quarta-feira, 10 de julho de 2019

A aventura do cinismo:distrações perversas

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Os ruídos dos tempos modernos são frequentes. Já houve provações contínuas e crescem as buscas incessantes da história. O sonho persiste, apesar dos desmantelos. As palavras se espalham, se vestem de cores berrantes. Quem não quer  contar suas aventuras? Há mágoas e frustrações. Nunca deixou de se fabricar o disfarce para cada situação. Já leu Guimarães? Preste atenção às questões de Riobaldo e analise como a multiplicidades não coisa nova. O mundo possui inúmeras invenções, não foge da ambiguidade e cogita mudar seus significados. É pesado, mas se vai na onda do tapete mágico tecnológico.
O sossego aparece distraído, tentando abafar os ruídos. O bem e mal se confundem, para o delírio dos cínicos. Eles se divertem, compram máscaras, se fazem de vítimas, se balançam nos trapézios. Não se engane.São perigosos, simulam sorrisos e se conectam com os poderes mais sujos. As mudanças técnicas não trouxeram transparências. Levaram a sociedade para curtir mecanismos de comunicação que brincam com a sorte. O tempo inquieta motivos utópicos, porém arquiteta ambiguidades perversas. Muitos temem os vazamentos.
Contar a história não é um pacto com a verdade exclusiva. Marx não é são Francisco, Foucault não é Baudelaire, Graciliano não é Guimarães, Caetano não é Cartola. As diferenças possibilitam interpretações. Nem todos querem consultar os mistérios. Há quem costume construir labirintos e se entregam celebrar ironias. Somos animais  sociais que não se incomodam com os danos da falta de solidariedade.Contar a história é olhar para as permanências e desconfiar de seus sentidos. Os cínicos se elogiam nas instabilidades, no desprezo, nos azares mais perversos.
Não esqueça que as religiões se engessaram. Seus dogmas formulam concepções de mundo, valores, silêncios diante das dúvidas. Se desertos povoam territórios, pesadelos de juízos também impressionam os mais ingênuos. Difícil é desenhar a salvação. Quem não teme as astúcias das escritas, não se cansa de derrubar vulcões e se desfazer de pedras inúteis. Cair nas narrativas do progresso é um escorregão fatal. Conte sua história, sem desconhecer que a memória é seletiva e os deuses estão na terra. Não se negue a escutar o sertão e suas metáforas. Desfie-se. Por Paulo Rezende.
A astúcia de Ulisses

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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