terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Ler o mundo sem descuido



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Os livros ajudam a decifrar mistérios. No entanto, o importante é se centrar no cotidiano. Observar que o desequilíbrio contínuo se prolonga. Não há como se divertir com tantas tragédias e os descuidos do poder prevalecem. Estamos encurralados, cheios de medo, aflitos com a insegurança generalizada. Existem assaltos violentos, notícias, enganações políticas, milícias organizadas, Não faltam denúncias. Parece que há uma trama para arruinar as cidades, sacudir poeiras tóxicas , afugentar populações, consolidar desesperos. Alguém se responsabiliza?
O pior é a forma de justificar os desmandos ou as displicências: As verbas são escassas, a natureza é impiedosa. E o luxo dos tribunais, a curtição do cafezinho no Congresso, a corrupção solta que libera a licença para ajudar nas burlas?. Muitos se iludem, suplicam a graça divina e entram nas orações dos pastores milionários. A dominação é esperta. Organiza-se para vender e abastecer o cofre das instituições financeiras. Os juros mostram quem fica com a maior parte e você na torcida pelos parceiros do Big Brother, colocando suas máscaras nas madrugadas televisivas.
A leitura do mundo exige atenção. Há lutas sofisticadas pelo domínio das narrativas. Voltam os dizeres nazistas, elege-se figuras toscas, preocupadas em zelar pela sua mediocridade. Ser vítima não resolve. A sociedade representa os anseios de uma coletividade. A maioria ajuda, muitas vezes, a consagrar privilégios que não são seus, pedem desculpas, depois que os alicerces estão arruinados. Passam pelos conflitos sociais querendo usufruir do melhor beneficio, homenageando mitos, punindo quem não entra na sua toca. Portanto, o reino da ambiguidade se instala.
Tudo isso é agravado pela velocidade. Há tempo para olhar as vitrines, porém como formular a críticas, inquietar, remontar os estragos? A história não cultiva sossego. Os desafios crescem, as multidões andam de cabeça baixa, desconhecem os mapas dos territórios que habitam. Transformam os sonos em intervalos nada saudáveis. Preferem sonhar acordadas com as peripécias do carnaval. A alegria move sentimentos .Cabe vivê-los com autonomia e não embrigado contando as latinhas de cerveja, festejando patrocínios sonegadores. Quem se embala, apenas, com o som dos outros não é porta-bandeira da sua própria aventura. A folia distrai, mas tragédia sepulta. Cuidar faz bem.
A astúcia de Ulisses. Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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