia dúzia. À classe operária e ao povo pobre isso não interessa. Defendemos trocar a fiação inteira.
O governo está completamente enfraquecido, perdeu sua base social de apoio e conta com 9% de popularidade. A classe operária, os trabalhadores e a periferia romperam majoritariamente com ele e querem que ele se vá. Seus motivos não são formais ou jurídicos, são concretos e justos. A maioria da classe operária e do povo está furiosa com o governo pró-imperialista do PT. Pelos mesmos motivos que está contra Temer, Cunha, Aécio, o PSDB e a maioria do Congresso: todos eles praticaram um estelionato eleitoral nas massas e estão jogando a crise nas nossas costas para defender os ricos.
Esse Congresso Nacional pode optar para que fique Dilma ou pela posse do Temer. A classe operária, a maioria do povo, no entanto, não quer nem uma, nem outra coisa e tem toda razão.

Impeachment e democracia burguesa
Outra versão do suposto golpe diz que estamos à beira de um golpe contra o governo, e  não contra o regime. Essa tese afirma que o Congresso Nacional e o judiciário estão passando por cima das regras constitucionais para depor Dilma através do impeachment. Afirmam que se Dilma cair por um impeachment sem que tenha se provado o crime de responsabilidade contra ela, configuraria um golpe.
É das provas que cuida o processo do impeachment. E mesmo elas dependem, como em tudo no Direito burguês, de interpretação. Pela argumentação do governo, chegaríamos à conclusão de que Collor teria sido vítima de golpe, pois juridicamente o STF o absolveu. E vai ver que é por ter sido “vítima” de golpe é que agora Collor faz parte da base do governo Dilma. O certo é que todo processo de impeachment é carregado de elementos políticos.
Esse Congresso de maioria de picaretas e corruptos vota sempre contra o povo, por isso votou contra as Diretas. No entanto, é neste Congresso que Dilma hoje tem mais possibilidades de se manter e é também nele onde a burguesia pode impor um presidente não eleito e igualmente odiado, como Temer. Se o povo hoje fosse consultado o resultado seria botar todos eles pra fora, incluindo a maioria desse Congresso corrupto.
O principal argumento utilizado pela esquerda pró-governo diz que Dilma foi legitimamente eleita e tirá-la do cargo antes de 2018 é golpe. Aferram-se, assim, a um dos elementos mais antidemocráticos desse regime. Se um presidente é eleito por que não é legítimo exigir que saia? Bom, a Constituição brasileira afirma, numa tremenda ironia, que todo poder emana do povo. Então, se esse mesmo povo que elegeu um governante, depois de sofrer estelionato eleitoral, ser enganado, atacado e romper com ele, não deve ter o direito de tirá-lo? O PSTU acha que tem que ter sim, e é justamente por isso que, entre nossas propostas democráticas está a revogabilidade dos mandatos. Qualquer político, não só o presidente, deveria ter o mandato revogável a qualquer momento pela população.
O impeachment é um mecanismo da democracia burguesa para que, em momentos excepcionais e de crise, eles possam tirar um presidente de maneira controlada, dando a posse ao vice ou ao presidente da Câmara.
Nós não defendemos o impeachment porque é conservador: não basta trocar um fusível por outro igualzinho, tem que trocar a instalação inteira. Os setores governistas, o PSOL, PCB, e, agora, até o MRT e outras organizações, perante a crise e uma possível troca de fusível, dizem “Fica Dilma!” Nós dizemos: “Fora Dilma e Fora Temer! Eleições Gerais, já! Troca tudo!”. E chamamos a classe operária a tomar a frente dessa luta, porque só assim é possível impor esse desfecho.
Os setores pró-Dilma querem que a classe trabalhadora que rompeu com o governo e quer que ele se vá, defenda-o, alardeando que estamos na iminência de um golpe. Querem que a classe operária e os trabalhadores recuem e cumpram um papel conservador e de apoio a um governo burguês. Fonte:jc.ne10.uol.com
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 23 de março de 2016

Paixão de Cristo. Fique por dentro em LEIA MAIS.


        Fotos:Edgar Severino dos Santos.



A Paixão de Cristo de Bom Jardim-PE, chega neste ano a sua  24ª  edição nas ruas da cidade tendo como cenário o belo casario e uma geografia notadamente favorável a dramatização da maior história da humanidade, a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.
A encenação acontece nos dias 24, 25 e 26 de março, às 20 horas,  no centro da cidade. Moradores do município e turistas de Pernambuco poderão assistir gratuitamente a segunda melhor apresentação do agreste. 
O diretor do GRUTEAB, José Márlio Salviano e equipe comemoram a seleção no Edital da FUNDARPE. O Estado vai repassar o valor de R$ 40 mil reais.
A Prefeitura do Bom Jardim (Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes), o Governo do Estado (FUNDARPE), patrocinam  o evento conforme suas possibilidades. A  Rádio Comunitária Cult FM, Bom Jardim Net e Blogs locais apoiam a divulgação do espetáculo. A Prefeitura do Bom Jardim vai investir R$ 10 mil, sendo R$ 5 mil em dinheiro e mais R$ 5 mil com ações das secretarias municipais e o apoio à logística do espetáculo. Por Edgar Severino dos Santos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Jogos Abertos de Pernambuco



Na manhã desta quarta-feira (23) foi realizada a Assembleia Geral dos Jogos Abertos de Pernambuco 2016.  O encontro foi na Sala Tamandaré, no Centro de Convenções, e reuniu os representantes dos municípios pernambucanos que vão participar da competição. Representando a cidade de Bom Jardim, Agreste Setentrional, participou o Diretor de Esportes do Município Germano Cabral.
Todos tiveram atuação importante na Assembleia, já que votaram e aprovaram o regulamento dos Jogos Abertos deste ano. O campeonato novamente se prepara para ser o maior do Norte/Nordeste com a participação de mais de 7 mil atletas e 350 equipes. Fonte: Governo de Bom Jardim/BomJardim Conectado.
Professor Edgar Bom Jardim - PE