segunda-feira, 30 de abril de 2018

América X América:A caravana de refugiados da América Central que está em um limbo legal na fronteira entre o México e os EUA

Pessoas na fronteira entre o México e os Estados UnidosDireito de imagemGETTY
Image captionDas 2 mil pessoas que iniciaram a marcha, aproximadamente 200 teriam chegado à fronteira, na tentativa de entrar nos Estados Unidos
A caravana de imigrantes que saiu da América Central em meados de março e atravessava o México em abril chegou à fronteira com os Estados Unidos, onde se encontra em uma espécie de limbo legal, aguardando o resultado de pedidos para entrar no país.
Centenas de pessoas que estão no comboio tentam obter asilo em território americano, mas o Serviço de Controle Alfandegário e de Fronteiras dos EUA (CBP, da sigla em inglês) informou que, por falta de capacidade de atendimento, não poderá lidar com os seus pedidos de uma só vez.
Entre 150 e 200 pessoas, incluindo crianças, esperam para falar com as autoridades americanas.
A caravana havia partido da cidade de Tapachula, no sul do México, e chegou a incorporar cerca de duas mil pessoas no início. A maioria, porém, deixou o grupo ao longo do percurso, completado a pé, ônibus e trem, para se estabelecer no México ou tentar chegar aos Estados Unidos longe do foco das câmeras.
Pessoas sobre a cerca de separa os Estados Unidos do MéxicoDireito de imagemGETTY
Image captionCerca que demarca a fronteira entre o México e os EUA: Autoridades americanas têm ameaçado prender quem tentar atravessar de forma ilegal

Imigrantes

Ao longo da viagem, refugiados de El Salvador, Nicarágua e Guatemala se juntaram aos imigrantes hondurenhos na caravana.
Eles dizem que buscam asilo para escapar da violência em seus países. Alguns alegam que correm risco de morte por gangues, outros, que são perseguidos políticos ou que tiveram familiares assassinados. Ou fogem de maus tratos, como no caso de Aura, que está há quatro meses na estrada com seu filho Anthony, de dois anos e meio.
A jovem, de 25 anos, resolveu se juntar ao grupo por estar convencida de que seria morta pelo pai de seu filho se permanecesse em seu país, a Guatemala.
Agora, ela estuda um jeito de permanecer em Tijuana, no lado mexicano da fronteira, pois não quer cruzar a fronteira enfrentando algum risco de ser separada do filho.
"Se alguma coisa acontecer comigo, ele fica sozinho", explica, com o menino nos braços.

'Precisamos do muro'

Antes mesmo de chegarem à fronteira, porém, os EUA já sinalizavam que eles não seriam recebidos de braços abertos.
"Precisamos do muro!", escreveu, em caixa alta, o presidente Donald Trump em sua conta no Twitter ainda no início de abril, alertando sobre a caravana e fazendo uma referência a uma de suas promessas-chave de campanha: a construção de um "muro enorme e bonito" na fronteira com o México para frear a imigração ilegal e o narcotráfico.
O presidente afirmou, na época, que a movimentação de imigrantes rumo à fronteira sul dos EUA contava com condescendência de autoridades mexicanas.
Ainda no Twitter, ele ameaçou suspender o Nafta, o bloco econômico formado por EUA, Canadá e México, que chamou de cash cow (no sentido de "galinha dos ovos de ouro") do México.
"O México está fazendo muito pouco, ou nada, para parar o fluxo de pessoas que atravessam a fronteira sul e seguem em direção aos EUA. Eles riem das nossas estúpidas leis de imigração. Eles têm que interromper o fluxo de pessoas e drogas...", escreveu.
Pessoas na fronteira entre o México e os Estados UnidosDireito de imagemGETTY
Image captionDo lado dos Estados Unidos, pessoas se aproximaram da fronteira neste domingo com mensagens de apoio aos refugiados
Com a aproximação da caravana, Trump ordenou o envio de soldados da Guarda Nacional para reforçar a segurança na fronteira.
Voluntários que acompanham o grupo disseram que os imigrantes têm o direito legal de pedir asilo em uma porta de entrada para os Estados Unidos.
"Parem de rejeitá-los. Eles não estão infringindo a lei!", exclama Nicole Ramos, advogada da organização Al otro lado, que ofereceu assessoria jurídica aos membros da caravana.

