sábado, 13 de agosto de 2011
10:45:00
Artes
Jessier Quirino, o Poeta dos Causos
Animação "O Matuto no cinema" de Jessier Quirino
Enviado por BeccaAgra
Matuto no Cinema
E o matuto, rapaiz?...
Anarfabeto de pai e mãe – e parteira! – e sai do Sertão pra Capital, pra assisti um fíume istrangeêro legendado! Quando ele volta pro Sertão, pois ele nun conta o filme todinho?
Ma rapai... Eu fui lá na capitá, rapai. Eu assisti um filme autamente internacioná! Pense num filme internaciná? E tem uma coisa: um filme mafioso! Um filme mafioso! Ói, tinha dois Atista! Tinha um Atista qui sufria e o Atista qui sauvava!
Meu cumpade, o Atista Qui Sufria: pense num cabra corajoso! Rapai, o caba nun tinha medo de nada não, rapai! Rapaiz, o bandido, o bandido, pirigoso que só buchada azeda, invocado qui só um fiscal de gafieira, séro qui só um porco mijano, tinha um dedo da grussura de um cabo de foimão.
Amarraro o Atista cum imbira. E tem uma coisa: imbira dos Istado Zunido, nun tem quem se solte não, rapai! Amarraro o Atista cum imbira, butaro o caba sentado, à força, numa cadeira. Aí, chegou o Bandido. Butou o dedo na cara do Atista, e disse:
- Nun sei que lá, nun sei que lá, nun sei que lá, nun sei que lá, nun sei o que lá!
Tá pensano que o Atista teve medo, rapai? O Atista, amarrado cum imbira, rapai, teve que uvi tudinho! Mai, muito do tranquili, olhô pra cara do Bandido e disse:
- Nun sei que lá, nun sei que lá, nun sei que lá, o quê, mermão?...
Mai rapaiz, esse bandido inchô feito um cururu no sal, nun sabe? Isfregô o dedo na cara dele assim... e disse:
- Nun sei que lá, nun sei que lá, nun sei que lá, nun sei que lá, seu fila da puta!...
E tu tais pensano que o Atista teve medo? Ô xent!... Amarrado cum imbira, do jeito qui tava, ficô muito do tranquili, olhô assim pu bandido e disse:
- Nun sei que lá, nun sei que lá, nun sei que lá, um carái!...
Mai meu cumpade, esse bandido pegô um á!... Pense numa pegada de á!... Ma rapai, foi uma pegada de á tão muidida do pôico! Aí, puxô uma chibata feita de virola de pineu de caminhão, nun sabe? Mais cumprida do que uma língua de manicure, de-lhe uma chibatada tão aparentada a um coice de besta parida, qui ficou escrito assim, da taba dos quêxo pa o porta-urelha do individo: F I R E S T O N E!...
Eu sei qui nessa hora, no mêi dos bandido, tinha um, qui era do time do Atista, rapai. Do time da gente, nun sabe? E ele tava camuflado, feito rapariga de pastô. Nun tinha quem discunfiasse, rapaiz. Camuflado lá pur dênto! E ele tinha um relóge puxado pá telefone. Aí, ele foi pum pé de parede, cum o relóge dele, aí, passô o bizu pra Puliça qui tava lá imbaxo. Ele pegô o relóge e disse:
- Nun seio que lá, nun sei que lá, nun sei que lá, nun sei que lá...
Conto tudo à Puliça! A Puliça lá imbaxo, nos carro, uvino tudinho pelo rádio! E a puliça dos Istado Zunido nun se veste de puliça não! Se veste de adevogado! Aí, a puliça, dento dos carro, só feiz pegá o rádio e chamá os carro tudin dos Istado Zunido, rapai!
-- Acunha, acunha, acunha, acunha!... E todos os carro! Acunha qui o negóço é séro!... Acunha, acunha, acunha...
Ai, os carro acunharo!... E os carro acunharo, acunharo... Ói, era mais carro em cima do préidio, de que romêro in cima de Pade Ciço!
