domingo, 17 de novembro de 2013

Será que o senador Mário Couto vai renunciar ao mandato ?

... "Sabe quantas vezes o Zé Dirceu vai preso? Nenhuma !"
"Dilma. Não minta, Dilma!"
"Ô Mercadante, como tu mentes também"

 O senador tucano Mário Couto (PSDB-PA), costuma chamar Dilma, Lula e o PT de mentirosos. Este ano chegou a declarar no plenário  do senado que Zé Dirceu nunca seria  preso. Que seria capaz de renunciar ao mandato quando o chefão do mensalão ficasse um ano nas grades: “Roubem, podem roubar, abriram as portas. Será que o José Dirceu tira um ano de cadeia? Tira nada. Aposto o meu mandato se o Dirceu vai passar mais de um ano na cadeia”, disse. Dirceu, foi preso. E agora ?
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O capitalismo convive com a degradação e a novidade(!)



Por Antônio Rezende.
No cotidiano nos defrontamos com situações que nos chocam. Estamos, muitas vezes, apressados e vamos adiante. As imagens terminam se diluindo. A substituição é rápida. Deixamos o quadro de desconforto de lado. A perplexidade não ganha lugar. Ela foge, o dia passa. Guardamos as lembranças com certo descuido. O desprazer não é uma boa companhia. A concentração de insensatez, de notícias pesadas, de amizades frustradas pode inviabilizar o que resta numa sociedade tão pouco cordial e competitiva. Há quem nem pergunte a razão dos  desgovernos que se se movem historicamente com se fossem apatias permanentes.
Não vivemos apenas de lembranças ou de passeios avulsos. O que deixamos no passado pode retornar com outro significado. Cenas que registramos com indiferença assumem,então, espaços especiais. O capitalismo, sobretudo, por essas bandas, não é calmaria. Não cultiva espetáculos contínuos de diversões apaziguadoras. A miséria se mistura com os carros de último modelo. Busca-se uma assepsia que não consegue vingar. As grandes cidades não se cansam de fundar problemas.Estão soltas politicamente ou, fazem eleições para manter os costumes? Não faltam discursos que exaltam compromissos e anulam descuidos. São efêmeros e mentirosos.
Quando a imprensa revela, com reportagens de destaque, o que compõe o cotidiano tomamos sustos. Indignações são registradas. A própria imprensa encarrega-se de refazer os julgamentos. As notícias ultrapassam fronteiras sociais, invadem as páginas dosfacebooks. O susto é geral. É interessante o impacto e também a manipulação. É denúncia que passa a ocupar as conversas da coletividade. Todos se sentem convocados, tocados pelos mandamentos da cidadania. Mais ainda: o poder público sacode-se como vítima de incompreensões e coloca máquinas na rua, numa metamorfose esquizofrênica. Há alguma mudança na estrutura do sistema? As explorações foram para a lata do lixo? A produção da desigualdade foi interrompida?
O capitalismo com seus projetos de acumulação, beneficiando as minorias e atrelados ao sucesso da gigante especulação imobiliária, vende jornais e apresenta alternativas, pede urgência nas ações para sossegar certas inquietudes.  Com o tempo a notícia perde  força, a conversa se banaliza e a história se abraça com a continuidade. O capitalismo fabrica astúcias, enriquece-se com o descartável, gosta de brincar de 007. Ocorre um vazio que logo será preenchido com algum escândalo ou uma corrupção esperada pela maioria. O vaivém das informações sustenta dominações poderosas. Mas como sepultar a indignação e desmanchar os sinais de solidariedade? Restam ruídos, méritos para quem construiu a reportagem, não vamos silenciá-los.
Há desobediências. As desconfianças entram no jogo, encurralam ordens, intimidam autoridades. A velocidade tem seus movimentos surpreendentes. Resolve hecatombes, provoca ilusões, transforma valores sem grandes constrangimentos. Não é estranho que se naturalize o desperdício e que se comente os excessos do individualismo. As teorias explicam que há rupturas nas histórias, revoluções fantásticas, conquistas científicas magníficas.  Costura-se a filantropia com paciência. É tanta coisa para afirmar e a confusão se espalha pela memória. No mundo das novidades, as pessoas contam numericamente até mesmo as desgraças que as cercam. Já pensou se faltar assunto?
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mara Maravilha em Bom Jardim



