"Votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad", postou Joaquim Barbosa, que foi presidente do Supremo Tribunal Federal. Jair Bolsonaro vem sendo apontado pela imprensa global como uma ameaça ao Brasil e ao mundo.
Abaixo, tweet de Joaquim Barbosa e reportagem da Reuters sobre a sucessão:
Votar é fazer uma escolha racional. Eu, por exemplo, sopesei os aspectos positivos e os negativos dos dois candidatos que restam na disputa. Pela primeira vez em 32 anos de exercício do direito de voto, um candidato me inspira medo. Por isso, votarei em Fernando Haddad.
(Reuters) - O presidenciável do PT, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira que o seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), estimula pessoas violentas a saírem do armário.
“Ele estimula as milícias, os capangas, as pessoas violentas a saírem do armário, ele é a expressão da violência”, disse Haddad durante coletiva de imprensa em João Pessoa, na Paraíba.
“É muito comum na história dos povos que um covarde seja o agente da violência social. Em geral, são pequenos homens que estimulam a violência, até em função dos seus problemas psicológicos”, continuou.
“Por isso que os pequenos homens com problemas psicológicos são tratados respeitosamente, mas não chegam ao poder, porque são perigosos no poder. Não são perigosos fora do poder”, afirmou o ex-prefeito de São Paulo.
Segundo o petista, Jair Bolsonaro não tem um projeto, mas sim uma “retórica da violência”.
“A gente sabe como essa retórica da violência começa, mas a gente não sabe até onde vai. Nós precisamos cortar esse mal pela raiz”, afirmou o candidato.
Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto para o segundo turno da eleição presidencial marcado para domingo.
MAIS ACERTOS DO QUE ERROS
Ao defender o projeto que representa, Haddad voltou a reconhecer que o PT cometeu erros, embora tenha feito mais acertos.
“Eu represento um projeto que tem muito mais acertos do que erros. Mudou a vida de metade da população brasileira. E os erros eu estou aqui assumindo e disposto a corrigir”, disse.
O candidato também se mostrou otimista nesta reta final antes da eleição de domingo e disse acreditar que uma virada irá acontecer, acrescentando que “segunda-feira já começamos a trabalhar na equipe de governo”.
O petista também voltou a comentar que espera um apoio do pedetista Ciro Gomes, derrotado no primeiro turno da disputa presidencial e cujo partido decidiu dar “apoio crítico” à candidatura do PT.
“Acredito que, chegando no Ceará, ele (Ciro) vai fazer um gesto importante pelo Brasil. Não é por mim, é pelo Brasil... Ele sabe o que está em jogo, ele sabe o que está em risco”, disse Haddad.
São Paulo – “Os brasileiros estão diante de uma escolha terrível”: é assim que começa o editorial da edição da revista britânica The Economist publicada nesta quinta-feira (25).
De um lado, Fernando Haddad (PT) concorrendo por um partido responsável por uma “depressão econômica auto-infligida” e por encorajar propinas em escala “sem precedentes e em parte para prolongar seu controle do poder”.
Do outro, Jair Bolsonaro (PSL), um “populista com instintos autoritários” cuja provável vitória é classificada como uma “tragédia” cuja raiz por ser vista na decepção com o resto da classe política.
A revista aponta que quase todos os partidos tomaram parte em corrupção e tem sua parcela de culpa pelo crime e pela estagnação econômica, que por sua vez estão relacionados a um Estado ao mesmo tempo grande e fraco demais na provisão de serviços.
Agora, surge um novo desafio: “garantir que um presidente com impulsos autocráticos não subverta a democracia brasileira”, classificada como “relativamente jovem mas não fraca”, diante das demonstrações de independência do Congresso, do Judiciário e da imprensa nos últimos anos.
A recomendação da Economist é que eventuais esforços de Bolsonaro para melhorar a economia tenham ajuda do campo político pois nem “nem todas as ideias de Bolsonaro são ruins”, citando a sugestão de uma reforma da Previdência como exemplo.
Em outras questões, a revista sugere resistência – seja das polícias militares dos estados, em relação à promessa de dar carta branca para policiais matarem suspeitos, seja do Congresso, em relação à ideia de permitir um maior desmatamento da floresta amazônica, por exemplo.
