sexta-feira, 14 de julho de 2017

Não se engane com o capitalismo


O campo da polêmica não deve ser esquecido. Muitos vivem distraidamente. São amigos da culpa, não se sentem responsáveis por nada. A infantilização não é rara. A sociedade atravessa por abismos e está sem conhecer o caminho mais favorável. Critica-se a corrupção, as besteiras de Temer, as injúrias de Trump. Mas o buraco está mais embaixo. O capitalismo se expande apesar das perturbações. Não sobrevive sem a exploração. Observe as reformas propostas pelo governo. Na reunião das potências, houve protestos. Não adianta ficar na fofoca , no exibicionismo, gritando por socorro. Há buscas de identidades que necessitam de luta e esclarecimento. Cuidado com as manipulações!
A desigualdade não se vai. As minorias, que comandam ,querem acumular e possuem assessores com argumentos poderosos. O mercado está aberto para delações, jogos no câmbio, intrigas partidárias. Tudo isso gera grana, bilhões, propinas. No Brasil, a concentração de riqueza é agressiva. No entanto, o discurso do progresso perdura e a canalhice brilha. É preciso esclarecer a razão de tantas diferenças, as ingenuidades disfarçadas. Alguém ganha. Não se trata, apenas, de ideias. Os interesses predominam, apagam reações, inventam propagandas, congelam inquietações.
O medo do socialismo é evidente. Há o fantasma de Stálin, as lembranças do fascismo., a guerra surda O socialismo não é a celebração do autoritarismo. Sua existência não admite concentração de riqueza. Para que ele funcione a democracia é fundamental. Não uma democracia de eleições combinadas. Sem a divisão do poder, da riqueza, a descentralização não temos o socialismo. Há toda um debate que amedronta, sacraliza a propriedade privada. Ficamos na superfície com a classe média se lamentando de ameaças, querendo manter seus privilégios. Se há excesso para uns, a maioria sufoca-se no cotidiano. A sociabilidade se retrai, o egocentrismo consulta Narciso.
As lembranças históricas merecem cuidados. As perguntas não podem ser escondidas. O que é mesmo o fascismo de Mussolini? Por que tanta opressão no capitalismo? O que as grandes corporações desejam? A logica de comportamento também influencia. Muito individualismo, arrogância, falta de solidariedade. Será que tudo  é manobra do acaso. Temer é uma peça. A engrenagem é bem montada. Se o capitalismo se mantém, não como desmontar as diferenças sociais. As lamúrias tomarão o lugar das rebeldias e as imagens continuarão iludindo. O medo estará desenhado nos nossos espelhos. As intrigas surgem nos grupos que parecem defender mudanças. As infantilizações perniciosas e lideranças embriagadas com o autoritarismo existem mesmo entre os ditos rebeldes.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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