O préidio, rapai, era um préidio grande! Tinha... uns dois ou três andá! Ô era... um Colégio de Frêra, ô era uma Prefeitura. Eu sei que nun tinha quem entrasse. Um préidio todo de vrido, infeitado feito pintiadêra de rapariga, nun sabe? Aí, a puliça: tome corda, tome corda, tome corda, tome corda... Quando a gente pensava qui era a puliça qui ia subi pu fora do préidio, pa salvar o Atista, aí veio o momento mais arripiadô do filme, rapai!
Foi quando chegô o Atista Principau, o Atista Salvadô!... E ele vei nun avião daquele... daquele avião qui tem uma penêra incima, nun sabe? Aí, o avião vei... E o avião nun vuava não, era parado! O avião ficô parado incima da Prefeitura!
Pela capota de vrido, a gente já via o Atista: o Atista forte, cum uns peitão, dois cinturão de bala, uma ispingarda da grussura de um cano de isgôto, rapai. Aí, o Atista ficô assim na porta do avião. Ó o nome do Atista: Arnô Saginégui!... Agora, nun é desses Arnô Saginégui do Sertão, qui dá no cu de todo mundo não! É Arnô Saginégui importado! Ô é da Chequilováquia, ô é da Bolívia, tá intendeno?
Eu sei qui o Arnô Saginégui ficô na porta do avião, aí o chofé do avião olhô pra ele e disse:
- Acunhe!... Pode pulá!
Aí, ele pulô lá de cima! Pulô lá de cima, bateu no telhado, furô a laje, bateu memo no lugá aonde o Atista tava preso, cum os bandido. Pegô os bandido tudo disprivinido, cumeno cuscuz cum leite, rapaiz!
Eu sei qui nessa hora, o Atista pegô a ispingarda, disse:
- Nun sei que lá, nun sei que lá, nun sei que lá, nun sei que lá....
Ói, ele matô tudinho!... Aí apariceu mai bandido. Vixe!... E foi briga de sê midida a metro! Ele deu um tabefe no porta-urelha de um caba lá chamado Mané Capado, qui ele bobuletou uns dois palmo e caiu no chão, feito uma jaca mole.
Aí teve um bandido, rapaiz, que omilhô o Atista, com uma dedada aonde as costa muda de nome. Meu cumpade, êsse home, ofendido na região glútia, virô uma fera! E, entre a rapidez da dedada e imediatidade do êpa, deu-lhe um berro nas oiça do sujeito, qui iscurregô na froxura e caiu sentado!
Nessa hora, meu cumpade, o Atista partiu pra cima dele, com o gênio de cento e cinqüenta siri dento duma lata de querosene, deu-lhe um supapo no serrote dos dente, que choveu canino, molar e incisivo por três dia no Sítio Boca Funda!
Ai, nessa hora, meu cumpade, o Bandido Principal saiu nun derrapo de velocidade! Aí, o Atista deu-lhe um chuvaréu de bala, meu cumpade, qui a gente teve que se abaixar dentro do cinema! Aquelas letrinha qui passa lá no filme... Ele derrubô umas cento e quarenta! E eu ainda peguei umas quatro. Tá aqui, pra você vê!...
Jessier Quirino
Arquiteto por profissão, poeta por vocação, matuto por convicção. Apareceu na folhinha no ano de 1954 na cidade de Campina Grande, Paraíba e é filho adotivo de Itabaiana também na Paraíba, onde reside desde 1983.
Filho de Antonio Quirino de Melo e Maria Pompéia de Araújo Melo e irmão mais novo de Lamarck Quirino, Leonam Quirino, Quirinus Quirino e irmão mais velho Vitória Regina Quirino.
Estudou em Campina Grande até o ginásio no Instituto Domingos Sávio e Colégio Pio XI. Fez o curso científico em Recife no Esuda e fez faculdade de Arquitetura na UFPB – João Pessoa, concluindo curso em 1982. Apesar da agenda artística literária sempre requisitada, ainda atua na arquitetura, tendo obras espalhadas por todo o Nordeste, principalmente na área de concessionárias de automóveis.
Na área artística, é autodidata como instrumentista (violão) e fez cursos de desenho artístico e desenho arquitetônico. Na área de literatura, não fez nenhum curso e trabalha a prosa, a métrica e a rima como um mero domador de palavras.
