Ato reúne centenas de trabalhadores nas principais ruas do Centro do Recife. Foto: Sávio Gabriel/DP |
Após a manhã de protestos contra a reforma da Previdência, as centrais sindicais de Pernambuco se reúnem, na tarde desta segunda-feira, no Parque 13 de Maio, no bairro da Boa Vista, para mais um ato contra a votação. Ao longo do dia, os postos de atendimento do INSS e escolas fecharam as portas, houve bloqueios nas principais rodovias federais que cortam o estado e, agora, os trabalhadores saem em caminhada para manter a pressão sobre os deputados federais.
O ato é endossado por faixas e dois trios elétricos. Depois da concentração, que começou por volta das 15h, os trabalhadores saíram em caminhada pela Rua do Hospício em direção à Avenida Conde da Boa Vista. Os organizadores adiantaram que a mobilização deve seguir até a Praça da Independência, mais conhecida como Pracinha do Diario.
"Desde o início da manhã, teve ação no estado todo e paralisação de diversas categorias. É preciso lembrar que a reforma da Previdência não está sendo votada, porque Temer não tem maioria. O povo está na rua, está pressionando os deputados nas suas bases eleitorais, e ele não tem os 308 votos. A intervenção no Rio de Janeiro é apenas uma desculpa para ele não votar. E, pode ter certeza, todas as vezes que anunciarem a votação da reforma da Previdência nós vamos parar o Brasil", adiantou o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras.
Durante o ato, houve uma peça teatral explicando os danos da reforma aos trabalhadores. Foto: Sávio Gabriel/DP |
Segundo a liderança sindical, não haverá trégua. "Vamos fazer muitas manifestações, muitos atos, vamos continuar denunciando nas bases eleitorais de cada deputado federal. A população vai continuar informada sobre quais são os parlamentares que estão em Brasília assaltando os direitos da classe trabalhadora", advertiu. "A principal ação agora é manter o que os trabalhadores têm feito nas bases eleitorais. Essa pressão tem gerado medo neles no ano eleitoral. A nossa estratégia é a mesma do Temer, que ameaça não apoiar os candidatos caso não votem a favor da reforma", explicou Veras.
Caminhada começou por volta das 17h. Foto: Sávio Gabriel/DP |
As centrais denunciam que a reforma não acaba com privilégios. "A superaposentadoria continua, a exemplo do próprio Temer, que se aposentou com 55 anos recebendo mais de R$ 30 mil. Na CPI da Previdência, R$ 4,7 trilhões deixaram de ser arrecadados por conta das dívidas de empresas públicas e privadas. O trabalhador tem o valor descontado, mas as empresas não repassam para o governo, o que gera a dívida. É preciso combater a sonegação e cobrar a dívida, não penalizar os trabalhadores", continuou o sindicalista.
Além da CUT-PE, outras oito centrais sindicais participam do ato, entre elas, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Sindical e Popular/Conlutas (CSP/Conlutas), a Intersindical e também a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo. "Não podemos ter tranqulidade com um governo golpista como esse cheio de artifícios. Essa reforma crimonosa só privilegia os banqueiros e acaba com o direito a aposentadoria de todos os homens e mulheres do país. Não vamos deixar isso acontecer", concluiu.
Com informações do repórter Sávio Gabriel
Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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