Professor Edgar Bom Jardim - PE

Guimarães: os perigos que se arrastam pela vida


Por Antonio Rezende.
A leitura de Guimarães Rosa é sempre um encontro mágico.As palavras fluem, mas arquitetam esconderijos. Nem sempre é fácil. Há metáforas que nos deixam no meio do caminho. No entanto, o poder de sedução é incrível. Rosa escreve prosa como um poeta maior. Os significados se renovam, não cansam. Ele descobre mundos com simplicidade. Não arruma vitrines. Narra entrelaçado com a vida, falando de sentimentos, não esquecendo os perigos. Assume as misturas, a complexidade, sem passear por teorias  exóticas. Os seus intérpretes é que ficam buscando decifrações. É uma constante o desejo de esclarecer de vários intelectuais,  com arrogância intimidadoras, porém o mundo tem tantos avessos que o fôlego foge.
Quem trabalha com as ideias e seus entendimentos enfrenta os escorregões iluministas. O poeta fala das coisas e das pessoas com uma energia transcendente. Não se trata  de eleger deuses e firmar eternidades. A vida passa rápida somos impacientes. Com a tecnologia, em cada canto das moradias, ficamos lendo bulas, aparentemente, saudáveis. São muitos os códigos que funcionam como estranhas chaves para sair do labirinto. Podemos afirmar que a alfabetização é extensa e interminável. As gerações se tocam e se visitam. Os saberes se distanciam, muitas vezes, porque a pressa deixou de  ser inimiga da perfeição.
Nem por isso, o ontem deixar de surgir no hoje e nos assusta. Lemos Guimarães com espantos. A beleza dos seus textos nos transforma. Saimos dos instantes. O tempo não tem uma definição acabada. Viver é perigoso, porque se questionam as referências fixas. É preciso arriscar. Se não existissem surpresas, a monotonia dilaceraria os sonhos. A transcendência se constrói com malabarismos. Dialoga com as contradições, observa que o paraíso é uma ilusão efêmera, mas necessária. As palavras quando bordam sentimentos nos tiram da aridez, mesmo que nos tragam lágrimas e memórias sombrias.
Encanto-me com as narrativas envolventes, porém despreocupadas em criar  fronteiras entre a verdade e a simulação. Acho tudo muito confuso, mesmo quando cumpro as travessias acadêmicas. Elas nos pedem, na maioria das vezes, certezas, poder de convencimento. Mergulhamos nesses pedidos. Eles vão e voltam traçando decepções. Buscamos raciocínios luminosos, sistematizamos com rigor, costurando vaidades. Há quem adormeça nas pretensões, vestem-se com o sossego e formalizem hierarquias.
As navegações dos sentimentos são outras.  Nadamos por mares interiores com profundidade. É um desafio nomeá-los. O poeta faz desse momento o lugar da transcendência. Não se restringe a aprisioná-los. Conversa com o mundo, expõe seus abismos, parece conhecer o centro do labirinto. Alguma coisa se perdeu como tanto afirma Octavio Paz. Tudo se move, para que a perda não interrompa a vida. Há uma estética. Quem se cobre com seu manto ultrapassa a frustração e desfaz a cronologia das linearidades. Guimarães tinha seu sertão, mas ele ajuda a compreender que o ser(tão) está em todo parte.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Sonhos, memórias e outras delicadezas em exposição

"Paisagens oníricas", de Hélia Scheppa, expõe registros através de um iPhone



Arthur Mota/Folha de Pernambuco
Hélia Scheppa apresenta a mostra "Paisagens oníricas"
Para a fotojornalista Hélia Scheppa, registrar imagens de seu iPhone é simultaneamente um exercício do olhar e a materialização de afetos cotidianos. Mais recentemente, a pernambucana também vislumbrou na ferramenta uma forma de criar sonhos, através da fusão de imagens, tempos e delicadezas distintas. Um recorte generoso dos experimentos de Hélia pode ser visto na exposição “Paisagens oníricas”, com abertura para convidados nesta terça (15), às 19h, na Arte Plural Galeria, no Bairro do Recife. O público em geral pode conferir a mostra a partir da quarta (16) das 13h às 19h.
    Com curadoria da jornalista Simonetta Persichetti, a exposição reúne 22 imagens construídas a partir do encontro entre o olhar sensível e apurado de Hélia, que é fotojornalista há 15 anos, com o experimentalismo da fotografia via telefone celular. O projeto agrega registros de paisagens (algumas ressignificadas, outras inventadas), retratos de personagens e frames de um cotidiano filtrado pelo afeto. “Essas imagens possuem um onirismo singular, sem tendências temáticas. Foram construídas ao acaso, sem que eu tivesse a intenção de buscá-las”, explicou a artista.
    Hélia Scheppa/Divulgação
    Registros contam com retratos e colagens por iPhone
    As imagens da mostra corroboram a ideia de que, para Hélia, seu telefone é uma caderneta de pensamentos e sonhos imaginados. Em uma das imagens, num arroubo surrealista, uma casinha tem a tinta branca trocada por uma grama verde; em outra, também construída a partir da sobreposição de imagens pelo celular, coqueiros são levados ao mar. Para Simonetta, a mostra se destaca no cenário atual da fotografia por sua qualidade estética e proposta inusitada. “São recortes de um cotidiano, como se cada cena se bastasse por si só, numa época em que a série e a multiplicidade de fotografias parece se impor”, pontuou.


