segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Prefeitura faz estudo sobre a feira da Sulanca

Diagnóstico evidenciou a necessidade de requalificação do local

A Prefeitura de Caruaru realizou o primeiro grande estudo socioeconômico da Feira da Sulanca, que revelou indicadores fundamentais para que haja o processo de requalificação do parque 18 de Maio. Na última quinta-feira, o diagnóstico foi apresentado pelo Secretário de Gestão e Serviço Público, André Alexei, aos sulanqueiros. O estudo, que levou 90 dias para ser concretizado e foi realizado pela Cunha Lanfermann Engenharia, apontou que mais de 76 mil pessoas trabalham ligadas à feira, gerando uma movimentação financeira que ultrapassa os R$ 40 milhões por mês.

Os relatórios mostraram a necessidade de reestruturação da Sulanca, que nos últimos sete anos cresceu mais de 40% em suas dimensões. Segundo a análise, caso a feira permaneça no local onde está, pode perder competitividade para cidades vizinhas, como Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, onde há centros comerciais mais bem estruturados.

Até o final deste ano, a prefeitura se comprometeu a entregar dois projetos distintos que viabilizam a melhoria da feira, um com ela permanecendo no parque 18 de Maio e outro com a sua relocação. Depois dos projetos apresentados aos sulanqueiros, serão divulgadas as datas para votação. Apenas os sulanqueiros de Caruaru poderão votar e o pleito terá a auditoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas representantes da associação dos sulanqueiros poderão disponibilizar fiscais para acompanhá-lo.

Segundo André Alexei, a alternativa mais viável para a feira é a relocação, pois seriam necessárias muitas intervenções urbanas para adequar o parque 18 de Maio. A prefeitura está estudando alguns terrenos, mas prefere não revelar a localização para não gerar especulações.

“Esta hipótese (de permanência), aliás, envolveria um grande número de desapropriações no entorno do parque e, ainda assim, deixaria o local com pouca margem para expansões futuras”, explicou. A presidente da União dos Feirantes e Sulanqueiros de Caruaru (Ufesulac), Cida Assunção, discorda da mudança de local. “A feira não pode ser tratada como empresa privada, ela é patrimônio cultural de Caruaru e símbolo da cidade. Não concordamos com a mudança do local e votaremos contra isso”, enfatizou.

Fonte: folhape.com

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