quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Polo Têxtil - O Imperialismo Americano e a Submissão do Capitalista Irresponsável = Lucro excludente para poucos, lixo, danos e riscos para muitos pernambucanos.

AMANDA COUTO
Especial para a Folha

CAMPOS garantiu que mudará regras de importação de tecidos se for preciso
CAMPOS garantiu que mudará regras de importação de tecidos se for preciso

Os impactos no Polo Têxtil do Agreste, depois do anúncio de importação de lixo hospitalar dos Estados Unidos, estão preocupando os empresários e lojistas da região, que estimam queda de 50% nas vendas. Para contornar a situação, foi criado o Comitê de Gerenciamento de Crise, composto por representantes da Associação de Confeccionistas, da Câmara de Dirigentes Lojistas, da Câmara de Vereadores e prefeitura, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Senai, todos de Santa Cruz do Capibaribe. O grupo participou, ontem, de uma reunião com o governador Eduardo Campos e demais autoridades envolvidas nas investigações para discutir medidas e reverter esse quadro.

De acordo com o diretor da CDL de Santa Cruz do Capibaribe, Bruno Bezerra, serão tomadas medidas imediatas. A primeira é a suspensão do alvará de funcionamento da empresa que importou os produtos, a Na Intimidade (ou Império do Forro de Bolso), do empresário Altair Moura. Em seguida, os clientes da empresa devem ser rastreados para recolhimento de material. “Começamos a provocar o Governo para trabalhar nisso”, disse. O secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, reafirmou: “É um problema de saúde pública, mas fica claro que o risco (de contaminação) é de quem manipula”, referindo-se aos funcionários.

O secretário da Fazenda, Paulo Câmara, informou que o material contaminado não deve ter ido para outros estados, apesar de não ter as investigações concluídas. “Haverá um pedido de colaboração interna­cional aos americanos. Assim, descobriremos os responsáveis”. Está constatado, segundo ele, que na importação há envolvimento de apenas uma empresa do Polo.

Para o governador Eduardo Campos, o Brasil cumpriu seu papel. “Os Estados Unidos não fiscalizaram e isso não pode ficar impune”. Ele garantiu que mudará regras de importação de tecidos se for preciso. “Depois dos inquéritos, os altos tributos e infrações serão devidamente cobrados. Vamos colocar as coisas no lugar”.

Visivelmente contrariado com a situação, Campos foi firme. “Em menos de cinco dias, conseguimos mostrar que foi um fato isolado. É um setor muito competitivo, mas isso não é motivo para que um empresário abale 150 mil empregos”. A camisa com os dizeres “Eu uso produtos do Polo Têxtil! Confecção é coisa séria. Não é lixo, é desenvolvimento para Pernambuco”, elaborada e utilizada por empresários de Santa Cruz (e pelo governador, na ocasião) é um “grito de socorro”. Campos anunciou que a estratégia de levantar a moral do Polo é uma forte campanha publicitária. “Vamos fazer dessa crise uma oportunidade de chamar as pessoas para as compras de fim de ano”. Para isso, serão utilizados recursos financeiros do Estado. “É uma medida imediata”. Com informação da folhape.com

Por Blog Professor Edgar Bom Jardim - PE

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