quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Congresso anula deposição do presidente João Goulart feita pela ditadura de 1964


Afastamento em 2 de abril de 1964 abriu caminho para o regime militar.
Ato de restituição do cargo tem valor simbólico e não afeta legislação.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

O Congresso Nacional aprovou na madrugada desta quinta-feira (21), por votação simbólica, um projeto de resolução que anula a sessão legislativa que destituiu o ex-presidente da República João Goulart do cargo em 1964. A decisão abriu caminho para a instalação do regime militar e a posse do marechal Castelo Branco na Presidência.

O projeto aprovado nesta quarta pelo Congresso torna nula a declaração de vacância da Presidência da República, feita em 2 de abril de 1964 pelo então presidente do Congresso Nacional, senador Auro de Moura Andrade. Na época, Andrade usou o argumento de que João Goulart tinha viajado para o exterior sem autorização dos deputados e senadores.

Jango, contudo, estava no Rio Grande do Sul em busca de apoio de aliados, uma vez que estava na iminência de ser detido por forças golpistas, segundo relata o projeto. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), um dos autores do projeto, a sessão que depôs o presidente foi convocada "ao arrepio" da Constituição às 2h40 da madrugada.

"Queremos anular essa triste sessão que declarou vaga a Presidência com o presidente em território nacional", disse o senador amapaense.

A anulação da sessão que depôs Jango tem um valor simbólico e não reflete juridicamente na legislação atual. Na prática, devolve o mandato de presidente e "tira os ares de legalidade" do golpe militar de 1964, conforme Randolfe Rodrigues.

"Trata-se do resgate da história e da verdade, visando tornar clara a manobra golpista levada a cabo no plenário deste Congresso Nacional e corrigir, ainda que tardiamente, uma vergonha da história para o poder Legislativo brasileiro", disse o senador.

De acordo com Pedro Simon (PMDB-RS), que assina o projeto juntamente com Rodrigues, o ex-deputado Tancredo Neves, durante a sessão de 1964, leu uma mensagem da Casa Civil informando sobre o paradeiro de Jango.

"A sessão foi convocada de última hora no grito pelo presidente do Senado e pura e simplesmente caçou o mandato do presidente, embora houvesse uma carta do chefe da Casa Civil dizendo que ele estava em Porto Alegre, no comando do terceiro Exército", disse Simon.

Durante a votação desta quarta, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) discursou na tribuna da Câmara para criticar a anulação da sessão que depôs Goulart. Ele citou que a sessão de deposição do então presidente da República teve a presença de personalidades tidas como democratas, como Ulysses Guimarães, que presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, e o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek.

"Não podemos apagar a história. Não estamos num regime comunista. Não é Stalin que está presidindo. Passamos 20 anos não de ditadura, mas um regime de autoridade, onde o Brasil cresceu, tinha pleno emprego. Nenhum presidente militar enriqueceu", disse.

Exumação
O projeto aprovado pelo Congresso foi apresentado na mesma semana em que o corpo de Jango foi exumado, no dia 13 de novembro. O objetivo da exumação, que durou 15 horas, é submeter os restos mortais à perícia da Polícia Federal para identificar a causa da morte do ex-presidente, deposto pelo golpe militar.

Os restos mortais do ex-presidente foram velados em Brasília, no último dia 14, com honras militares fúnebres concedidas a chefes de Estado, às quais não teve direito quando morreu.

A cerimônia que recebeu o caixão com os restos mortais de Jango durou cerca de 25 minutos e teve a participação da presidente Dilma Rousseff e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Collor de Mello e José Sarney. Fernando Henrique Cardoso não compareceu, pois se recupera de uma diverticulite. Também estavam presentes ministros de Estado.

Morte ocorreu em exílio na Argentina
Deposto no golpe militar de 1964, Jango morreu em 6 de dezembro de 1976 em sua fazenda em Mercedes, na Argentina. Cardiopata, ele teria sofrido um infarto, mas uma autópsia nunca foi realizada. Na última década, novas evidências reforçaram a hipótese de que o ex-presidente pode ter sido envenenado por agentes ligados à repressão uruguaia e argentina, a mando do governo brasileiro.