De qualquer forma, a Economist conclui que Bolsonaro já prejudicou a nossa “cultura democrática” e que apesar de “provavelmente” não ter intenção de ser um ditador, terá de ser contido:
“No seu desespero, os brasileiros estão prestes a rejeitar um partido desacreditado em favor de um aventureiro político com ideias repelentes. Isso tem pouca chance de dar certo. Congressistas, juízes, jornalistas e servidores públicos terão que trabalhar duro para conter o dano”.
O texto lembra que o liberalismo é pouco enraizado na América Latina, em parte pela herança escravagista e em parte pela influência do positivismo de Auguste Comte, eternizada na mensagem “ordem e progresso” da bandeira brasileira.
Na ilustração da matéria, Bolsonaro puxa o lema em detrimento das palavras “liberdade e igualdade”. A revista lembra que sua conversão ao liberalismo é muito recente e ironiza o “power point que passa como seu programa de governo”.
São lembradas as experiências do Chile com Augusto Pinochet e do Peru com Alberto Fujimori em que combinações de autoritarismo na política e liberalismo na economia deram frutos, mas com um alto custo humano e consequências nefastas no longo prazo.
“Separar a liberdade econômica da política pode parecer um atalho para o desenvolvimento. Mas na América Latina ele raramente é: a demanda por governo forte compete com um anseio persistente por liberdade”, conclui o texto.
Eleitores de todas regiões do Brasil mudam de opinião. O voto para Bolsonaro vai declinando. Cresce a possibilidade de Fernando Haddad ser eleito. O fenômeno foi verificado nas últimas pesquisas realizada pelo Datafolha.
A delegada Gleide Ângelo, eleita com a maior votação da história política para deputada estadual por Pernambuco, confirma mais uma vez todo seu apoio ao candidato petista Haddad.
"O fenômeno da virada está acontecendo", reafirma Haddad em eventos políticos no nordeste.
Foto:Divulgação do Facebook de Ana Karyne Rodrigues.
Neste domingo se realiza no Brasil o segundo turno das eleições presidenciaisnas quais o ultradireitista Jair Bolsonaro parte como claro favorito. Com uma vitória retumbante no primeiro turno, com 46% dos votos, Bolsonaro superou em 17 pontos seu principal rival, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, e tudo parece indicar que o maior país da América Latina poderá converter em presidente um candidato que não hesita em mostrar um claro desprezo pelas regras do jogo democrático. Aquele que pode se tornar o trigésimo oitavo presidente do Brasil colocou seus concidadãos diante de uma decisão radical: manter o sistema democrático ou inclinar-se de facto por uma alternativa autoritária. Esta é, na realidade, a característica fundamental da eleição, uma convocação para a qual não cabem posições intermediárias frente ao risco de ter início um retrocesso democrático. A separação de poderes e os direitos e liberdades dos cidadãos são componentes imprescindíveis da democracia e do Estado de Direito, e é paradoxal que o voto possa colocá-los em risco com a opção por um programa político como o apresentado por Bolsonaro.
Ao longo do último mês, esse ex-militar nostálgico da ditadura se dedicou a demonizar perigosamente seus adversários políticos, tachando-os de "criminosos vermelhos", prometendo que "vão ser varridos do país" e os ameaçando com a "prisão e o exílio". Bolsonaro não hesitou em promover um discurso de ódio contra as mulheres e as minorias, que constituem metade da população, reabrindo uma brecha de corte racial em um país com uma das taxas mais elevadas de violência na região, um problema que ele quer combater com mais violência: "Se um ladrão tem uma arma, nós temos que ter um fuzil", disse ele em um de seus discursos de campanha. Tudo isso faz do candidato um perigo real de consequências incalculáveis para a região. A eleição de um candidato que expressa abertamente seu desprezo pelos padrões mínimos de qualidade democrática compromete seriamente o presente e o futuro de uma das economias emergentes mais importantes do planeta e de um país que parecia destinado a desempenhar um papel de protagonista no século XXI .
