segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Amor e perdão: os verdadeiros significados do natal



Padre e pastor comentam a mensagem que deve prevalecer

Notícias Sergipe
Por Fernanda Araujo
Comemorando o Natal, milhares de famílias cristãs ou não se reúnem no feriado em momentos de confraternização que envolvem a troca de presentes e refeições especiais, em ambientes que recebem decorações típicas do período.
A festa é um marco na religiosidade cristã, mas ao se valorizar em demasia o consumo, a gastronomia e a beleza de luzes, guirlandas e outros itens sempre presentes, corre-se o risco de ser negligenciado o verdadeiro sentido do Natal: enaltecer o perdão e o amor ao próximo pela pessoa de Jesus Cristo.
Do latim “natális”, a palavra Natal significa nascimento, para os católicos, o nascimento do Filho de Deus, que se fez carne e habitou entre os homens.
“O Natal só será feliz, se for o Natal com Cristo. O Natal do cristão não é o da comilança, embora, se tenha comida. O momento familiar é importante, mas o Natal é a experiência que passa do coração. Abrir o coração para o perdão e a reconciliação ao próximo. Nós não celebramos uma festa sem o dono. E o Natal sem Jesus é um Natal de nada”, explica o padre Paulo Lima, da Paróquia Sagrada Família.
Segundo o padre, apesar das festividades, o real significado do Natal tem se perdido ao longo dos anos. Ele acredita que as pessoas se deixaram levar pelo consumismo esquecendo o real símbolo do espírito natalino. Exemplo disso é a alusão abusiva do Papai Noel como ídolo infantil. “Muitas vezes a festa se torna em bebedeiras, quando na verdade é uma festa cristã que devemos celebrar em família. Muitas vezes se usa a imagem do Papai Noel para lucrar. São Francisco de Assis criou o primeiro presépio no século 13, para nos despertar justamente para o nascimento de Jesus. Ele representou bem o cenário do amor de Deus”, diz.
Entre tradições e crenças, acredita-se que as comemorações do dia 25 de dezembro originalmente eram destinadas a celebração do nascimento anual do Deus Sol, no solstício de inverno na Roma Antiga. No entanto, o dia foi oficialmente adaptado pela Igreja Católica alguns séculos depois de Cristo para comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré com o objetivo de converter povos pagãos.
Por conta disso, diferente das igrejas católicas, as evangélicas não consideram o dia como o nascimento de Jesus. De acordo com o pastor José Fernando dos Santos, o dia não pode ser representado com o nascimento porque, segundo a Bíblia, o calendário hebraico aponta que tenha ocorrido entre os meses de Junho e Julho.
“Jesus não nasceu em dezembro, no calendário hebraico o anjo foi a Maria no sexto mês do ano. Mesmo assim, não dá para dizer o dia exato de seu nascimento. Nós como cristãos vivenciamos o amor e o perdão de Deus para com os outros. Se não perdoamos, independente do Natal, Deus não nos perdoará”, acredita.
Assim como o pastor, o padre Paulo Lima também reflete que todos os dias é tempo de celebrar o Natal, desde que o coração esteja aberto para o amor e a reconciliação com os irmãos. Ele deixa um recado. “Que a noite santa do Natal seja multiplicada em todas as noites de nossa vida. Que não seja uma caridade apenas nesse momento. A caridade deve ser vivida sempre, o próprio São Paulo nos diz: – de nada adianta entrar numa chama de fogo se não for por amor. Que o Natal ensine a viver a caridade, nos ensinando a ser mais fraternos com os outros, deixando de lado a arrogância, a prepotência e tudo aquilo que nos divide. O Natal é a festa da vida, da união, da família, da esperança que nasce do Salvador”.
Foto: ilustração retirada do Google, de Nick Mancini

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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