A principal delas foi o depoimento dado pelo ex-espião uruguaio Mario Neira Barreiro ao filho de Jango, João Vicente Goulart, em 2006. Preso por crimes comuns, ele cumpria pena em uma penitenciária de Charqueadas, no Rio Grande do Sul, quando disse que espionava Jango e que teria participado de um complô para trocar os remédios do ex-presidente por uma substância mortal.

Em 2007, a família de Jango solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) a reabertura das investigações. O pedido de exumação foi aceito em maio deste ano pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Tanto o governo federal quanto membros da família Goulart acreditam que há indícios de que o ex-presidente possa ter sido assassinado. Com informações de Priscilla Mendes e Nathalia Passarinho
Do G1.

Haddad foi vaiado em ato político da Consciência Negra


Prefeito participou de ato político no Vale do Anhangabaú.
'É um ano de protesto, tem que se acostumar', disse Haddad.


Netinho de Paula (e) e o prefeito Fernando Haddad (d), durante comemoração do Dia da Consciência Negra no Anhangabaú no centro de São Paulo, SP, nesta quarta-feira (20). (Foto: Dário Oliveira/Futura Press/Estadão Conteúdo)Netinho de Paula e Haddad durante comemoração do Dia da Consciência Negra. (Foto: Dário Oliveira/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi vaiado durante discurso no Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, durante ato político em comemoração ao Dia da Consciência Negra nesta quarta-feira (20). O político falava a respeito da data quando foi hostilizado e também alvo de objetos lançados no palco. Garrafas, camisas e outros itens foram arremessados.
Ao lado do prefeito, o secretário municipal de Promoção da Igualdade Racial, Netinho de Paula, fez gestos pedindo compreensão do público. Mesmo hostilizado desde antes de começar a falar, o prefeito continuou no palco e fez um breve discurso.
Se eu precisei criar, se nós precisamos cobrar um pouquinho de IPTU de quem tem muito para levar para quem tem pouco na periferia, nós não vamos nos intimidar. Não é a desinformação de programa popular que vai nos intimidar"
Fernando Haddad,
prefeito de São Paulo
"Se eu precisei criar, se nós precisamos cobrar um pouquinho de IPTU de quem tem muito para levar para quem tem pouco na periferia, nós não vamos nos intimidar", afirmou Haddad durante o discurso. "Não é a desinformação de programa popular que vai nos intimidar", afirmou, pouco antes de encerrar seu pronunciamento.
Haddad chegou a afirmar que não deveria ser recebido nem com vaias nem com aplausos, e fez referência ao aumento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) como motivo da insatisfação popular.
A primeira reação contra o a presença de Haddad ocorreu logo após ele ser anunciado pelo secretário Netinho de Paula. Enquanto parte do público fazia sinal de negativo, Netinho defendeu Haddad, dizendo que era a primeira vez que ato do tipo ocorria em São Paulo e que ele não teria sido realizado sem apoio da Prefeitura.
"O ano é esse, é o ano de protesto, tem que se acostumar", disse Haddad aos jornalistas após o evento. O prefeito afirmou ainda que houve muita desinformação relacionada ao aumento do IPTU e que a situação vai mudar quando os boletos chegarem às casas dos contribuintes.
"Acho que tem muita desinformação, estão achando q o IPTU da periferia vaio subir e vai cair, mas como a população está desinformada, na hora que chegar o carnê, tudo muda", disse.
10ª Marcha 
Haddad participou do ato que encerrou a 10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo. A caminhada reuniu cerca de 800 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM). Os manifestantes saíram do Masp, na Avenida Paulista, em direção ao Vale do Anhangabaú, no Centro, onde acompanharam um ato político e shows musicais.
Stencil lembra frase de Douglas, morto pela PM no Jaçanã (Foto: Lais Cattassini/G1)Stencil lembra frase de Douglas, morto pela PM
no Jaçanã: 'Por que o senhor atirou em mim'
(Foto: Lais Cattassini/G1)
A marcha começou às 14h, com concentração no Masp. Após ocupar faixas da Avenida Paulista e da Rua da Consolação, o grupo chegou ao Vale do Anhangabaú às 16h30. O objetivo da manifestação é despertar a necessidade de reflexão sobre a questão racial em São Paulo e no Brasil. Ao final da marcha, o grupo participou de evento no Vale do Anhangabaú.
Contra violência policial
Em cartazes ou stencil aplicados durante a marcha, manifestantes pedem a desmilitarização da polícia e citam casos de violência cometidos por agentes de segurança. O assassinato do a morte do estudante Douglas Rodrigues, no Jaçanã, cometido por um policial militar, foi lembrada.
Além das faixas citando Douglas, a frase que ele disse antes de morrer foi lembrada na aplicação de stencil em lixeiras: “Por que o senhor atirou em mim?”.
Ato político e shows
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) tinha participação prevista no ato político no Vale do Anhangabau. Estavam previstos ainda shows dos grupos Os Danados, Menor do Chapa, Menor HM, Negra Soul, Mc Pet, Mc Leo da Baixada e Mc Thauane.  Em seguida, estava previstoo o baile black e apresentação dos grupos Turma do Pagode, Dexter, Keith Sweat e Emicida. G1.
10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)
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10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo é acompanhada pela PM (Foto: Lais Cattassini/G1)10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo é acompanhada pela PM (Foto: Lais Cattassini/G1)
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10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dia da Consciência Negra na Erem Justulino Ferreira Gomes