     Renato Contente, da Folha de Pernambuco
    Serviço
    Exposição “Paisagens oníricas”, de Hélia Scheppa
    Onde
    : Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife)
    Quando: Esta terça (15), às 19h (para convidados). Em cartaz de amanhã a 24 de novembro, de terça a sexta (das 13h às 19h) e aos sábados e domingos (das 16h às 20h)
    Entrada franca
    Informações
    : 3424-4431
    Professor Edgar Bom Jardim - PE

    sábado, 16 de novembro de 2013

    Condenados do mensalão embarcam para Brasília




    Sete condenados pelo julgamento do mensalão, que estavam detidos na Polícia Federal de Belo Horizonte, embarcaram na tarde deste sábado (16) em um avião da Força Nacional no aeroporto da Pampulha rumo a Brasília.  Na aeronave já estavam o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino, que vieram de São Paulo, na primeira parada do avião que partiu de Brasília na manhã de hoje.
    A aeronave, um jato ERJ 145 da Embraer com capacidade para 50 pessoas, pousou na capital mineira por volta das 15h30.  Embarcaram em Belo Horizonte o operador do esquema Marcos Valério, condenado a 40 anos de prisão; Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério, condenado a 25 anos 11 meses; Ramon Hollerbach, outro ex-sócio de Valério, condenado a 29 anos e sete meses; Romeu Queiroz, ex-deputado pelo PTB-MG, condenado a seis anos e seis meses; Simone Vasconcelos, ex-diretora da agência publicitária SMPB, condenada a 12 anos e sete meses;  Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural, condenada 16 anos e oito meses; e José Roberto Salgado, ex-vice-presidente do Banco Rural, condenado a 16 anos e oito meses de prisão.

    PENAS DO MENSALÃO

    • Arte/UOL
      Clique na imagem para ver quais os crimes e as punições aplicadas aos réus
    As únicas mulheres do grupo devem ser levadas ao Centro de Detenção Provisória de Brasília e os demais para o presídio da Papuda.
    Os nove condenados se juntarão a  Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (condenado a cinco anos de prisão), e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT (condenado a oito anos e 11 meses), que já se apresentaram à superintendência da Polícia Federal em Brasília.
    Assim, dos 12 mandados de prisão expedidos ontem pelo presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa, apenas um não foi cumprido: Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, fugiu para a Itália aproveitando a dupla cidadania, segundo confirmou seu advogado. Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por envolvimento no escândalo.
    Os réus que estavam da capital mineira passaram por exames de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) e, ao saírem de lá, foram hostilizados por uma pequena multidão que fez plantão no local. Quanto a Dirceu e Genoino, ambos se apresentaram na sexta-feira (15) à superintendência da PF em São Paulo, depois que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, expediu os primeiros mandados de prisão do caso.
    As penas começam a ser cumpridas mais de oito anos após a revelação do esquema de corrupção. Em 2005, o então deputado federal Roberto Jefferson delatou a compra de apoio de parlamentares durante o primeiro mandato do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (2003-2006).
    Pena "fatiada"