Interessado na causa poética nordestina persegue fatos e histórias sertanejas com olhos e faro de rastejador. Autor dos livros: “Paisagem de Interior” (poesia), “Agruras da Lata D`água” (poesia), “O Chapéu Mau e o Lobinho Vermelho” (infantil), “Prosa Morena” ( poesia e acompanha um pires de CD ), “Política de Pé de Muro - O Comitê do Povão” ( legendas e imagens gargalhativas sobre folclore político popular ), CDs: “Paisagem de Interior 1 e Paisagem de Interior 2”, o livro: “Bandeira Nordestina” (poesia e acompanha um pires de CD), A Folha de Boldo Notícias de Cachaceiros - em parceria com Joselito Nunes – todos editados pelas Edições Bagaço do Recife - além de causos, músicas, cordéis e outros escritos.
Preenchendo uma lacuna deixada pelos grandes menestréis do pensamento popular nordestino, o poeta Jessier Quirino tem chamado a atenção do público e da crítica, principalmente pela presença de palco, por uma memória extraordinária e pelo varejo das histórias, que vão desde a poesia matuta, impregnada de humor, neologismos, sarcasmo, amor e ódio, até causos, côcos, cantorias músicas, piadas e textos de nordestinidade apurada.
Dono de um estilo próprio "domador de palavras" - até discutido em sala de aula - de uma verve apurada e de um extremo preciosismo no manejo da métrica e da rima, o poeta, ao contrário dos repentistas que se apresentam em duplas, mostra-se sozinho feito boi de arado e sabe como prender a atenção do distinto público.
Nos espetáculos com fundo musical, apresenta-se acompanhado de músicos de primeira grandeza, entre os quais, dois filhos, que dão um tom majestoso e solene ao recital. São eles: Vitor Quirino (violão clássico), André Correia (violino) e Matheus Quirino (percussão). Os músicos Letinho (violão) e China (percussão) atuam nos espetáculos mais elaborados.
Apesar de muitos considerá-lo um humorista, opta pela denominação de poeta, onde procura mostrar o bom humor e a esperteza do matuto sertanejo, sem, no entanto fugir ao lirismo poético e literário.
Sobre Jessier, disse o poeta e ensaísta Alberto da Cunha Melo: "...talvez prevendo uma profunda transformação no mundo rural, em virtude da força homogeneizadora dos meios de comunicação e das novas tecnologias, Jessier Quirino, desde seu primeiro livro, vem fazendo uma espécie de etnografia poética dos valores, hábitos, utensílios e linguagem do agreste e do sertão nordestinos. ... Sua obra, não tenho dúvidas, além do valor estético cada dia mais comprovado, vai futuramente servir como documento e testemunho de um mundo já então engolido pela voragem tecnológica."
Fontes: compadrelemos.com Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE jessierquirino.com.
10:18:00
Artes
Fotografia : A arte no olhar de Sebastião Salgado


O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado é um dos repórteres fotográficos contemporâneos mais respeitados no mundo. Salgado, que foi nomeado Representante Especial da Unicef em 3 de Abril de 2001, dedicou-se a fotografar as vidas dos deserdados do mundo. Esse trabalho está documentado em 10 livros e muitas exposições que lhe valeram a maioria dos prémios de fotografia em todo o mundo. "Desejo que cada pessoa que entra numa das minhas exposições seja, ao sair, uma pessoa diferente.", comenta Sebastião Salgado. "Creio que toda a gente pode ajudar, não necessariamente dando bem materiais, mas também tomando parte do debate e preocupando-se pelo que sucede no mundo."
