A geometria ajuda a organizar a convivência dos objetos. Surgem desenhos, desafios, ousadias. É espaço de invenções, de assegurar as relações sociais e ampliar as histórias que atravessam o tempo. Mas a sociedade aumentou sua ambições, entrou nas armadilhas, estimulou as disputas e as invejas. As geometrias ganharam forma estranhas e se misturam com os fazeres da tecnologia.
Não se sabe a localização das esquinas e as cidades se enchem de avenidas. Tudo é sinal de perigo. Não se olha para outra. Registra-se a pressa, a falta de cuidado. Será que existem tantas geometrias que o mundo se confunde e a esquizofrenia criam formas que atormentam? O corpo possui seus desenho, porém não esqueça da sensibilidade, não cultive o sucesso como sinal de uma felicidade doentia.
Não subestimo as conquistas, no entanto contemplo encruzilhadas mórbidas e o medo traz quarentenas. Tudo se toca como uma ameaça. Há lugar de encontros? Conversa-se nas esquinas ou os fantasmas assustam? As sociabilidades não se se esticam e a solidão arruína afetos. É preciso dialogar, porém o lugar do cinismo, o jogo das palavras vazias espalhas desconfianças.
Mudaram-se as formas, celebram-se ganhos isolados, desfazem-se culturas. A geometria se articula com a objetividades das bolsas de valores e não busca encantar o mundo. A esquina é o assalto e a política não se liga no coletivo. Mesmo que as tecnologias multipliquem suas forças, a sociedade não consegue acreditar nos valores que aproximam as possibilidades das magias. Confusos não medimos a dimensão da autonomia e os escândalos divertem com seus delírios. Para quê?
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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