    CRONOLOGIA DO MENSALÃO

    • Nelson Jr/STF
      Clique na imagem e relembre os principais fatos do julgamento no STF
    José Dirceu é um dos réus que terão os chamados embargos infringentes analisados pelo Supremo apenas em 2014. Mas, em decisão tomada na sessão da última quarta-feira (13), os ministros entenderam que era possível "fatiar" as penas desses réus para que as penas começassem a ser cumpridas imediatamente.
    O embargo infringente é um tipo de recurso que garante um novo julgamento aos crimes em que a condenação foi obtida com placar apertado (ou seja, no mínimo 4 votos pela absolvição). A defesa de Dirceu entrou com embargo infringente para o crime de formação de quadrilha --em 2012, Dirceu foi condenado a 7 anos e 11 meses por corrupção ativa e a 2 anos e 11 meses por formação de quadrilha (10 anos e 10 meses no total).
    Ou seja, pela decisão da Corte, Dirceu já deve começar a cumprir a pena por corrupção enquanto espera o novo julgamento para a acusação de formação de quadrilha.

    Professor Edgar Bom Jardim - PE

    Barbosa tornou-se algoz do PT ?

    BarbosaOrelhaAndreBorgesFolha
    Joaquim Barbosa foi caprichoso na execução das penas do mensalão. Poderia ter aguardado até segunda-feira para mandar prender os condenados. Preferiu apressar o passo. Levou trabalho para casa, lapidou os mandados de prisão até tarde da noite, e mandou recolher os presos em pleno feriado. Um feriado simbólico: 15 de novembro, Dia da Proclamação da República. Foi como se o ministro desejasse, por assim dizer, reproclamar a República.
    Primeiro dos oito ministros indicados por Lula para o STF, Barbosa chegou ao tribunal graças à coloração de sua pele. Recém-empossado, em janeiro de 2003, Lula incumbiu o então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos de encontrar um nome para o Supremo. Fez uma exigência: no melhor estilo 'nunca antes na história', queria nomear o primeiro ministro negro do STF.
    Thomaz Bastos garimpou um negro de mostruário. Primogênito de oito filhos de um pedreiro com uma dona de casa da cidade mineira de Paracatu, Barbosa formara-se e pós-graduara-se na Universidade de Brasília. Passara pela Sorbonne, fora professor visitante de Columbia e lecionava na Universidade da Califórnia. De quebra, votara em Lula.
    Indicado com “entusiasmo”, Barbosa tomou posse no STF em junho de 2003. Decorridos dez anos, frequenta o noticiário como uma espécie de coveiro do ex-PT. Lula procurava um negro. Achou um magistrado. Entre fazer média com o petismo e exercer o seu ofício, Barbosa optou pela lei.
    No penúltimo lance do processo, Barbosa levou ao plenário a tese do fatiamento das penas. Fez isso para antecipar a execução dos pedaços das sentenças insuscetíveis de recurso. Prevaleceu no plenário. E impediu que o STF virasse Papai Noel dos condenados que questionaram parte dos veredictos por meio dos famosos embargos infringentes, ainda pendentes de apreciação.
    Quarenta dias antes do Natal, em pleno Dia da Proclamação da República, Barbosa mandou para a cadeia uma dúzia de condenados graúdos –políticos, banqueiros, operadores de arcas eleitorais. Coisa nunca antes vista na história desse país, diria Lula se pudesse.
    O PT critica as condenações. Dirceu e Genoino declaram-se presos políticos. Devem a perseguição a Lula e Dilma. Passaram pelo julgamento do mensalão, além de Barbosa, outros sete ministros indicados por Lula e quatro escolhidos por Dilma Rousseff.
    Barbosa não foi a única autoridade brasiliense a celebrar o calendário. Dilma também anotou no Twitter: “Hoje comemoramos o 124º aniversário da Proclamação da República. A origem da palavra República nos ensina muito. A palavra República vem do latim e significa ‘coisa pública’.
 Ser a presidenta da República significa exatamente zelar e proteger a ‘coisa pública’, cuidar do bem comum, prevenir e combater a corrupção.”
    Embora não tivesse a intenção, foi como se Dilma batesse palmas para o STF e para Barbosa, o magistrado que Lula imaginou que fosse apenas negro. Com informações de uol.

    Professor Edgar Bom Jardim - PE

    Chegada do Trem em Bom Jardim na década de 1930

    Era sempre uma festa na Cidade de Bom Jardim.


    Foto:Facebook do Manoel Souto.

    Professor Edgar Bom Jardim - PE

    quinta-feira, 14 de novembro de 2013

    Bom Jardim teve participação destacada na Conferência Estadual de Cultura





    Professor Edgar Bom Jardim - PE

    Brincadeira de Criança



    Professor Edgar Bom Jardim - PE

    Germano votando na Conferência Estadual de Cultura



    Professor Edgar Bom Jardim - PE

    Ator Antônio Firmino faleceu

    Irmã de Antonio Firmino nega que ator tivesse envolvimento com drogas.
    Ator foi encontrado com pó no nariz.

