sexta-feira, 24 de março de 2017

Qual o peso da justiça no Brasil?


Não faltam dúvidas. Quem se salva? A lista de Janot é feroz. Passa por quase toda população dos políticos. Muita acusação, dinheiro solto, revelação de intimidades, senadores e deputados enlouquecidos. Há sustos, mas também hipocrisias e respostas prontas. Será que tudo vai tomar o caminho do esclarecimento? Ninguém sabe. Muitos processos contaminam perspectivas eleitorais. Quem pode sonhar com democracia numa corrupção sem fim? Não tenho certeza. Janot não trabalha só, possui assessorias, escutas, telefones secretos. Abre rotas burocráticas. Deixa complexidades e desafia o Supremo. Talvez andem pelas mesmas ruas, procurando um restaurante com carnes importadas.
O Brasil é turbulência, riso, desvario. Tudo se mistura. Fico procurando palavras para defini-lo. Difícil. Espio Renan, Malafaia, Lobão e tantos outros. Há diversidade que amedronta. Quem sustenta os desejos de sujar a sociedade e de expandir o território do lixo? Parece a que a descoberta é infinita. Assanha-se por todos os lados. As notícias se ampliam, porém as provas são dúbias. Temer disse não ligar para impopularidade. Lula está circulando no meios de acusações. Não pense que há vitórias transparentes. O futuro não acolhe esperanças, quando as desconfianças rastejam e as transposições se chocam.Os rios correm em busca de comícios, há uma sede que oprime e constrange.
As crises são contínuas. Não cessam. O perigo é a ousadia de querer mantê-la como uma epidemia. Há vírus político, no meio de secas e discursos óbvios. Quem chega primeiro? As fortunas acumuladas encontram saídas, zombam dos que reformam as penitenciárias. Reforçam salários dos que decidem ou exportam emboscadas tenebrosas. Os professores vivem na ponta do abismo. Eles ensinam, cuidam da ética, contudo não acreditam naquilo que significaria a queda do sistema. Qual o peso de tantos desgovernos e jogos injustos? O Brasil cultiva histerismos e psicopatias visíveis. Basta ler os pronunciamentos dos que se colocam como espertos.
Se está tudo podre, as relações seguem espalhando drogas. É importante marcar quem são os privilegiados.  Por que existe uma desigualdade extrema? Não se busca consertos, mas tratar os enganos e inventar punições. Querem mesmo limpar a vergonha com as águas das perdições? Nessa terra se plantando tudo dá, escrevia Caminha. Não apenas o Brasil se envolve com desacertos e sepulta a solidariedade. O mundo não foge da violência, vende identidades, se sufoca com as mercadorias. Quem não conhece a história do paraíso imagina que a justiça se guarda no inferno das maçãs. Como tudo se desconecta e se veste como farrapos do juízo final!

Por Antônio Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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