segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

No primeiro jogo do novo Castelão, Sport e Fortaleza empatam sem gols

 Sport 0 X 0 Fortaleza, Bahia 1 X 0 Ceará. 
Jogos históricos para FIFA e CBF


Fortaleza – O primeiro ato na inauguração da Arena Castelão foi um minuto de silêncio. A tragédia em Santa Maria/RS - com 233 mortos em um incêndio em uma boate - comoveu o público nordestino, com a presença de cearenses, pernambucanos e baianos no maior estádio da região. Até Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, se disse consternado com o episódio. Respeitado o minuto - ou quase isso, por causa do desrespeito dos  integrantes da Torcida Jovem do Sport - a bola rolou.

Todos os lances seriam históricos. Desde o primeiro passo no campo, que coube a Magrão, ao primeiro chute, primeira bola na trave ... Nos primeiros minutos, todos os jogadores em campo pareciam nervosos com o novo palco, imponente. Como se houvesse a responsabilidade de proporcionar um grande jogo. Talvez houvesse mesmo, sobretudo o histórico "primeiro gol". Essa pressão atrapalhou Forteleza e Sport - ambos em um estádio de primeiro mundo pela primeira vez.

Durante 20 minutos, um jogo fraquíssimo. Com mais calma, tocando a bola em um gramado onde isso era uma exigência, a partida melhorou. O primeiro levante da arquibancada, um tanto esvaziada, diga-se, foi em um chute cruzado de Jailson (ex-Santa e Sport). A melhor chance do 1º tempo, no entanto, veio em um lance inacreditável com Cicinho. A no máximo dois metros do gol, acertou a trave após cruzamento de Felipe Azevedo. O próprio ala custou a acreditar.

A essa altura, o volume de jogo já era do Sport. E se intensificou no 2º tempo. Roger e Marcos Aurélio perderem boas chances antes dos cinco minutos. Depois da saída de Hugo, o Sport perdeu o domínio de bola e passoua ser pressionado pelo Fortaleza, na base da empolgação. Rafinha, livre, perdeu a melhor chance.

O Sport continuou abusando dos erros. Gilsinho fez a torcida lembrar do gol perdido contra o Atlético/MG no ano passado e jogou fora a chance da vitória. No final, vaias para os dois times. O Castelão não merecia.


Sob olhar da Fifa, Sport e Fortaleza inauguram primeiro estádio da Copa

Cassio Zirpoli - Diario de Pernambuco

LC Moreira/Futura Press
Fortaleza – O Brasil foi confirmado como sede da Copa do Mundo em 30 de outubro de 2007. O nome “Brazil” no envelope aberto por Joseph Blatter dava ao país o direito de organizar não só o Mundial de 2014 como a Copa das Confederações um ano antes. Estamos a menos de cinco meses para o início do Festival de Campeões e somente neste domingo será realizado o primeiro teste oficial sob monitoramento da Fifa em uma das 12 arenas selecionadas. A capital cearense receberá uma rodada dupla envolvendo os maiores times do estado, Fortaleza e Ceará, em embates contra dois dos maiores da região, Sport e Bahia, às 16h e 18h30, respectivamente, no estádio castelão.

Os jogos válidos pelo Nordestão foram aceitos pela comitiva da Fifa, que terá o seu secretário-geral, Jérôme Valcke, presente na tribuna de honra do Castelão. No entanto, mesmo com o tom festivo, o estádio não irá incorporar o “Padrão Fifa” ao pé da letra. Em estrutura, sim. Apesar da correria nos últimos dias para finalizar os trabalhos de acabamentos.

De fato, o estádio de 64 mil lugares é forte candidato a um dos mais bonitos da Copa, mas velhos hábitos impediram o planejamento original. Tradicionalmente, na Copa do Mundo não há divisão de torcida nas partidas. Nem na entrada, onde na verdade o que acontece é a integração do público na esplanada, e nem nos assentos. Brasileiros e argentinos, ingleses e alemães. Tanto faz. Neste domingo, infelizmente, não será possível.

Uma reunião que contou com 15 órgãos públicos e o consórcio responsável pela arena definiu que haveria, sim, a divisão de torcida. Todas elas devidamente setorizadas. As principais torcidas uniformizadas de Fortaleza e Ceará também foram vetadas. Até mesmo o acesso tornou-se distinto, com o norte para alvinegros e rubro-negros, e sul para os dois tricolores, cearense e baiano.

Com isso, mesmo com o aparato de mil policiais, o dia histórico, não só para o futebol nordestino como para todo o esporte no país, teve de se curvar a um problema de difícil solução, mesmo tendo a favor um estádio do porte do renovado Castelão. Controlar as massas e transformar o domingo em pura festa é o dever dos organizadores locais. Em um contexto tão importante, a presença do Sport. Se os cearenses trabalham pela aprovação da Fifa no pioneiro teste, o leão pernambucano tem a chance de escrever o seu nome na história do estádio, com o primeiro gol. A favor ou contra? Em jogo, uma boa imagem para todos os envolvidos. Torcida, times, governo, consórcio e o próprio Brasil.

Kleberson  faz  primeiro  gol  no  novo  Castelão.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

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