Natural de Aimorés, Minas Gerais, onde nasceu em 1944, Sebastião Salgado é o sexto e o único filho homem de uma família com oito filhos. Estudou economia no Brasil entre 1964 e 67. Fez mestrado na mesma área na Universidade de São Paulo e na Vanderbilt University (EUA). Após completar os seus estudos para o doutoramento em economia pela Universidade de Paris, em 1971, trabalhou para a Organização Internacional do Café até 1973. Depois de pedir emprestada a câmera da sua mulher, Lélia, para uma viagem a África, Salgado decidiu, em 1973, trocar a economia pela fotografia. Trabalhou para as agências Sygma (1974-1975) e Gamma (1975-1979). Eleito membro da Magnum Photos, uma cooperativa internacional de fotógrafos, permaneceu na organização de 1979 a 1994. De Paris, onde vivia, Salgado viajou para cobrir acontecimentos como as guerras na Angola e no Saara espanhol, o sequestro de israelitas em Entebbe e o atentado contra o presidente norte-americano Ronald Reagan. Paralelamente, passou a dedicar-se a projectos de documentários mais elaborados e pessoais. Viajando pela América Latina durante sete anos (1977-1984), Salgado foi a pé a povoados remotos. Neles capturou as imagens para o livro e a exposição Outras Américas (1986), um estudo das diferentes culturas da população rural e da resistência cultural dos índios e de seus descendentes no México e no Brasil. Nos anos 80, trabalhou 15 meses com o grupo francês Médicos Sem Fronteiras durante a seca na região do Sahel, na África. Na viagem produziu Sahel: O Homem em Pânico (1986), um documento sobre a dignidade e a perseverança de pessoas nas mais extremas condições. Entre 1986 e 1992, fez Trabalhadores (1993), um documentário fotográfico sobre o fim do trabalho manual em grande escala em 26 países. Em seguida, produziu Terra: Luta dos Sem-Terra (1997), sobre a luta pela terra no Brasil, e Êxodos e Crianças (2000), retratando a vida de retirantes, refugiados e migrantes de 41 países.
Fotógrafo reconhecido internacionalmente e adepto da tradição da "fotografia engajada", Sebastião Salgado recebeu praticamente todos os principais prémios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho. Em 1994 fundou sua própria agência de notícias, a Imagens da Amazónia, que representa o fotógrafo e seu trabalho. Salgado mora actualmente em Paris com sua esposa e colaboradora, Lélia Wanick Salgado, autora do projecto gráfico da maioria de seus livros. O casal tem dois filhos.
Fonte: oseculoprodigioso.blogspot.com/ osimpublicaveis.wordpress.com Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE Google imagens
09:40:00
Artes
As Bandeirinhas de Volpi : Cores, formas e textura
Alfredo volpi
Volpi nasceu em Lucca, na Itália, em 1896.
Filho de imigrantes, chegou ao Brasil com pouco mais de um ano de idade. Foi decorador de paredes. Aos 16 anos pintava frisos, florões e painéis. Sempre valorizou o trabalho artesanal, construindo suas próprias telas, pincéis. As tintas eram feitas com pigmentos naturais, usando a técnica de têmpera.
Foi um autodidata. Sua evolução foi natural, tendo chegado à abstração por caminhos próprios, trabalhando e dedicando-se a essa descoberta. Nunca acreditou em inspiração.
Alfredo Volpi não participou dos movimentos modernistas da década de 20, apoiados pela elite brasileira. Manteve-se à parte desses grupos. Não teve acesso aos mestres europeus, como era comum na época.
Formou, na década de 30, o Grupo Santa Helena que com outros pintores,- Rebolo, Graciano, Zanini, Bonadei, Pennacchi,- constituíram um trabalho voltado para a pesquisa, desenvolvimento de técnicas apuradas e observação.
Filho de imigrantes, chegou ao Brasil com pouco mais de um ano de idade. Foi decorador de paredes. Aos 16 anos pintava frisos, florões e painéis. Sempre valorizou o trabalho artesanal, construindo suas próprias telas, pincéis. As tintas eram feitas com pigmentos naturais, usando a técnica de têmpera.
Foi um autodidata. Sua evolução foi natural, tendo chegado à abstração por caminhos próprios, trabalhando e dedicando-se a essa descoberta. Nunca acreditou em inspiração.
Alfredo Volpi não participou dos movimentos modernistas da década de 20, apoiados pela elite brasileira. Manteve-se à parte desses grupos. Não teve acesso aos mestres europeus, como era comum na época.
Formou, na década de 30, o Grupo Santa Helena que com outros pintores,- Rebolo, Graciano, Zanini, Bonadei, Pennacchi,- constituíram um trabalho voltado para a pesquisa, desenvolvimento de técnicas apuradas e observação.
Volpi teve uma identidade quase que forçada com a cidade de Itanhaém: a doença de sua mulher, Judite, que a obrigou permanecer três anos convalescendo no antigo Hotel Balneário. Volpi descia a serra nos finais de semana, pintava, voltava a São Paulo, vendia as telas, ajuntava o dinheiro e repetia o ritual.
