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Lavagem do ponto 0 km da cidade aconteceu nesta quinta.Foto: Tarciso Augusto/Esp.DP. |
A professora Maria da Conceição Ferreira, 56, alisava os cabelos crespos quando assistiu pela primeira vez a um encontro de maracatu no Marco Zero. A apresentação ainda acontecia nas sextas-feiras, durante a abertura do carnaval do Recife, com a regência de Naná Vasconcelos. Aquela noite foi como um ritual de passagem, diz ela. Com mais de 50 anos, a professora se identificou como negra pela primeira vez. Já com o cabelo cheio de tranças, símbolo de identidade e resistência negra, ela acompanhou, na tarde dessa quinta-feira (28), a segunda edição do Ubuntu - Uma consagração ao povo negro, que reuniu 24 grupos do afoxé para uma lavagem simbólica do quilômetro inicial da cidade e palco principal do carnaval do Recife.Ela levou a filha, a assistente social Gabriela Ferreira, 27, e o neto, Antônio, 2. "Desde aquele primeiro encontro que eu assisti, nunca deixei de estar aqui", conta. A dona de casa Rosimere Santos, 50, também é presença certa nas festividades ligadas a religiões de matrizes africanas que antecedem o carnaval. "Não importa se na sexta-feira (como era até 2017) ou na quinta (como acontece desde o ano passado), faço questão de estar aqui", afirma.
Com Diario de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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