SÃO PAULO (Folhapress) - A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou à revista “Carta Capital” que o governo que se deixa capturar pela corrupção é “altamente ineficiente”. “Por uma questão não só de ética e moral, mas de eficiência, você é obrigado a tomar providência”, afirmou Dilma. Sobre as acusações de corrupção que atingiram o seu governo, a presidente disse que suas decisões para afastar os envolvidos não foram pautadas pela mídia.
“Nem na história do Transportes, nem no caso da Agricultura ou de qualquer outro caso que por ventura ocorra, não temo o princípio de ficar julgando as pessoas”. Segundo ela, isso não significa que o governo não deva dar importância à imprensa. “Agora, não vou gastar nisso todo o meu tempo, que é político”.
Na entrevista, Dilma também minimizou a reação dos militares pela indicação de Celso Amorim para o Ministério da Defesa. “Não estamos mais na época das vivandeiras”, afirmou. Para a presidente, o episódio que culminou na saída de Nelson Jobim do ministério é página virada. “Nem na época da monarquia o rei era insubstituível, havia aquela história dos dois corpos do rei, o divino e o humano. O rei morreu, viva o novo rei”, disse.
Ela ainda disse que ficou perplexa com decisão da agência S&P de rebaixar a nota da dívida dos Estados Unidos. “Não houve nenhuma grande alteração, a não ser política, que justificasse”, completou. Sobre a Copa do Mundo de 2014, Dilma voltou a dizer que não haverá problema para o evento. “O problema dos aeroportos não é da Copa, é algo para depois de amanhã. Asseguro que em 2014 estará tudo prontinho”.
Fonte: folhape