É compreensível que uma parte do povo brasileiro queira mostrar que está farta da corrupção, e que os cidadãos sintam e expressem legítima ansiedade depois de sofrer uma crise econômica dilacerante que o PT administrou mal, incrementando de novo os índices de desigualdade. Mas Bolsonaro não é a solução. Se a corrupção, a deterioração institucional e uma classe média empobrecida representam os problemas estruturais que o gigante latino-americano atravessa, a concentração de poder nas mãos de um militar autoritário em um país já enfraquecido institucionalmente só ajudaria a precipitar a saída do Brasil dos esquemas democráticos para transformá-lo, provavelmente, em uma ditadura eleitoral. O impulso legítimo de purgar um sistema e punir suas elites extrativistas não pode resultar na escolha de um candidato que põe em causa a própria sobrevivência da democracia.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, anunciou nesta sexta-feira (26) que ajuizará no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) para assegurar o restabelecimento da normalidade em ambiente universitário, diante da onda de ações policiais em universidades em todo o Brasil sob o pretexto de coibir supostas infrações eleitorais. Como este site mostrou ontem (25), associações de professores denunciaram excessos da Polícia Federal e ameaça à liberdade de expressão e manifestação nas instituições de ensino superior.
A reclamação de professores e alunos é que juízes eleitorais têm interpretado faixas contra o fascismo, por exemplo, como ação eleitoral para beneficiar determinada candidatura. Segundo Raquel Dogde, há indícios de ofensa à liberdade de expressão, à liberdade de reunião e à autonomia universitária, e a ADPF visa a "vigência plena da Constituição no país".
Raquel Dodge disse ter reunido "informações sobre atos que estão coibindo a liberdade de manifestação e de reunião no âmbito de algumas universidades brasileiras", de forma a fundamentar a formalização da ADPF no Supremo. "Por verificar no curso de várias medidas noticiadas pela imprensa que houve e há indícios claros de ofensa à liberdade de expressão, de reunião, da liberdade de cátedra, da autonomia universitária, da discussão no ambiente universitário a respeito de medidas relacionadas às eleições que estou requerendo ao STF providência no sentido de assegurar a vigência plena da Constituição no país e, sobretudo, nesse momento de eleições no Brasil", destacou a procuradora-geral.
Em um dos casos que se tornaram emblemáticos do problema nos últimos dias, uma bandeira com os dizeres "Direito UFF AntiFascista" perdurada na histórica fachada da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), foi alvo da Justiça Eleitoral no estado sem fazer qualquer menção a partidos ou candidatos. Mesmo assim, a juíza Maria Aparecida da Costa Barros, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), deu prazo para a retirada da bandeira. Do contrário, o diretor da Faculdade de Direito da UFF, Wilson Madeira Filho, deveria ser preso.
Em seu perfil no Facebook, ele comentou o assunto por volta das 23h desta quinta-feira (25). "Decisão judicial do TRE nesta data (25/10) entendeu ser a bandeira e os eventos promovidos na Faculdade de Direito sob a expressão Anti-Fascismo alusivas enquanto campanha negativa ao presidenciável Jair Bolsonaro. Nesse sentido, determinei a retirada da bandeira e a ausência de novas manifestações", comunicou o diretor da UFF.
Mais cedo, diante dos relatos originados de diversos pontos do país, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), divulgou nota pública para criticar a postura dos juízes eleitorais. "É lamentável que, em uma disputa tão marcada pela violência física e simbólica, pelo engano e pela falsificação de fatos, o ataque do sistema de justiça se dirija exatamente para o campo das ideias", concluiu o documento.
congressoemfoco.uol.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE
O TRE notificou o Bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Limacedo, proibindo-o de falar da situação política que o país vive em suas homilias. Edir Macedo usa a TV Record para fazer campanha de Bolsonaro. A censura também ocorreu em diversas universidades.
Pernambuco 247 - O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco proibiu o bispo dom Limacêdo Antônio da Silva, da arquidiocese de Olinda e Recife, de se manifestar sobre política durante missas que celebrar.
Enquanto isso, o bispo Edir Macedo utiliza uma concessão pública do alcance da TV Record em claro benefício da candidatura de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL) com o consentimento da Justiça Eleitoral.