Volpi registrou momentos no panorama itanhaense. As obras de Itanhaém foram pintadas em começo e meados da década de 40. Nesta época inicia-se o processo evolutivo específico de Volpi, caracterizado, desde então, por um despojamento progressivo das formas, o abandono total de uma pintura que contém assunto em benefício de uma pintura absoluta.
Na década de 40, através das paisagens de Itanhaém, seu novo caminho pictórico começou a se mostrar. Abandonou a perspectiva tradicional, simplificou e geometrizou as formas. Mais tarde, chegou à abstração. Após seu encontro com o pintor italiano Ernesto De Fiori, seus gestos ficaram mais livres, dinâmicos e expressivos. A cor, mais vibrante.
Nos anos 50, as bandeirinhas das festas juninas, de Mogi das Cruzes, integraram-se às suas fachadas. Posteriormente, destacou-as do seu contexto original. A partir da década de 60, suas pinturas são jogos formais: todos os temas são deixados de lado e as bandeirinhas passaram a ser signos, formas geométricas compondo ritmos coloridos e iluminados
Volpi morreu aos 92 anos, em 1988, em São Paulo.
Volpi registrou momentos no panorama itanhaense. As obras de Itanhaém foram pintadas em começo e meados da década de 40. Nesta época inicia-se o processo evolutivo específico de Volpi, caracterizado, desde então, por um despojamento progressivo das formas, o abandono total de uma pintura que contém assunto em benefício de uma pintura absoluta.
Na década de 40, através das paisagens de Itanhaém, seu novo caminho pictórico começou a se mostrar. Abandonou a perspectiva tradicional, simplificou e geometrizou as formas. Mais tarde, chegou à abstração. Após seu encontro com o pintor italiano Ernesto De Fiori, seus gestos ficaram mais livres, dinâmicos e expressivos. A cor, mais vibrante.
Nos anos 50, as bandeirinhas das festas juninas, de Mogi das Cruzes, integraram-se às suas fachadas. Posteriormente, destacou-as do seu contexto original. A partir da década de 60, suas pinturas são jogos formais: todos os temas são deixados de lado e as bandeirinhas passaram a ser signos, formas geométricas compondo ritmos coloridos e iluminados
Volpi morreu aos 92 anos, em 1988, em São Paulo.
Fontes: arteducacao.pro.br saladeleituraira.blogspot.com pinturabrasileira.com Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE
09:20:00
Saúde
Hoje,13 de agosto é dia da segunda dose da vacina contra a paralisia infantil
Enviado por MinSaudeBR
Procure um Posto de Vacinação, leve seu filho para ser vacinado. Não esqueça de levar a carteirinha de vacinação.
08:38:00
Brasil, Cidadania, Diário da História
Quanto Vale uma Vida Humana ?
Juiz fixa fiança de R$ 54,5 milhões para preso em Sergipe
O juiz Marcelo Cerveira Gurgel, da 2ª Vara Criminal de Itabaiana (SE), fixou a fiança de um homem preso por porte ilegal de arma em R$ 54,5 milhões --valor máximo permitido para o caso.
Segundo a polícia, Hélio Márcio Pereira dos Santos, flagrado com a arma, confessou que recebeu R$ 2.000 para matar uma mulher grávida de sete meses.
Na decisão, de julho, o juiz diz que a mudança no Código de Processo Penal não permite a prisão preventiva por porte ilegal de arma, cuja pena é inferior a quatro anos.
Ele, então, decidiu conceder a liberdade provisória mediante fiança, que depende do crime e da capacidade financeira do preso.
O juiz considerou o valor "inestimável" da vida da vítima que supostamente seria morta e fixou o maior valor possível para o caso --cem salários mínimos aumentados em mil vezes.
A advogada do preso, Marise Alves de Jesus, nega que ele tenha confessado a intenção de matar alguém. "Concordo plenamente que a vida não tem preço, mas você não pode pagar por um crime que não aconteceu. Ele foi preso por porte ilegal de arma, é por isso que ele tem que ser julgado", afirma.
Caso a decisão não seja revertida no pedido de habeas corpus, Santos terá que ficar preso até o julgamento, diz a advogada. "Não existe [chance], é impossível que ele tenha como pagar."
