quarta-feira, 22 de maio de 2019

Desmoronamentos de astúcias programadas




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A sociedade gosta de ídolos. Quem não quer a salvação? Quando se encontra frágil busca mitos representativos das angústias. Há momento de adoração, de biografia encantadoras ,de sorrisos gratuitos.Moro apareceu como um soldado da moral. Tinha leis poderosas. Prometia inibir um figura que, para muitos, continua perigosa. Fez sua missão com aplausos. Colocou Lula na prisão, tornou-se um festejado senhor da ética. Houve controvérsias, o processo ganhava contestações pelos seus vazios, mas Moro não hesitou. Desenhou espaços especiais. O fanatismo ampliou-se.
As ações de Moro facilitaram a eleição de Jair. Não se deseja negar os desencontros petistas e os possíveis escorregões do acusado ex-presidente. No entanto, os exageros devem se lembrados.A questão política evidenciava intenções nada saudáveis. Moro ocupou colunas sociais, recebeu honras da imprensa, fixou-se numa vitrine imensa.  A história, porém, possui curvas. Há abismos inesperados, situações traiçoeiras, armadilhas articulados. Moro foi na conversa de Jair. Muitos elogios e lá está num ministério. O discurso moralista se atiça e inquieta os políticos. Moro era inabalável? Navegava na vaidade?  Desmontou-se?
Tudo era luz ou existiam sombras? Os prestígios não são eternos, há frustrações, ninguém é absoluto.Moro não era tão herói como se esperava. Jair manobrou, trouxe segredos, exibiu acordos. Moro seria nomeado para o Suprem. Surgem as questões. Morou trocou sua dignidade pelo cargo?  Poluição na honestidade? Os procuradores se sentiram abalados. O poder judiciário não cansa de produzir ambiguidades. Não conhecia as espertezas de Jair? Moro anda na corda bamba. Ofuscou-se ou prepara uma saída? Gagueja, não é aquele cidadão tão cheio de virtudes. Discute-se  até o conteúdo da sua sapiência intelectual.
O jogo da política não cessa. Não há como apagar as contradições , nem descartar que a situação se veste de limites. Há medos, agonias, expectativas. Os adeptos de Jair não se afastam de vez. Há tensões, contrapontos, desmoronamentos. Atiçaram rebeldias e grupos de oposição buscam fortalecer críticas.As indignações se acendem até no famoso Jornal Nacional. Outros ministros não se afirmam. Guedes é histérico. Não se conecta com a solidariedade, só pensa nas reformas de trilhões. As suspeições estão nas páginas dos jornais. Por que as milícias construíram tantas parcerias? Como entender tanta celebração de violências? E o vocabulário tosco do presidente? A história não sossega. A  inquietação  está nos  espelhos de Brasília.
Por Paulo Rezende. A astúcia de Ulisses.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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