quinta-feira, 25 de setembro de 2014
Armando diz ter se arrependido do voto em Geraldo
Publicado por Branca Alves, em 24.09.2014.
Não bastasse criticar a gestão nos últimos dias por onde tem passado, o candidato da coligação Pernambuco Vai Mais Longe ao Governo do Estado, Armando Monteiro Neto (PTB), foi mais enfático ao avaliar o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), nesta quarta-feira (24). O petebista disse ter se arrependido de ter votado no socialista na disputa para a Prefeitura do Recife, em 2012, quando verifica a situação da capital pernambucana hoje. Na época, Geraldo disputou a eleição contra um PT rachado.
“Eu queria até fazer aqui um mea culpa porque votei em Geraldo Julio. Naquelas circunstâncias, tendo em vista as contradições que marcavam a posição do PT, você sabe que houve uma fratura ali, uma fratura grave naquela circunstância, eu entendi que diante daquelas divisões internas que deveria se buscar uma alternativa. E aí votei no prefeito, apoiei o prefeito e o prefeito destacava publicamente a importância do meu apoio à época, em 2012”, disse Armando Monteiro Neto em entrevista à Rádio JC News.
De acordo com o petebista, falta ao atual prefeito “aquele elemento de natureza política”, que seria “a capacidade de entender as reais prioridades da cidade”.
Segundo o candidato, falta a Geraldo Julio estatura política. “Me arrependi do voto. Porque no caso de Geraldo, há dois elementos: o primeiro é que ele não revelou estatura política. E o prefeito do Recife tem que ser um ente político também, alguém que tenha liderança própria”, alfinetou.
Ao ser questionado se acredita que o ex-prefeito João da Costa (PT) tem essa estatura política, Armando Neto afirmou que o petista tinha um perfil mais político devido à sua trajetória política. “Mas o fato é que Geraldo não revelou essa envergadura política. Ou seja, a capacidade, vamos dizer, de falar para a cidade, de liderar o processo da cidade, de promover um amplo diálogo social, ele revela uma insuficiência nesse perfil. E do ponto de vista administrativo, o gestor me parece muito ausente à administração”, declarou.
Tensões , salvacionismos, desmontes
A história não pede licença. Nós é que temos que cuidar das controvérsias e dá um jeito de amenizar os desencontros. Não há um enredo determinado. Vamos construindo, nem sempre escolhemos as arquiteturas mais atraentes. Há momentos de muita confusão, onde os acordos não funcionam e tentam-se soluções imediatas e inseguras. As garantias são precárias, A história mantém mistérios e interpretações que não trazem sossegos, mas muitas expectativas e até sinais de apocalipses.
As ideias de fraternidade se apresentam remendadas, a política e as religiões passam por transformações rápidas. Talvez, a urgência esteja ligada ao pragmatismo ou às manobras do capitalismo para firmar riquezas e concepções de mundo. Ele não quer perder o ritmo e há quem dite as normas e as manipulações necessárias. Os contrapontos sempre existirão, ainda bem que a homogeneidade não se concretiza. No entanto, a dominação secular consegue ser insistente e, ao mesmo tempo, sutil e disfarçada.
O capitalismo segue, a desigualdade mostra-se cruel e a sociedade discute saídas ou simula discutir saídas. Estamos num enorme labirinto e nos perdemos faz muito tempo. Nem por isso as idealizações desapareceram. As desconfianças, contudo, se multiplicam. O desejo de salvação não está,apenas, nas preces religiosas ou nos sermões que fazem os templos tremerem. As religiões enfrentam desafios e não se escondem. Modernizam-se, sem se desfazerem das tradições. Tudo isso amplia as dubiedades, tumultua o valor das crenças.
A quantidades de líderes religiosos que disputam as eleições é crescente. O catolicismo perdeu força, porém busca caminhos que renovam comportamentos. Não quer abandonar o espaço que tinha, sabe que a política oferece um poder que não deve ser ignorado. As famosas novas religiões, estruturadas no mundo contemporâneo, aumentam sua presença, jogam com os meios de comunicação e arrecadam lucros imensos. Para que isso não se dilua, é importante articulações com partidos e alianças com o profano.Os políticos não zombam do tempo. Tornam-se portadores da fé, poucos afirmam que estão longe dos destinos divinos.
