sexta-feira, 8 de junho de 2018

A rede da corrupção e do medo se estica


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A confusão foi enorme, mas vai continuar. A corrução não descansou, procura outras manhas. A sociedade vive valores embaralhados, se solta na desconfiança e na violência. Os postos de gasolina transformaram-se em atrações e lugares de intrigas. Além disso, o comércio se diversificou. Com sempre surgem mercadorias estranhas e a luta por espaço se multiplica. Compreender como o país anda é tarefa árdua. A heterogeneidade é radical. O diálogo é trocado por negociatas. O que pesa são delações, com milhões anunciados na imprensa.
O interessante não é o estímulo à disputa. Inventam-se boatos. A sociedade vive de suposições. É preciso se voltar para o passado. A tradição é autoritária. Mas há quem fique sonhando com redemocratização, perdido numa memória desqualificada. Outros já juntam grana, preocupados. Observam a costura das eleições. Os partido mudam siglas, invertem idéias, adormecem em nomes. É incrível como o cinismo não se abala. As famílias se sucedem, abrindo espaço para corrupções íntimas.
O desconhecimento da história traz danos. Discute-se o aqui e o agora. As soluções apresentam milagres. Alguns argumentam sobre a necessidade da censura, esquecem as torturas e a força da milícias. A dificuldade  abrir espaços  para que  a sociedade se renove, mas ela se recompõe com práticas congeladas. Não se investe em educação, se despreza a reflexão, se cria um mundo de alegrias mascaradas. Portanto, demolir a corrupção requer coragem, pois a banalidade dos assassinatos ganhou as ruas.
Por detrás dos sorrisos, há seguranças arruinadas. Tudo passa, é verdade. As dores, contudo, não se vão. Os dominantes sabem como domesticá-las com promessas e esmolas. A rebeldia não incomoda, numa sociedade que consagra os valores de uma classe média egocêntrica. Com a solidariedade sendo rara, os dramas se seguram. As guerras internas existem, o contrabando de armas alimentam os ódios. Não subestime a quebra. Ela é grande. A casa não caiu, porém as grades garantem um sossego aparente e as histerias poluem a atmosfera. A astúcia de Ulisses.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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