domingo, 14 de julho de 2019

O futebol no meio da grana


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A sociedade cria suas ilusões. Ficar no pesadelo deixa a vida amarga. O futebol tem um espaço privilegiado. nas amenidades contemporâneas. Muito curtem torcer, se apaixonam por determinadas cores e seguem buscando vitórias. Nada de mal em desfrutar das alegrias e correr para o abraço. Acontece que, na sociedade capitalista, a sede por lucro contamina tudo. Tivemos a Copa América que mostrou exageros e esquemas montados para multiplicar riquezas. Os ingressos consolidaram valores exorbitantes. Cria-se uma seleção de público. Os antigos apaixonados são  excluídos.Rendas milionárias assustam e trazem denúncias de corrupções.
O futebol não foge da regra geral. Gera desigualdades. As televisões dominam, vendem pacotes, exaltam o patriotismo. Poucos escapam. Os ídolos ganham patrocínios e se sentem poderosos. Perdeu-se a magia e as marcas tomam conta das camisas. Sempre gostei de futebol. Acompanho, mas me sinto incomodado. É uma invasão que sacode paixões e traz privilégios. Parece que capitalismo cumpre sua aventura com força descomunal.  Expande-se, quer mercado, elitiza, abandona quem se encontra fora do movimento da grana.
Perdi aquele ânimo, embora não negue que me encanta ver a bola solta, com arte. Porém, há valores que difundem mesquinharias. Muitos nem se preocupam. Querem brilhar, fixar padrões especiais. O capitalismo se naturaliza. Não se escapa das suas trapaças? Seu poder de sedução é infalível? Tudo está globalizado. Não se apagam as rebeldias, os descontroles, as indignidades? No entanto, apesar das controvérsias, uma mídia gigantesca empurra concepções, elege opções e intimida quem protesta. A sociedade carrega-se de espertezas para firmar hipocrisias.
Não estou afirmando novidades. Pode ser um lamento inútil, um jogo de palavras perdedoras. Lembrar dos desperdícios ajuda a fortalecer a crítica. Os indiferentes existem e riem. A história segue, contudo não se livra das surpresas. Se todos silenciam, a sociedade se fecha na exploração, fica fragmentada por disputas e crueldades. Essa epidemia de ambições adoece, desmonta possibilidades de  reinventar costumes e sair dos abismos. Não há como se acomodar. Os conflitos são muitos. Moram nas esquinas. O pior são os aplausos de quem se esconde das questões e mergulha no seu conforto.
A astúcia de Ulisses.
Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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