O salvacionismo se expande. Seus territórios são complexos. Há tons messiânicos nos planos desenvolvimentistas e o oportunismo possui máscaras coloridas. Ninguém se coloca como conservador, O charme é ser moderno. Será que um novo capítulo de uma trama inesperada se monta? O Ocidente também não cultiva seus conflitos de fé usando outros artifícios diferentes do mundo muçulmano? Há certezas ou instabilidades? No Brasil, no ano das escolhas mais decisivas, os debates se acirram e as tensões não diminuem. O campo da disputa tem sombras e uma lucidez estranha..
Os partidos quase nada entendem dos seus princípios políticos e de uma ética da solidariedade. O espetáculo atrai, as imagens convencem quem não gosta de se perturbar com a crítica. O moderno e o arcaico dialogam e os institutos de pesquisas atuam com grande desenvoltura. As ares pós-modernos não provocam só querelas acadêmicas. Eles também atiçam meditações e movem as agências de propaganda, formando especialistas presentes nas manchetes dos jornais. Cada época com suas “modas”, moendo o tempo, a ansiedade, o descartável. Os profetas políticos se animam com as encenações históricas.
Professor Edgar Bom Jardim - PE“Não basta ser mulher, é preciso estar do lado certo”, diz Luciana Genro durante debate feminista em Pernambuco
Por Redação #Equipe50
O evento, que ocorreu na sede do PSOL no Recife, foi promovido pela candidata ao Senado em Pernambuco, Albanise Pires. Edilson Silva, presidente do PSOL-PE e candidato a deputado estadual, e o candidato a governador, Zé Gomes, também estiveram presentes e fizeram uma saudação no evento.
Durante uma de suas intervenções, Albanise elogiou o PSOL em sua tentativa de oferecer igualdade entre homens e mulheres nos processos eleitorais. “A formação da mulher nos processos políticos é bem trabalhada na esquerda. O PSOL, especialmente, tem conseguido externar essa política como prática. Nosso partido vive a terceira candidatura à Presidência da República, sendo que em duas delas fomos representadas por mulheres. Heloísa Helena, em 2006, e agora Luciana Genro. Aqui em Pernambuco nós temos também nas chapas de governador, vice e senador representação feminina de 2/3. Isso significa que estamos conseguindo implementar, de fato, a priorização da participação da mulher na política. Precisamos aproveitar bem o processo eleitoral para divulgar essas lutas, como o combate à violência doméstica, à violência nos espaços urbanos, à violência obstétrica e a defesa do parto humanizado”, disse Albanise.
O aborto também foi debatido no encontro. Segundo Luciana, a discussão em torno de sua descriminalização ainda é estereotipada e, por essa razão, não se avança. “Há uma ideia de que quem defende a legalização do aborto está defendendo o aborto como um método contraceptivo ou que é uma ótima solução para evitar filhos. Quando nós sabemos que não é assim. O aborto é um drama para qualquer mulher. Ninguém é a favor do aborto, somos a favor das mulheres. Tivemos duas mulheres que morreram vítimas da clandestinidade, a Jandira e a Elisângela. Não dá para continuar achando que o aborto não existe. Ele existe e mais de 800 mil brasileiras se submetem a ele por ano”, declarou.
Ao final do evento, Daiane Dultra, da Action Aid, entregou aos integrantes da mesa uma pesquisa sobre violência contra a mulher e um documento com sugestões para se conquistar cidades mais seguras para as mulheres.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
Em evento com artistas de MG, Aécio defende ‘democratizar' Lei Rouanet
Norma corta impostos de empresas que investem em projetos culturais.
Presidenciável prometeu quadruplicar recursos para cultura.