Foto: Elizabeth Pedrosa
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasileira detida na Rússia é libertada


Ativista do Greenpeace estava presa havia 2 meses após protesto no Ártico.
Ela foi liberada após pagamento de fiança equivalente a R$ 143 mil.


Professor Edgar Bom Jardim - PE
A ativista brasileira Ana Paula Maciel deixou a prisão em São Petersburgo nesta quarta-feira (20), após pagamento de fiança. O próprio Greenpeace, organização da qual faz parte, divulgou a informação no Twitter.
Ainda segundo a ONG, a brasileira estava no centro de detenção Sizo 5. "Estamos muito satisfeitos por ela e sua família", informou a organização.
A presidente Dilma Rousseff divulgou a libertação de Ana Paula por meio de seu perfil no Twitter e afirmou que o Ministério das Relações Exteriores continuará acompanhando o caso da brasileira.
O Greenpeace Brasil ainda não tem informação sobre se Ana Paula poderá sair da Rússia enquanto estiver em liberdade condicional. A brasileira deve ser levada a um hotel em São Petersburgo, onde receberá atendimento médico e psicológico. Somente depois disso, ela decidirá se vai querer falar com a imprensa ou não.
Segundo a ONG, é possível que outros ativistas também sejam soltos hoje. O dinheiro para pagamento das fianças está sendo transferido aos poucos pela organização para a Rússia, já que os valores são altos.
Em nota divulgada, a organização diz que não foram informados pela Justiça russa os detalhes sobre as condições e restrições impostas aos que ganharam liberdade provisória. Essas informações devem ser esclarecidas nos próximos dias.
Liberdade provisória
Nesta terça-feira (19), a Justiça russa havia anunciado em audiência que Ana Paula ganharia a liberdade provisória após pagamento de fiança de 2 milhões de rublos cada (cerca de R$ 143 mil).
De acordo com o Greenpeace, até o momento 18 pessoas do grupo – contando com Ana Paula, tiveram a liberdade provisória consentida, sob fiança. Onze pessoas ainda aguardam suas audiências. E um deles, o australiano Colin Russell, teve a prisão estendida por três meses.
Grupo foi detido após protesto no Ártico
Em 18 de setembro, o grupo de 30 pessoas, 28 ambientalistas e dois jornalistas, realizava protesto em uma plataforma de petróleo da companhia Gazprom, no Mar do Norte, na região do Ártico. O objetivo era chamar a atenção para a exploração de petróleo na região e o impacto ambiental que esta atividade pode causar na biodiversidade local.
A guarda costeira russa interrompeu a manifestação na plataforma e deteve o navio, além de seus tripulantes. A embarcação e o grupo foram conduzidos a um tribunal de Murmansk. Lá, os integrantes da ONG foram colocados em celas provisórias.
A Rússia disse que os ambientalistas transgrediram a lei durante o protesto no qual tentaram escalar a plataforma Prirazlomnaya, a primeira unidade de perfuração da Rússia no Ártico e parte dos esforços do país para explorar as reservas de gás e petróleo da região. Por isso, todo o grupo foi indiciado pelo governo russo por crime de pirataria.
Dias depois, foi divulgado que a acusação de pirataria seria retirada, e que os "30 do Ártico" passariam a responder por vandalismo, com punição mais branda. No entanto, o Greenpeace diz que a denúncia de pirataria ainda não foi  retirada pelas autoridades.
No início de novembro, o grupo foi transferido de trem para centros prisionais de São Petersburgo. Os ativistas procedem de 19 países: Brasil, Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e França.
Ana Paula Maciel deixa a prisão em São Petesburgo (Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace/AFP)Ana Paula Maciel deixa a prisão em São Petesburgo (Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace/AFP)
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Imagem divulgada pelo Greenpeace mostra a ativista brasileira do Greenpeace sendo libertada sob fiança na Rússia. (Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace/AFP)Imagem divulgada pelo Greenpeace mostra a ativista brasileira do Greenpeace sendo libertada sob fiança na Rússia. (Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace/AFP)Publicado em 20/11/2013.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Estudantes atualizam o Diário da História na EREM Justulino Ferreira Gomes










Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Povo ocupa prefeitura de Aracaju


Manifestantes reivindicam auxílio moradia.
Segurança foi reforçada na porta do gabinete do prefeito.


A prefeitura de Aracaju foi ocupada na tarde desta segunda-feira (18) por manifestantes. O grupo, que está acampado em uma Praça no Bairro dezessete de março reivindica auxílio moradia.
A segurança foi reforçada na porta do gabinete do prefeito com a Guarda Municpal para conter o avanço do grupo. O Batalhão do Choque também manteve-se de prontidão.
Foto:terra.com.
“Nós estabelecemos essa tríade. Inclusive levando os advogados das partes para tentar a intermediar tentando fazer com que eles evacuem de forma pacífico”, explicou o Coronel Enilson Aragão, comandante do policiamento da Capital.
Segundo assessoria da prefeitura, os líderes do movimento se reuniram com representantes da administração municipal, mas não houve acordo até o momento. Os manifestantes continuam no local.Do G1 SE

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Prefeitura é obrigada a demitir comissionados

Auditoria apontou que o município excedeu gastos com o pessoal.
A medida indicada foi a demissão de cargos comissionados.


Professor Edgar Bom Jardim - PE.

Valor está meio ponto acima do estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal  (Foto: Reprodução/TV Fronteira)Valor está meio ponto acima do estipulado pela lei
(Foto: Reprodução/TV Fronteira)
Uma auditoria realizada em agosto de 2013  apontou que o município de Flórida Paulista excedeu os gastos com o pessoal. De acordo com o Tribunal de Contas do Estado, o valor chegou a 54,5% do orçamento, meio ponto acima do estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
No momento em que as contas do município se aproximam dos limites estabelecidos pela lei, o tribunal emite um parecer que funciona como um aviso para a administração. Nele, os conselheiros indicam medidas que devem ser tomadas para tentar regularizar a situação, caso contrário, a Prefeitura corre o risco de ter as contas reprovadas e isso, gera diversos prejuízos ao município.
A administração cortou horas extras, contratações e criações de cargos, no entanto, o problema não foi resolvido. A medida indicada foi a demissão de cargos comissionados. Das 43 pessoas que ocupavam esses cargos, 35 foram demitidas.
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De acordo com a secretária municipal de Administração, Nádia Leocádio, a Prefeitura foi surpreendida por mudanças na interpretação do Tribunal. “Nossa surpresa foi que o cartão alimentação foi incluído como remuneração para os funcionários públicos e isso faz com que o limite seja ultrapassado. Quando isso acontece, temos que tomar algumas medidas, conforme discrimina a lei.”
A secretária e o assessor jurídico do município, José Luiz Benites explicam que a decisão deixou vários departametos, como os de Esportes, Cultura e Meio Ambiente, sem gestores. Segundo eles, agora são controlados pela própria secretaria de Administração.
As escolas também perderam seus diretores que foram incluídos no corte e devem responder diretamente à Secretaria de Educação.
O governo municipal acredita que as demissões não devam atrapalhar a gestão até o final do ano e que, em 2014, devem ser revistas.
De acordo com a professora doutora em Desenvolvimento Regional e especialista em Gestão Pública, Izabel Castanha Gil, o problema enfrentado por Flórida Paulista é compatível com a realidade da maioria dos pequenos municípios do País.
“A União repassa muita responsabilidade aos municípios, mas não dá devida estrutura.. Os recursos acabam ficando na escala Federal e na escala Estadual, e isso vem em menor proporção para o município”, destaca.
Nas ruas do município, a medida foi bem recebida, mas também, moradores questionaram as razões pelas quais a cidade chegou à tal situação. “Se for pra ficar colocando um monte de gente e prejudicar todo mundo, não precisa”, afirma a pescadora Elizabete Machado Ferreira.
Para o vendedor Leandro Rodrigues, as contratações podem sanar a falta de empregos. “É bom pra quem está precisando trabalhar, mas sem um limite, pode complicar a Prefeitura também.” Do G1 Presidente Prudente

domingo, 17 de novembro de 2013

Será que o senador Mário Couto vai renunciar ao mandato ?

... "Sabe quantas vezes o Zé Dirceu vai preso? Nenhuma !"
"Dilma. Não minta, Dilma!"
"Ô Mercadante, como tu mentes também"

 O senador tucano Mário Couto (PSDB-PA), costuma chamar Dilma, Lula e o PT de mentirosos. Este ano chegou a declarar no plenário  do senado que Zé Dirceu nunca seria  preso. Que seria capaz de renunciar ao mandato quando o chefão do mensalão ficasse um ano nas grades: “Roubem, podem roubar, abriram as portas. Será que o José Dirceu tira um ano de cadeia? Tira nada. Aposto o meu mandato se o Dirceu vai passar mais de um ano na cadeia”, disse. Dirceu, foi preso. E agora ?
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O capitalismo convive com a degradação e a novidade(!)