O jornalista Luis Costa Pinto criticou a decisão. "Um escândalo e uma violência. Dom Limacêdo, bispo-auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, foi notificado por 3 proto-fascistas de toga, juízes da propaganda eleitoral do TRE pernambucano, a se eximir de falar de política em suas homilias. No último domingo Dom Limacêdo falou sobre Democracia e violência. Exaltou a Democracia e condenou a violência e o fascismo", disse Costa Pinto.
"A síndrome da pequena autoridade, o arrivismo que acomete e encoraja os guardas da esquina nos regimes fascistas ditatoriais, espalha-se como peste negra pelos juizecos de 1a instância. Querem impedir a primavera de 28 de outubro de florir nas urnas de domingo", acrescentou o jornalista em seu Facebook.
Tudo está vestido de grande instabilidade. Há pessoas que se perderam e destilam perversidades, como se fossem pérolas políticas. É incrível . A complicação se avoluma. “Cristãos” defendem a violência gratuita e o crime hediondo da tortura. Não sei se há uma embriaguez maldita. Sinto-me triste, quando a sensibilidade se esfarrapa e tumultua. Alguém me disse que estamos vivendo o culto ao ódio. Isso é grave. De onde vem tudo isso? Será que o PT provoca toda essa movimentação? Jesus Cristo pregou amor e por que não ir para campanha com outras proposições? Há transtornos que não ocupam apenas os que mais sofrem economicamente. Há quem desfrute de privilégios com impulsos defensores de ditaduras. Muita gente enrustida causa medo, promove desgovernos subjetivos.
Vestir-se de ódio traz ruínas. Ficar no presente, culpando os outros é mesmo uma fraqueza imensa. Não interessa qual seja o partido. A política existe para atiçar o diálogo. É claro que há discórdias. Não podemos navegar na homogeneidade. Os mares são bravios e as diferenças não se foram. Deixar os exageros rolar não merece justificativa. Isso está infiltrado. Como ficará a cultura depois de tantas raivas soltas? O mundo se cerca de regras, mas também não abandona a reprodução danosa de desfazeres. Portanto, o suspense é perigoso, nos consideramos exilados na nossa própria terra. O aprofundamento da ambiguidade produz pesadelos, destrói sonhos e cordialidades.
Albert Camus não era religioso. Morreu cedo. Escreveu livros que mostravam o absurdo da vida humana, mas nunca esteve ausente da solidariedade. Não desandou, não fez dos limites um argumento para manter preconceitos. As ideias fascistas ganham corpo, elas que desprezam o próprio corpo. Na minha análise, o capitalismo acelera o individualismo. Exalta o consumo. Redesenha o narcisismo. Tudo se agudiza com a crise que ele passa. Aparecem figuras como Trump. a mídia seleciona suas notícias visando denegrir e vender. Usa a roupa do cinismo. Há quem deseje que o verde-amarelo seja sagrado. Joga a crítica no lixo e grita contra o comunismo. O pior: nunca leu nada sobre o tema. Busca algo que aqueça sua melancolia e consiga atravessar a religião e morder a política.
A história não é uma construção divina. Ela está ligada aos nossos atos. Deus é uma questão polêmica. Quem o aceita deveria seguir os seus ensinamentos. A turbulência, contudo, mistura os princípios e a covardia é amiga do conforto. Parece que a ordem é não permitir a socialização da produção, fertilizar a desigualdade e admirar as psicopatias. Eliminar o outro está viajando pela cabeça das pessoas? O sufoco nos provoca e a loucura virou uma epidemia? O medo cresce e moradias da contradição invadem cada um. Será a celebração universal do fake? O discurso de uns recorda uma bala mortal. Há um genocídio disfarçado que agrada uma maioria alucinada. Lamento, pois há uma sombra de suicídio que vigia o fazer político. Um dedo em riste que aponta para um lugar desconhecido. O que deve ser respeitado? A suavidade de copos de cervejas ou o afeto que articula a convivência?
A eleição para o cargo não foi definida no primeiro turno em 13 Estados e no Distrito Federal - entre eles, os três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro - e, agora, os dois candidatos com o melhor desempenho em 7 de outubro seguem na disputa.
Ao todo, 92,4 milhões de eleitores, ou 62,75% do total, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidirão nas urnas o 2º turno dos governos estaduais.
Saiba a seguir onde isso ocorrerá e quem são os candidatos.
