quarta-feira, 27 de abril de 2016

O beijo e o sonho

Há paraísos sem pecados, sem deuses, sem ansiedades.
A imaginação desenha as possibilidades, mas tem limite, se desinventa.
Cada tempo encerrado afirma que a morte não é ficção e
a história vive de assombrações repentinas e loucuras avulsas.
Não atravesse estradas conhecidas pelo medo e a covardia,
não consagre o descuido, nem celebre solidões anônimas.
As crises constantes são sinais de inquietudes tardias e de raivas doentias.
Há um espelho que conta tudo, sepulta mentiras sem desfazer as verdades,
esconde abismos, anoitece para esquecer a dor da existência sem sentido.
Tudo é efêmero como a distância de um beijo que não se apaixona pelo sonho e
um voo de um beija-flor que busca enfeitiçar todas as flores.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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