À Folha, o juiz disse que tem uma responsabilidade com a sociedade e não pode ser só "um aplicador da lei". "Se fosse isso, teria fixado uma fiança baixa, ele provavelmente teria saído e a moça provavelmente estaria morta", afirmou.
O juiz reconheceu que a situação é "excêntrica" e disse que pode reavaliar a situação ao longo do processo.
Para o presidente da OAB de Sergipe, Carlos Augusto Monteiro Nascimento, a decisão prejudica a defesa ao não respeitar a capacidade financeira do preso.
Virginia Catelan, coordenadora da Defensoria Pública do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais) de SP, concorda e diz que a fiança tem sido usada como prisão preventiva. "Em 95% dos casos [em SP] as pessoas não têm condições de pagar e continuam presas."
Em julho, o motorista de um Porsche pagou R$ 300 mil de fiança após se envolver um acidente que matou uma advogada em São Paulo. Indiciado sob acusação de homicídio doloso, a fiança máxima no caso poderia ter chegado a R$ 109 milhões.
Fonte:aquidauananews.com
O juiz Marcelo Cerveira Gurgel, da 2ª Vara Criminal de Itabaiana (SE), fixou a fiança de um homem preso por porte ilegal de arma em R$ 54,5 milhões --valor máximo permitido para o caso.
Segundo a polícia, Hélio Márcio Pereira dos Santos, flagrado com a arma, confessou que recebeu R$ 2.000 para matar uma mulher grávida de sete meses.
Na decisão, de julho, o juiz diz que a mudança no Código de Processo Penal não permite a prisão preventiva por porte ilegal de arma, cuja pena é inferior a quatro anos.
Ele, então, decidiu conceder a liberdade provisória mediante fiança, que depende do crime e da capacidade financeira do preso.
O juiz considerou o valor "inestimável" da vida da vítima que supostamente seria morta e fixou o maior valor possível para o caso --cem salários mínimos aumentados em mil vezes.
A advogada do preso, Marise Alves de Jesus, nega que ele tenha confessado a intenção de matar alguém. "Concordo plenamente que a vida não tem preço, mas você não pode pagar por um crime que não aconteceu. Ele foi preso por porte ilegal de arma, é por isso que ele tem que ser julgado", afirma.
Caso a decisão não seja revertida no pedido de habeas corpus, Santos terá que ficar preso até o julgamento, diz a advogada. "Não existe [chance], é impossível que ele tenha como pagar."
À Folha, o juiz disse que tem uma responsabilidade com a sociedade e não pode ser só "um aplicador da lei". "Se fosse isso, teria fixado uma fiança baixa, ele provavelmente teria saído e a moça provavelmente estaria morta", afirmou.
O juiz reconheceu que a situação é "excêntrica" e disse que pode reavaliar a situação ao longo do processo.
Para o presidente da OAB de Sergipe, Carlos Augusto Monteiro Nascimento, a decisão prejudica a defesa ao não respeitar a capacidade financeira do preso.
Virginia Catelan, coordenadora da Defensoria Pública do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais) de SP, concorda e diz que a fiança tem sido usada como prisão preventiva. "Em 95% dos casos [em SP] as pessoas não têm condições de pagar e continuam presas."
Em julho, o motorista de um Porsche pagou R$ 300 mil de fiança após se envolver um acidente que matou uma advogada em São Paulo. Indiciado sob acusação de homicídio doloso, a fiança máxima no caso poderia ter chegado a R$ 109 milhões.
Fonte:aquidauananews.com
08:31:00
Política
Dilma: Governo que permite corrupção é ineficiente
SÃO PAULO (Folhapress) - A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou à revista “Carta Capital” que o governo que se deixa capturar pela corrupção é “altamente ineficiente”. “Por uma questão não só de ética e moral, mas de eficiência, você é obrigado a tomar providência”, afirmou Dilma. Sobre as acusações de corrupção que atingiram o seu governo, a presidente disse que suas decisões para afastar os envolvidos não foram pautadas pela mídia.
“Nem na história do Transportes, nem no caso da Agricultura ou de qualquer outro caso que por ventura ocorra, não temo o princípio de ficar julgando as pessoas”. Segundo ela, isso não significa que o governo não deva dar importância à imprensa. “Agora, não vou gastar nisso todo o meu tempo, que é político”.