Amapá
O atual governador, Waldez Góes (PDT), tenta se reeleger na disputa contra o ex-governador João Capiberibe (PSB). Góes chegou à frente no primeiro turno com 33,55% dos votos válidos. Capiberibe teve 30,10%.
Os votos recebidos por Capiberibe chegaram a ser considerados nulos no dia da eleição após o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) indeferir os registros de todos os candidatos do PT no Estado por falta de prestação de contas de seu diretório regional em 2015.
O PT fez uma coligação no Estado com o PSB de Capiberibe e havia indicado Marcos Roberto para vice na chapa. Após um recurso, o TSE validou a candidatura de Capiberibe, por entender que ele não havia cometido irregularidades, e condicionou sua participação no segundo turno à troca do vice - posto agora ocupado por Andreia Tolentino (PSB).
Góes, de 57 anos, foi deputado estadual pelo Amapá entre 1995 e 1999. Em 1996, concorreu à Prefeitura de Macapá, mas foi derrotado por Annibal Barcellos (PFL, sigla que deu lugar ao DEM). Tornou-se governador em 2002 e conseguiu um segundo mandato na eleição seguinte. Ele deixou o cargo em 2010 para concorrer a uma vaga ao Senado, mas não se elegeu.
Capiberibe, de 71 anos, foi prefeito de Macapá (1989-1992) e governador do Estado por dois mandatos seguidos (1995-2002). Renunciou ao cargo para concorrer ao Senado e se elegeu, mas teve o mandato cassado dois anos depois por compra de votos. Voltou ao Senado em 2011, cargo que ocupa até hoje.
Esta não é a primeira vez que os dois se enfrentam em uma eleição para o governo do Estado. Em 1998, Capiberibe, então governador, se reelegeu. Em 2006, foi a vez de Góes se reeleger.
Amazonas
Wilson Lima (PSC) e o atual governador Amazonino Mendes (PDT) disputam o segundo turno no Estado. O resultado do primeiro turno foi bastante apertado: Lima teve 33,73% dos votos válidos, e Mendes, 32,74%.
Lima, de 42 anos, é jornalista. Era apresentador da TV A Crítica, afiliada da Record, onde comandava o programa Alô Amazonas. Filiou-se ao PSC em março deste ano ano, após se desfiliar do PR em 2017, e concorre ao cargo de governador pela primeira vez. Nunca teve um mandato político.
Mendes, de 78 anos, tenta sua reeleição. Ele governa o Estado desde o ano passado, quando foi realizada uma eleição suplementar por conta da cassação do governador eleito em 2014, José Melo (PROS), e do seu vice, Henrique Oliveira (SD), por compra de votos.
Já foi senador pelo Amazonas (1991-1992), três vezes prefeito de Manaus (1983-1986, 1993-1994 e 2009-2012), e eleito governador do Estado três vezes (1987-1990, 1995-1998 e 1999-2002) antes do atual mandato.
Distrito Federal
O segundo turno é travado entre Ibaneis Rocha (MDB) e o atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB).
Rocha terminou o primeiro turno com uma ampla vantagem sobre seu adversário ao obter 41,97% dos votos válidos, enquanto Rollemberg teve 13,94%.
Ibaneis, de 47 anos, é advogado e foi, entre 2013 e 2015, presidente da OAB-DF, onde atualmente é diretor do conselho federal e corregedor-geral da entidade. Filiou-se ao MDB no ano passado e concorre pela primeira vez a um cargo público.
Rollemberg, de 59 anos, é formado em História e foi deputado distrital por duas legislaturas (1995-1996 e 1999-2002), deputado federal (2007-2010) e senador (2011-2014). Em 2002, disputou o governo do Distrito Federal e ficou em quarto. Elegeu-se governador em 2014 no segundo turno, com 55,56% dos votos válidos.
Mato Grosso do Sul
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tenta sua reeleição contra Odilon de Oliveira (PDT). Azambuja terminou o primeiro turno à frente, com 44,61% dos votos válidos, enquanto Oliveira teve 31,62%.
