sábado, 12 de dezembro de 2020

Teatro do Parque restaurado e modernizado para o público




A noite da sexta-feira (11) marcou o retorno do Teatro do Parque para os recifense. Unindo equipamentos de última geração com preservação e respeito à memória do projeto de 1929, a Prefeitura do Recife promoveu evento de reabertura do equipamento, com a encenação da peça Vozes do Recife, da Companhia Fiandeiros. A cerimônia foi limitada a poucos convidados, como forma de evitar aglomeração.

Neste sábado (12), a programação de estreia continua, com a exibição, às 16h, de cópia telecinada e digitalizada do filme O Canto do Mar, de 1952, do diretor Alberto Cavalcanti. A ocupação da Teatro do Parque ficará limitada a 100 pessoas, entre convidados (50) e público espontâneo (50). A distribuição dos ingressos será a partir das 15h, na bilheteria do Parque.

O espetáculo apresentado na noite de ontem para uma emocionada e saudosa plateia, convidou o espectador a passear por versos poéticos de Joaquim Cardozo, Manuel Bandeira, Carlos Pena Filho, João Cabral de Melo Neto e Ascenso Ferreira, com o texto e a direção de André Filho.

Antes do decreto do Governo do Estado, publicado esta semana com limitações a realizações de shows, a agenda do primeiro dia oficial de reabertura ao público previa concerto da Banda Sinfônica do Recife, que tem na casa secular sua sede oficial para ensaios e apresentações. O músico, professor e maestro Nenéu Liberalquino, maestro da Banda, esteve presente ao evento, assim como outros artistas e autoridades.

O presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Diego Rocha, cumprimentou todos os presentes e fez menção especial aos antigos funcionários do Teatro do Parque, que há mais de 30 anos se dedicam à casa. Também ressaltou a presença de Fernando Aguiar, neto do comendador Bento Aguiar, que construiu com recursos próprios o teatro, em 1915.


"Essa obra não só resgata a aparência arquitetônica, do início do século passado, como também é uma verdadeira máquina do tempo. Pois estamos aqui, ambientados como em 1929, e ao mesmo tempo com equipamentos dos mais modernos". Diego Rocha também exaltou a memória do cineasta pernambucano Alberto Cavalcanti, cuja cinemateca que leva seu nome volta ao Parque, com acervos valiosos ligados à memória da cidade e do estado.

A atriz e secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, ponderou a necessária restrição do teatro lotado, visto que o evento de abertura contou com público limitado, devido à pandemia da covid-19. Leda lembrou que é em lugares como o Teatro do Parque onde cidadãos e cidadãs estabelecem fortes ligações de afeto. "Ele renasceu para ser o lugar do encontro das pessoas", disse.  De cima do palco, onde viveu grandes emoções trabalhando como artista, ela declarou aos presentes: "Olhar daqui e ver vocês é repetir uma sensação e uma alegria que me movem até aqui".

A secretária de Cultura reverenciou ainda a memória de Manoel Albino da Silva, flautista da Banda Sinfônica do Recife, falecido recentemente e bastante querido pelos companheiros músicos.

Virtual

O Teatro do Parque também ganhou um website onde é possível ter acesso à história, notícias, programação, galeria de fotos, informações sobre a Banda Sinfônica, entre outros temas.  

Com Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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