Quando Manuela Liera, 28 anos, foi convidada por um amigo para ser DJ em uma festa, há pouco mais de três anos, de imediato ela enxergou a oportunidade de empoderar-se em um espaço, quase sempre, dominado por homens. E especialmente por ser negra e mulher, o desejo de dar certo no comando ‘das pistas’ ganhou mais impulso e ‘Manu Liera’ – como é conhecida quando está à frente das batidas musicais – se profissionalizou.
Nesta sexta-feira (9), ao lado de Anderson Oliveira (DJ Big), ela auxiliou na Oficina de DJ para Mulheres, uma das atividades voltadas para o público feminino integrante da programação da segunda edição do Rec’n’Play, que acontece até este sábado (10), em espaços e ruas do Bairro do Recife, e oferece uma série de atividades gratuitas.
“Em universos culturalmente masculinos, cada vez mais as mulheres estão conquistando espaços e se mostrando profissionalmente. A ideia de ter uma mulher no comando da pista não pode mais ser ‘vendida’ como novidade, embora ainda tenha muito preconceito. O propósito de oficinas como a de DJ para mulheres é, exatamente, mostrar que nós estamos atentas na conquista de novos espaços”, ressaltou Liera.
“O festival demonstrou um cuidado maior com a inclusão de mais espaços para a participação da mulher. O MINAs deu sugestões, mas percebemos que a programação já estava contemplando coisas boas para esse público. A perspectiva é de que continuemos avançando, inclusive com o desejo de mais oportunidades de ações como as que estão sendo contempladas pelo Rec'n'Play”, ressaltou Natália.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
Nesta sexta-feira (9), ao lado de Anderson Oliveira (DJ Big), ela auxiliou na Oficina de DJ para Mulheres, uma das atividades voltadas para o público feminino integrante da programação da segunda edição do Rec’n’Play, que acontece até este sábado (10), em espaços e ruas do Bairro do Recife, e oferece uma série de atividades gratuitas.
“Em universos culturalmente masculinos, cada vez mais as mulheres estão conquistando espaços e se mostrando profissionalmente. A ideia de ter uma mulher no comando da pista não pode mais ser ‘vendida’ como novidade, embora ainda tenha muito preconceito. O propósito de oficinas como a de DJ para mulheres é, exatamente, mostrar que nós estamos atentas na conquista de novos espaços”, ressaltou Liera.
A oficina, ministrada no Paço do Frevo, contou com mais de quinze meninas interessadas em conhecer um pouco mais sobre o universo da reprodução de discos. “Sempre gostei de música e me inscrevi por curiosidade em saber como funciona a mesa de som, como ela é manipulada. Além da interação com outras pessoas que estão o tanto quanto, querendo aprender sobre o trabalho de um DJ”, contou a estudante de design Lívia Pastichi, 25 anos.
Assim como as aulas de DJ, outros espaços e atividades ofereceram palestras com temáticas voltadas para o universo feminino. A exemplo da Oficina de Design de Set para Mulheres e da palestra Awake: mulheres e tecnologia, ambas na programação desta sexta (9) por Juliana Alencar, consultora do Sebrae. “Estamos vivendo uma forte transformação digital e a mulher tem um papel fundamental, porque carrega diversidades que lhe são inerentes e, por isso mesmo, dão fluência aos negócios. O mercado da tecnologia tem espaço para a profissional mulher, que precisa ter coragem em seguir os seus instintos e encarar os desafios”, frisou Juliana.
Para a engenheira de produção Kallyne Mendes, 25 anos, que participa pela primeira do Rec’n’Play, eventos com atividades direcionadas ao público feminino, deveriam ser mais recorrentes para atender a necessidades de encorajar mulheres que desconhecem, por vezes, a força que têm. “Estou aqui para aprimorar o conhecimento na área e lamento por não participar de mais atividades desse tipo. São iniciativas como essas que fazem com que a mulher acredite em sua capacidade de estar onde quiser, fazendo o que quiser”.
MINAs
Lançado pelo Porto Digital, o programa Mulheres em Inovação, Negócios e Artes (MINAs), busca aproximar mulheres do mundo da tecnologia, uma realidade ainda distante quando se fala em ‘equidade de gêneros’ na temática da Ciência e Tecnologia – um mercado, no país, ocupado por 20% de mulheres.
Lançado pelo Porto Digital, o programa Mulheres em Inovação, Negócios e Artes (MINAs), busca aproximar mulheres do mundo da tecnologia, uma realidade ainda distante quando se fala em ‘equidade de gêneros’ na temática da Ciência e Tecnologia – um mercado, no país, ocupado por 20% de mulheres.
No entanto, a programação desta edição do Rec’n’Play, trouxe um maior número de propostas com atividades com foco na participação de mulheres como público-alvo principal. Um fato que anima a coordenadora do programa, Natália Lacerda, que participou da proposição de atividades para o festival, voltadas para o público feminino.
Natália Lacerda coordena o programa MINAs - Foto: Divulgação
ProgramaçãoA exposição fotográfica 'Identidade Feminina da Comunidade do Pilar', da fotógrafa Thamires Lima, traz mulheres moradoras do Bairro do Recife, boa parte delas mães solo, que precisam de esforços redobrados para conseguir o sustento da família. Laços afetivos com a família e com animais de estimação, retratam na mostra os sentimentos de mulheres como Fátima, Lurdes, Maria, Vilma, Priscila e Vera - representantes da Comunidade do Pilar.
A exposição acontece na SinsPire, localizada na Rua da Guia, em cartaz até este sábado (10), das 8h às 19h. Para visitação é necessário realizar a inscrição no site do Rec'n'Play. Vale ressaltar, no entanto, que a entrada no espaço está condicionada à ordem de chegada e lotação da sala.
Já a Mesa: Mulheres Negras na Literatura Pernambucana, com palestras de Adélia Oliveira, Kemla Baptista e Roma Julia, realizadas no Paço do Frevo/Sala Capiba, das 16h40 às 18h deste sábado (10), versará sobre a arte e cultura, especificamente no campo da literatura como formação crítica de pessoas.
A exposição acontece na SinsPire, localizada na Rua da Guia, em cartaz até este sábado (10), das 8h às 19h. Para visitação é necessário realizar a inscrição no site do Rec'n'Play. Vale ressaltar, no entanto, que a entrada no espaço está condicionada à ordem de chegada e lotação da sala.
Já a Mesa: Mulheres Negras na Literatura Pernambucana, com palestras de Adélia Oliveira, Kemla Baptista e Roma Julia, realizadas no Paço do Frevo/Sala Capiba, das 16h40 às 18h deste sábado (10), versará sobre a arte e cultura, especificamente no campo da literatura como formação crítica de pessoas.
O recorte do encontro falará sobre a participação da mulher negra na literatura, em especial na pernambucana. Aos interessados que desejarem participar, a inscrição pode ser feita no site do Rec'n'Play e, da mesma forma que as demais atividades, a entrada na atividade está sujeita à ordem de chegada e à lotação da sala.
Com informações de Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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