Por Antônio Rezende.
No cotidiano nos defrontamos com situações que nos chocam. Estamos, muitas vezes, apressados e vamos adiante. As imagens terminam se diluindo. A substituição é rápida. Deixamos o quadro de desconforto de lado. A perplexidade não ganha lugar. Ela foge, o dia passa. Guardamos as lembranças com certo descuido. O desprazer não é uma boa companhia. A concentração de insensatez, de notícias pesadas, de amizades frustradas pode inviabilizar o que resta numa sociedade tão pouco cordial e competitiva. Há quem nem pergunte a razão dos  desgovernos que se se movem historicamente com se fossem apatias permanentes.
Não vivemos apenas de lembranças ou de passeios avulsos. O que deixamos no passado pode retornar com outro significado. Cenas que registramos com indiferença assumem,então, espaços especiais. O capitalismo, sobretudo, por essas bandas, não é calmaria. Não cultiva espetáculos contínuos de diversões apaziguadoras. A miséria se mistura com os carros de último modelo. Busca-se uma assepsia que não consegue vingar. As grandes cidades não se cansam de fundar problemas.Estão soltas politicamente ou, fazem eleições para manter os costumes? Não faltam discursos que exaltam compromissos e anulam descuidos. São efêmeros e mentirosos.
Quando a imprensa revela, com reportagens de destaque, o que compõe o cotidiano tomamos sustos. Indignações são registradas. A própria imprensa encarrega-se de refazer os julgamentos. As notícias ultrapassam fronteiras sociais, invadem as páginas dosfacebooks. O susto é geral. É interessante o impacto e também a manipulação. É denúncia que passa a ocupar as conversas da coletividade. Todos se sentem convocados, tocados pelos mandamentos da cidadania. Mais ainda: o poder público sacode-se como vítima de incompreensões e coloca máquinas na rua, numa metamorfose esquizofrênica. Há alguma mudança na estrutura do sistema? As explorações foram para a lata do lixo? A produção da desigualdade foi interrompida?
O capitalismo com seus projetos de acumulação, beneficiando as minorias e atrelados ao sucesso da gigante especulação imobiliária, vende jornais e apresenta alternativas, pede urgência nas ações para sossegar certas inquietudes.  Com o tempo a notícia perde  força, a conversa se banaliza e a história se abraça com a continuidade. O capitalismo fabrica astúcias, enriquece-se com o descartável, gosta de brincar de 007. Ocorre um vazio que logo será preenchido com algum escândalo ou uma corrupção esperada pela maioria. O vaivém das informações sustenta dominações poderosas. Mas como sepultar a indignação e desmanchar os sinais de solidariedade? Restam ruídos, méritos para quem construiu a reportagem, não vamos silenciá-los.
Há desobediências. As desconfianças entram no jogo, encurralam ordens, intimidam autoridades. A velocidade tem seus movimentos surpreendentes. Resolve hecatombes, provoca ilusões, transforma valores sem grandes constrangimentos. Não é estranho que se naturalize o desperdício e que se comente os excessos do individualismo. As teorias explicam que há rupturas nas histórias, revoluções fantásticas, conquistas científicas magníficas.  Costura-se a filantropia com paciência. É tanta coisa para afirmar e a confusão se espalha pela memória. No mundo das novidades, as pessoas contam numericamente até mesmo as desgraças que as cercam. Já pensou se faltar assunto?