    Professor Edgar Bom Jardim - PE.

    Antonio Firmino trabalhou na novela 'Morde&Assopra' (Foto: Estevam Avellar/TV Globo)Antonio Firmino trabalhou na novela
    'Morde&Assopra' (Foto: Estevam Avellar/TV Globo)
    A Polícia Civil afirma que há fortes indícios de que a morte do ator Antonio Firmino tenha sido provocada por overdose. Em entrevista nesta quinta-feira (14), a delegada Daniela Terra, da 32ª DP (Taquara), contou que os laudos cadavérico e toxicológico devem sair em até 20 dias.
    “Há grandes indícios de ter sido overdose. Na casa, encontramos cocaína, cachimbo pra crack, mas só com o laudo a gente vai poder ter certeza. Ele estava caído no banheiro, tinha um pouco de pó no nariz e estava sangrando”, afirmou a delegada.
    O corpo de Firmino foi encontrado dentro de casa, na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, na terça-feira (12).
    De acordo com a delegada, a namorada Débora Melo e um amigo do ator já foram ouvidos. No depoimento, Débora Melo, que está grávida de seis meses, afirmou que Firmino já teve outros surtos por causa do uso de drogas. Na próxima semana, a irmã do ator, Núbia Alice Fimino deve comparecer ao Rio para prestar esclarecimentos.
    Irmã nega envolvimento de ator com drogas
    Na quarta-feira (13), a família de Antonio Firmino havia afirmado que o ator teve morte súbita. No velório do ator, realizado na cidade de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, a família permitiu que o G1 visse parte do atestado de óbito. De acordo com documento, a causa da morte não foi especificada e constava a informação “a espera de exames”.
    Questionada sobre se ele teria algum envolvimento com drogas, Núbia Alice Firmino, irmã do ator, afirmou que Antonio superou problemas com o álcool no passado e que, quando morava em Belo Horizonte, nunca teve envolvimento com drogas.
    Casa estava revirada
    A delegada Daniela Terra da 32ª DP (Taquara) contou ainda que a residência estava bagunçada e tinham objetos quebrados.
    “Ela [namorada] disse que quando chegou em casa estava tudo revirado e que ele já tinha surtado outras vezes. A família queria levá-lo para ser internado em Minas Gerais, mas ele não foi”, contou a delegada.
    O caso, segundo a delegada, se assemelha ao do cantor Chorão, da banda Charlie Brown Jr., que morreu em Sâo Paulo, no dia 6 de março.
    'Vai fazer falta', dizem amigos
    O sorriso e a alegria eram características da personalidade do ator que marcaram as pessoas que o rodeavam. Quem já trabalhou com Antonio Firmino desconhecia qualquer tipo de problema de saúde.
    “Ele era a pessoa mais alegre que eu conheci. Eu vi que alguns sites disseram que o motivo da morte era overdose, isso me chocaria se fosse verdade, porque ele era pura saúde. Eu disse logo que isso não seria possível, isso não está certo, não acredito nesta história. Ele cultivava saúde, era só sorriso. Eu não tenho mais na agência um sorriso como o dele. Ele vai fazer muita falta”, afirmou Paula Peixoto.
    “Ele tinha um porte atlético, não fumava, sempre chegou muito bem para as gravações. A mim nunca indicou nada que ele tivesse algum problema de saúde. Era um garoto novo, pra cima e nunca reclamou de nada”, contou Alex Cabral.
    Carreira
    Em 2008, Firmino trabalhou na novela “Duas Caras”, como Apolo. O ator fez parte do elenco da novela “Viver a vida”, em 2009. Antônio Firmino deu vida também ao personagem Igor, um personal trainer, em “Morde & Assopra”. A novela foi ao ar na TV Globo em 2011. O último papel do ator, que também passou por “Malhação”, foi em “Sangue Bom”, com o personagem Evandro.
    *Com informações G1.
    Corpo chegou ao cemitério por volta das 8h40 desta quinta-feira (14).  (Foto: Pedro Triginelli/ G1)Corpo chegou ao cemitério por volta das 8h40 desta quinta-feira (14). (Foto: Pedro Triginelli/ G1)