Azambuja, de 55 anos, é agropecuarista. Foi prefeito de Maracaju por dois mandatos seguidos (1997-2004). Em 2006, foi eleito deputado estadual e, em 2010, deputado federal. Elegeu-se governador no segundo turno em 2014, com 55,34% dos votos - foi a primeira vez que o PSDB assumiu o governo do Estado.
Oliveira, de 69 anos, é juiz federal aposentado e atuou na área criminal entre 1987 e 2017, ganhando fama por ter condenado integrantes do crime organizado e do narcotráfico, entre eles Fernandinho Beira-Mar. Filiou-se ao PDT no ano passado para disputar sua primeira eleição.
Minas Gerais
A disputa para governador do segundo maior colégio eleitoral do país será decidida entre Romeu Zema (Novo) e Antonio Anastasia (PSDB). Zema avançou em primeiro, com 42,73% dos votos válidos, enquanto Anastasia teve 29,06%.
Zema, de 53 anos, é empresário, dono do Grupo Zema, que atua no varejo, distribuição de combustíveis, concessionárias, locadoras de veículos e no setor de autopeças. Ele foi o único candidato a governador do Novo a ter êxito nas urnas. Zema afastou-se das atividades de sua companhia para disputar sua primeira eleição.
Anastasia, de 57 anos, é formado em Direito e fez carreira na administração pública. Foi eleito vice-governador de Minas Gerais na chapa com Aécio Neves (PSDB) em 2006 e tornou-se governador em 2010, quando o tucano renunciou para concorrer ao Senado. Foi reeleito e ficou no cargo até abril de 2014, quando se candidatou - com sucesso - ao Senado.
Pará
Helder Barbalho (MDB) e Marcio Miranda (DEM) disputam o segundo turno no Estado. Barbalho chegou perto de se eleger no primeiro turno, com 47,69% dos votos válidos, enquanto Miranda teve 30,21%.
Barbalho, de 39 anos, é filho do senador Jader Barbalho. Formado em Administração, foi vereador em Ananindeua (2001-2002) e deputado estadual (2003-2004). Em 2005, tornou-se prefeito de Ananindeua aos 25 anos e foi reeleito. Foi ministro da Pesca e Aquicultura, ministro-chefe da Secretaria de Nacional dos Portos e ministro da Integração Nacional. É a segunda vez que disputa o governo do Estado - em 2014, foi derrotado no segundo turno pelo atual governador, Simão Jatene (PSDB).
Miranda, de 61 anos, é médico e deputado estadual desde 2003, cargo que ocupa há quatro mandatos consecutivos - em 2012, ficou em segundo lugar na eleição para a Prefeitura de Castanhal, derrotado por Paulo Titan (MDB). É atualmente presidente da Assembleia Legislativa do Pará e tem o apoio de Jatene.
Rio de Janeiro
Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM) disputam o segundo turno no terceiro maior colégio eleitoral do país. Witzel ficou em primeiro em 7 de outubro, com 41,28% dos votos válidos. Paes teve a segunda maior votação, com 19,56%.
Witzel, de 50 anos, nunca teve um mandato político. É fuzileiro naval reformado e foi juiz federal nas áreas criminal e civil por 17 anos, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro. Ele deixou a magistratura em março deste ano e se filiou ao PSC. Esta é a primeira eleição da qual participa.
Paes, de 49 anos, é formado em Direito e começou cedo na política. Foi eleito vereador do Rio de Janeiro aos 27 anos e ficou cargo por só um ano. Foi eleito deputado federal por dois mandatos seguidos (1999-2006) e prefeito do Rio em 2008. Reelegeu-se no primeiro turno quatro anos depois, com 64,60% dos votos.
Neste ano, migrou do MDB, do atual governador, Luiz Fernando Pezão, e do ex-governador Sérgio Cabral, hoje preso por crimes de corrupção, para o DEM para disputar pela segunda vez o cargo de governador - na primeira, em 2006, teve pouco mais de 5% dos votos.
Rio Grande do Norte
A senadora Fátima Bezerra (PDT) avançou para o segundo turno em primeiro lugar, com 46,17% dos votos válidos, e terá como adversário Carlos Eduardo Alves (PDT), que obteve 32,45%.
Bezerra, pedagoga de 63 anos, é a única petista e a única mulher ainda na disputa por um governo estadual. Filiada ao partido desde 1981, foi deputada estadual por dois mandatos seguidos (1995-1998 e 1999-2002).
