terça-feira, 26 de novembro de 2013

Diretora é suspeita de usar dinheiro público em compras pessoais


Entre os produtos estão cera de depilar, alicate de cutícula e uma bolsa.
Caso deverá ser encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR).


Professor Edgar Bom Jardim - PE
A diretora de uma creche municipal de São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná, é suspeita de comprar objetos pessoais e pagar com o dinheiro repassado pela prefeitura. Recursos que deveriam ser usados exclusivamente para comprar material de expediente e de limpeza vinham sendo desviados para o pagamento de mercadorias como cera para depilação, alicate de cutícula, uma bolsa e até produtos usados para emagrecer.
O caso foi descoberto quando funcionários do Centro Municipal de Educação Infantil Sueli Maria Ferreira Manenti começaram a perceber que passou a faltar produtos de limpeza. Descondiados, decidiram consultar as notas e perceberam as irregularidades. Além dos produtos pessoais, em algumas das notas apresentadas não constam a descrição da mercadoria adquirida, apenas o preço total da compra, o nome da creche e a assinatura da diretora, que está afastada.
Segundo a Secretária Municipal de Educação, Marli Frasson Possamai, as notas apresentadas até agora à prefeitura não apresentam nenhuma irregularidade. “As notas que passaram pela contabilidade da prefeitura estão corretas e apresentam apenas materiais de limpeza e de expediente, o que pode ser comprado pelo CMEI”, comentou a afirmar que ainda não recebeu as notas que estão sendo analisadas por uma comissão administrativa.
A diretora interina da creche afirma, no entanto, que as notas foram reunidas, copiadas e encaminhadas à Secretaria de Educação. “A secretária, juntamente com uma equipe, vieram até o CMEI, fizeram uma ata e depois de alguns dias afastaram a direção”, afirma a coordenadora pedagógica Andreia Cavalheiro.
O centro de educação recebe mensalmente cerca de R$ 1,7 mil. O dinheiro é administrado pela Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF). Ambos devem prestar contas à prefeitura a cada dois meses. “Quem deve fiscalizar a aplicação deste recurso é a APMF”, apontou a secretária de Educação. O presidente da associação, Paulo Zanatta, disse que apenas assinava “os cheques” e não soube afirmar a origem do dinheiro usado na creche.
Parte do dinheiro arrecadado com festas e promoções e que deveria ser usado na manutenção também teriam sido desviados. As suspeitas também deverão ser investigadas pelo Ministério Público Estadual (MP-PR). Com informações da RPC TV Foz do Iguaçu

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