terça-feira, 17 de junho de 2014

Trinta famílias estão desabrigadas em Natal

Prefeitura de Natal, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas), contabiliza até o momento 100 famílias afetadas pelas chuvas no bairro de Mãe Luíza, na Zona Leste da cidade. Destas, 30 continuam desabrigadas, sendo que duas delas estão alojadas na Escola Municipal Santos Reis. As demais estão espalhadas em igrejas e em casas de familiares. Na rua Guanabara, várias moradias correm risco de desmoronar em razão da cratera que se abriu no meio da pista durante as chuvas que caíram durante o final de semana. Parte do asfalto cedeu e deslizou barranco abaixo, levando também as calçadas das residências, duas casas, um carro, pedras e muita terra para a Via Costeira, principal acesso à rede hoteleira. Não há registro de feridos.
Em outros pontos da capital potiguar, como Lagoa do Preá, Novo Horizonte, Comunidade do Jacó e São Conrado, a equipe da Semtas cadastrou outras 30 famílias.
Na manhã desta segunda-feira (16), uma equipe da Semtas continua realizando cadastramento em Mãe Luíza e em outros pontos da cidade, com o objetivo de identificar famílias em situação de vulnerabilidade social.
De acordo com a titular da Semtas, Ilzamar Pereira, as doações continuam sendo importantes. “Estaremos com uma equipe fixa na Escola Municipal Santos Reis, recebendo doações ao longo do dia. Estamos precisando de sacos plásticos para fazermos kits para distribuição”, pede.
A secretária ainda informou que está planejando a logística para iniciar a distribuição dos donativos na próxima quarta-feira (18). Porém, ela ressaltou que os casos mais delicados já vêm recebendo apoio da Semtas.
Chuva abre cratera e casas correm risco de desmoronamento no bairro de Mãe Luíza, na Zona Leste de Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)Moradores se arriscaram subindo nos destroços
(Foto: Felipe Gibson/G1)
Risco de vida
Mesmo interditada pela Defesa Civil Municipal, a área atingida pelos deslizamentos foi invadida por moradores na manhã desta segunda. As pessoas subiram nos escombros sem serem incomodadas. Além dos moradores, que chegaram a usar escadas para chegar às suas casas e recolher pertences deixados nos imóveis, curiosos se aglomeravam na área e escalavam para ver mais de perto os estragos do desastre ocorrido na noite do sábado (14). A Prefeitura de Natal decretou estado de calamidade pública por 180 dias devido aos deslizamentos de terra e transbordamentos de lagoas de captação registrados no fim de semana. Veja galeria de fotos eimagens aéreas do local onde houve deslizamentos.
Trégua
No final da manhã deste domingo, após mais de 50 horas, as chuvas que começaram a cair em Natal na sexta-feira (13) deram uma trégua. De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn), em 48 horas choveu mais de 330 mm na capital potiguar. A média histórica de chuvas no mês de junho em Natal, ainda segundo a Emparn, é de 284 mm. “Choveu nestes dois dias o equivalente a média histórica de todo o mês de junho”, afirmou o meteorologista Gilmar Bristot.
Casas correm risco de desabamento em Mãe Luíza após chuvas em Natal (Foto:  Kaline Lucena/G1)Casas correm risco de desabamento em Mãe Luíza após chuvas em Natal (Foto: Kaline Lucena/G1)
Calamidade
A Prefeitura de Natal decretou estado de calamidade pública por 180 dias devido aos deslizamentos de terra e transbordamentos de lagoas de captação registrados no sábado (14) e no domingo (15). O documento, assinado pelo prefeito Carlos Eduardo, foi publicado na edição desta segunda do Diário Oficial do Município (DOM).
Natal é uma das sedes da Copa do Mundo. Nesta segunda-feira, a cidade recebe a partida entre Gana e Estados Unidos, pelo grupo G do Mundial. Mesmo após mais de 50 horas de chuvas, o jogo está confirmado. A Polícia Militar orienta que os turistas que estejam na Via Costeira sigam para a Arena das Dunas usando a Avenida Engenheiro Roberto Freire.
Chuva abre cratera e casas correm risco de desmoronamento no bairro de Mãe Luíza, na Zona Leste de Natal (Foto: Everaldo Costa/Inter TV Cabugi)Mãe Luíza foi um dos bairros mais atingidos pelas chuvas que castigaram Natal (Foto: Everaldo Costa/Inter TV Cabugi)

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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