terça-feira, 24 de outubro de 2017

TJPE: Banca organizadora do concurso nega fraude

O concurso do TJPE é alvo de polêmica desde a primeira segunda-feira pós prova, quando candidatos denunciaram ter presenciado falhas na fiscalização e o descumprimento de itens do edital
O concurso do TJPE é alvo de polêmica desde a primeira segunda-feira pós prova, quando candidatos denunciaram ter presenciado falhas na fiscalização e o descumprimento de itens do editalFoto: Cortesia
O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), banca organizadora do concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), negou qualquer evidência de fraude durante a aplicação das provas realizadas no último dia 15. Por meio de nota encaminhada nesta terça-feira (24), o IBFC afirma que o delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, na Paraíba, “falta com a verdade”.

A banca comenta que “nunca impediu qualquer investigação policial”, tendo “contribuído ativamente com todas as autoridades envolvidas”. Ainda, acusa o delegado Lucas de nunca ter solicitado “qualquer acesso aos locais de prova do concurso”. O IBFC afirmou ter “encaminhado, com dez dias de antecedência, ao delegado todas as informações acerca dos candidatos que já eram investigados".

Por fim, a organizadora diz que “mais de metade dos suspeitos nem mesmo compareceu no dia da avaliação”, prometendo tomar providências “contra toda e qualquer manifestação caluniosa” à banca. 

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Delegado rebate

Procurado pela Folha de Pernambuco nesta terça, o delegado Lucas Sá disse “que há fortes indícios” de que houve fraude no certame. Um dos indícios é de que três suspeitos presos pela Operação Gabarito, realizada pela Polícia Civil da Paraíba (PCPB), estavam inscritos na prova.

“Ficou comprovado que a organização criminosa, investigada pela PCPB, havia negociado vagas para este concurso (do TJPE), pelo menos desde março de 2017”. As irregularidades na aplicação do teste estariam comprovadas por causa das “mais de 400 denúncias feitas ao Ministério Público”.

Sobre críticas a sua atuação, Lucas Sá nega qualquer tipo de sensacionalismo. “Não é nosso objetivo atuar de maneira sensacionalista. Se fosse, teríamos divulgado todos os arquivos”, rebateu. Segundo o delegado, foi analisado aproximadamente 14 mil arquivos digitais.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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