Tornou-se deputada federal em 2003 e se reelegeu por duas vezes, até assumir como senadora em 2015. Por quatro vezes, disputou a Prefeitura de Natal, sem vencer.
Alves, de 59 anos, é formado em Direito. Elegeu-se deputado estadual em 1986 e permaneceu no cargo por quatro legislaturas. Em 2000, tornou-se vice-prefeito de Natal e assumiu a Prefeitura dois anos depois quando Wilma Faria (então filiada ao PSB, hoje no PTdoB) renunciou para disputar - e vencer - a eleição para governador.
Reelegeu-se em 2004. Voltou à Prefeitura em 2013 e permaneceu por dois mandatos, até abril deste ano, quando renunciou para disputar o governo. Esta é segunda vez que se candidata ao cargo - a primeira foi em 2010, quando ficou em terceiro lugar, com 10,37% dos votos.
Rio Grande do Sul
Os resultados de 7 de outubro levaram Eduardo Leite (PSDB) e o atual governador, José Ivo Sartori (MDB), para o segundo turno. Leite avançou em primeiro, com 35,90% dos votos válidos, mas uma pequena margem em relação ao seu adversário - Sartori recebeu 31,11%.
Formado em Direito, Leite, de 33 anos, é o mais jovem candidato a governador no segundo turno. Disputou sua primeira eleição aos 19 anos, quando se candidatou a vereador em Pelotas, e não se elegeu. Conquistaria o cargo na eleição seguinte. Em 2010, não se elegeu deputado federal.
Dois anos depois, venceu a disputa para a Prefeitura de Pelotas e exerceu seu mandato até 2016. Não tentou a reeleição, apoiando sua vice, Paula Mascarenhas, hoje prefeita da cidade. Leite é desde o ano passado presidente estadual do seu partido.
Sartori, de 70 anos, formou-se em Filosofia e foi professor antes de começar sua carreira política em 1977 como vereador em Caxias do Sul, já pelo MDB. Em 1983, tornou-se deputado estadual e se reelegeu quatro vezes consecutivas. Depois, tornou-se deputado federal (2003-2004).
Em 2005, após duas tentativas de ser prefeito de Caxias do Sul, em 1992 e 2000, conseguiu se eleger - e foi reeleito em 2008. Tornou-se governador em 2014 ao derrotar Tarso Genro (PT), então ocupante do cargo, no segundo turno com 61,21% dos votos válidos.
Rondônia
Expedito Junior (PSDB) recebeu 31,59% dos votos válidos no primeiro turno e disputará o segundo com Coronel Marcos Rocha (PSL), que teve 23,99%.
Junior, de 55 anos, é professor e começou na política ainda jovem, quando se elegeu vereador de Rolim de Moura (1984-1986) aos 21 anos. Foi deputado federal por três vezes (1987, 1995-1998 e 1999-2003). Em 2002, disputou uma vaga ao Senado, mas não se elegeu.
Em 2006, tornou-se senador pelo PPS, mas migrou para o PR logo em seguida. Teve seu mandato cassado pelo Supremo Tribunal Federal em 2009 por compra de votos e abuso de poder econômico. No mesmo ano, refiliou-se ao PSDB. Em 2014, disputou o cargo de governador e foi derrotado pelo então governador Confúcio Moura (MDB). Há sete anos, é presidente estadual do PSDB em Rondônia.
Rocha, de 50 anos, é formado em Administração e policial militar reformado. É o atual presidente estadual do PSL. Dirigiu uma escola militar na capital, Porto Velho, e foi secretário municipal de educação da cidade. Assumiu como secretário estadual de Justiça em 2014 e deixou o cargo para disputar sua primeira eleição.
Roraima
O segundo turno no Estado, que é o menor colégio eleitoral do país, está sendo travado entre Antonio Denarium (PSL) e José de Anchieta (PSDB). Denarium chegou em primeiro lugar no primeiro turno com 42,27% dos votos válidos, enquanto Anchieta obteve 38,78%.