'Não somos criminosos'

Ao longo do domingo, os imigrantes repetiam em uma música o bordão "Nós, imigrantes, não somos criminosos, somos trabalhadores internacionais".
Enquanto cantavam, na manhã de domingo, durante um evento no Parque Amistad, em Playas de Tijuana, puderam observar, emocionados que, do lado americano, pessoas se aproximavam da fronteira com mensagens de apoio.
Uma grande cerca bloqueia o caminho. E autoridades americanas ameaçam prender quem tentar "pular" a cerca e tentar atravessar a fronteira de forma ilegal.
Pessoas sobre a cerca de separa México e Estados UnidosDireito de imagemGETTY
Image caption"Nós, imigrantes, não somos criminosos, somos trabalhadores internacionais", diz a letra de uma música repetida na fronteira pelos refugiados
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*Com informações de Beatriz Díez, correspondente da BBC Mundo.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mundo:Homem-bomba disfarçado de repórter faz maior ataque a jornalistas no Afeganistão desde 2001

Pelo menos 26 pessoas morreram em dois ataques à bomba em Cabul, capital do Afeganistão, nesta segunda-feira. Entre as vítimas, estão pelo menos oito jornalistas que trabalhavam em reportagens sobre a primeira detonação.
Também nesta segunda-feira, em um ataque diferente na região afegã de Khost, morreu o repórter da BBC Ahmad Shah.
É o dia mais fatal para jornalistas no Afeganistão desde a queda do Talebã, em 2001. Este é também o pior ataque a jornalistas em um único episódio no mundo desde 2009, quando 31 profissionais foram mortos em um massacre nas Filipinas.
Em Cabul, os ataques ocorreram no distrito de Shashdarak, que abriga o Serviço de Inteligência Afegão e outros prédios governamentais. A primeira explosão foi detonada por uma pessoa que estava de moto.
Em seguida, a polícia fez um bloqueio no local e jornalistas se juntaram para reportar o ocorrido. O homem-bomba teria, então, apresentado uma credencial de imprensa para a polícia antes de se juntar ao grupo de profissionais, disse o porta-voz do Ministério do Interior do Afeganistão, segundo a Reuters.
"O homem-bomba se disfarçou de jornalista e se detonou no meio da multidão", disse um porta-voz da polícia local ouvido pela AFP.
O grupo autodenominado Estado Islâmico reivindicou a autoria das duas explosões.
Até agora, há relatos de cerca de 50 feridos.
A segunda explosão foi direcionada a aqueles que estavam na cena da primeira detonação

Jornalistas mortos

Entre os jornalistas mortos no ataque de Cabul estão o chefe de fotografia em Cabul da agência AFP, Shah Marai, três jornalistas da Radio Free Europe/Radio Libertyu, um jornalista da Tolo News, além de dois jornalistas da 1TV do Afeganistão.
A respeito de Shah Marai, que trabalhava na AFP há 22 anos, a agência declarou: "A única coisa que podemos fazer é honrar a extraordinária força, coragem e generosidade de um fotógrafo que cobriu eventos traumáticos e horríves com sensibilidade e profissionalismo".
"Estou me sentindo ultrajado pelo ataque, que parece ter sido direcionado a jornalistas. Esse ataque, ocorrido há alguns dias do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, é um ataque à liberdade de expressão", disse o representante da ONU no Afeganistão, Tadamichi Yamamoto.
Amigos e familiares carregam o caixão de Shah Marai, jornalista senior da AFP no Afeganistão, morto no ataqueDireito de imagemJAWAD JALALI / EPA
Image captionAmigos e familiares carregam o caixão de Shah Marai, jornalista senior da AFP no Afeganistão, morto no ataque

