I Encontro da Rede de Museus de Pernambuco foi ponto de partida para a retomada do diálogo entre museus e o Governo Estadual e fortalecimento de políticas públicas
Em tempos de diluição de fronteiras e novas formas de fruição a partir dos dispositivos digitais, como pensar e planejar os museus? Este questionamento comum aos museólogos, historiadores, produtores culturais, artistas e tantos outros profissionais que atuam no segmento foi o ponto de partida do 1º Encontro da Rede de Museus de Pernambuco, com a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e Fundarpe. Ocorrido nesta terça-feira (9) no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), o evento marcou a retomada do diálogo entre os órgãos governamentais e a rede museal pernambucana, representada por gestores de todas as regiões do Estado.
Como destacou o secretário de Cultura, Silvério Pessoa, a participação da Secult-PE nesta rede reafirma a missão pedagógica e de troca de conhecimento da instituição. “Uma secretaria de Cultura aberta, em movimento é necessária para o campo da museologia. O dia de hoje marca essa nossa proposta reafirmando questões como a ancestralidade, a memória oral e visual, os registros em suas formas mais variadas”, pontuou. “Nossa gestão está com dois grandes eixos baseados em uma política cultural e de um sonho que estão relacionados com o subúrbio e com essa urbanidade que está em constante diálogo com a tecnologia. Dentro da realidade do mundo de hoje, como ficam os novos tempos de contemplação?”
O secretário-executivo de Cultura, Leo Salazar, ratificou o compromisso da governadora Raquel Lyra com o fortalecimento das políticas públicas na área da museologia e com a interiorização das ações. Uma escuta ativa da classe vem sendo realizada através dos programas SECULT-PE de ANDADA e Fala, Periferia!, experiências que, para Leo, só têm a somar com a Rede de Museus de Pernambuco.
Em tempos de diluição de fronteiras e novas formas de fruição a partir dos dispositivos digitais, como pensar e planejar os museus?
Na ocasião, foi entregue pela Rede de Museus de Pernambuco (Remupe) um documento basilar com demandas e proposições do setor museológico para a Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e a Fundarpe. Assinada pelas instituições representadas na Remupe e por profissionais e agentes culturais, a carta destaca a diversidade cultural e patrimonial presentes nos mais de 150 museus no Estado e propõe propostas, soluções e ações práticas divididas em nove eixos.
São eles: Mecanismos e Gestão, Incentivo e Fomento, Estruturação de Espaços Museais e de Memória Social, Museus e Patrimônio, o Valorização Profissional e Formação, Museus e Educação, Política de Combate ao Preconceito, Produção e Pesquisa e Museus e Turismo.
A gerente de Equipamentos Culturais da Fundarpe, Maria Rosa Maia, que esteve representando a presidente da instituição, Renata Borba, destacou a importância deste documento para o fortalecimento da rede e para a construção de ações futuras. A mesa também foi composta pela coordenadora-geral do Funcultura, Clarice Andrade, e, pela Rede de Museus, a mesa também contou Elinildo Marinho, do Museu das Tradições do Cavalo Marinho Boi Pintado, e Fabiana Salles, do Museu da Abolição.
Após as considerações dos representantes do Governo do Estado e da Remupe sobre as propostas do documento, houve um segundo momento marcado pelas contribuições dos presentes. Além do Recife da das cidades da Região Metropolitana, museus de Bom Jardim, Vitória de Santo Antão, Jatobá, Afrânio, Escada, Igarassu e tantos outros municípios de todas as regiões de Pernambuco estiveram representados. Uma construção coletiva que vive agora um novo momento marcado pela retomada das discussões e pela vontade política de colocar as ações em prática.
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