Thais PimentelDo G1 MG
Aécio Neves participa de evento de campanha em Belo Horizonte (Foto: Thais Pimentel / G1)
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta quarta-feira (24) em evento com artistas mineiros em Belo Horizonte que é preciso "democratizar" a Lei Rounet, norma que permite que empresas tenham impostos abatidos após investirem em projetos culturais. O candidato também prometeu ampliar os recursos para cultura caso seja eleito.
“Nós temos o compromisso de, em quatro anos, quadruplicar o orçamento da cultura [...]. Por outro lado, nós temos que democratizar a Lei Rouanet, simplificando os processos, que hoje têm levado a uma concentração muito grande dos recursos. Portanto, usar a Lei Rouanet para fortalecer a cultura regional, das mais variadas atividades, em todas as regiões do Brasil é um dos compromissos da nossa campanha", declarou Aécio.
O presidenciável disse, ainda, que é preciso "estimular que as empresas possam atuar de forma mais efetiva" no que diz respeito ao incentivo à cultura.
As declarações do presidenciável foram feitas no Museu Inimá de Paula, no centro de Belo Horizonte, onde foi montada exposição de vestidos e acessórios com o número do candidato - 45. Além de representantes da classe artística, participaram do evento os candidatos do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, e ao Senado, Antonio Anastasia.
Fator previdenciário
Aécio cumpriu dois compromissos de campanha na noite desta quarta em Belo Horizonte. Antes do encontro com artistas mineiros, ele esteve na sede do Sindicato dos Empregados do Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana, onde se reuniu com lideranças sindicais da capital. Lá, ele voltou a falar que sua equipe está discutindo alternativas para o fator previdenciário.
“Nós temos o compromisso de, em quatro anos, quadruplicar o orçamento da cultura [...]. Por outro lado, nós temos que democratizar a Lei Rouanet, simplificando os processos, que hoje têm levado a uma concentração muito grande dos recursos. Portanto, usar a Lei Rouanet para fortalecer a cultura regional, das mais variadas atividades, em todas as regiões do Brasil é um dos compromissos da nossa campanha", declarou Aécio.
O presidenciável disse, ainda, que é preciso "estimular que as empresas possam atuar de forma mais efetiva" no que diz respeito ao incentivo à cultura.
As declarações do presidenciável foram feitas no Museu Inimá de Paula, no centro de Belo Horizonte, onde foi montada exposição de vestidos e acessórios com o número do candidato - 45. Além de representantes da classe artística, participaram do evento os candidatos do PSDB ao governo de Minas Gerais, Pimenta da Veiga, e ao Senado, Antonio Anastasia.
Fator previdenciário
Aécio cumpriu dois compromissos de campanha na noite desta quarta em Belo Horizonte. Antes do encontro com artistas mineiros, ele esteve na sede do Sindicato dos Empregados do Comércio de Belo Horizonte e Região Metropolitana, onde se reuniu com lideranças sindicais da capital. Lá, ele voltou a falar que sua equipe está discutindo alternativas para o fator previdenciário.
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Nos últimos dias, Aécio tem afirmado que debaterá trabalhadores e aposentados propostas para substituir o fator. O fator previdenciário é um mecanismo que desestimula a aposentadoria por tempo de contribuição antes da idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens – quanto mais cedo a pessoa decidir se aposentar, menor será o valor do benefício.
“Acho que há condições de nós buscarmos uma alternativa, repito, que, ao longo do tempo não penalize os aposentados como vem penalizando o fator hoje. E, além disso, nós estamos buscando outro tipo de benefícios ou de reajustes que garantam um reajuste diferenciado, que garantam o poder aquisitivo do aposentado”, declarou.
Aposentadoria e remédios
Aécio também disse que estuda vincular o aumento da aposentadoria com a taxa de inflação que incide sobre os remédios. “Eu tenho proposto à minha equipe discutir intensamente a possibilidade de também incluirmos no reajuste a variação do preço de medicamentos, como mais uma alternativa. E vamos discutir com as centrais sindicais, com as lideranças dos aposentados alternativas. Esse é o compromisso e eu sou cumpridor de compromissos.”
