Não sabia qual era o dia de hoje. Fico perplexo com a avassaladora viagem do tempo. A pós~modernidade anunciava mudanças, derrubava preconceitos, mas colocava temores. Isso criava suspeitas A imaginação subia e os desenganos não deixavam de marcar os sentimentos. A globalização se tornou quase um suicídio, pois o pânico bate na porta. O desconhecido balança a certeza.
O mundo se enche de ambiguidades. A ciência procura vacinas, os Estados Unidos sofrem com seu sistema capitalista, nós olhamos o azul querendo que ele abrace esse planeta tão esfarrapado. Nem existe aquele calendário costumeiro. A praia fechou suas ondas de convívio? Já leu o noticiário pesado, com ameaças medonhas? E a Globo, atônita?
Não sei como firmar espaços para seguir viagem tranquila. Contemplamos angústias, os fantasmas aceleram suas ações, os corpos se encolhem atiçando defesas. Será que os deuses assistem a tudo passivamente ou as religiões servem para amenizar desgastes? Qual a porta que se abre e traz a luz? Depois de teorias que racionalizam a convivência social, perderam-se os afetos mais simples e o desamparo dispara.
Acertar o caminho é um ato coletivo.Refazer a cultura ensina que a privatização é apenas um elogio ao capital. Se não se procura a proximidade, a distância carrega para as escuridões indefiníveis. Portanto, a solidariedade nunca deve ser esquecida. A questão é não concentrar privilégio e adormecer num individualismo perverso. porém voar com pássaros e se largar das dores permanentes..
Paulo Rezende.
A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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