segunda-feira, 7 de março de 2016

16 milhões de meninas nunca terão acesso ao ensino primário. Assustador, não?

A desigualdade de gênero na educação ainda é assustadora.

No mundo, 757 milhões de adultos e 115 milhões de jovens são analfabetos. Dois terços desses números são mulheres e, aparentemente, esse quadro não vai mudar tão cedo. Por causa do Dia Internacional da Mulher, a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) divulgou um Atlas da Desigualdade de Gênero na Educação. Os dados não são nada animadores: 16 milhões de meninas entre 6 e 11 anos nunca aprenderão a ler nem escrever, comparado a 8 milhões de meninos na mesma situação. Triste, não é?!
A região com a maior desigualdade na educação é a Ásia Meridional, onde 80% das meninas não frequentam a escola e jamais terão esse direito, enquanto apenas 16% dos meninos não estudam. Já na África Subsaariana o número da população feminina que não terá acesso à educação primária é 9.5 milhões, quase o dobro do número da masculina (5 milhões). 
Quando se trata do tempo de permanência na escola, também há desigualdade. Na Ásia Meridional é esperado que um menino estude por 12 anos e uma menina, por 11. Enquanto isso, na África Subsaariana e nos Estados Árabes, essa diferença é de 3 anos. Claramente, apesar de todos o avanços, quando o assunto é educação as meninas ainda são as primeiras a serem excluídas. Atualmente, são 63 milhões delas fora da escola. Sim. Tudo isso. 
Sobre a graduação no ensino superior, a mulher já é maioria. No entanto, os dados da Unesco indicam que só 28% dos pesquisadores no mundo são mulheres. Elas são minoria principalmente nas áreas de Ciências, Engenharia, Fabricação e Construção e Agricultura. Vale ainda ressaltar os dados recentemente divulgados pela OIT (Organização Internacional do Trabalho): globalmente, em média, o salário das mulheres é 23% menor que o dos homes. Quanto à aposentadoria, as mulheres recebem 8,9% a menos. 

A paquistanesa Malala Yousafzai ganhou um Prêmio Nobel da Paz aos 17 anos. É reconhecida por lutar pelo direito à educação feminina em seu país.

Ficou assustada com os dados? Eles mostram uma realidade que ainda tem muuuito o que evoluir. A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, enxerga uma esperança: "Devemos trabalhar em todos os níveis, da base aos líderes globais, para colocar igualdade e inclusão no núcleo de todas as políticas, para que todas as garotas, independentemente das circunstâncias,frequentem a escola e se tornem cidadãs empoderadas".  Fonte:capricho.abril.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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