Não há como negar que, no mundo das informações, as notícias se multiplicam de forma assustadora. Desfilam versões que defendem astúcias armadas ou se inventam ídolos programados. O conceito de verdade, aliás, se estraga. Vale o sensacionalismo. Há assuntos que atraem e investem na possível nudez da vida privada. O compromisso com as provas não aparece, pois o espetáculo cultiva o efêmero. O importante é criar uma atmosfera que sustente novidades. Os jornais passam por um situação difícil e se comportam como desgastados partidos políticos, tentando fugir de uma falência anunciada.
Tudo fica confuso, pois a memória é desmontada. Não é sem razão. Muitos afirmam que Hitler era um socialista e Franco um grande defensor dos valores democráticos. A mistura não se esgota fácil. Os crimes religiosos são esquecidos, santificam-se figuras que mentem com habilidade. A sociedade se agita e nem se preocupa em se responsabilidade com a canalhice. Quer o dinheiro solto, apesar das denúncias e do repúdio dos rebeldes. A história é crucificada e Cristo se torna um astro. Mas o que foi que ele trouxe para o debate histórico: o luxo ou a luta?
Entra ano, sai ano. O ritmo dos calendários gostam de burocracia. Continua a violências, surgem políticos trapalhões, os Estados Unidos assanham suas ordens, a violência enche o cofre das milícias, os fogo assumem brilhos estonteantes. Existem solidariedades, arrecadam-se objetos, roupas, alimentos. No entanto, não se toca na estrutura e os refugiados seguem suas aventuras nada dignas. Arruinar a memória é não observar que há lixos e eles estão podres. Você acham que as revoluções só sinalizaram com generosidades? O que significa se congelar no agora? Cabe respirar para não se sufocar no pessimismo e consagrar a tragédia que se arrasta desde os tempos mais remotos.
O capital possui poder de sedução. Seus admiradores ficam perplexos com tantas especializações e correm para consumir. Quem ganha é uma minoria. Os monopólios não se vão e teorias justificam as desigualdades. Portanto, os dominantes reforçam seus lugares, desprezem certos problemas, usam artimanhas sem limites. conseguem o riso das hienas eletrônicas. A história não tem sentido determinado. É uma invenção humana. Seu peso depende dos projetos elaborados, das ousadias e dos interesses. Tudo passa pelo coletivo se ele buscar contrapontos e se descolar da aflição. Será que amanhã não será outro dia? Depende de quem sacudir fora a principal máscara. Os esqueletos também se movem e dançam com os ruídos resistentes.
Paulo RezendeProfessor Edgar Bom Jardim - PE
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