Outros ataques

Pelo menos outros dois ataques ocorreram nesta segunda-feira em outras regiões do Afeganistão. Em um deles, na região de Khost, o repórter da BBC Ahmad Shah morreu. Ele tinha 29 anos e estava trabalhando no serviço da BBC no Afeganistão havia mais de um ano. Era descrito como um membro querido e respeitado da equipe.
"É com grande tristeza que a BBC confirma a morte do repórter Ahmad Shah em seguida do ataque realizado nesta manhã", disse Jamie Angus, diretor do serviço mundial da BBC. "É uma perda devastadora e eu envio minhas sinceras condolências para a família de Ahmad Shad e para toda a equipe da BBC no Afeganistão. Estamos fazendo tudo que podemos para apoiar a família nesse momento difícil".
Outro ataque à bomba ocorreu na província de Kandahar, matando pelo menos 11 crianças, segundo a polícia local. Um homem dirigiu uma van com explosivos em um comboio da Nato (Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar entre países da América do Norte e da Europa, principalmente). As crianças estavam estudando em uma escola próxima. Nenhum grupo reivindicou a autoria desse ataque.
Ataques à bomba no Afeganistão não são incomuns. No começo de abril, um ataque suicida reivindicado pelo Estado Islâmico em um local de votações matou pelo menos 60 pessoas e feriu outras 119. O Talebã ainda está ativo no país. De acordo com pesquisa publicada pela BBC no começo deste ano, apenas 30% do país está sob controle do governo oficial. Fonte:BBC
Menina afegã procura objetos em meio a entulho na periferia de CabulDireito de imagemSHAH MARAI / AFP
Image captionFoto de Shah Marai, jornalista da AFP morto no segundo ataque de Cabul desta segunda-feira, mostra uma menina em afegã em 2011
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 29 de abril de 2018

A história brutal e quase esquecida da era de linchamentos de negros nos EUA

Em uma exposição, homem observa fotografia de linchamento nos Estados UnidosDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEm 2005, o Senado dos Estados Unidos pediu desculpas por não ter aprovado uma legislação proibindo linchamentos
* Atenção: esta reportagem contém conteúdos perturbadores.
Em 1904, o afro-americano Luther Holbert foi amarrado a uma árvore em Doddsville, no Estado americano do Mississippi, por uma multidão que o acusava de matar um fazendeiro branco. Naquela época, os Estados Unidos viviam um período de violência e segregação raciais.
Junto de Holbert, também presa a uma árvore, estava uma mulher - acredita-se que era sua esposa. Ambos foram obrigados a erguerem as mãos. Em seguida, seus dedos foram cortados um a um, e depois jogados para a multidão, como uma espécie de souvenir macabro. Suas orelhas também foram cortadas.
Além disso, os dois foram espancados. Uma espécie de saca-rolhas foi usada para fazer buracos em seus corpos e retirar pedaços de suas carnes. Finalmente, Holbert e a mulher foram jogados em uma fogueira e morreram queimados.
A tortura e o assassinato de Holbert e da mulher desconhecida foram assistidos por uma multidão de homens, mulheres e até crianças, todos brancos. Enquanto presenciava o linchamento, o público comia ovos recheados e bebia limonada ou uísque, com a mesma atitude tranquila de quem está fazendo um piquenique.
Este episódio de linchamento brutal está longe de ter sido o único nos Estados Unidos. Entre 1877 e 1950, 4,4 mil pessoas foram linchadas no país, segundo registros da Iniciativa por uma Justiça Igualitária (EJI, na sigla em inglês), uma organização não governamental. A grande maioria delas eram pessoas negras.
É o que os historiadores chamam de "era dos linchamentos". Não era uma forma de fazer justiça pelas próprias mãos. Tratava-se, na verdade, de crimes raciais.
Forca antiga em árvoreDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMais de 4,4 mil afro-americanos morreram durante a 'era dos linchamentos'

Linchamentos foram anunciados nos jornais da época

A "era dos linchamentos" se estendeu até meados do século 20. Seu ápice foi entre 1890 e 1930, explica Stewart Tolnay, professor de Sociologia da Universidade de Washington.
Em alguns casos, inclusive, eram publicados anúncios nos jornais, convocando as massas para participarem. "Três mil pessoas vão queimar um negro", dizia uma notícia do New Orleans State, de 1919. "John Hartfield será linchado por uma multidão de Ellisville às 5 da tarde de hoje", falava o Daily News de Jackson, Mississipi, do mesmo período.
"Os casos em que os linchamentos foram anunciados nos jornais são poucos, ainda que tenham resultado em algumas das maiores multidões. Mais frequentes foram os casos em que massas pequenas detinham e linchavam alguém, a quem acusavam de ter cometido um tipo de crime. Eram eventos rotineiros e silenciosos", indica Tolnay, que publicou dois livros e diversos artigos sobre o tema.
O fato de estas mortes poderem ser anunciadas na imprensa, com antecedência, demonstra que não se tratava de ações impulsivas executadas por uma turba exaltada. Havia um planejamento. Some-se a isso que era muito raro que os linchadores fossem julgados.
A EJI destaca que as mortes não eram resultado da ação de uns poucos extremistas, mas sim atos públicos violentos que contavam com a participação de toda uma comunidade. Além disso, eram toleradas pelas autoridades e os responsáveis não enfrentavam nenhum tipo de consequência legal.
"Os linchamentos eram atos de violência racial que estavam no centro de uma campanha sistemática de terror que perpetuava e respaldava uma ordem social injusta. Estes linchamentos eram terrorismo", aponta a organização em seu informe.
Público branco de um linchamento de afro-americanos em Indiana, em 1930Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPúblico de um linchamento de afro-americanos em Indiana, em 1930