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mara Maravilha em Bom Jardim



Professor Edgar Bom Jardim - PE

Guimarães: os perigos que se arrastam pela vida


Por Antonio Rezende.
A leitura de Guimarães Rosa é sempre um encontro mágico.As palavras fluem, mas arquitetam esconderijos. Nem sempre é fácil. Há metáforas que nos deixam no meio do caminho. No entanto, o poder de sedução é incrível. Rosa escreve prosa como um poeta maior. Os significados se renovam, não cansam. Ele descobre mundos com simplicidade. Não arruma vitrines. Narra entrelaçado com a vida, falando de sentimentos, não esquecendo os perigos. Assume as misturas, a complexidade, sem passear por teorias  exóticas. Os seus intérpretes é que ficam buscando decifrações. É uma constante o desejo de esclarecer de vários intelectuais,  com arrogância intimidadoras, porém o mundo tem tantos avessos que o fôlego foge.
Quem trabalha com as ideias e seus entendimentos enfrenta os escorregões iluministas. O poeta fala das coisas e das pessoas com uma energia transcendente. Não se trata  de eleger deuses e firmar eternidades. A vida passa rápida somos impacientes. Com a tecnologia, em cada canto das moradias, ficamos lendo bulas, aparentemente, saudáveis. São muitos os códigos que funcionam como estranhas chaves para sair do labirinto. Podemos afirmar que a alfabetização é extensa e interminável. As gerações se tocam e se visitam. Os saberes se distanciam, muitas vezes, porque a pressa deixou de  ser inimiga da perfeição.
Nem por isso, o ontem deixar de surgir no hoje e nos assusta. Lemos Guimarães com espantos. A beleza dos seus textos nos transforma. Saimos dos instantes. O tempo não tem uma definição acabada. Viver é perigoso, porque se questionam as referências fixas. É preciso arriscar. Se não existissem surpresas, a monotonia dilaceraria os sonhos. A transcendência se constrói com malabarismos. Dialoga com as contradições, observa que o paraíso é uma ilusão efêmera, mas necessária. As palavras quando bordam sentimentos nos tiram da aridez, mesmo que nos tragam lágrimas e memórias sombrias.
Encanto-me com as narrativas envolventes, porém despreocupadas em criar  fronteiras entre a verdade e a simulação. Acho tudo muito confuso, mesmo quando cumpro as travessias acadêmicas. Elas nos pedem, na maioria das vezes, certezas, poder de convencimento. Mergulhamos nesses pedidos. Eles vão e voltam traçando decepções. Buscamos raciocínios luminosos, sistematizamos com rigor, costurando vaidades. Há quem adormeça nas pretensões, vestem-se com o sossego e formalizem hierarquias.
As navegações dos sentimentos são outras.  Nadamos por mares interiores com profundidade. É um desafio nomeá-los. O poeta faz desse momento o lugar da transcendência. Não se restringe a aprisioná-los. Conversa com o mundo, expõe seus abismos, parece conhecer o centro do labirinto. Alguma coisa se perdeu como tanto afirma Octavio Paz. Tudo se move, para que a perda não interrompa a vida. Há uma estética. Quem se cobre com seu manto ultrapassa a frustração e desfaz a cronologia das linearidades. Guimarães tinha seu sertão, mas ele ajuda a compreender que o ser(tão) está em todo parte.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Sonhos, memórias e outras delicadezas em exposição

