segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Polícia Federal diz que DEM promoveu a maior candidatura laranja do País



A policial militar Sonia de Fátima Silva Alves recebeu do partido 240 mil reais e obteve apenas seis votos.


Uma investigação da Polícia Federal descobriu mais um caso de candidatura laranja nas eleições de 2018. Uma candidata a deputada federal pelo DEM, do estado do Acre, teria recebido 240 mil reais do Diretório Nacional da sigla, tornando-se a maior candidatura laranja da última eleição.
Sonia de Fátima Silva Alves é policial militar e, mesmo com todo o dinheiro recebido pelo partido, recebeu apenas seis votos, tornando-se a candidata com o voto mais caro do País – foram 46,6 mil reais de verba pública por apoiador.
De acordo com o inquérito da PF, divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, Sonia foi usada como candidata laranja para desvio dessas verbas em benefício da campanha do deputado federal Alan Rick (AC), presidente do Diretório Estadual do DEM e membro de Executiva Nacional do partido.

“Sendo Alan Rick o beneficiado direto com os gastos de campanha da candidata e tendo ele, ao mesmo tempo, controle do comitê financeiro, que é quem responde civil e criminalmente pelas irregularidades, parece sinalizar que, sem eximir os demais membros do comitê de parte da responsabilidade, Alan Rick Miranda é responsável pelas irregularidades identificadas”, diz relatório do delegado responsável, Jacob Guilherme da Silveira Farias de Melo.
A Polícia Federal relata que Sonia não teve votação nem na cidade de um de seus supostos coordenadores de campanha e que um de seus supostos cabos eleitorais publicou em suas redes sociais pedido de voto para outro candidato. Os policiais colheram também depoimentos de dois ex-integrantes da campanha do DEM no Acre que confirmam a existência da candidatura laranja.
Por meio de sua assessoria, o deputado Alan Rick respondeu à Folha dizendo que Sonia foi escolhida já perto da eleição para a vaga de uma candidata que havia desistido e que o expressivo repasse de verbas, decidido pela Executiva Estadual, ocorreu para que ela pudesse reverter a situação de desvantagem.
“Além de ingressar tardiamente na campanha, a candidata enfrentou diversos contratempos, a exemplo de erros na confecção do material de propaganda e grave enfermidade”, diz a resposta.
Fonte:Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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