De supostos crimes ao simples fato de esbarrar em brancos

A maior parte de vítimas de linchamentos era negra. Entre 1882 e 1889, a proporção era de 4 negros para cada branco. Posteriormente, entre 1890 e 1900, aumentou para 6 negros para cada branco. Depois disso, chegou a 17 para 1.
Segundo o estudo da EJI, cerca de 30% dos afro-americanos linchados foram acusados de homicídio. Outros 25% foram acusados de agressão sexual. "A definição de violação sexual de um negro a uma branca no Sul dos Estados Unidos era incrivelmente ampla. Não era necessário o uso da força, porque a maior parte dos brancos rechaçava a ideia de que uma mulher branca poderia consentir uma relação sexual com um negro", considera a organização.
Outras centenas de negros perderam a vida acusados de provocar incêndio, praticar roubo ou simplesmente por "vadiagem".
Havia acusações mais banais. Segundo o estudo da EIJ, o afro-americano Jesse Thornton foi linchado em Luverne, Alabama, em 1940 por ter se referido a um policial pelo nome, e não por "senhor". Já em 1916, Jeff Brown foi linchado em Cedarbluff, Mississipi, por tropeçar acidentalmente em uma jovem branca enquanto corria para pegar o trem. O soldado Charles Lewis foi linchado em 1918, em Hickman, Kentucky, por se negar a esvaziar os bolsos enquanto estava vestindo seu uniforme militar.
O professor Stewart Tolnay aponta que os linchamentos não eram uma forma de justiça popular frente a um sistema de justiça oficial que não funcionava.
"Havia um sistema penal perfeitamente adequado que podia lidar com os delinquentes, fossem eles brancos ou negros. O linchamento dos negros tinha um objetivo diferente: deixar uma mensagem muito clara para a comunidade negra de que havia limites para sua ascensão social", afirma Tolnay.
Já os brancos que eram linchados costumavam fazer parte de uma camada marginalizada da sociedade, explica Tolnay. Eles "nunca eram linchados pelos motivos banais pelos quais os negros eram mortos. Além disso, não costumavam sofrer torturas", afirma Tolnay.
Iniciação de novo membro da Ku Klux Klan - 10 pessoas com vestes da Ku Klux Klan e um homem de terno sentado, rosto coberto, mão para cima em juramentoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDepois da Primeira Guerra Mundial, os linchamentos recomeçaram pela ação de grupos supremacistas, como a Ku Klux Klan

Negros foram privados de direitos

A "era dos linchamentos" teve seu epicentro no Sul dos Estados Unidos. Se iniciou depois do fim da Guerra Civil americana e da declaração formal de fim da escravidão, em 1863. Para os pesquisadores, não se trata de coincidência.
"Depois da Guerra Civil, cerca de 4 milhões de escravos negros se tornaram livres e passaram a competir com os brancos (por empregos) nas economias dos estados do Sul", explica Tolnay.
"Os negros foram ameaçados até que ficaram completamente privados de direitos de participação política, por volta do ano 1900, e o Sul ficou governado pelo sistema de castas raciais, no qual havia uma clara linha de separação entre a 'raça branca superior' e a 'raça negra subordinada'".
"Os brancos ricos eram a elite e os brancos pobres usavam o linchamento para reforçar esse sistema de castas raciais e reduzir as probabilidades de ascenção social dos negros do Sul", acrescenta.