Na entrevista, Dilma também minimizou a reação dos militares pela indicação de Celso Amorim para o Ministério da Defesa. “Não estamos mais na época das vivandeiras”, afirmou. Para a presidente, o episódio que culminou na saída de Nelson Jobim do ministério é página virada. “Nem na época da monarquia o rei era insubstituível, havia aquela história dos dois corpos do rei, o divino e o humano. O rei morreu, viva o novo rei”, disse.
Ela ainda disse que ficou perplexa com decisão da agência S&P de rebaixar a nota da dívida dos Estados Unidos. “Não houve nenhuma grande alteração, a não ser política, que justificasse”, completou. Sobre a Copa do Mundo de 2014, Dilma voltou a dizer que não haverá problema para o evento. “O problema dos aeroportos não é da Copa, é algo para depois de amanhã. Asseguro que em 2014 estará tudo prontinho”.
Fonte: folhape
“Nem na história do Transportes, nem no caso da Agricultura ou de qualquer outro caso que por ventura ocorra, não temo o princípio de ficar julgando as pessoas”. Segundo ela, isso não significa que o governo não deva dar importância à imprensa. “Agora, não vou gastar nisso todo o meu tempo, que é político”.
Na entrevista, Dilma também minimizou a reação dos militares pela indicação de Celso Amorim para o Ministério da Defesa. “Não estamos mais na época das vivandeiras”, afirmou. Para a presidente, o episódio que culminou na saída de Nelson Jobim do ministério é página virada. “Nem na época da monarquia o rei era insubstituível, havia aquela história dos dois corpos do rei, o divino e o humano. O rei morreu, viva o novo rei”, disse.
Ela ainda disse que ficou perplexa com decisão da agência S&P de rebaixar a nota da dívida dos Estados Unidos. “Não houve nenhuma grande alteração, a não ser política, que justificasse”, completou. Sobre a Copa do Mundo de 2014, Dilma voltou a dizer que não haverá problema para o evento. “O problema dos aeroportos não é da Copa, é algo para depois de amanhã. Asseguro que em 2014 estará tudo prontinho”.
Fonte: folhape
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
07:26:00
Política
João Paulo admite deixar o PT
EX-PREFEITO foi agraciado com Medalha do Mérito José Mariano, em sessão solene, na Câmara do Recife, ontem
No entanto, João Paulo não descartou a possibilidade de deixar a sigla que ajudou a fundar. “Minha formação é marxista e dialética, nada para mim é definitivo. Eu digo sempre que, no dia em que não puder colocar meus sonhos e objetivos, eu vou sair de qualquer partido. Mas eu não vou sair por uma coisa tão pequena como para disputar a eleição”, colocou. O tom foi o mesmo que permeou o seu discurso, na tribuna da Câmara do Recife. “Cargo de poder não é uma coisa que você queira a qualquer custo, desrespeitando companheiros, mas o compromisso com o povo, independente de cargo ou conjuntura política”, bradou.
Durante o discurso, João Paulo ainda declarou que “nunca impôs nada a ninguém”. “Eu acredito na democracia e é por isso que, na minha condição de militante político e prefeito, eu nunca impus nada a ninguém, nunca impus candidato, porque sempre tive um compromisso com a democracia”, colocou. No entanto, durante as costuras para a formação do pleito de 2008, o então prefeito bancou a candidatura de João da Costa, mesmo contra a vontade de aliados. O assunto chegou a ser motivo de duas reuniões de João Paulo com Lula, que, inclusive, chegou a marcar um encontro na época da “lua da transformação” para convencer o ex-presidente de que o secretário do Orçamento Participativo seria o melhor nome para a disputa.
Com relação às declarações do vereador Múcio Magalhães (PT) de que ele deveria ser ouvido sobre a escolha do candidato petista para as disputas majoritárias municipais, João Paulo concordou. “Uma pessoa que sai da Prefeitura com mais de 80% de aprovação é muito importante o partido ouvir, isso é uma observação importante feita pelo Múcio. Mas isso não tem nada a ver com quem eu vou apoiar”, colocou. Fonte:folhape.com
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