sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Bolsonaro não está no vazio


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A grande ilusão de se achar dono da verdade traz ameaças. Não se descuide de Jair. Ele faz das tripas coração e possui poder de convencimento. Não esqueça que a mídia seduz. Há quem aposte nas suas concepções. Os torcedores do autoritarismo conseguem espaço e reforçam barbaridades. A sociedade divide-se, não se esconde do fascismo, nem apaga a ditadura. Para muitos é uma questão de sobrevivência. O ser humano não é angelical. Bate forte. Observe as guerras e o cinismo que encobre as corrupções. A atmosfera é pesada.
Dizer que Jair é uma aberração é condenar muitos com discursos passadistas. Portanto, os feitos democráticos possuem seus inimigos e os ressentimentos não deixam de estar presentes. Ele salta obstáculos, mostra atrevimentos, mas há quem fique calado e o aplauda com entusiamo. Análise as alianças, as dificuldades de Ciro, os discursos do PSDB. A confusão é imensa, porque os projetos procuram responder aos valores do mercado; PSB, PC do B, PT estão tropeçando. Lula se torna uma voz que parece purificar tudo. Há complexidades até nas pesquisas eleitorais.
Há quem apague o cotidiano.Estamos numa sociedade que exalta o consumo, não respeita a solidariedade, concentra riqueza. Querer que Bolsonaro não tenha público é uma ingenuidade. É preciso mostrar que ele  é um produto. Ele forma seu circo,  agrega  intelectuais, vive dramas bem ensaiados. Mete medo, pois espalha coerências confusas como se desejasse salvar o mundo. Para os que o admiram se fez um mito, celebra tradições, merece cantos e elogios. Não é apenas ignorância.Interesses ganham religiões, partidos, latifundiários. Os ruídos estão em toda parte.
As eleições caminham sobre o obscuro. Não podiam ser diferentes da convivência que nos cerca. O passado histórico conta muita coisa. Ficar no agora é uma tolice. Já houve ameaças fascistas em outros tempos e o autoritarismo assanha muita gente. A insegurança sacode as ideias, bestializa, inquieta. Na hora das escolhas a tremedeira convence que é fundamental prestigiar quem alimenta um discurso de destemor. Os enganos acontecem, as minorias não se cansam dos privilégios. Bolsonaro não é o demônio do apocalipse. Reúne quem gosta da  opressão. Eles são muitos. A astúcia de Ulisses.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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