domingo, 4 de setembro de 2011

Mais brasileiros estudam no exterior

SÃO PAULO - Em um passado recente, ainda era preciso cursar um colégio internacional - em que as disciplinas brasileiras são opcionais - se o objetivo do estudante de Ensino Médio fosse se candidatar a um lugar em uma faculdade fora do País. Essa realidade começa a mudar, pelo menos em São Paulo. O número de brasileiros que decidem cursar a graduação no exterior aumentou nos últimos anos.

Os dados do EducationUSA-Alumni (centro de orientação de estudantes vinculado ao governo dos EUA) comprovam essa mudança. Em 2006, apenas 26% dos atendimentos tinham como foco de interesse a graduação no país; em 2010, esse número quase dobrou: 48%. Na Universidade Stanford, nos EUA, o crescimento desse mesmo grupo foi de 17% apenas no último ano. No Canadá, o número de brasileiros matriculados nos cursos de bacharelado na Universidade da Columbia Britânica cresceu 58% nos últimos cinco anos.

A vice-cônsul do Canadá, Heather Bystryk, atribui o alto índice de procura das universidades do país à qualidade do ensino oferecido. “Temos nove universidades entre as 200 melhores no ranking Times Higher Education. Somos bastante inovadores e investimos em pesquisa. Nossas credenciais valem para o mundo inteiro”. “Antes os alunos mais talentosos pensavam em USP e Unicamp. Isso mudou”, explicou o coordenador de olimpíada do Colégio Objetivo, em São Paulo, Ronaldo Fogo.
Foi esse fenômeno que levou o colégio Dante Ali­ghieri, na Zona Oeste de São Paulo, e o Bandeirantes, na Zona Sul, a se tornarem centros de aplicação do SAT, o exame em que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) se inspirou e que habilita os estudantes a postularem por uma vaga nas universidades americanas. No Bandeirantes, o coordenador de relações internacionais, José Olavo de Amorim, afirmou que 19 alunos prestaram o SAT em junho. No ano passado, sete alunos do colégio foram aceitos em universidades americanas.

Mas não é só a etiqueta do diploma estrangeiro que atrai os alunos. A flexibilidade do currículo também. “O aluno não precisa estar totalmente decidido sobre a área que quer estudar. Ele só vai decidir sua ‘especialidade’ no final do segundo ano”, disse o gerente do EducationUSA-Alumni, Thas Burmeister.

Fonte: Folhapress     Por Blog professor Edgar Bom Jardim- PE

0 >-->Escreva seu comentários >-->:

Postar um comentário

Amigos (as) poste seus comentarios no Blog