O candidato ainda criticou, mais uma vez, o governo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, ao mencionar denúncias envolvendo a Petrobrás. “O Tribunal de Contas já constata que houve também superfaturamento na Refinaria de Abreu e Lima [em Pernambuco] que nós denunciávamos, mas quando denunciávamos éramos, éramos taxados de pessimistas, de oposição a esse governo. Agora é o Tribunal de Contas", disse.
Pesquisas
Em relação ás pesquisas eleitorais, Aécio disse que está em ascensão, apesar da estagnação apontada pela pesquisa Ibope, divulgada nesta terça-feira (23). “Nós recebemos hoje um tracking da nossa campanha que mostra uma aproximação muito grande da nossa candidatura pra candidatura de Marina. Nós estamos hoje, na nossa avaliação, a menos de cinco pontos de distância. Nós vamos estar no segundo turno. Esse é um sentimento de quem está na política há muito tempo e percebe em todas as regiões do Brasil”, defendeu.
“Acho que há condições de nós buscarmos uma alternativa, repito, que, ao longo do tempo não penalize os aposentados como vem penalizando o fator hoje. E, além disso, nós estamos buscando outro tipo de benefícios ou de reajustes que garantam um reajuste diferenciado, que garantam o poder aquisitivo do aposentado”, declarou.
Aposentadoria e remédios
Aécio também disse que estuda vincular o aumento da aposentadoria com a taxa de inflação que incide sobre os remédios. “Eu tenho proposto à minha equipe discutir intensamente a possibilidade de também incluirmos no reajuste a variação do preço de medicamentos, como mais uma alternativa. E vamos discutir com as centrais sindicais, com as lideranças dos aposentados alternativas. Esse é o compromisso e eu sou cumpridor de compromissos.”
O candidato ainda criticou, mais uma vez, o governo da presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, ao mencionar denúncias envolvendo a Petrobrás. “O Tribunal de Contas já constata que houve também superfaturamento na Refinaria de Abreu e Lima [em Pernambuco] que nós denunciávamos, mas quando denunciávamos éramos, éramos taxados de pessimistas, de oposição a esse governo. Agora é o Tribunal de Contas", disse.
Pesquisas
Em relação ás pesquisas eleitorais, Aécio disse que está em ascensão, apesar da estagnação apontada pela pesquisa Ibope, divulgada nesta terça-feira (23). “Nós recebemos hoje um tracking da nossa campanha que mostra uma aproximação muito grande da nossa candidatura pra candidatura de Marina. Nós estamos hoje, na nossa avaliação, a menos de cinco pontos de distância. Nós vamos estar no segundo turno. Esse é um sentimento de quem está na política há muito tempo e percebe em todas as regiões do Brasil”, defendeu.
Dilma justifica discurso ao responder se foi à ONU também como candidata
Presidente destacou nas Nações Unidas conquistas sociais do Brasil.
Em entrevista, ela disse que fala foi parecida com as de anos anteriores.
Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff justificou nesta quarta-feira (24), em Nova York, a linha do pronunciamento que fez na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, no qual mencionou conquistas sociais do governo.
Indagada se estava nos Estados Unidos também como candidata, afirmou que os quatro discursos que fez desde 2011 são "muito parecidos" – tradicionalmente, é o presidente brasileiro quem abre a sessão da assembleia.
Em resposta à indagação, ela afirmou em entrevista após o pronunciamento desta quarta:
Os meus quatro discursos são muito parecidos no que se refere a eu falar sobre uma questão fundamental – eu falar que o Brasil reduziu a desigualdade, diminuiu a desigualdade, aumentou a renda, ampliou o emprego, em todos os discursos. Em todos eles."
Presidente Dilma Rousseff
"Olha, eu sugiro que vocês olhem os meus quatro discursos. Os meus quatro discursos são muito parecidos no que se refere a eu falar sobre uma questão fundamental – eu falar que o Brasil reduziu a desigualdade, diminuiu a desigualdade, aumentou a renda, ampliou o emprego, em todos os discursos. Em todos eles. Porque isso é um valor aqui. É um valor que o mundo reconhece que nós fizemos isso", declarou.