Denarium, de 54 anos, é empresário, atuando principalmente no setor agropecuário. Nunca ocupou cargos públicos. Filiou-se ao PSL neste ano para disputar sua primeira eleição e assumiu a presidência estadual da legenda pouco depois.
Anchieta, de 53 anos, é engenheiro. Foi eleito vice-governador do Estado em 2006 e assumiu no ano seguinte quando o governador Ottomar Pinto morreu. Reelegeu-se em 2010 e chegou a ter seu mandato cassado pelo TRE-RR no ano seguinte sob a acusação de ter usado uma rádio do governo para fazer campanha, mas reverteu a decisão no TSE, que concluiu que o então governador não foi responsável pelo que foi veiculado.
Ainda em 2011, seu mandato foi cassado uma segunda vez pelo TRE-RR por gastos irregulares com despesas pessoais e pagamento de colaboradores de sua campanha, mas obteve uma liminar do TSE para permanecer no cargo.
Renunciou ao governo estudual em 2014 para disputar uma vaga ao Senado, sem sucesso - seu sucessor, Chico Rodrigues (PSB), teve o mandato cassado pelo TRE-RR no mesmo ano, por arrecadação e gastos ilícitos na campanha. Anchieta foi excluído do processo por já ter renunciado ao cargo à época do julgamento.
Santa Catarina
Gelson Merisio (PSD) e Carlos Moisés da Silva (PSL) disputam o segundo turno. Merisio avançou em primeiro lugar, com 31,12% dos votos válidos, enquanto Silva teve 29,72%.
Merisio, de 52 anos, é administrador de empresas. Aos 22, foi eleito vereador de Xanxerê. Tornou-se deputado estadual em 2006. Foi reeleito para as duas legislaturas seguintes - em ambas as ocasiões, como o mais votado. É o atual presidente estadual do PSD em Santa Catarina.
Mais conhecido como Comandante Moisés, o candidato do PSL tem 51 anos e fez carreira como bombeiro militar - hoje, é coronel da reserva. Filiou-se ao PSL neste ano e disputa sua primeira eleição.
São Paulo
Esta será a primeira vez em 16 anos que haverá segundo turno para governador no maior colégio eleitoral do país, que tem 33 milhões de eleitores. O último foi em 2002, entre Geraldo Alckmin (PSDB) e José Genoíno (PT), com a vitória de Alckmin.
João Doria (PSDB) teve 31,77% dos votos válidos no primeiro turno e disputa com o atual governador Márcio França (PSB), que obteve 21,53%.
Doria, de 60 anos, era prefeito de São Paulo até abril deste ano, quando deixou o cargo após 15 meses de mandato para concorrer pela primeira vez ao Executivo paulista. A eleição na capital foi a primeira da sua carreira - ele havia atuado só como empresário e jornalista até então, e se licenciou do Grupo Doria para entrar na política.
França, de 55 anos, foi eleito vice-governador em 2014 e assumiu o governo quando Geraldo Alckmin (PSDB) se afastou para disputar a Presidência. Ele fez sua carreira política em São Vicente, no litoral do Estado, onde se elegeu vereador (1989-1996) e prefeito (1997-2004), em ambos por dois mandatos seguidos. Também já foi deputado federal (2007-2010).
Sergipe
O atual governador, Belivaldo Chagas (PSD), e Antônio Carlos Valadares Filho (PSB) disputam o segundo turno no Estado. No primeiro, Chagas ficou à frente, com 40,84% dos votos válidos. Filho teve 21,49%.
Chagas, de 58 anos, é defensor público aposentado. Foi deputado estadual por quatro legislaturas consecutivas (1990-2006). Foi eleito vice-governador em 2006, na chapa com Marcelo Déda (PT), e em 2014, na chapa de Jackson Barreto (MDB). Assumiu o governo em abril deste ano quando Barreto renunciou para se candidatar ao Senado - ele ficou em quarto e não se elegeu.
Filho, de 38 anos, é formado em administração e presidente estadual do PSB. Elegeu-se deputado federal em 2006 e exerce o cargo há três mandatos consecutivos. Disputou a Prefeitura de Aracaju em 2012 - quando foi derrotado por João Alves Filho (DEM) no primeiro turno - e em 2016 - perdeu no segundo turno para Edvaldo Nogueira (PCdoB).