Afro-americanos fugiram do Sul para o Norte

Os linchamentos foram uma das causas da migração massiva de cerca de 6 milhões de afro-americanos do Sul para o Norte dos Estados Unidos, entre 1915 e 1970. No Norte, se estabeleceram em guetos.
Essa redistribuição da população reduziu a disponibilidade de mão-de-obra barata no Sul, algo que segundo Tolnay pode ter convencido as elites do Sul sobre a necessidade de mudanças.
"Os linchamentos se converteram em algo vergonhoso para o Sul, à medida que a economia se desenvolvia. A elite branca tentava atrair capitais externos, então precisava mudar a imagem do Sul. Essa era uma prática brutal, espantosa e desumana, que não ajudava", assinala o professor.
Deste modo, o fenômeno foi se reduzindo até acabar. Mas sem que, segundo a ONG EJI, houvesse um processo de reconhecimento da brutalidade do passado e de reconciliação, como ocorreu na Alemanha com relação ao Holocausto ou na África do Sul sobre o apartheid.
Ilustração em preto e branco do transporte de vítimas de um ataque racista em Luisiana em 1873.Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDepois da abolição da escravidão, em 1865, aumentaram os ataques racistas contra os afro-americanos

Monumento para lembrar as vítimas

Apesar de ser uma parte importante da história dos Estados Unidos, a "era dos linchamentos" é pouco conhecida. Para mudar isso, em 26 de abril, foi inaugurado o Monumento Nacional pela Paz e Justiça em Montgomery, no Estado americano do Alabama.
"Diga o nome de um afro-americano linchado entre 1877 e 1950? A maior parte das pessoas não conhece nenhum. Milhares de pessoas morreram, mas não se pode nomear uma sequer? Por quê? Porque não temos falado sobre isso", comentou Bryan Stevenson, fundador da EJI, sobre o motivo por trás da criação do Monumento.
O Monumento espera apresentar para o público o contexto da história do terror racial nos Estados Unidos, com o uso de recursos artísticos. Além disso, foram criados mais de 800 memoriais de aço de cerca de 2 metros de altura, um para cada condado dos Estados Unidos onde afro-americanos foram linchados. Neles, estará grafado o nome das vítimas.
Cada um desses monumentos tem uma réplica, que a EJI espera entregar para as regiões correspondentes. A ideia é que as esculturas sejam expostas nos próprios locais, recordando as histórias de linchamento.
Para os responsáveis da EJI, o número de regiões que solicitarem o envio dessas réplicas será um indicador de quanto se avançou no caminho da verdade e da reconciliação.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Posse da nova diretoria do Sindicato Rural de Bom Jardim. Quais os desafios da nova diretoria?


Acontece neste  domingo, 29 de abril de 2018,    a posse da nova diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bom Jardim- PE. O auditório do Centro Cultural Marineide Braz, plenamente lotado. José Rodrigues da Silva , ex-presidente da FETAPE, vai comandar a instituição nos próximos quarto anos. Lúcia Queiroz, Ana Nery Lima, Pedro Cosme,  Gilda Lima, Geraldo Santana, José Gomes, José Barbosa,Wilson Silva, Lúcia Barbosa, dentre outros, fazem parte da nova equipe de direção. 

Lideranças sindicais de Bom Jardim e do estado, a exemplo de Zé Francisco da Silva, Joelson Rodrigues, Georgina Reis, Israel Crispim,  Djailma da FETAPE, Vereadores Roberto Lemos, Simonilson Ribeiro, Ninha de Tuquinha, Alexandre de Biu de Laro, lideranças comunitárias  Margarida Maria, Carlos Alberto, Vital Cordeiro, Maciel Santos, Orlando Pereira, João Lima, participam  do evento. 
DESAFIOS
O que podemos esperar desta nova diretoria sindical? De que forma o sindicato vai mudar a realidade do campo frente aos desafios do presente? Como manter o homem no campo? Como fortalecer a agricultura familiar?Como manter a sustentabilidade agrícola? Como garantir boas estradas? O que fazer para reduzir a violência no campo? Como fazer a agricultura forte? Como tornar o sindicato forte, atuante e não uma instituição que só serve para cuidar de processos de aposentadoria? Como não permitir a exploração dos trabalhadores? Como e o que fazer para garantir a nível nacional os direitos dos trabalhadores na cruzada contra os governos que retiram os direitos do trabalhador? Qual vai ser o posicionamento do sindicato nas eleições futuras? 
Fotos: Carlos Alberto.



Professor Edgar Bom Jardim - PE