Segundo ela, em 12 anos (período que inclui o governo dela e os dois mandatos do antecessor Luiz Inácio Lula da Silva), o Brasil obteve uma redução da desigualdade "que poucos países no mundo tiveram".
"Então, eu digo isso porque eu, como chefe de governo, eu tenho imenso orgulho disso. E acho que uma parte do respeito que o Brasil tem no plano internacional decorre do fato de a gente ter feito isso", declarou.
De acordo com a presidente, nenhum país ou família respeita chefes que "não melhoram a vida dos seus".
"Então, ter melhorado a vida do Brasil, ou seja, ter saído do mapa da fome, ter diminuído a pobreza, num mundo que desemprega centenas de milhões de pessoas… centenas de milhões – porque só o G20 [grupo de países com as 20 maiores economias] está desempregando 100 milhões. Nós criamos emprego. Então este é um valor. Acho que é um valor para o Brasil e é um valor para ser afirmado internaiconalmente em todas as minhas vindas à ONU", declarou.
Além das questões sociais no Brasil, a presidente criticou durante o discurso, de 23 minutos de duração, o uso de intervenções militares para a resolução de conflitos bélicos.
Meio ambiente
Durante a entrevista, Dilma também explicou o motivo de o Brasil não ter assinado a “Declaração de Nova York sobre Florestas”. O documento foi apresentado na Cúpula do Clima na terça-feira (23) e prevê reduzir pela metade o desmatamento até 2020 e zerá-lo até 2030. Segundo a ONU, 150 parceiros assinaram a declação, incluindo 28 governos, 35 empresas, 16 grupos indígenas e 45 ONGs e grupos da sociedade civil.
Durante a entrevista, Dilma também explicou o motivo de o Brasil não ter assinado a “Declaração de Nova York sobre Florestas”. O documento foi apresentado na Cúpula do Clima na terça-feira (23) e prevê reduzir pela metade o desmatamento até 2020 e zerá-lo até 2030. Segundo a ONU, 150 parceiros assinaram a declação, incluindo 28 governos, 35 empresas, 16 grupos indígenas e 45 ONGs e grupos da sociedade civil.
A presidente destacou que a declaração não foi proposta pela ONU, mas por três países (Alemanha, Reino Unido e Noruega) que não consultaram o Brasil sobre o teor do acordo.
“Por que é que o Brasil se recusou a assinar? Primeiro, porque não nos consultaram. Somos um país com uma grande quantidade de florestas. [...] Nunca nos consultaram”, disse Dilma.
Ela também afirmou que a proposta contraria a legislação brasileira. “Tem uma segunda questão: eles propõem algo que é contra a lei brasileira. A lei brasileira permite que nós façamos o manejo florestal. Muitas pessoas vivem do manejo florestal, que é o desmatamento legal sem danos ao meio ambiente”, declarou. “Contraria e contrapõe a nossa legislação.”
Ela também voltou a citar durante a entrevista os dados relacionados à proteção do meio ambiente no Brasil nos últimos anos. Assim como fez na Cúpula do Clima e na Assembleia Geral, destacou ações do governo brasileiro para proteger o ambiente e reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera.
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A presidente disse ainda que o Brasil “tem moral” para falar sobre redução da emissão de gases do efeito estufa. “Acho importantíssima a discussão do meio ambiente. Eu, à época ministra da Casa Civil, coordenei a delegação na conferência relacionada a Copenhague 2015 e, naquele momento, o Brasil definiu uma redução voluntária entre 36% e 39% da emissão de gases do efeito estufa. E nós temos moral para falar isso porque de 2010 até hoje reduzimos, ano a ano, 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono de emissão”, destacou a presidente.
Iraque
Ao defender a diplomacia como forma de resolução de conflitos entre os países em vez de intervenções militares, assim como havia feito durante o discurso na Assembleia Geral, a presidente afirmou aos jornalistas que houve uma “dissolução” do Estado iraquiano e repudiou o uso de bombas em ações militares.
