sábado, 10 de agosto de 2019

A memória pede passagem


A sociedade está cansada, porém sabe se esconder. Todos querem se envolver com as novidades, mesmo que escorregue nas mentiras. Ninguém está longe dos meios de comunicação e os celulares atuam no cotidiano de forma frequente. Imagine a vida para não ciar no lugar. A memória ajuda a descongelar, inquieta, nas experiências remotas. Riscar os espelhos das lembranças é quase um suicídio.
Se todos convivem com a solidariedade, a história pode multiplicar fantasias generosas e encontras afetos animadores, No entanto, as disputas pesam e ampliam as violências. Existem de armas e notícias de extermínios. Os desamparos mostram que há referência doentias e os atos falhos justificam opressões. Portanto, as desigualdades não se vão e as memórias atiçam buscas. Será que houve sossegos nos primeiro encontros humanos? O conflito registra apenas uma identidade moderna?
Olhar para o acontecido é importante para compreender os desfazer do agora. Há uma compulsão è repetição inegável. As guerras jogam povos nos abismos e competição acena para uma luta delirante. O outro se torna uma ameaça. Como então conversar com a memória e reinventar a história? a pergunta não é tola, nem deixar de balançar que se entrega às apatias. Não subestime sua subjetividade, Desmonte fronteiras. Sem as diferenças as memórias se abatem e os horizontes ganham as cores do apocalipse.
Não esqueça que a história bate na sua porta. Se há ruídos constante é a história que gosta de inquietações. Ficar mudo é sinal de que o passado está sendo sacrificado. A memória não morre. Ela é seletiva, apronta surpresas e desenha assombrações. Não adianta fugir das suas emboscadas. Os tempos estão entrelaçados. Pense no que significa progresso e procure as medidas das enganações políticas. Não conte as narrativas celebrando quantidade e elegendo nobres imperadores.
Por Paulo Rezende. A astúcia de Ulisses.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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