quinta-feira, 18 de abril de 2013

Após ameaça de suspensão, júri do Carandiru é retomado


Jurado que havia passado mal voltou a acompanhar julgamento; quatro PMs réus no processo vão ser interrogados

Jean-Philip Struck
Vista aérea de um dos pavilhões do complexo penitenciário do Carandiru com lençóis brancos nas janelas pedindo paz após a invasão da PM. Cerca de 27 mil presos se rebelaram simultaneamente em 24 presídios de 19 cidades paulistas. O motim, o maior do país, começou no complexo penitenciário do Carandiru
Vista aérea de um dos pavilhões do complexo penitenciário do Carandiru com lençóis brancos nas janelas pedindo paz após a invasão da PM. Cerca de 27 mil presos se rebelaram simultaneamente em 24 presídios de 19 cidades paulistas. O motim, o maior do país, começou no complexo penitenciário do Carandiru - Evelson de Freitas/Folhapress
Após correr o risco de ser suspenso novamente, o júri dos 26 policiais militares acusados de matar quinze das 111 vítimas do massacre do antigo presídio do Carandiru foi retomado na tarde desta quinta-feira, por volta de 15h.
Inicialmente, a sessão estava prevista para começar ainda pela manhã, mas sofreu atraso porque um dos jurados, que havia passado mal antes da sessão do dia anterior – que foi suspensa – ainda não estava em condições de voltar e acompanhar os trabalhos. O julgamento correu o risco de ser novamente interrompido, a exemplo do que ocorreu nesta quarta-feira, ou até ser novamente adiado, com a dissolução do corpo de jurados e a formação de um novo, como aconteceu na semana passada. Por volta de 14h, após o jurado passar por uma avaliação médica, o juiz responsável pelo caso decidiu retomar o júri. 
No momento, os jurados acompanham a retomada da leitura das peças do processo, um procedimento que começou na noite de terça-feira e que ainda não havia sido concluído. Somente após o término da leitura é que os réus serão interrogados. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a defesa apresentou apenas quatro dos 26 réus para o interrogatório. Eles devem também ser ouvidos pela promotoria. 
Todos os réus eram membros da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, a Rota. No massacre do Carandiru, eles foram responsáveis por retomar o controle do primeiro andar do pavilhão nove da Casa de Detenção, onde morreram quinze presos após uma rebelião. Outros 53 PMs ainda respondem pelas 96 mortes que ocorreram nos outros andares do pavilhão – e devem ser julgados ainda neste ano. 

O massacre do Carandiru

Vinte anos após a morte de 111 detentos, começa o júri dos PMs que participaram da ação

1 de 10

Mortes


No dia 2 de outubro de 1992, 340 homens da Polícia Militar de São Paulo foram chamados para conter uma rebelião no pavilhão nove da Casa de Detenção do Carandiru. A prisão abrigava, então, 7.257 presos – mais que o dobro da capacidade. Após meia hora de ação policial, 111 presos foram mortos, segundo números oficiais.

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