Ao defender a diplomacia como forma de resolução de conflitos entre os países em vez de intervenções militares, assim como havia feito durante o discurso na Assembleia Geral, a presidente afirmou aos jornalistas que houve uma “dissolução” do Estado iraquiano e repudiou o uso de bombas em ações militares.
Segundo Dilma, os fatos “gritam” para mostrar que não há paz no Iraque. Ela argumentou dizendo que intervenções militares no país não resultaram em paz.
“Vocês acreditam que bombardear resolve o problema? Se resolvesse, eu acho que estaria tudo resolvido no Iraque. […] Não vamos esquecer o que ocorreu no Iraque. Houve uma dissolução do Estado iraquiano, uma dissolução. Hoje a gente querer simplesmente bombardear dizendo que resolve, porque o diálogo não dá, acho que não dá, porque o bombardeio não leva a consequências de paz”, afirmou a presidente durante a entrevista coletiva.
Ela disse ter obrigação, como presidente do Brasil, de defender que ações de bombardeio não se repitam.
Marina promete a sindicalistas revisar regras do fator previdenciário
Candidata do PSB se reuniu nesta quarta com líderes sindicais em SP.
Ela assegurou aos sindicatos que não mexerá em direitos adquiridos.
Tahiane StocheroDo G1, em Brasília
Marina Silva se reúne com sindicalistas em São Paulo (Foto: Tahiane Stochero / G1)
A candidata do PSB ao Palácio do Planalto, Marina Silva, prometeu nesta quarta-feira (24) a um grupo de líderes sindicais que, se vencer a eleição de outubro, revisará as regras do fator previdenciário. O fim do mecanismo criado para inibir as aposentadorias precoces se tornou uma das principais reinvindicações das centrais sindicais. Durante o encontro com os sindicalistas, em São Paulo, a presidenciável destacou ainda que não mexerá em direitos adquiridos de trabalhadores se for eleita.
"A nossa coligação não vai retroceder em um milímetro nas conquistas alcançadas, mas é preciso avançar, revisitar o fator previdenciário, que o PT criticou e depois manteve. Nós estamos dizendo, sem demagogia, que nós queremos revisitar para encontrar uma forma correta que não penalize o aposentado, que não penalize o trabalhador, porque a corda sempre rompe para o lado mais fraco", declarou a candidata do PSB em seu discurso no evento eleitoral.
Ela, no entanto, não detalhou que mudanças pretende fazer nas regras do fator previdenciário. O dispositivo previdenciário foi criado durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Nesta terça (23), em visita da Florianópolis, Marina já havia afirmado que pretende encontrar uma fórmula alternativa para substituir o fator previdenciário se ela assumir a Presidência. Ela, contudo, ressaltou que pretende promover a mudança no sistema previdenciário "em um ambiente em que não haja contaminação por disputas eleitorais".
O presidenciável do PSDB, Aécio Neves, também destacou nesta semana que, se vencer a disputa presidencial, pretendebuscar uma alternativa ao fator previdenciário.
'Vexame' do IBGE
Em meio à agenda eleitoral, Marina Silvavoltou a criticar a administração da presidente DIlma Rousseff, citando o erro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na elaboração da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013.
Em meio à agenda eleitoral, Marina Silvavoltou a criticar a administração da presidente DIlma Rousseff, citando o erro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na elaboração da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013.
Marina classicou de "vexame" as falhas nos cálculos da Pnad sobre a concentração de renda, analfabetismo e desigualdade social no país. Para ela, os "erros do governo" estão acabando com as instituições brasileiras e "exterminando" o país, com "crescimento pífio, inflação alta e juros altos".
"Nós não vamos ser complacentes com os erros. Erros como aqueles que estão acabando com a Petrobras, acabando com a Eletrobras e que agora estão desmoralizando, além das agências reguladoras, uma instituição tão respeitada para o planejamento das políticas públicas brasileiras que é o IBGE", enfatizou.
"Até o IBGE, com técnicos respeitados, agora tem que passar o vexame. Engraçado, quando as coisas dão certo nas instituições, imediatamente são aparelhadas", complementou Marina.
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