As intrigas e as vaidades se aceleram e o caos se instala na história. Uma energia negativa assume o mundo. Há pânico.É preciso sacudir a memória. Quantas epidemias já aconteceram, quantas religiões enganaram os inocentes, quantos autoritarismo oprimiram, quantos refugiados sofrem cotidianamente? Não adianta criar messianismos, nem adormecer em hipocrisias.As elites estão sentido o peso do desmantelo. Isso é um ponto que abala e o sombrio avança.
A escolha pela competição, pela riqueza narcista, minaram a generosidade. As máscaras se concretizaram e as fragilidades estão expostas.Se a solidariedade não se dimensiona e as pessoas observarem as necessidades dos outros, os abismos se abrirão. Talvez, haja um renascimento, o olhar afetivo, o desejo ardente de expulsar valores obscuros. A história joga com o acaso e nos deixa perplexos. Os trapézios se balançam.
É importante fermentar os diálogos.Escutar as vozes do passado, não se entusiasmar com tecnologias frias e animar o otimismo. Os desamparos crescem, mas a sociedade antes brincava com sua própria sorte. Não faltavam ironias, machismos, desfazeres violentos. Muitos se tornam poderosos e não percebem que os pântanos afogam e destroem. Se a lucidez se vai, a história se esfarrapa.
Todos estão aflitos, contando os dias, sem certezas, buscando voar para alcançar outras convivências. Cada aventura é susto, daí o isolamento, a solidão, um silêncio assombroso. Escreve-se para acertar, apontar para os descasos e se encontrar com algo que redesenhe o sonho. Se os pesadelos persistem e rasgaremos imagens de sossego. É preciso acender a vontade de retomar cuidados, acender o viver e não estimular cegueira de desprezar o outro.
Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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