"Paisagens oníricas", de Hélia Scheppa, expõe registros através de um iPhone



Arthur Mota/Folha de Pernambuco
Hélia Scheppa apresenta a mostra "Paisagens oníricas"
Para a fotojornalista Hélia Scheppa, registrar imagens de seu iPhone é simultaneamente um exercício do olhar e a materialização de afetos cotidianos. Mais recentemente, a pernambucana também vislumbrou na ferramenta uma forma de criar sonhos, através da fusão de imagens, tempos e delicadezas distintas. Um recorte generoso dos experimentos de Hélia pode ser visto na exposição “Paisagens oníricas”, com abertura para convidados nesta terça (15), às 19h, na Arte Plural Galeria, no Bairro do Recife. O público em geral pode conferir a mostra a partir da quarta (16) das 13h às 19h.
    Com curadoria da jornalista Simonetta Persichetti, a exposição reúne 22 imagens construídas a partir do encontro entre o olhar sensível e apurado de Hélia, que é fotojornalista há 15 anos, com o experimentalismo da fotografia via telefone celular. O projeto agrega registros de paisagens (algumas ressignificadas, outras inventadas), retratos de personagens e frames de um cotidiano filtrado pelo afeto. “Essas imagens possuem um onirismo singular, sem tendências temáticas. Foram construídas ao acaso, sem que eu tivesse a intenção de buscá-las”, explicou a artista.
    Hélia Scheppa/Divulgação
    Registros contam com retratos e colagens por iPhone
    As imagens da mostra corroboram a ideia de que, para Hélia, seu telefone é uma caderneta de pensamentos e sonhos imaginados. Em uma das imagens, num arroubo surrealista, uma casinha tem a tinta branca trocada por uma grama verde; em outra, também construída a partir da sobreposição de imagens pelo celular, coqueiros são levados ao mar. Para Simonetta, a mostra se destaca no cenário atual da fotografia por sua qualidade estética e proposta inusitada. “São recortes de um cotidiano, como se cada cena se bastasse por si só, numa época em que a série e a multiplicidade de fotografias parece se impor”, pontuou.


     Renato Contente, da Folha de Pernambuco
    Serviço
    Exposição “Paisagens oníricas”, de Hélia Scheppa
    Onde
    : Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife)
    Quando: Esta terça (15), às 19h (para convidados). Em cartaz de amanhã a 24 de novembro, de terça a sexta (das 13h às 19h) e aos sábados e domingos (das 16h às 20h)
    Entrada franca
    Informações
    : 3424-4431
    Professor Edgar Bom Jardim - PE